Motorizando – parte VII

Bom… Novas alterações na Família Chevrolata!

O nosso bom amiguinho, o Chevette 90, partiu…

Não, nada de acidentes – apenas um já basta por uma vida!

Ainda que a intenção original fosse vender a Caveirinha, foi o Chevette que acabou sendo vendido. Nem caro, nem barato. O justo, creio eu.

E quem veio tomar seu lugar foi um – adivinhem? – Opala!

Desta vez um Comodoro 89, modelo 90, da mesma cor do Chevette, quatro portas, vidros elétricos, direção hidráulica, etc, etc, etc. Só não tem ar condicionado…

Sem maiores delongas, eis as imagens (depois eu conto os detalhes de mais essa doideira – inclusive a reação da Dona Patroa).

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Motorizando – parte VI

Bem, como eu já havia dito antes, em casa a Família Chevrolata aumentou…

E, desde então, eu estava devendo algumas fotos do novo membro, ou seja, o Chevette 1990 1.6 que comprei em janeiro.

Como não gosto de ficar devendo nada pra ninguém, eis as fotos do veículo!

Não sei o porquê, mas o dia estava lindo, com um sol radiante e, ainda assim, essa primeira foto ficou escura…

Aqui já dá pra ver melhor o bichinho. Praticamente original – inclusive o macaco, que é um dos mais esquisitos que já vi na vida!

Tão vendo? Como eu havia dito, no documento ele é cinza, mas pra mim parece algum tipo de azul. Sei lá. Aliás, preciso pintar aquela placa antes que eu leve alguma multa…

Enfim, guardadas as devidas proporções, é um carrinho bem bacaninha. Aliás, é curioso: quem tem Opala, tem Opalão; já quem tem Chevette, tem Chevettinho.

Apesar de ser até bem pequeno, se comparado ao seis canecos do Opala, o motorzinho (ói aí o preconceito de novo!) do Chevettinho (tô dizendo…) até que dá conta do recado!

Funciona redondinho, sequinho, sem vazamentos, ou seja, uma joia rara!

O estofamento é original e está muito bem conservado!

Inclusive, quando comprei o carro, apesar de o antigo proprietário resmungar um pouco, ainda assim mandou com esse acessório. Tá certo que não é todo dia que dá pra curtir, mas sempre que pinta uma oportunidade eu aproveito o máximo possível! Sei que não é lá tão forte, mas, depois de um tempinho, e na dosagem certa, sinceramente dá pra relaxar e deixar as preocupações de lado…

EI!!! Vocês perceberam que estou falando do aparelho de som do carro, certo?…

😀

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Motorizando – Parte V,5 (um estranho no ninho)

Como já estão cientes desde nosso “último capítulo”, dentro das desventuras da reforma do nosso bom e velho Opala 79, eis que surgiu um estranho no ninho desta família Chevrolata… uma moto!

Tá, vá lá. Uma estranha, então.

Acontece que essa motoca, uma YBR 125, ainda que básica da básica da básica, não só vai servir para curtir um pouco nos dias de sol, como também – no seu devido tempo – vai acabar virando grana para contribuir na reforma do Opala. Ou, no mínimo, algum outro escambo maluco qualquer…

Eu, particularmente, prefiro motos maiores. Gostaria MUITO de trocá-la por uma CB 400 (das primeiras, até 82 ou 83), ou talvez uma Virago 250, ou, ainda, uma dessas novas Kansas – se já tivessem feito um motorzinho maior que aquele 150. Afinal, com 1,90m de altura e uns 90kg de lastro não é qualquer velocípede que carrega este Jamanta que vos escreve…

Mas, prioridade é prioridade e dinheiro (ou falta de) é dinheiro. Ainda não é o momento pra isso. Então seguem uma fotos da “caveirinha” do jeitinho que estava no dia em que entrou em casa (dá pra ver o seis canecos ao fundo, repousando e aguardando seu momento de voltar à vida…).

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Silicone anti-derrapante

Também lá da Lista do Opala temos esse pequeno causo vivido pelo Maurão, opaleiro das antigas e figura carimbada de todos os momentos.

Há um bom tempo, eu trabalhei de vendedor de uma indústria química que tinha vários produtos. Entre eles, silicone em spray (novidade na época) para ser usado em painéis de carros. A lata era desse mesmo tipo das tintas de hoje…

Bem, nas minhas andanças, vendi uma porrada desse silicone para revendas de autos usados daqui de Curitiba… Uma semana depois de receberem o produto, eu quase virei charque!!!

Os caras da indústria simplesmente rotularam errado e mandaram anti-derrapante de correia industrial no lugar do silicone…

Imagina… O cara limpa o painel de um carrão, tira todo o pó, chacoalha a lata, e… borrifa uma cola grudenta que não seca nem a pau!!!

Vi alguns painéis que os caras usaram a bagaça… Cara, dava vontade de chorar!!!! E o melhor da história… o solvente específico derrete plástico…

Resultado… A tal indústria teve que arcar com uns 5 painéis zerados, comprados em concessionária e ainda pagar a instalação…

Pedi a conta depois dessa…

Motorizando – parte V

Bem, o acidente foi um negócio meio complicado. A bem da verdade até hoje, dependendo das circunstâncias, o joelho ainda dói um pouco. O dinheiro recebido à época por parte do seguro foi suficiente para aquisição de um novo carro. Era um Escort 97, modelo importado, vidros elétricos, ar condicionado, direção hidráulica, enfim, completíssimo para o gosto da Dona Patroa. De um azul-escuro muito bonito (que eu chamava de “azul meia-noite”), ficou com a gente tempo suficiente para entendermos o porquê de ter saído por um preço tão bom. A mecânica dele era uma caixa preta! Não se trocava uma vela sem ter que trocar também quase metade do motor! E, pra completar, as peças eram caríssimas! Por um descuido inominável, um ônibus deu uma raspada na parte de trás (dessa vez foi com a Dona Patroa). Tudo bem que o seguro pagou – pelo menos a parte que não era da franquia – mas o conserto geral ficou em cinco contos! Cinco mil reais! Só o para-choques traseiro custou mais de mil! Resolvemos que ele seria sumariamente substituído por algo mais de acordo com a nossa realidade. Eis uma foto dele (comigo e a Strada ao fundo).

A troca foi numa loja de carros e, desta vez, por uma Parati branca, também 97. Sempre um “carro-família”. Até que era um carro relativamente confortável, mas, por se tratar um modelão básico, com o básico do básico do básico, era bem “secão”. Ou seja, a Dona Patroa ralou um bocado, pois, para quem estava acostumada com, no mínimo, direção hidráulica e ar condicionado, pegar um carro destes em pleno verão foi complicado…

Eis uma foto da própria Dona Patroa, do alto de seus 1,53m de altura (sim, ela faz questão dos 3 centímetros), na despedida do carro – logo após a venda. Mais fotos dela (da Parati, não da Dona Patroa) bem aqui.

E essa venda foi justamente para ajudar a custear uma espécie de “volta às origens” com outro Corsa. Chegamos à  conclusão de que não precisávamos mais de um “carro-família”, pois as crianças já estavam crescendo (o caçulinha já com quatro anos) e não havia mais aquela necessidade de carregar o mundo inteiro no porta-malas. Isso sem falar que surgiu um negócio de ocasião! Imaginem: Corsa 2003 1.6, quatro portas, direção hidráulica, vidros elétricos, única dona, amiga da família, só usava o carro para trabalhar, 30 mil km e abaixo da tabela. E, melhor de tudo, depois da recente experiência com Ford e Volkswagen, uma volta à Chevrolet! Bem, fizemos um concílio familiar e ambos resolvemos assumir uma dívida para encarar aquela oportunidade. Eis uma singela foto do novo membro da família…

E, como Corsa (ainda mais prateado) é tudo igual num estacionamento, a Dona Patroa fez questão de colocar um adesivozinho – bem meigo – para poder identificá-lo rapidamente…

Bem, em paralelo às últimas ocorrências, ainda na época da Parati, eu já havia comprado o 79…

…e, mais recentemente, acabei por trocar a Strada pelo 76 – que veio a ficar conhecido como Titanic II.

E essa é toda a história!

Nestas cinco partes deste longo causo, desde os primórdios do mais antigo velocípede, numa história que ainda – quiçá! – esteja longe de acabar, foram reunidos os veículos que já tive no decorrer de minha vida.

Ainda assim não deixo de, todo domingo, dar um pulo na bendita feirinha. Quem sabe surge alguma oportunidade?…

😉

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Motorizando – parte IV

Desde então, com o segundo casamento, sendo distintas as minhas necessidades e as da Dona Patroa, na maior parte do tempo passamos a ter mais de um veículo para transporte. Nessa época de recém-casados, enquanto eu ficava num escritório de advocacia no centro da cidade ela tinha se mudado para o litoral, pois passara num concurso. Praticamente nos víamos nos finais de semana. À época nosso primeiro carro foi um Escort XR3 1.8 branco com teto solar (e uma bandeirinha do Brasil no pára-choques). O carrinho era um capeta para andar! Não ficamos com ele por muito tempo, pois seus documentos estavam enrolados e acabou sendo devolvido ao comerciante. Sem fotos dele, resta apenas uma comparação com a foto a seguir – que achei na Internet.

Nessa mesma época – acho que um pouco antes, talvez – foi que comprei uma NX 150. Na realidade essa moto passou por uma reforma completa, inclusive com alinhamento do quadro. Ela pertencera ao cunhado da Dona Patroa, que, com ela, faleceu num acidente. Basicamente um carro fez um contorno muito rápido numa avenida na praia (quase que um “cavalo-de-pau”) e o dono da moto abalroou o veículo bem no meio. Faleceu algumas semanas depois, no Benificência Portuguesa, em São Paulo. Comprei a moto da viúva, que viria a ser minha cunhada, e reformei-a inteirinha. Na sequência eis uma foto dela com meu filhote mais velho, com uns seis meses.

Depois da malfadada experiência com o Escort, compramos um Verona. Ficamos até que um bom tempo com ele. Tinha uns perrengues ou outros, mas, no geral, até que não deu tanta dor de cabeça. Na época em que meu primeiro filho nasceu foi com ele que voltamos da maternidade.

Esse carro ficou conosco, se não me engano, até pouco antes do nascimento de meu segundo filho.

Se comparado aos outros carros “da moda” na época, poderia até ser considerado um carro grande. Não tanto uma barca quanto os Opalas da vida, mas, mesmo assim, seu porta-malas era significativamente espaçoso.

Depois disso, graças a uma indenização que recebi em função de uma ação trabalhista contra o Banco Nacional, onde trabalhei por cerca de quatro anos, compramos um Corsa 97. Sem dúvida foi quem ficou na família por mais tempo. E, curiosamente, quase não temos fotos dele (senão de seu amargo fim). Fuçando bastante nos álbuns da era fotográfica pré-digital, consegui encontrar apenas algumas, onde ele somente aparece como personagem de fundo.

Aqui, o mesmo Corsa, aguardando nossa volta para casa quando do nascimento do terceiro filho.

Mas, dando um pequeno passo para trás, logo depois que vendi a NX 150, comprei novamente uma CB. Sim, além de “Opaleiro” acho que posso ser chamado de “CeBezeiro”…

Mas o grande mal das motos é a malfadada chuva. Foi mais ou menos nessa época que comecei a trabalhar numa Prefeitura, na cidade vizinha. De saco cheio de tanto pegar chuva na estrada, resolvi “investir” num Fusca 72 – que tinha o chassi torto, como dá pra se notar pelo ângulo do pára-choques.

Mesmo assim, com algumas outras avarias na fuselagem, era um carrinho bastante confortável. Ganhou o simpático apelido de Brioso, graças a uma observação de um amigo, o San-Sebastianense Sylvio…

Como a Dona Patroa, do alto de seus 1,53m de altura, se recusava terminantemente a dirigir o bólido amarelinho – pois, segundo ela, ficava afundada no banco e não enxergava nada – resolvi comprar um carro bem “família” e que fosse fácil e maleável o suficiente para que ela pudesse dirigir. Lembrei-me da época do Chevette Hatch e resolvi comprar algo na mesma linha. Assim tornei-me o feliz proprietário de uma Marajó 82 – da qual não tenho fotos (essa, a seguir, encontrei na Internet – mas era igualzinha). O carro estava bem detonado e passou por uma reforma completa, de lataria, pintura e estofamento. Somente motor e documentos é que estavam em dia. Esse, por sua vez, foi apelidado de Rabecão

Mas, passado algum tempo, e continuando a trabalhar na cidade vizinha, ao fechar as contas no final de cada mês passei a perceber que estava gastando uma soma considerável em combustível. Um pouco sobre essa história do combustível eu já contei antes, como dá pra ver bem aqui. Numa bela manhã de sol parei numa revenda de motos e decidi comprar uma financiada. “Que dívida é boa?”, eu pergunto. Respondo: “aquela que cabe no seu bolso”. Assim, mesmo sabendo que ao final talvez pagaria mais de uma moto e meia, parcelei a danada de modo que cada prestação, mais o combustível do mês, não ultrapassasse o que eu gastava mensalmente em combustível com a Marajó. Desse modo adquiri uma Honda Strada 2001 (essa aí embaixo). Confesso que no dia em que fui fechar negócio havia uma CB na revendedora e fiquei bem balançado. Mas, como o mote da vez era economizar, resolvi que tinha que pegar uma moto semi-nova, que não desse dor de cabeça ou que precisasse de reforma.

Bem, lembram do Corsa, não é? Pois é. No final de 2005 consegui o impensável: dei perda total no coitado. Acho que foi a única vez que realmente posou para algumas fotos. Mais imagens (e um pouco da história) do finado bem aqui.

Acho que já sobrecarreguei um pouco demais por hoje. A reta final dessa história fica para a semana que vem.

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Motorizando – Parte III

Continuando nossa “saga”, então chegamos ao final do ano de 1991 e eu fui saído do Banco Nacional (facão que rodava solto a torto e a direito na época). Incapaz de manter um carro que consumia o tanto quanto um jipe consumia, fui obrigado a me desfazer do meu amigo – mas com muito dó no coração…

Foi daí, após ter passado pela mecânica da Volkswagen e da Ford, que tive a minha primeira experiência com a linha Chevrolet. Comprei um Chevette Hatch.

Em comparação a outros, um carro por demais confortável. Sua leveza e capacidade de estorcer impressionava. A característica dessa linha hatch era a “falta de bunda” do carro…

Ainda assim não me lembro muito bem dele. Foi um período meio complicado na vida: depois de quatro anos sair de um banco com status de quase gerente e ter que voltar para o mercado de trabalho com uma qualificação que não lhe ajudava em absolutamente nada – até porque bancos não contratavam ex-bancários. Tive que “reiniciar” minha carreira, indo trabalhar num escritório de contabilidade, ganhando salário mínimo e dando os primeiros passos para me entrosar naquele mundo mágico que começava a despontar no Brasil: o da informática. Estávamos então na era do MS-DOS 3.30, Wordstar, dBase III Plus e Lotus 1-2-3.

Ainda assim, não sei como, consegui manter ainda por algum tempo uma CB 400 ano 1984 que adquiri na época. Tempos conturbados, memória conturbada. Dessa moto praticamente só lembro da constante preocupação para que não arriasse a bateria, pois ela simplesmente não tinha pedal de partida. Isso era característico daquela linha.

Pouco tempo depois (já nem me lembro exatamente quando), mais ou menos à época em que devia estar lá pelo meio do curso de Direito na faculdade, voltei a ter um carro. Se é que poderíamos chamar aquilo de carro. Era um Fiat 147 de 1978. Até então acho que foi o carro mais detonado que já tive. Sua lataria estava meio podre, levou semanas (meses?) até eu conseguir regular o ponto exato do motor, as fechaduras da porta não funcionavam direito (tinha que abrir a tampa do porta-malas para destravar as portas) e, sobretudo, não podia completar o tanque. Acima de determinada altura ele estava furado e vazava gasolina…

Depois de uma boa temporada com essa maravilha, sempre pingue-pongueando entre o mundo dos carros e das motos, voltei a andar em duas rodas. Dessa vez com uma DT 180 ano 1988. Acho que o veículo mais novo que eu já havia tido até então (o vira-latas com a bolinha encardida era o Toby).

Estamos na segunda metade da década de noventa. Aproximava-se o fim da faculdade bem como de meu primeiro casamento. Não, um não foi em decorrência do outro. O carro da vez foi o primeiro graúdo que já tive, um Del Rey ano 1983. Abaixo, numa foto não tão boa, que não faz jus ao perfil de seus fotografados, o único registro que tenho desse veículo. Lembro-me que o sistema elétrico dele era um caos, pois a lógica da Ford fugia da lógica comum de fiação e que eu estava acostumado. Cada vez que havia algum mau contato na lanterna eu dançava miudinho para consertar…

E então me separei.

Faltavam poucos meses (semanas?) para me formar e demos um basta num relacionamento de praticamente dez anos. Como eu não tinha vontade nenhuma de brigar pelas metades de uma separação (meia casa, meios móveis, meio carro), resolvi deixar tudo para trás. Levei apenas minhas roupas, muitas fotos, um computador e minha coleção de gibis. Voltei a ter no ônibus a principal forma de locomoção e, somente mais tarde, quando de meu segundo casamento, é que retornei ao mundo dos carros e motos.

Este foi o fim de um dos ciclos de minha vida. E também deste post. Semana que vem continuamos.

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