Mais canibalismo


Tampões que vieram com o Opala 79 e o 76

Como podem ver, o tampão traseiro do 76 (o marrom, ali da direita) está pra lá de detonado.

Em mais um ato de puro canibalismo (não se preocupem, tudo isso é temporário), peguei o tampão que veio com o 79 (que continua sendo prioridade) e coloquei-o no lugar do antigo do 76 – mas antes tive que retirar os falantes dele. Som no carro definitivamente não é uma prioridade (pelo menos não agora).

Aliás, para aqueles que manjam da área, não tenho nem a menor ideia se esses se esses são “dos bons” ou não, mas que estão novinhos – a isso estão!


Esses são os tais dos alto-falantes!

Segue a “ficha técnica” dos danados:

– Buster – PMPC
400 Watts
Potência RMS 50W
Impedância 4OHMS
QB-6900

E eis o “novo” tampão no seu devido lugar:


Tampão que estava no Opala 79…

É, não ficou lá um primor, mas pelo menos tá melhor que aquele “coiso” enorme que deixava a mostra os buracos da lataria…

FALANDO NISSO, infelizes aqueles que DETONAM a lata de um carro em nome de um som potente! Haverão de arder no mármore do inferno!!!


Pra que estragar o carro assim?…

😉

Xô, encosto!

Uma coisa que sempre me incomodou, tanto no Opala 79 quanto no 76, é a questão de o assento traseiro ficar solto. Largadão, mesmo.

Facilmente dá para concluir que os ganchos que existem no assoalho são para prender a ferragem da parte de baixo do banco.

Mas como?

Empurra, força, tenta encaixar, vira, pula e nada.

Não é POSSÍVEL que o projeto de um carro como esse tivesse uma falha tão grosseira como essa: um banco solto. Não tem como colocar o banco com o encosto ali!

Vamos analisar.

Ese negócio é só encaixado. Não tem peça nenhuma faltando para dar algum “clique” qualquer. Mas… PÉRAÊ!!!

O encosto TAMBÉM é só encaixado!

E se for possível encaixar o banco SEM o encosto?

Tirei o danado – e de quebra já deixei os cintos de segurança para cima – e fui tentar encaixar o banco.

Facilmente!

Depois foi só colocar o encosto de volta, encaixando nos ganchos de cima (que ficam na altura das costas de quem senta).

Banco e encosto traseiros recolocados, cintos de prontidão, tudo bem firme!

É…

De vez em quando basta usar um pouco a boa, velha e empoeirada caixola, botando-a pra pensar… Não requer prática e tampouco habilidade!


Banco traseiro do Opala 76 no devido lugar

PS.: Por mais que tenha gente que não goste do cinto de segurança “aparecendo” (eu inclusive), quando se tem três filhotes ainda pequeninos (4, 6 e 8), andar sem cinto NÃO ROLA!

Desportaluvando

Carro velho tem barulho.

Isso é FATO.

Todo e qualquer carro na faixa dos “inte” ou “inta” anos de uso tem barulho, certo?

DESCONCORDO.

O melhor exemplo que tenho disso é a boa e velha Variant do Seo Bento (vulgo meu Pai). Já tem seus 34 anos não só de idade mas também de efetivo uso no dia-a-dia e funciona como um relógio. Tudo firme. Tudo no lugar.

Desse modo aquele tréque-tréque-tréque que eu até já estava me acostumando quando andava com o Titanic II vai ter que acabar. O primeiro passo é fixar corretamente o painel, pois estão faltando parafusos e o danado está solto. Sim, totalmente solto.

Os parafusos de cima são fáceis. Bastou arranjar um de cabeça larga e colocar no lugar. Eles ficam meio que escondidos da linha de visão tanto do motorista quanto dos passageiros.


Um dos parafusos, logo acima do controle de ar

O perrengue são os parafusos de baixo. Como foi meu pai que desmontou essa parte do Opala 79 eu acabei não acompanhando como ele era afixado em baixo. Fui tateando, tateando, elucubrando, pensando, até que cheguei a uma conclusão: só podem ficar ATRÁS dos botões do painel (limpador de pára-brisa e faróis).

E daí? Como tirar?

Fácil.

Basta colocar a mão por trás do painel e empurrar o botão. Não se preocupe. Não dá choque nem espeta. Tá, espeta um pouco. Mas dá para sobreviver. Dessa maneira teremos acesso ao parafuso que prende a parte inferior do painel.


O botão, depois de empurrado, e o parafuso “oculto”

Devidamente preso na lata (como deveria estar desde o início), até a aparência do painel ficou melhorzinha…


O painel devidamente afixado

Acontece que o lado do porta-luvas também está todo meio que solto. Comecei a desmontar e – qual minha surpresa – começou a sair por pedaços. Isso é, até o último pedaço, da entrada de ar, que simplesmente não saía.

Bem, todos os parafusos foram retirados – disso eu tinha certeza. A maior parte fica dentro do próprio porta-luvas. Então aquele pedaço só poderia estar encaixado. BEM encaixado. Com muito jeito, tato (até de modo a não quebrar ainda mais) e um pouco de força bruta, foi possível ir tirando-o pouco a pouco. É que, como ele também vai encaixado na lataria, havia um excesso de cola ou outro material qualquer que estava dificultando a coisa. Aliás, um detalhe que eu não havia me tocado antes: está faltando a mangueira que liga a entrada de ar ao painel. Paciência. Mais tarde vejo isso.


O porta-luvas sem o porta-luvas

Agora preciso bolar uma maneira relativamente “inteligente” de fazer o reparo. Simplesmente arrebitar com uma chapa fina não vai dar, pois tem partes que ficarão à mostra. Terei que usar uma cola que seja rígida o suficiente para que não se solte e, concomitantemente, que seja flexível o suficiente para não quebrar com a trepidação do carro…


O porta-luvas inteiro (pero no mucho…)

Cansado de bater na bateria

Confesso, joguei a toalha. Depois de tantas desventuras com a bateria do carro e – no final – ainda não ter dado plenamente certo, acabei comprando uma bateria nova.

DUZENTOS E TRINTA E NOVE CONTOS!!!!

Caceta, quando foi que subiu assim o preço das coisas? Lembro-me vagamente de já ter comprado uma bateria, num hipermercado mesmo, por cerca de um quarto desse valor. Ou menos.

Bão, nada será perdido, pois até onde pude perceber a bateria que veio originalmente no 76 não está MESMO segurando carga e a do 79 bastará dar uma boa carga lenta para funcionar perfeitamente (aliás, como já estava funcionando antes). Desse modo, quando da futura “transfusão”de motores, nada será criado, nada será perdido, tudo será trocado

Aliás, crianças, informação técnica relevante (???): segundo consta no manual de instruções que veio com a bateria nova (sim, sou um alienígena, pois eu SEMPRE leio todos os manuais ANTES de começar uma instalação), após fixar a bateria no suporte “conectar sempre primeiro o cabo positivo no borne positivo da bateria e posteriormente o negativo; para retirar a bateria, efetuar o processo inverso, ou seja, desconectar primeiro o cabo negativo e posteriormente o positivo, desta forma evita-se o faiscamento nestar operações”.

Tá.

A uma: eu não sabia que aquele perrenguezinho onde prende o cabo da bateria se chamava borne.

A duas: só AGORA que me avisam que tem um procedimento específico pra isso? Uma ordem certa? Depois que eu coloquei e tirei as baterias de ambos os carros trocentas vezes? E, diga-se de passagem, sem nenhum “faiscamento”?

Mistééééério…

Carga Lenta x Carga Rápida

E eis que AINDA estou tendo problemas com a partida do carro. A minha sorte é que ele está tão bem reguladinho que pega com qualquer tranquinho de descer a calçada. Mas – caramba! – NÃO tem que ser assim…

A questão é que tudo indica que a bateria não está “segurando carga”, ou seja, ela até recebe a carga enviada pelo alternador, mas não consegue manter os níveis mínimos necessários para fazer o motor girar.

Assim, em mais um ato de pleno canibalismo (o motor de arranque ainda está no 76, lembram-se?), peguei a bateria do 79 – que, até onde me lembro, funcionava direitinho.

Problema: qual a carga dela depois de tanto tempo parada? Zero. Niente. Nada. Bulhufas.

Levei a danada lá no japonês da autoelétrica. “Carga rápida ou carga lenta?”, ele perguntou. Como a carga lenta demoraria 24 horas, mas por ser sábado, antevéspera de feriado, eu não veria a cor da bateria carregada tão cedo, resolvi pela carga rápida.

Umas três horas (e duas cervejas) depois voltei para pegar a bateria. Fui pra casa, troquei as danadas e… nhén…. nhén… nhén…

Dava sinal mas não tinha força suficiente para girar o motor. Pelo jeito vou ter que ficar mais algum tempo dando tranco no carro ou fazendo chupeta (odeio a conotação sexual dessa palavra – pelo menos quando sou EU quem falo) até ela atingir plena carga, o que só vai acontecer com o carro rodando por aí.

Ou seja, caso algum dia você, leitor, tenha algum problema desse tipo, não faça como o Jamanta aqui – escolha pela carga lenta, certo?

Ah… Paciência, paciência, paciência… Essa – com certeza – é a principal ferramenta de trabalho de quem se dispõe a ter um carro antigo, qualquer que seja…

Questão de consumo – parte IV

Vamos a mais uma medição.

Abasteci ontem. Marquei direitinho. Foram R$89,00, correspondentes a 38,22 litros de gasolina. Como? Qual a quilometragem? A besta que vos escreve esqueceu de anotar!!!

Desse modo, num pleno exercício da inexata ciência da chutologia, deduzi 15km do que estava no mostrador – que é aproximadamente a distância entre o trabalho e a minha casa. O posto fica ali perto e também precisei dar umas voltas antes de voltar ao lar. Isso nos dá uns 47.532 quilômetros.

Assim, creio que rodei 206 quilômetros com 38,22 litros de gasolina, o que nos dá uma marca aproximada de 5,39km/l.

Como a última marca foi de 4,96km/l, como a diferença entre uma e outra é grande e como eu pisei na bola na hora de anotar corretamente, vou completar o tanque hoje e começar tudo de novo.

Merda.

Revendo a centelha

E eis que ontem senti o carro meio “estranho”…

A impressão que dava é que um dos cilindros estava falhando. Umas engasgadas meio esquisitas, uma perda de potência, coisas do gênero. Ponto não poderia ser, pois recentemente eu já havia acertado isso. O jeito seria dar uma olhada nas velas. Ou melhor, trocá-las de uma vez.

Aliás, como os cabos de vela que vieram com ele estavam todos encapados com uma esquisitérrima faixa azul, resolvi aproveitar e já trocá-los também.

E, analisando melhor a tampa do distribuidor, vários pontos de zinabre (a “ferrugem” da parte elétrica) já se destacavam em seu interior. Melhor trocar…

Isso sem falar que o rotor também já estava com uma carinha estranha, bem gasto mesmo. É. Troquemo-lo, então.

E CHEGA!

Esse é o kit básico para dar um fôlego ao carro quando a parte elétrica se demonstrar meio desgastada. Velas, cabos, tampa do distribuidor e rotor. Se, após isso, continuasse a demonstrar problemas, então seria necessário fazer uma pesquisa mais a fundo sobre o real problema que estivesse afligindo o carro.

No meu caso específico parece que foi mais que o suficiente.

Fiz a troca hoje de manhã – malditas velas atarraxadas! Com exceção do cilindro nº 5, que estava meio bamba (acho que era ali o problema). Deu um pouco de trabalho para pegar – acho que a bateria, no geral, deve estar meio fraca – mas acabou girando que é uma beleza! Precisei somente acertar a marcha lenta, pois o modelo das velas não era exatamente o mesmo das que estavam instaladas. Não sei dizer se seriam mais “frias” ou mais “quentes”. Mas no final deu tudo certo.

É só questão de rodar e ver se não teremos nenhum perrengue futuro…

Esse é o “kit” que foi retirado do motor. Como, bem ou mal, estava funcionando, vou deixar tudo bem guardadinho para eventuais emergências futuras. Afinal de contas com carros que já passaram dos seus vinte – ou melhor, trinta – anos nunca se sabe!

Eis o danado com seu “kit” novo! Tudo bem firme e bem encaixado!

Aliás, isso me fez lembrar de uma coisa importantíssima: até o momento não coloquei aqui nenhuma foto “de corpo inteiro” do Titanic II! Vou providenciar o quanto antes uma sessão de fotos e compartilhar a visão da barca com vocês! Aguardem…