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CASOS E CAUSOS - 1º semestre de 2001
Hackers protestam contra apagão em site do STF
Daniel dos Santos - IDG Now!
18 de Maio de 2001
O site do Supremo Tribunal Federal foi vítima de hackers. Os invasores do grupo Crime Boys alteraram ontem a página principal do site, deixando críticas ao plano de racionamento de energia elétrica criado pelo governo.
Com a invasão, a página ganhou vários palavrões e críticas ao racionamento de energia. O ataque foi confirmado pela assessoria de imprensa do STF, que afirmou tratar-se apenas de uma "pichação", sem o roubo de dados, e que outras páginas do governo também foram alteradas (entre elas uma página da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica). Segundo o STF, o fato aconteceu por volta das 22 horas de ontem e durou pouco mais de um minuto.
O grupo responsável pelo ataque já alterou páginas da Nasa e do Ministério da Defesa do Brasil, entre outros. O endereço www.stf.gov.br já voltou ao ar.
Lei do Software Livre já vigora em Recife
O prefeito do Recife (PE), João Paulo (PT), sancionou no último dia 16 de abril, a lei do Software Livre, de autoria do vereador licenciado Waldemar Borges, que obriga os órgãos públicos a optarem preferencialmente por ferramentas de código aberto.
Conectiva S.A.
19 de Abril de 2001
O prefeito do Recife (PE), João Paulo (PT), sancionou no último dia 16 de abril, a lei do Software Livre, de autoria do vereador licenciado Waldemar Borges, que obriga os órgãos públicos a optarem preferencialmente por ferramentas de código aberto. Com essa medida, Recife torna-se a primeira cidade brasileira a legislar sobre o assunto, e demonstra sintonia com uma tendência cada vez mais evidente em todo o mundo: a adoção de leis que regulamentem o uso de software livre, para facilitar sua utilização por órgãos públicos.
A partir de agora, todas as vezes que os órgãos da prefeitura da capital pernambucana adquirirem softwares, seja para novos usos ou para atualizações, deverão preferir os programas com código aberto nos sistemas e equipamentos de informática. Segundo a lei, quando o uso de softwares proprietários for imprescindível, em casos de não existirem similares com código aberto ou de haver incompatibilidade operacional, sua utilização será respaldada em parecer técnico de uma comissão a ser criada em 60 dias.
Apesar de projetos semelhantes tramitarem em muitas câmaras municipais e assembléias legislativas, e até no Congresso Nacional, é a primeira vez que uma lei como esta é sancionada no País. "A lei representa a luta pela liberdade de acesso ao conhecimento. Queremos socializar o conhecimento e colocá- lo a serviço da população", afirmou o prefeito.
Segundo Sandro Nunes Henrique, CEO da Conectiva, maior desenvolvedora e distribuidora de Linux da América Latina, a adoção do software livre também traz grandes benefícios para a economia. "Não há pagamento de licenças, é possível copiar o mesmo programa em quantas máquinas for necessário e os custos com upgrade são infinitamente menores, já que, na maioria das vezes, as atualizações são feitas gratuitamente, pela Internet", completa.
Segundo o deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), autor do projeto de lei apresentado em âmbito federal, só no ano passado o governo brasileiro gastou cerca de R$ 120 milhões (US$ 60 milhões) com a compra de software proprietário, e poderia ter economizado R$ 80 milhões (US$ 40 milhões), caso adotasse a lei que dispõe sobre o uso de software livre, uma economia considerável em qualquer parte do mundo.
Um software é chamado de livre quando não há restrição proprietária quanto à cessão, alteração ou distribuição. Ele assegura ao usuário acesso irrestrito ao código-fonte sem qualquer custo, além da possibilidade de ajustar e aperfeiçoar o programa de acordo com as necessidades de cada usuário.
Loja virtual da Xuxa está hackeada
Renata Mesquita - Plantão Info
17 de Abril de 2001
A loja virtual da Xuxa, que está dentro do Portal X, foi atacada por hackers na manhã de hoje.
A página ainda está fora do ar, com uma mensagem "Estamos temporariamente em manutenção. Voltaremos em breve".
A página foi hackeada por um grupo autodenominado Brazil Hackers Sabotage (BHS), composto pelos hackers JShalom, Astek e dangermouse. Na invasão, eles afirmam que nada foi deletado ou renomeado - com exceção dos logs-, mandam cumprimentos para outros grupos e falam para o administrador que a solução do problema pode ser encontrada no e-mail de um deles. E ainda brincam: "Nossa... BHS entrou na globo? Hehehe!! hey Xuxa, te amamos! Queremos conhecer seu camarim".
Até este momento (13h40), o servidor atacado não foi desligado. Então, ainda é possível ver a página originalmente hackeada, através do link direto (http://shoppingx3.somlivre.globo.com/), ou através do espelho publicado no Attrition.org, que capturou a invasão às 7h27 desta manhã.
Grupo é indiciado por distribuir software pirata pela Internet
IDGNow!
23 de Fevereiro de 2001
Um homem da Carolina do Sul preso no ano passado e outros oitos suspeitos em vários estados americanos foram associados ao grupo de pirataria de software conhecido como "Fastlane". Os acusados serão processados por terem copiado mais de US$ 1 milhão em aplicativos, jogos e filmes digitalizados por meio de sites na Internet. Todos os nove réus foram indiciados por um tribunal federal em Chicago, onde as investigações foram conduzidas pela agente do FBI Kathleen McChesney.
As pessoas são acusadas de serem os líderes do grupo Fastlane, dedicado à distribuição ilegal de software pela Internet. A agente do FBI trabalhou infiltrada no grupo e foi requisitada pelos seus membros a ceder um computador para servir como um dos inúmeros pontos de distribuição de software. A agente concordou e passou a monitorar as atividades neste site. O processo alega que o grupo teria usado o endereço para fazer o upload e download de software ilegal entre 7 de janeiro e 20 de setembro de 2000.
Esta ação é uma das primeiras realizadas nos Estados Unidos usando a infiltração de agentes em organizações do submundo da pirataria de software.
A investigação do FBI terminou no dia 20 de setembro quando um dos integrantes do Fastlane foi preso pelo FBI e a agência federal americana executou mandados de busca e apreensão de computadores em vários estados.
Todos os nove acusados foram indiciados por infração dos direitos autorais. Alguns dos membros do Fastlane administravam as atividades do grupo, outros operavam os sites onde o software pirata era armazenado e distribuído e outros trocavam equipamentos de informática por acesso a software pirata.
Scott R. Lassar, juíz responsável pelo caso na Corte Federal de Chicago, declarou que "a sofisticação tecnológica de grupos de pirataria de software requer técnicas de investigação criativas".
Caso sejam condenados, os nove acusados podem receber uma pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de US$ 250 mil, cada um.
Ataques a sites canadenses continuam, com criatividade
Renata Mesquita - Plantão Info
21 de Fevereiro de 2001
Ao que parece, se depender dos hackers brasileiros, os sites canadenses não terão descanso tão cedo.
Só ontem, foram três novos ataques: a um site de escoteiros canadenses (3rd Centre Lake Burnaby Sea Scouts & Venturers), ao site da faculdade Emmanuel Bible College, e ao site da instituição Medical Education. Os dois últimos ainda estão fora do ar.
No site dos escoteiros, os hackers colocaram fotos de aeronaves da Embraer e da Bombardier - com palavrões para esta última - e de uma vaca com os olhos esbugalhados. A mensagem é assinada por silver lords, psuspectz, nean, c0nt4ct, iz corp e NFC.
O ataque ao site da faculdade, que ainda pode ser conferido no próprio site (http://ebcollege.on.ca/), é entitulado "Boicote Canadá - We eat crazy cows (Brasil)". Neles, os hackers agridem o chairman da Microsoft, Bill Gates, e mandam um aviso: "Note to admin: You should take a better care of your server" (ou, em português, "Nota a administrador (de sites): você deve tomar mais cuidado com seu servidor"). Os dois hackers - que colocaram um DHTML na página, acompanhando o mouse do usuário, assinando a "missão" - ainda mandam um alô a hackers e grupos de hackers amigos.
O mais impressionante dos ataques foi o feito à página do Medical Education. Tratava-se de um verdadeiro manifesto, praticamente todo em português (manda que os demais países se virem para traduzir para o inglês, o francês e o espanhol), onde os canadenses são chamados de "comedores de carniças", entre outras coisas - uma das frases é "Crazy Cow its your Mother!" ("Vaca louca é a sua mãe!").
Na página hackeada, os autores esclarecem que eles não são um grupo de hackers, e sim integrantes de diversos grupos que "se reuniram em protesto inicialmente contra o Canadá, depois será México, Estados Unidos. Se preparem...estamos chegando", avisaram, adicionando que "Brasil Boys" foi apenas "um nome inventado na hora".
Além de palavras de apoio ao governo brasileiro, desabafos e até poesias, o grupo prometia "Antes de atacar o Brasil, terão que passar por nós". Audaciosos, avisam que entre as 10.186 máquinas conectadas diariamente ao ministério da justiça canadense há uma com um programa Norton aberto, e que o site Viarail.ca está com o ftp totalmente aberto. E ainda perguntam: "Alguém quer um processo do Canadá?".
Lei no Reino Unido classifica hackers como terroristas
Laura Rohde - IDG News Service, Londres
20 de Fevereiro de 2001
A partir de agora os hackers podem ganhar o rótulo no Reino Unido de ciberterroristas. De acordo com a Lei Terrorismo 2000, promulgada ontem, as pessoas que "põem vidas em risco através da manipulação de sistemas de computadores públicos" serão punidas como qualquer outro terrorista.
"A Lei de Terrorismo visa ampliar a definição do que é um terrorista e agora inclui, juntamente com outros grupos como o IRA (Irish Republican Army), ou o Hezbollah, qualquer grupo do Reino Unido que planeje atacar fora do país ou organizações que ameacem ou planejem violência no Reino Unido. Isso pode abranger hackers ou opositores políticos cujas ações ou intenções pareçam violentas", afirmou o porta-voz do Home Office - departamento do governo que fiscaliza imigração e crime.
Com as novas regras, a polícia tem autoridade para estipular o que considera "violento" e quem se enquadra na definição de "terrorista". As mudanças na Lei Terrorista receberam severas críticas de outros partidos políticos. Eles alegam que uma legislação que concede poderes extras às autoridades tem que ser revista pelo parlamento.
A Lei pode ser conferida na íntegra em http://www.legislation.hmso.gov.uk/acts/acts2000/20000011.htm .
Falta de legislação amplia tráfego de spam na Web
Sérgio Vinícius - Diário do Grande ABC
19 de Fevereiro de 2001
Quem nunca foi alvo da praga do UCE (Unsolicited Commercial E-mail, do inglês, mensagem comercial não-solicitada) certamente não tem endereço eletrônico. Mais conhecidas como spam, mensagens desse tipo circulam livremente pela rede mundial de computadores incomodando o internauta. Segundo pesquisa do Gartner Group, realizada com 13 mil usuários de correio eletrônico nos Estado Unidos (ainda estão sendo desenvolvidas pesquisas específicas sobre o assunto no Brasil), nove entre dez internautas são vítimas do spam pelo menos uma vez por semana. Deles, metade recebe em média seis mensagens comerciais indesejadas semanalmente.
“Espalhar mensagens pela Internet é tão fácil quanto rabiscar a porta de um banheiro”, compara Cláudio Buchholz Ferreira, coordenador para assuntos anti-spam e hoax da Associação Brasileira dos Usuários da Internet (Anui). “É por isso que, a cada dia, cresce o número de spammers (distribuidores do spam) na rede mundial de computadores.”
O envio de spam cresceu cerca de 400% no ano passado em comparação a 1999 nos Estados Unidos – os dados são da provedora de soluções para correios eletrônicos Brightmail, que intercepta, em média, 4,9 mil tentativas de spam por dia. A Ferris Research, empresa que realiza pesquisas relacionadas a diversas áreas de tecnologia, constatou que 10% das mensagens de e-mail na terra do Tio Sam são spam. Até 2005, estima-se que esse número crescerá cerca de 40%. Detalhe: em diversos Estados norte-americanos estão em prática leis anti-spam, que consideram o envio do UCE um tipo de crime.
Na prática, nada é realmente eficaz contra o spam. Embora especialistas indiquem algumas providências que devem ser tomadas pelo internauta incomodado, que vão desde denunciar a prática até a adoção de softwares-filtros, esses cuidados somente minimizarão o problema, não encerrando definitivamente a ação de spammers e de seu junk mail.
Os problemas que envolvem o crescimento do spam no Brasil são relacionados, principalmente, à falta de legislação sobre o assunto. “Os provedores se esforçam para coibir a prática de spamming com a utilização de diversos filtros, mas nem sempre é possível barrá-la”, afirma Marcelo de Arruda, analista especial de segurança da Chiptek, empresa que desenvolve soluções de informática para o mercado corporativo. “Não há respaldo governamental, uma vez que um projeto de lei sobre spam está engavetado no Congresso Nacional.”
Para piorar o quadro, não existe empenho entre os internautas para resolver o problema. Embora a maioria dos usuários de endereço eletrônico deteste ver sua caixa de mensagens bloqueada por spams (segundo o Gartner Group, 87% dos internautas odeiam receber UCEs), apenas 44% deles costumam botar a boca no trombone sobre o junk mail. Desse total, 64% encaminham suas reclamações ao spammer e ao provedor de acesso à Internet. Entretanto, somente 10% dos usuários dirigem-se a instituições que podem efetivamente defendê-lo. No Brasil, as denúncias sobre envio de spam podem ser feitas na página da Anui (www.anui.org.br) ou então no e-mail abuse@anti-spam.org.br.
Filtros ‘varrem’ o conteúdo
Para quem pretende minimizar o recebimento de spam em sua caixa de e-mail, uma boa pedida é utilizar softwares que realizam uma triagem do conteúdo de todas as mensagens recebidas e barram aquelas que, supostamente, podem tratar-se de junk mail.
“Embora não sejam 100% eficazes, os filtros de e-mail podem garantir alguma tranqüilidade ao internauta”, explica Vivien Rosso, diretora do site Cidade Internet. “A maioria dos provedores brasileiros utiliza esse recurso para driblar a ocorrência de spamming.”
O filtro intercepta o spam por meio da identificação de palavras comumente utilizadas em UCEs no corpo da mensagem. Assim, os e-mails com essas palavras são excluídos automaticamente. Dependendo do programa adotado, os e-mails inconvenientes são movidos para pastas criadas para esse fim.
Alguns programas desse tipo também podem bloquear e-mails com arquivos anexados, o que pode também limitar o uso da Internet pelo usuário.
Na Web, podem ser encontrados para download alguns filtros gratuitos, casos do SpamBuster (www.contactplus.com) e do AvirMail, este disponível na página http://www.dgabc.com.br/Informatica/”http://www.tucows.com”target=”_top”, na categoria e-mail checkers. O AvirMail destaca-se por verificar os novos e-mails automaticamente quando o usuário está on-line ou off-line, apagando as mensagens inconvenientes.
Comércio de listas de endereços
Ao final de mensagens comerciais não autorizadas, é comum os spammers explicarem que o e-mail foi enviado em conformidade com a legislação sobre correio eletrônico e que, desde que a mensagem inclua um mecanismo que interrompa o envio continuado, não se trata de um spam. Se você já viu esse texto em alguma mensagem eletrônica, não tenha dúvida: são desculpas esfarrapadas para justificar o envio do junk mail.
Quando o usuário responde uma mensagem com a inscrição “Remover”, para interromper o envio de mensagens, na prática está apenas confirmando a existência de sua conta de e-mail. Assim, quando o internauta clica no ícone reply está caindo em uma armadilha.
“Há um projeto de lei no Congresso que estabelece regras para o spam, mas está adormecido desde 1999”, diz Cláudio Buchholz Ferreira, do movimento brasileiro anti-spam, comissão da Anui que estuda o assunto.
Uma das táticas para diminuir a ocorrência de mensagens comercias não-solicitadas é limitar a divulgação do e-mail. Contudo, especialistas afirmam que isso não é suficiente. Sabe-se que no mercado existem diversas empresas que vendem endereços comerciais. Nos EUA, quando empresas pontocom se viram obrigadas a fechar as portas, por conta da concorrência que está atingindo o segmento, boa parte vendeu os endereços de e-mail que conhecia.
Além disso, existem no mercado – no Brasil ainda em pequena escala – empresas especializadas em procurar e-mails para depois revendê-los para quem pretende praticar o spamming. Os alvos são os mesmos: listas públicas de Internet e programas como o ICQ, que permitem a visualização do e-mail do internauta sem qualquer restrição.
Hoaxes infestam a internet com base em boatos
Sérgio Vinícius - Diário do Grande ABC
19 de Fevereiro de 2001
Entre os diversos tipos de junk mail, os dois mais comuns são o spam e o hoax. Este último diz respeito a boatos que correm soltos pela rede que, como o spam, ‘entopem’ a caixa de mensagens dos internautas.
Normalmente, os hoaxes trazem notícias de supostos vírus que se espalham em segundos pela Web e destroem completamente o computador. Ultimamente, correu pela rede um hoax sobre um vírus que danificava celulares. Mas há outros tipos de hoaxes muito comuns, como a mensagem avisando sobre uma – improvável, diga-se de passagem – aliança entre a Microsoft e AOL, que renderia dinheiro para quem passasse a mensagem para a frente. Ou, ainda, que a Ericsson estaria distribuindo celulares para quem enviasse uma mensagem para um número “X” de pessoas. Esse boato tomou tal proporção que a empresa finlandesa foi obrigada a estampar em seu site um comunicado desmentindo a notícia.
O termo hoax (do inglês, trote) que designa e-mails mentirosos, surgiu há mais de dez anos, com um dos primeiros casos conhecidos sobre o assunto. A mensagem original dizia que uma criança estava muito doente em um hospital nos Estados Unidos e seu último desejo era que seu e-mail atravessasse o mundo. Por fim, o e-mail era assinado por uma tal de Mary Hoax.
Carne Enlatada – O termo spam, por sua vez, é creditado a um quadro do grupo cômico inglês Monthy Phyton. Spam é o nome de uma empresa que produz uma famosa carne enlatada norte-americana. Na verdade, o produto é mais conhecido pelas suas qualidades calóricas do que propriamente por seu apurado sabor. Seria mais ou menos como o famoso macarrão instantâneo aqui no Brasil – ninguém gosta muito, mas eventualmente tem de engolir.
O quadro trazia um casal que entrava em uma lanchonete para tomar o café da manhã. Ao fundo, um grupo de bárbaros fazia uma algazarra danada no local. O casal pergunta para a garçonete o que há para comer. A garota começa: “ovos e spam, bacon e spam, ovos, bacon e spam, linguiça e spam”. E repete spam incessantemente. Os bárbaros ao fundo juntam-se à garçonete, gritando “spam, spam, spam, nós adoramos spam”.
Na época, ainda no começo do uso comercial da Internet, a maioria dos internautas – muitos deles fãs do Monthy Phyton – comparou o quadro chamado Spam Sketch aos e-mails indesejados: ninguém gosta, mas tem de conviver. E o nome pegou. Na página www.spam.com, a empresa encara com bom humor a comparação, explicando que condena a pratica de junk mail, mas que, obviamente, sabe que o produto deles é bom. Se você gostou do sketch do grupo, visite www.btinternet.com/~basedata/sinkordie/monty-p.htm.
Hackers brasileiros voltam a atacar o Canadá
Renata Mesquita - Plantão Info
19 de Fevereiro de 2001
A "guerra" deflagrada pelas restrições do Canadá à carne brasileira ganhou mais um capítulo no mundo online: ontem, hackers brasileiros invadiram o site do The Financial Institutions Commission, ou da Comissão de Instituições Financeiras Canadense.
A página hackeada, que estava no ar até a metade da tarde de ontem, trazia uma fotomontagem que inseria características bovinas à uma mulher nua. Ao lado, trazia uma imagem da bandeira brasileira. Quem quiser conferir pode entrar na seção de mirrors do site Attrition.org.
A mensagem, assinada por "BsD3m0n", dizia: "Hi Canadians ;) this is our crazy cow ;)" (ou: Olá, canadenses, essa é a nossa vaca louca) e ainda fazia uma referência à Embraer e ao fato de "termos os melhores aviões".
A mesma mensagem também foi colocada no site da Public Employees Benefits Agency, agência de empregos canadense (espelho publicado pelo Attrition, aqui). O site da Peba continua fora do ar, com um pedido de desculpas para os internautas.
Hackers brasileiros invadiram site do governo canadense
Renata Mesquita - Plantão Info
16 de Fevereiro de 2001
Os protestos contra o Canadá continuam. Desta vez, foi o site da Agência Espacial Canadense que foi vítima de um ataque comandado por hackers brasileiros.
"We eat crazy cows" ("Nós comemos vacas loucas") dizia a bem-humorada mensagem assinada pelos hackers Tempest, Pantera, Phrozen_Byte e Ph4nt4, do grupo auto-denominado Brasil Boyz.
Hackers invadem site do governo do Rio e desafiam PF
Daniel dos Santos - IDGNow!
14 de Fevereiro de 2001
Os hackers brasileiros não parecem preocupados com a possibilidade de serem presos. A página da Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro, que faz parte do portal do governo do Estado, foi alterada ontem (13/02) por um invasor, identificado como o Analista.
No endereço, ele deixou uma animação com o texto “Brazilian hackers dominate the world” (hackers brasileiros dominam o mundo) e os nomes de vários grupos que têm alterado sites em várias partes do mundo, como Crime Boys e Prime Suspectz. Para terminar, a ilustração mostra um símbolo da Polícia Federal sendo atingido por vários tiros e lança o desafio: “try to stop us” (tentem nos parar).
Golpe do e-mail falso enganou 10 mil usuários do UOL
Renata Mesquita - Plantão Info
14 de Fevereiro de 2001
Uma quadrilha aplicou um golpe bastante ousado em 10.241 assinantes do UOL, com uma mensagem eletrônica solicitando o recadastramento dos usuários. A notícia está no site Consultor Jurídico, que é hospedado no próprio UOL.
Segundo a matéria, a mensagem enviada trazia um link para uma página falsa do provedor onde, além de todos os dados cadastrais do assinante, pedia-se também seu número de cartão de crédito - o Consultor Jurídico afirma que esses dados foram utilizados em compras pela internet, prejudicando alguns usuários. O texto ainda afirma que o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva identificou o filho de um funcionário do Senado como um dos participantes da quadrilha.
Procurado pelo Plantão INFO, o UOL enviou um comunicado oficial confirmando a história.
No dia 17 de janeiro, uma equipe de policiais de São Paulo - comandada por Mauro Marcelo - esteve em Brasília com uma ordem judicial para a apreensão de um computador no apartamento de um funcionário do Senado. A máquina passará por uma perícia para verificar se os e-mails foram mandados por ela.
No comunicado, o UOL afirma que havia formalizado em 15 de setembro do ano passado uma queixa policial no Setor de Investigações de Crimes de Alta Tecnologia, em São Paulo, contra fraude por envio de e-mail falso a parte de seus assinantes. O primeiro envio teria sido detectado em 8 de setembro, segundo o UOL - que afirmou ter bloqueado a conta de acesso usada para o crime no momento em que detectou a fraude e alertado seus usuários sobre o problema. Mas, no final de dezembro e durante o começo deste ano, o pedido falso de recadastramento voltou a ocorrer.
Os golpistas tiveram seus passos rastreados pela equipe de segurança do provedor, que manteve as informações em sigilo para não atrapalhar as investigações.
Ainda de acordo com o UOL, apenas 21 usuários confirmaram ter fornecido seus dados pessoais ao endereço falso, e um único assinante teve seu cartão de crédito usado de foram indevida - e foi devidamente ressarcido pelo prejuízo.
O delegado Mauro Marcelo não pôde ser localizado para falar sobre o episódio.
Justiça dos EUA proíbe Napster de disponibilizar músicas com direitos autorais
CNNBrasil.com.br
13 de Fevereiro de 2001
A Corte federal de Apelações de São Francisco determinou, nesta segunda-feira, que a empresa de software norte-americana Napster - cujo programa gratuito permite que internautas copiem de graça arquivos digitais de música pela Internet - não disponibilize mais material protegido por direitos autorais, sob pena de pagar multas por violar a lei.
"Contar com arquivos digitais disponíveis para serem baixados gratuitamente mediante o sistema Napster necessariamente prejudica os esforços dos detentores de direitos autorais de cobrar pelo mesmo serviço", informou a corte de apelações em seu veredicto.
"Concluímos que a corte distrital fez um sólido trabalho relacionado ao danoso efeito do Napster sobre o presente e o futuro do mercado de arquivos digitais".
A corte de apelações considerou ainda que o Napster intencionalmente incentiva seus usuários a baixarem arquivos de música e poderia obter lucros com esse procedimento.
No entanto, os juízes do tribunal consideraram "muito amplo" o mandado de injunção expedido por uma corte de instância inferior e remeteu o caso de volta para a apreciação da juíza distrital Marilyn Hall Patel, que terá de reexaminar sua decisão centrando-a mais especificamente na definição de material protegido por direitos autorais.
Até que essa apreciação seja feita, a empresa de software não fechará suas portas, mas desde já sofrerá limitações no serviço de disponibilidade gratuita de música.
Milhares de usuários acessaram o site durante o último fim de semana para baixar arquivos de música, temendo que a justiça determinasse o término imediato dos serviços do Napster.
Revolução musical
Em maio de 1999, o fundador do Napster, Shawn Fanning, apresentou um software gratuito que permite aos internautas localizar, baixar e trocar via computador, músicas gravadas como arquivos digitais com a tecnologia MP3, que comprime as gravações digitais de forma manejável sem sacrificar a qualidade do som.
Meses depois, a Associação Norte-Americana da Indústria Discográfica , que representa as principais gravadoras, entrou com uma ação federal contra o Napster, alegando que os serviços do site violavam a legislação de direitos autorais do país e representavam prejuízos potenciais de bilhões de dólares para o setor, já que as gravadoras não recebem qualquer remuneração pela distribuição das músicas na Internet.
À medida que a lista de usuários do Napster crescia, foram aparecendo outros programas para troca de arquivos, como o Gnutella e Freenet. As próprias gravadoras manifestaram planos de usar a mesma tecnologia em serviços por assinatura e com formatos digitais que impeçam cópias.
Em julho do ano passado, a juíza distrital Marilyn Hall Patel concedeu um mandado de injunção, proibindo o Napster de dar aos seus usuários acesso a material protegido por direito autoral.
A empresa recorreu ao tribunal de apelações, alegando que o mandado de injunção forçaria o site a interromper o serviço prestado a cerca de 50 milhões de usuários registrados e representaria a falência da companhia. Durante as audiências em outubro passado na corte de apelações, o advogado da A&M Records, uma das empresas autoras da ação, atacou o argumento do Napster, classificando-o como "serviço pirata".
O advogado do Napster, David Boies - que representou o governo no processo antitruste movido contra a Microsoft - comparou o serviço do site ao de um vídeo cassete e disse que a empresa está protegida pela lei norte-americana Audio Home Recording Act, que permite que pessoas gravem programas em suas casas para uso pessoal.
No entanto, o Departamento de Justiça norte-americano discordou da tese da defesa, afirmando que a lei não protege o Napster porque um computador pessoal não é um "aparelho de gravação" conforme definido pela legislação.
Na mesma época, o Napster fez acordos com empresa como a gravadora alemã Berteslmann, proprietária do selo BMG.
A gravadora prometeu financiar o site caso o Napster se torne um serviço por assinatura que pague direitos autorais aos artistas. No mês passado, as duas empresas anunciaram planos para lançar esse tipo serviço pago.
Maior chat do UOL, com Sandy e Júnior, foi fraude
Renata Mesquita - Plantão Info
05 de Fevereiro de 2001
Ontem à noite, mais de 21 mil pessoas acompanharam, no canal de chats do UOL, ao bate-papo com a dupla Sandy e Junior. Essa foi a maior audiência já alcançada em um bate-papo na web. Só que os internautas não estavam falando com a superfamosa dupla POP, e sim com impostores que se fizeram passar pelos ídolos adolescentes.
A tragicômica notícia foi dada pelo próprio UOL, em sua homepage. Segundo a matéria, o bate-papo havia sido agendado por uma pessoa que se fez passar por funcionária da Desafio, empresa de marketing de Sandy e Junior. Na verdade, essa pessoa respondeu a um convite feito pelo provedor à dupla, por meio da Desafio, no início de janeiro. Até uma falsa Noely Lima (mãe dos artistas) entrou na jogada e falou com os produtores do chat por celular.
"A produção do bate-papo não estranhou, pois é normal que Noely acompanhe pessoalmente esses compromissos dos filhos", afirmou Ricardo Fotios, editor de bate-papo com convidados do UOL, na reportagem do portal.
Enquanto rolava o chat, a dupla estava a bordo de um avião, fazendo o percurso Los Angeles-São Paulo. O mais irônico dessa história toda foi a impressionante audiência obtida pelo bate-papo - o recorde anterior, com pouco menos de cinco mil pessoas, pertencia também a um chat com Sandy e Junior, realizado em outubro de 1999.
"É uma ironia o recorde de audiência de bate-papo da Internet brasileira ter ocorrido justamente com a presença de impostores", disse Márion Strecker, diretora de Conteúdo do UOL. "Vamos estudar as medidas judiciais cabíveis contra os impostores", garantiu. "Mas principalmente vamos usar este episódio para melhorar os sistemas de produção do bate-papo, de modo a impedir que nova fraude seja cometida contra o público."
Napster vai cobrar taxa de inscrição para uso de MP3
CNNBrasil.com.br
30 de Janeiro de 2001
Agora em parceria com a alemã Bertelsmann AG, uma das maiores gravadoras do mundo, a Napster, dona de um polêmica mas extremamente popular sistema de acesso a arquivos musicais na Internet, vai passar a cobrar uma taxa de inscrição para os usuários que baixam seus arquivos.
O anúncio sobre a cobrança da taxa, que deve ser introduzida ainda neste ano, foi feito em Davos, na Suíça, pelo presidente da Bertelsmann, Thomas Middelhoff, durante uma palestra sobre a Internet no Fórum Econômico Mundial.
"Nós já temos uma idéia de quanto será essa taxa, mas ainda é muito cedo para divulgá-la", disse o empresário, adiantando que o novo sistema deve ser introduzido em junho ou julho.
O objetivo, ainda segundo Middlehoff, é garantir o pagamento de direitos autorais no vasto mundo virtual.
A Napster já tem 56 milhões de clientes, dos quais 1,6 milhão são adeptos do intercâmbio de música digital.
Uma pesquisa realizada pela Bertelsmann motrou que cerca de 80 por cento dos atuais usuários da Napster estariam dispostos a pagar até 15 dólares mensais para fazer downloads de arquivos musicais do site.
Mas o executivo chefe da Napster, Hank Barry, declarou posteriormente ter ficado surpreso com os anúncios da Bertelsmann.
"Nós ainda não decidimos nada sobre cronogramas", disse.
Atualmente, a Napster permite que as pessoas compartilhem suas músicas na Internet sem a cobrança de nenhuma taxa a título de direitos autorais, o que irrita a maioria das gravadoras e muitos artistas.
Sob princípios iguais, as pessoas podem compartilhar vídeos, filmes e livros em forma digital.
O executivo chefe da divisão de e-commerce da Bertelsmann, Andreas Schmidt, disse que outras grandes gravadoras poderiam se juntar à iniciativa da Bertelsmann-Napster nas próximas semanas.
"Estamos tendo uma reação muito positiva", declarou. "Estamos mantendo a oportunidade aberta para que juntem suas forças na Napster, e tenho a grande esperança de que, nas próximas semanas, teremos alguns resultados positivos".
No ano passado, várias importantes gravadoras, incluindo a própria Bertelsmann, a Sony e a Universal, entraram com ações na Justiça contra a Napster por infração da lei que protege os direitos autorais.
Mas a Bertelsmann retirou sua ação como parte de um acordo com a Napster para implantar um sistema de inscrições de acesso ao site a fim de garantir os pagamentos a empresas e artistas.
Middlehoff disse que sua companhia decidiu trabalhar com a Napster, em vez de lutar contra ela, porque a Internet está mudando os modelos empresariais na indústria da música.
Mais fácil atacar do que se defender na Internet, dizem especialistas
CNNBrasil.com.br
30 de Janeiro de 2001
Ainda é mais fácil para os hackers derrubarem sites na Internet do que para as empresas se defenderem, mesmo depois da série de ataques sofridos por alguns dos mais conhecidos endereços cibernéticos, no ano passado, que causou pesados prejuízos. Que o diga a Microsoft, recente vítima de 'denial-of-service'. Na realidade, esse tipo de ataque sofrido pela gigante da informática tem se tornado uma rotina e os mais famosos sites da Internet são os alvos preferidos, apontam os especialistas.
Os ataques de 'denial-of-service', quando o site é bombardeado por uma quantidade enorme de mensagens, são um instrumento antigo e conhecido do arsenal dos piratas cibernéticos, mas a quantidade de novas ferramentas on-line possibilita aos hackers derrubarem sites importantes e dificultam a defesa.
"Cada site que monitoramos é atacado quase todo dia," disse à agência Reuters Amit Yoran, da empresa de segurança de rede Riptech. E acrescentou que a Internet é de fato um ambiente hostil.
Esse tipo de ataque infesta a Internet desde 1987, quando um vírus de computador escrito por um aluno da Universidade de Cornell abarrotou de e-mails servidores em todo o mundo.
Mas bloquear o tráfego eletrônico não desejado não é uma tarefa fácil. Pode originar-se de várias fontes diferentes, além de ser extremamente difícil distinguir as mensagens legítimas das indesejáveis, segundo os especialistas.
Microsoft contrata Akamai
Depois de uma semana de contratempos, com ataques de hacker ou bug que impediram o acesso a seus sites, a Microsoft contratou a empresa Akamai Technologies para se proteger contra os piratas cibernéticos, informou nesta segunda-feira o Wall Street Journal.
A Akamai vai operar quatro diretórios de backup para os principais sites da gigante do software a fim de evitar que sejam afetados pelos ataques de hackers, segundo noticiou o jornal.
O acesso a alguns dos principais sites da Microsoft foi cortado, na quinta-feira e sexta-feira, quando seus roteadores, equipamento que direciona os internautas a um site, sofreram um ataque do tipo 'denial-of-service'.
O ataque, que satura o sistema com tantos dados que o tráfego normal fica demorado ou parado, durou algumas horas na manhã de quinta-feira e dois períodos de 15 minutos na sexta-feira, informou a empresa.
Na quarta-feira, a Microsoft enfrentara problemas técnicos. Muitas de suas propriedades on-line ficaram inacessíveis devido ao erro de um empregado no sistema que resolve endereços Web em IPs.
Na sexta-feira, a Microsoft se desculpou pelos contratempos, que ocorreram logo depois de a empresa lançar uma campanha de 200 milhões de dólares, a partir desta segunda-feira, propagandeando a confiabilidade de seus programas.
Microsoft é vítima de ataque DoS
James Niccolai e Ashlee Vance - IDG News Service
26 de Janeiro de 2001
A Microsoft disse que alguns de seus sites mais populares foram bombardeados ontem, 25/01, por uma ação de vandalismo na Internet, conhecida por ataque de denial of service (DoS). O incidente não tem relação com os problemas técnicos que comprometeram os sites da empresa na terça e quarta-feira desta semana.
O ataque foi iniciado na manhã de quinta-feira e atingiu aos roteadores que direcionam o tráfego para os sites da companhia. O acesso a alguns dos endereços mais populares, incluindo a página principal Microsoft.com e o portal MSN.com, estiveram intermitentes para vários clientes durante o período da manhã, declarou a Microsoft.
A desenvolvedora disse que reagiu contra os ataques e, durante à tarde, os sites estavam operando normalmente. A empresa também disse que esteve em contato com o FBI para conversar sobre os ataques.
Os ataques DoS desabilitam um computador pelo bombardeio de um grande volume de requisições, em um curto período de tempo. Uma série de ataques desse tipo ocorreram em fevereiro do ano passado, afetando sites famosos como os da Yahoo, e-Bay e até alguns brasileiros como o UOL, provocando perdas de milhões de dólares e levantando novas questões sobre segurança na Internet.
O incidente de ontem aconteceu algumas horas depois dos sites da Microsoft estarem fora do ar, durante quase todo o dia anterior por problemas técnicos causados por erro humano. De acordo com a empresa, o técnico que estava trabalhando na mudança de configurações de seus roteadores e DNS acabou por bloquear o acesso aos sites.
Embora a Microsoft tenha dito que o ocorrido de ontem foi um evento “completamente separado” do problema de terça, um especialista em segurança foi cético, dizendo que todos os problemas podem ter sido resultado de um ataque DoS.
“É difícil de acreditar que um problema é diferente do outro”, disse Ric Steinberger, diretor técnico da empresa de segurança on-line SecurityPortal. “Não é de todo óbvio que do princípio foi DoS ou a mudança na configuração; penso que provavelmente quando a poeira abaixar a Microsoft virá a dizer que tudo foi resultado do ataque DoS”.
Servidores de DNS traduzem endereços (como www.microsoft.com) em números IP que os computadores usam para se comunicarem uns com os outros. Quando um sistema de DNS falha, os navegadores não podem encontrar os endereços IP associados aos servidores Web e, conseqüentemente, não podem abrir a página desejada.
“É uma infelicidade que uma pessoa ou um grupo possa se ocupar com este tipo de atividade ilegal”, relatou a Microsoft.
Hackers deixaram sites da Microsoft fora do ar de novo
Renata Mesquita - Plantão Info
26 de Janeiro de 2001
Um ataque do tipo denial-of-service (negação de serviço) deixou os internautas sem acesso aos sites-chave da Microsoft novamente no dia de ontem, e por mais de cinco horas. Na quarta, os mesmos sites haviam ficado fora do ar devido a um problema nos servidores DNS (Domain Name Server) da companhia.
Segundo o jornal The New York Times, o ataque atingiu meia-dúzia de sites - incluindo Microsoft.com, Hotmail.com, MSN.com e Expedia.com. A gigante do software só conseguiu recuperar o acesso no final da tarde de ontem, e já colocou o FBI no caso para caçar os responsáveis pelo problema.
Daniel Todd, diretor de tecnologia da Keynote Systems - empresa que monitora a performance dos sites da Microsoft-, afirmou que o ataque dos hackers foi feito simultaneamente contra os sites da companhia e contra a infra-estrutura de suporte a eles. Ainda segundo o NYT, a taxa de resposta desses sites - que costuma ser de 99% - caiu para 15 por cento na noite de quarta e chegou até mesmo a atingir menos de dois por cento, no caso do endereço www.microsoft.com.
Microsoft sofre ataque de hackers
CNNBrasil.com.br
26 de Janeiro de 2001
A Microsoft informou que o acesso a alguns de seus sites foi cortado por um ataque de piratas cibernéticos, na quinta-feira, seguindo o mesmo padrão de incidentes semelhantes que derrubaram alguns dos principais nomes da Internet no ano passado.
A gigante de software disse que alguns de seus roteadores, equipamento que direciona os internautas a um site, sofreram um ataque, conhecido como 'denial of service', que satura o sistema com tantos dados que o tráfego normal fica demorado ou parado.
Os sites estão normalizados e empresa diz que notificou o FBI, polícia federal norte-americana. A Microsoft disse que o ataque foi um incidente sem relação com a queda de alguns sites de sua propriedade, incluindo o site da empresa e seu portal MSN.com, da tarde de terça-feira à tarde de quarta-feira.
Os ataques 'denial of service' derrubaram, no ano passado, alguns dos mais famosos sites da internet, como Cnn, eBay, Amazon e o portal Yahoo!
Um adolescente canadense, codinome Mafiaboy, foi condenado pelos ataques que causaram prejuízos estimados em 1,7 bilhão de dólares e levantaram dúvidas sobre a vulnerabilidade do consumidor e das empresas na Internet. Em outubro, um hacker conseguiu penetrar no computador da Microsoft e espionar o sistema durante dias, inclusive parte do código fonte de um produto não identificado que está sendo desenvolvido.
Bug tira principais sites da Microsoft do ar
Joris Evers - IDG News Service, Amsterdã
24 de Janeiro de 2001
A Microsoft Corp. confirmou que muitas de suas propriedades online ficaram inacessíveis nesta quarta-feira devido a um problema no sistema que resolve endereços Web em IPs.
Os sites atingidos incluem o serviço de e-mail Hotmail, o portal MSN.com, o site de notícias MSNBC.com, o site corporativo Microsoft.com e o site brasileiro da gigante do software.
“O Domain Name System (DNS) não retorna a resposta correta quando é solicitado o acesso a um site da Microsoft”, afirmou Ruud De Jonge, gerente de suporte da Microsoft. Os primeiros relatos do problema surgiram “bem cedo” nesta quarta-feira, afirmou De Jonge.
Empresa entra na Justiça para impedir links para seu site
Rick Perera - IDG News Service, Berlim
18 de Janeiro de 2001
A StepStone, empresa de recrutamento profissional online, obteve um mandado judicial que impede sua concorrente de usar links para seus anúncios de empregos.
Segundo o escritório de advocacia responsável pela ação, o caso contra o grupo dinamarquês OFiR.com, é um dos primeiros baseados nas regras dos direitos autorais da União Européia. Para ele, o processo deve testar a legalidade de links que ultrapassem o limite de suas home pages e levem o internauta direto para as informações de outro site.
A OFiR, também recrutadora de empregos online, compete com a StepStone na Dinamarca, França, Alemanha e no Reino Unido. A empresa já retirou os links que levavam para o conteúdo da StepStone. "Os links eram utilizados para justificar o grande número de vagas ofereceidas pela OFiR", declara Osborne Clarke, advogado da StepStone. A empresa referiu-se aos links como "prejudiciais à sua boa posição" e alegou que eles ultrapassavam as barreiras da home page do concorrente.
Para Clarke, nem todos os links são ilegais, mas a Corte Européia pode interferir caso os links sejam considerados "prejudiciais ao site em questão".
"A legalidade dos links e a repercussão que um banner pode ter na Web têm que ser esclarecidos", afirma Alistair Kelman, especialista nas leis de comércio eletrônico da Telepathic, empresa inglesa de consultoria.
Segundo ele, em todos os casos, as empresas podem prevenir abuso de seus sites, desde que estes tenham sido desenvolvidos apropriadamente. "Você pode bloquear links se julgá-los prejudiciais a seu site", afirmou.
Vírus destrói todos os arquivos e exibe declaração de amor
IDGNow!
15 de Janeiro de 2001
Segundo a Panda Software, um vírus altamente perigoso está se disseminando pela internet. Trata-se do HTML/LittleDavinia. A nova praga virtual ataca quando o usuário se conecta a páginas da Internet que possuem o código nocivo ou ao receber um e-mail. De acordo com a empresa, ele permite, com o uso do código de HTML gerado, sobregravar qualquer arquivo no disco rígido local ou da rede, destruindo irrecuperavelmente toda a informação dos computadores. Inicialmente foram identificados ataques a equipamentos com Windows. Porém, a Panda acredita que outros sistemas operacionais também possam ser afetados.
A Panda afirma que o vírus só atacou usuários europeus na sexta (12/01) mas, caso chegue por aqui, a infecção deve começar a ser sentida a partir desta segunda. Usuários com o antivírus da empresa atualizado estão livres do invasor. O HTML/LittleDavinia pode infectar os usuários através de código HTML, código VBS, e-mail e macro, sendo um vírus criado por um hacker que usa o nome Onel2.
Ao ser enviada por e-mail, a mensagem do vírus tem o campo de assunto em branco, com o corpo trazendo o arquivo de HTML. Com isso, basta ler a mensagem para que o ataque seja iniciado. Na Europa, a Panda Software já identificou cinco grandes empresas que perderam os dados de seus equipamentos.
Segundo a McAfee, outra companhia de antivírus que identificou a ameaça, ao ser executado, o vírus exibe uma mensagem em espanhol de seu criador com uma declaração de amor a sua namorada, dizendo que ela “é mais bonita do mundo” e que “Davinia rompe corações e arquivos”. Para terminar ele promete que a versão 1.1 está a caminho. Veja a íntegra do texto abaixo:
Hola, tu nombre es (nome do destinatário).
Tu email es (endereço de e-mail)
Yo soy Onel2, y vivo en Melilla
una ciudad del norte de Africa.
Estoy enamorado de una chica llamada Davinia.
Ella es la mas guapa del mundo.
Es como una diosa.
Igual que yo me contagie de amor
de Davinia, tus archivos se van a
contagiar de amor de esta pagina
Davinia(chica) y Davinia(virus) rompen corazones y
archivos.
littledavinia version 1.1 esta en camino...
Hackers invadem site do Jornal do Brasil
IDGNow!
12 de Janeiro de 2001
Mais um site brasileiro foi vítima dos piradas da Internet. A versão online do Jornal do Brasil caiu na mira dos hackers e ontem (11/01) a página chegou a ficar fora do ar.
A invasão, de autoria assinada por Morfeu, deixou em branco a página do JB Online e publicou algumas ofensas e agradecimentos: “Hacked by Morfeu. Fuckz to Rodrigo Serafim, Paulo Roberto e outros lam0 da 54211. tkz to Slayer, Galahad, Mafioso, Reset e angeldark!”
Procurados pela equipe do IDG Now!, os executivos do JB Online não foram encontrados para se pronunciar sobre o assunto.
Hackers invadem site do Ministério da Defesa do Brasil
Daniel dos Santos - IDGNow!
11 de Janeiro de 2001
O site do Ministério da Defesa (www.defesa.gov.br) é a nova vítima dos hackers. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, por volta das 18 horas de ontem (10/01), a página foi alterada pelos hackers do grupo Crime Boys. Além de imagens de Che Guevara, a página ganhou alguns palavrões e a frase "Hey admin. (administrador do site) vamos parar de brincar. Isso já está virando piada". Para terminar, deseja, em inglês, um Feliz Ano Novo. A página alterada ficou no site por 15 minutos, quando o endereço foi tirado ar por tempo indeterminado.
No ar há cerca de um ano e meio, o endereço traz informações sobre a legislação das Forças Armadas, histórico da criação do Ministério da Defesa, currículo dos ministros, notícias e links para as páginas da Marinha, Exército e Aeronáutica. De acordo com a assessoria, este foi o primeiro caso de alteração do site. A Polícia Federal e o Serpro estão investigando o caso.
Yahoo! proíbe leilões on-line de material nazista
CNNBrasil.com.br
03 de Janeiro de 2001
A Yahoo! Inc. anunciou que não realizará mais leilões on-line de artefatos nazistas e outros materiais relacionados ao Terceiro Reich.
As restrições começarão a vigorar em 10 de janeiro e podem satisfazer uma decisão da Justiça francesa, de novembro, determinando que a Yahoo! impedisse o acesso de usuários franceses a tais leilões.
A empresa insitira que não poderia limitar o acesso por regiões geográficas, mas efetivamente bloquear a visualização de tais itens para todas as pessoas.
Entre os artigos agora proscritos pelo Yahoo! estão medalhas, armas, uniformes, documentos oficiais e outros produtos que possuem suásticas ou outros símbolos associados a grupos que promovem o ódio, e juntam-se a uma lista proibida que atualmente inclui cigarros, animais vivos e roupas de baixo usadas.
As novas diretrizes também se aplicarão às listas de classificados do site e seus parceiros de e-comércio. Os diretórios de busca da Yahoo!, as salas de bate-papo e outras áreas do portal não foram afetados.
O produtor de leilões da Yahoo!, Brian Fitzgerald, disse que a ordem do tribunal francês não influiu na adoção da nova política, mas apenas aumentou a atenção interna para o assunto e acelerou a decisão.
O site líder de leilões on-line, eBay, proibiu a venda de materiais nazistas apenas na Alemanha, França, Áustria e Itália - onde são ilegais.
Os comerciantes não podem fornecer esse tipo de mercadoria naqueles países e os consumidores não podem fazer ofertas por eles.
Em abril do ano passado, dois grupos franceses processaram a Yahoo!, acusando a companhia norte-americana de violar a lei francesa por expôr ou vender material racista.
Um juiz francês decidiu em novembro que a Yahoo! teria que impedir que usuários franceses participassem de leilões desses itens, ou pagaria multas diárias de 13 mil dólares.
No dia 21 de dezembro, a empresa pediu a um tribunal dos Estados Unidos que invalidasse a ordem, argumentando que a França não teria jurisdição sobre ela.
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