Aquilatando uma compra

Depois de uma resposta mais bem elaborada que dei aqui, achei que o texto mereceria “virar um post”…

O amigo opaleiro João Paulo me perguntou o que teria interferido para a compra do Titanic II, ou seja, como foi minha ótica ao comprar um tipo de carro que – naquele momento – eu já conhecia um pouco mais. Que atenção tive e a que detalhes me apeguei.

A resposta – que está lá no post original – foi basicamente a seguinte:

Na verdade toda essa coisa de “Adventure” começou já graças a meu ímpeto. Num determinado momento decidi que queria comprar um carro grande (a história completa está em parte aqui e aqui). Eu sequer tinha certeza se seria um Opala. Durante semanas a fio fiquei de “butuca” até que apareceu um. Como achei o preço razoável (até porque estava totalmente por fora de preços) resolvi fechar negócio, pois o antigo dono tinha acabado de trocar uma boa parte das peças (bandeja, suspensão, etc) e o motor estava muito bom.

Aliás, uma das poucas coisas que sei aquilatar com razoável certeza é se um motor está bom ou não. Só pelo barulho. Anos de prática com carros e motos velhas…

Talvez se eu tivesse aguardado mais um pouco teria aparecido um Opala melhor, que não tivesse TANTA coisa para fazer. Mas paciência (em determinados casos) nunca foi meu forte. E mais um detalhe: dentro da linha Opala a única certeza que eu tinha é que queria um modelo entre 75 e 79. Questões de ordem prática e estética. Os mais antigos daria MUITO mais trabalho no quesito mecânica e busca de peças; já os mais novos nunca me agradaram muito com aquelas lanternas e faróis quadradões…

Depois de efetivamente TER um Opala aprendi a AMAR o Opala. Ainda mais depois de todas as sessões de solda que eu e meu pai fizemos juntos, pra mim esse carro não tem mais preço no mercado. É MEU. Mas ainda assim queria colocar seis canecos nele…

Daí a decisão de – sem pressa – achar um motor. Eu já havia orçado em alguns desmanches e – completo – ficava em torno de uns três e meio. Por outro lado já tinha visto um ou outro Opala por mais e por menos que isso, mas ou o motor estava ruim ou o modelo do carro era muito diferente do meu. Como eu já havia contado aqui, quando eu encontrei um Opala cuja maior parte das peças servia, que o motor estava bom e – melhor – aceitava uma moto no rolo, bem, então juntou-se a fome com a vontade comer

E o resto é história.

Como o que me interessava MESMO era o motor, fiz vista grossa a muitas outras coisas – que estavam BEM PIORES que no outro carro. Ainda assim creio que meu “olho clínico”, hoje, voltar-se-ia para:

1. Motor. Tem que estar suave. Vazamentos sempre existirão, o negócio é saber se são graves ou não. Daí a desconfiança em motores bem lavados quando o caboclo leva um carro para vender.

2. Fiação. Estado geral. Se estiver muito ressecada ou com os contatos muito enferrujados, saiba que vai ter problemas por ali. Às vezes bem sérios.

3. Alinhamento. Os amortecedores podem estar vencidos, as molas detonadas e o carro todo enferrujado, mas há que se estar razoavelmente alinhado. Mesmo carros velhos e detonados têm essa possibilidade. Um carro muito fora de alinhamento pode significar que a estrutura dele está comprometida.

4. Pontos “clássicos” de ferrugem. Pára-lamas das rodas traseiras, em especial suas emendas com o assoalho. Pára-lamas das rodas dianteiras, na parte em que sua parte posterior é fixada (Opalas velhos normalmente têm essa parte solta, que fica batendo). Assoalho propriamente dito, em especial o lado do motorista, onde existe o ponto de fixação do pedal de acelerador, que é diferenciado do resto. As hastes de sustentação na parte traseira do porta-malas. A caixa de estepe. As quinas inferiores das portas. Os cantos do pára-brisa e do vidro traseiro.

5. Estado geral do carro. Se existirem muitas peças e componentes que precisem ser substituídos, quer seja para devolvê-lo ao estado original, quer seja porque estão em más condições ou sequer existam, bem, isso significa um custo não previsto – ainda que todos os pontos anteriores tenham sido superados e o carro esteja razoavelmente bom.

Independentemente disso tudo, na minha opinião QUALQUER carro que se compre (após a compra) deve OBRIGATORIAMENTE passar por quatro pontos básicos de revisão (nessa ordem): 1) pneus (o carro deve estar bem calçado); 2) suspensão (deve comportar-se bem nas curvas); 3) freios (TEM que parar quando solicitado); e 4) motor e parte elétrica (não devem apresentar surpresas indesejadas em horas mais indesejadas ainda).

Basicamente, acho que é isso.

😉

Volante Opala SS

Ontem recebi um e-mail do Jensen, lá da Tunneo Hot, com fotos dos volantes que ele fabrica.

Aliás, lhe devo uma, pois até hoje não tinha percebido que nesta página aqui do Opala Adventure (que era o nome original deste blog, antes de passar a se chamar Projeto 676…) praticamente eu não havia deixado nenhum link ou e-mail para contato direto. Graças ao comentário dele é que disponibilizei aí do lado as informações sobre quem é o louco que vos escreve e que se meteu nessa aventura de reformar um Opala…

Qual o comentário?

“Nossa, foi difícil encontrar o e-mail no seu site. Tive de usar técnicas ninja para poder enviar este e-mail e saber de que cidade você é…”

Bem, daqui pra frente já dá pra deixar as técnicas ninjas de lado. Valeu, Jensen!

Quanto aos volantes em si (que é o que interessa), a seguir temos uma sinopse das informações que ele passou das réplicas. Aliás, o termo “réplica” é apenas para facilitar o entendimento, pois a referência correta seria “cópia”. São utilizadas todas as medidas e dimensões do original, porém com materiais diferentes. Numa restauração ou réplica, deve-se usar o mesmo material da peça original, para preservar suas características.

Acontece que um processo industrial usualmente utiliza materiais mais baratos para uma grande produção em série com o intuito de ter mais lucro. Nesse caso os materiais possuem prazo de validade e depois de determinado tempo precisam ser substituídos – até porque a indústria TEM que se manter ativa. Depois desse prazo pode ocorrer fadiga, quebra, ressecamento, etc.

Já os produtos fabricados pelo Jensen não têm uma produção em série, são confeccionados para pessoas específicas. Por isso, utilizam materiais de primeira. Seguem alguns detalhes técnicos do volante réplica do Opala SS:

– volante com estrutura em aço carbono cromado, espessura 4 mm (estrutura super-dimensionada);
– aro com encaixe dos dedos (grip), revestimento em couro sintético preto ou marrom;
– botão de buzina em resina preta ou marrom com emblema SS;
– sistema de buzina com dispositivos de contato;
– cubo de adaptação idêntico ao original com estrias compatíveis (mas deve ser informado o ano do veículo, pois existem variações no encaixe), fiação para buzina, destrava de setas e saca-volante.

Os valores cobrados podem ser parcelados em duas vezes, sendo metade na encomenda e a outra metade (mais o custo do Sedex) na entrega. Os pagamentos são por meio de depósitos bancários e o prazo de entrega é de 40 dias.

Já lhes adianto que não, não estou ganhando nada com essa “propaganda”. Aliás, nem pretendo. Minha intenção é apenas compartilhar uma boa fonte para aquisição de peças de Opala.

O preço?

O link do site está tanto aí do lado quanto lá em cima, no começo do texto. Aos interessados basta trocar uma idéia com o Jensen – que já demonstrou ser gente boa pra caramba.

De minha parte, quando chegar o momento, pretendo comprar um belo dum volante SS para o Opala 79. E – MUITO provavelmente – vai ser dele. Basta a reforma chegar no ponto certo…

Por enquanto, seguem algumas fotos que ele me encaminhou para que possam ter uma ideia da qualidade do material.

Mais livros para estante

Mais um livro para a biblioteca!

Acabei de disponibilizar aí do lado, na sessão Enfiado no Porta-Luvas, um arquivo compactado contendo uma parte do livro Manual Completo do Automóvel, especificamente a que trata da Linha Chevrolet. Juntamente com outro livro que eu já havia colocado antes – o Manual do Chevrolet Opala – possibilita se não virar o motor no avesso, ao menos saber exatamente como funciona cada perrengue de dentro do bicho.

Ou seja, beeeeem devagar vamos conseguindo rechear esse cantinho opalístico com mais algumas informações úteis para a posteridade…

MSD Ignition – Multiple Spark Discharge 6AL

Tenho paulatinamente lido os tópicos antigos da lista de discussão lá do Opala.com, da qual participo. Já foram quase 600 tópicos – com diversos e-mails relacionados a cada um – e ainda tenho mais de 2.000 pela frente até chegar na data em que comecei a participar (sim, sou taurino, turrão, teimoso e não desisto NUNCA).

Mas em tempos de medição de consumo de combustível uma coisa me chamou a atenção: a opinião geral e globalizada de que um determinado módulo de ignição melhora – e MUITO – o desempenho geral do motor. Tanto em termos de consumo quanto de potência. Não sei se de lá para cá já houve alguma evolução desse “kit”, pois os tópicos referem-se a maio do ano passado.

Estamos falando da ignição MSD-6AL, sendo que a recomendação é que não se deve poupar nessa hora e fazer o serviço completo, envolvendo o próprio módulo, bobina e cabos de vela. Algo em torno de oitocentos contos!

Mas estive vendo algumas ofertas atuais no Mercado Livre e esse preço é até mesmo superior, de modo que, talvez, diretamente nas casas especializadas a tendência seria cair um pouco – e, quem sabe, parcelar a perder de vista…

Vou continuar acompanhando outros tópicos sobre o mesmo assunto para me certificar do verdadeiro ganho em economia, pois se realmente estiver a altura dos comentários parece que vale a pena esse investimento. Eis uma descrição básica tirada lá do Garage34® Store:

“Mais potência devido a uma combustão completa.

A ignição MSD-6AL proporciona uma completa combustão para seu veículo proporcionando melhores arrancadas, melhores partidas, mais potência e mais economia de combustível. É perfeita para a pista ou rua. Sua poderosa capacidade de descarga garante uma queima completa da mistura ar-combustível. Sua função de limitar os RPMs em determinados giros pré-estabelecidos através de um pequeno chip inserido em um local apropriado protege o motor, evitando sua quebra por RPM elevado. Este sistema funciona da seguinte maneira: Quando o giro do motor ultrapassa aquele pré-estabelecido pelo chip inserido no módulo, as faíscas serão cortadas em determinados cilindros e em outro ciclo, estes cilindros que tiveram as faíscas cortadas, receberão novamente as faíscas e outros deixarão de recebê-las. O resultado dessa operação é um corte de potência suave e constante, evitando os contra-golpes no motor e estouros no carburador.

Grupo Opala.com

Hoje me inscrevi num grupo de discussões chamado “Opala.com”, o qual encontrei lá pelo Google. Centenas de opaleiros das mais variadas regiões prontos a discutir sobre tudo que interessa (ou não) do mundo opalístico.

Então fica a regra de ouro para qualquer um que queira participar de qualquer grupo de discussão sobre qualquer tema: FIQUE NA SUA. Pelo menos no começo. Questão de “netiqueta”. Ouvir bastante, tentar saber quem é quem, e, quando finalmente tiver alguma coisa relevante para perguntar, fazê-lo com cordialidade e educação. Sem esquecer de AGRADECER depois.

Esse é o básico.

O resto se aprende com o tempo…

Mais links *

Dei uma incrementada boa na seção Peças e Acessórios aí do lado. Muitos links obtidos diretamente nas páginas do Orkut, o que nos remete a um agradecimento direto ao João Araújo – valeu, cara! Destaque para a Jocar, onde futuramente vou conseguir as calhas, já que as minhas encontram-se destroçadas. Ainda não me convenci a comprar os retrovisores originais (ou no estilo deles), pois ainda os acho MUITO caros. A CM Racing tem boas dicas sobre a utilização do álcool e do gás nos carros, fora seu forte – que é o sistema de ignição. Já no Giba escapamentos o que mais me chamou a atenção foi a construção e apresentação do site – numa escala de 0 a 10, leva 11!

* Esse post é meio “atemporal” na nossa cronologia…

Novos links

Uma rapidinha: novos links aí do lado.

Em Outros Opaleiros alguns clubes foram acrescentados, e em Peças e Acessórios temos agora o interessante Tunneo Hot. Como sou louco por um volante de SS original, acho que com esse pessoal vou conseguir (futuramente) resolver meu “problema”…

De resto, minha ausência forçada diz respeito ao meu trabalho – sempre ele – mas de algum lugar precisa vir o dinheirinho para a reforma da barca, não é? Não lembro se já comentei por aqui, mas trabalho na Prefeitura de Jacareí (cidade aqui do lado de São José dos Campos, em SP), justamente na área de licitações e contratos. E fim de ano, com fechamento do orçamento e tudo o mais, isso costuma ser um verdadeiro INFERNO! Mas – ora vejam – minhas férias se aproximam! Teremos dias e dias para “brincar” com o nosso Opala… 😀