Motorizando – parte XIV

Em que pese os mais de dois anos de excelentes serviços prestados, tudo que começa, um dia acaba. E para o Agile (que durante todo esse tempo acabou não sendo “batizado”) esse tempo também havia de chegar.

Tudo começou com um maldito “segundo sensor” do escapamento que estava fazendo com que aquela desacorçoada luzinha amarela do painel ficasse acesa direto. Particularmente costumo chamar essa luz de alerta de xabu geral, pois não tem como você saber a que ela se refere a não ser que se passe o tal de “aparelho”, um equipamento informatizado que se conecta ao módulo e consegue identificar especificamente o que estaria dando problema. E, no caso, era o tal do segundo sensor.

Mas era um defeito intermitente, que ora vinha, ora sumia. Fui verificar com o mecânico de plantão quanto seria para trocar de vez essa bagaça e ele me disse que seria de uns trezentos a quinhentos dinheiros! Larguei mão. Até porque os pneus já estavam começando a chegar no fim da vida, assim como os amortecedores. Talvez o melhor fosse passar o carro pra frente…

E também porque lá no início de 2020, antes que a pandemia assolasse nosso planeta, já tínhamos nos desfeito do próprio Bilbo, nosso pequeno notável Ford Ka 2010, justamente porque já estava começando a querer dar sinais de que teríamos que ter gastos com sua manutenção.

Mas não deu nem tempo de sugerir a venda do Agile pra Dona Patroa, pois ela mesma já me adiantou essa ideia. Mesmo que ainda faltasse um ano de carnê pela frente, como essa parcela já estava entubada mesmo, então que se pegasse um carnê maior. Sugeri que ela procurasse algum carrinho 2015, algo mais ou menos por aí. Ela, que de boba não tem nada, fuçou, fuçou, fuçou, fomos até algumas lojas ver alguns veículos, mas ela se encantou mesmo foi com um Toyota Etios HB X-Plus 1.5 AT 2019.

Olha, vou te contar, um carrinho hatch realmente bonito. O painel todo digital, com diferentes opções de mostradores – coisa de louco! Completo, com ar condicionado que realmente gela, muitos nichos espalhados pelo painel e pelas portas (o que a Dona Patroa ama de paixão), um câmbio de seis marchas que permite alongar e economizar principalmente nas viagens, direção elétrica (que, eu não sabia, consegue ser ainda MUITO mais confortável e maleável que a hidráulica) e outros tantos quetais. Fora o fato de ser um Toyota, que tem a prodigiosa fama de nunca dar defeito.

E o motor, então? Quando você para o carro no sinal ele é tão silencioso e estável que dá a impressão que morreu! Agora, o mais interessante mesmo é que esse motor é de 1.5 para um veículo que pesa menos que 1.000kg. Ou seja, o bichinho tem uma puxada violenta. Pisou, correu. O que já lhe valeu, desde o início, o respeitável apelido de Ligeirinho

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