(Quase) fim da mecânica leve

Pois é.

Estou de férias e, por isso mesmo, tenho condições de continuar estes apontamentos.

No que resta da “parte leve” comecemos com a porta. É a que resta ainda sem desmontar (até hoje não consigo lembrar-me do porquê ela ficou para depois) e que tem mais detalhezinhos a serem retirados. Confiram por si mesmos.

Antes de mais nada, aproveito para tirar os restos mortais das presilhas de plástico da forração da porta que jazem por ali. É LÓGICO que nenhuma saiu, todos arrebentaram e tive ainda que afundar os resquícios das que sobraram – que acabaram caindo no fundo da porta. No futuro preciso lembrar-me de limpar absolutamente TUDO que jaz por ali também…

Mas voltemos à parte parafusística da coisa. Com uma caixa do lado para guardar tudo, damos então início a essa etapa desmontando a máquina de abaixar o vidro. Tratam-se de três grandes parafusos phillips.

O primeiro saiu.

O segundo também.

O terceiro… travou!

Na força só não vai – a chame começou a girar em falso, começando inclusive a destruir a fenda phillipesca do parafuso.

Primeiro velho truque de gambiarreiros: com o martelo dê pancadinhas na chave ao mesmo tempo em que tenta firmemente girar o parafuso.

Não funcionou.

Segundo velho truque de gambiarreiros: com um punção faça uma marca na lateral da cabeça do parafuso recalcitrante (apenas para dar apoio). Depois, bata nesta marca (com o punção, pô!) on sentido de desatarraxar o infeliz.

Soltou!

Eis, a seguir, o parafuso marcado para sair (o “ponto” está na parte superior dele) e as delicadas ferramentas cirúrgicas utilizadas nessa intervenção…

Ainda que com os parafusos soltos, deixemos a máquina de lado por enquanto para acabar de soltar o quebra-vento.

Com o jogo de chaves do tipo “cachimbo” (aquele que funciona com uma catraca) pegue a conexão de 10mm (ou, como diria meu pai, o “pito” de dez) e solte os parafusos que seguram o quebra-vento. São apenas quatro, acessíveis pelos buracos da porta. E estes são buracos originais, ok?

Ah, sim.

NÃO DEIXE A PORRA DA CONEXÃO DA CHAVE CAIR DENTRO DA PORTA!

Porque a minha caiu.

Merda.

Pusta trabalheira para pegá-la…

Bem, depois de solto é só puxar por cima que o conjunto inteiro sai.

Voltemos à máquina do vidro (pois foi preciso retirar o quebra-ventos antes, uma vez que o vidro estava emperrado, fora do trilho e não subia). Levante o vidro até ter acesso aos dois parafusos 8mm que prendem um das pontos do cabo da máquina.

Cuidado, pois, depois de soltos os parafusos, a chapinha cai!

Solte agora os dois parafusos 10mm que prendem a parte posterior do vidro. Sim, também caem. Não esqueça de juntar as buchinhas de plástico desses parafusos que protegem o vidro do metal.

Uma vez soltos e antes de efetivamente (tentar) tirar o vidro, sabem aquela calha de alumínio com borracha que evita que a água entre pela porta? Na parte de cima, bem junto ao vidro? É só encaixada. Tire-a. Use uma chave de fenda para fazer uma leve alavanca (LEVE, eu disse, seu ogro!). Não se esqueça de guardar as presilhas de encaixe que ficam entre a parte interna da calha e a lata da porta – são quatro ao todo (o lado mais comprido delas é na parte de dentro).

Feito isso é só puxar o vidro que ele facilmente sai por cima.

Aproveite e pesque o fio da máquina, pois após tudo isso ela está totalmente solta lá dentro.

Tiremos a canaleta traseira da porta (próxima à fechadura). Apenas dois parafusos 10mm pela parte interna da porta.

Hora de soltar os perrengues presos na lateral da porta.

Já de início os parafusos phillips da fechadura TAMBÉM estão travados…

Veja a técnica gambiarrística nº 2 supra.

Após isso, ainda resta um outro phillips por dentro.

Aliás, não se esqueça de ANTES tirar a maçaneta interna e o arame que a liga na fechadura – também são dois phillips.

Com a fechadura solta, desencaixe o arame que a prende ao pino de travar a porta.

Bão, agora é que a porca torce o rabo!

A porca (literalmente) que resta a ser tirada tá pra lá de enferrujada!

WD-40 nela e voltamos aqui depois.

Antes que eu me esqueça, é melhor retirar as chapinhas de metal nas quais são presos os parafusos da maçaneta interna. Olhando para a outra porta vejo que já esqueci as de lá. São só encaixadas e uma pequena alavanca com a chave de fenda faz com que se soltem.

Restou, ainda, uma pequena peça presa por um parafuso 10mm – mais para o lado dianteiro – cujo formato assemelha-se a uma pequena “plataforma” interna. Não entendi sua utilidade ou funcionamento (ainda) – mas ficará bem guardadinha até que eu descubra…

Tento tirar a maioria das borrachinas na integridade, mas não rolou. Paciência.

A maçaneta externa já contei aqui como retirar, então não vou me repetir.

A outra parte da fechadura, que fica no corpo do carro, também já foi tratada no mesmo link ali de cima, bastando apenas esclarecer que será necessária uma chave Allen.

Quase ia me esquecendo da roldana por onde passa o fio da máquina lá embaixo! Também dois parafusos de 10mm.

Curioso é que, contraposto a essa roldana, existe uma outra na parte de cima, sendo que não tenho nem a mais afastada idéia de como tirá-la (ou se seria necessário tirá-la). Por enquanto vai é ficar ali mesmo…

Também os encaixes do puxador da porta (que vai no forro) ainda estavam ali na lata. Não seja bruto! São de plástico! Coloque gentilmente a mão por dentro da porta e empurre-os, tirando com carinho. Simples assim.

Dou uma última avaliada geral na porta.

Merda.

Não sobrou mais nada.

Voltemos à mardita porca emperrada e devidamente dáblio-dê-quarenteizada.

Tensão…

Suspense…

UAI!?!?

E não é que a demônia saiu de primeira, sem trabalho algum?

UFA!

Então temos a seguir o saldo dessa cirurgia…

A porta externamente “limpa”…

…bem como internamente também!

Concluída a “operação porta”, concentrei-me nos diversos perrenguinhos e pecinhas ainda presos à lataria, principalmente no cofre do motor.

Limpador de pára-brisa (sei que não deveria acentuar, mas sou das antigas, tá?): parafusos de 8mm e o braço, embaixo, preso com aquelas travinhas (no estilo “anel de pressão”) – precisaremos de um alicate de bico fino.

Tirei, também, os pequenos suportes de plástico para parafusos, encaixados logo atrás da borracha colada onde fecha o capô. Aliás, tirei a própria borracha. Aliás do aliás, descobri que um desses pequenos suportes foi feito à base de fibra de vidro, muito provavelmente pelo Seo Bento, vulgo meu pai, enquanto o carro esteve ancorado por lá. Bom saber. Quando e se eu precisar de mais – e caso não ache no mercado nem novo nem usado – já sei pra onde correr!

Soltei todo o encanamento do “brucutu” (presilhas com parafusos phillips) e suas respectivas borrachas – todas ressecadas.

O cabo para a abertura do capô é curioso: primeiro tem que soltar a ponta dele, no sistema que trava a tampa (phillips), depois, lá dentro, é necessário soltar uma porca que está atrás do suporte do puxador, cujo próprio cabo passa pelo meio dela. Com ela solta, basta puxar o cabo com capa e tudo até sair, passando todo ele pelo buraco do suporte – inclusive pelo da própria porca.

E o dito sistema de trava do capô? Quatro parafusos, todos de 10mm. Já sua contraparte, presa na ponta do capô (aquela que contém a mola que o Seo Bento fabricou), é fixada nas pontas por dois parafusos de 13mm. mas, para tirar tudo mesmo, após soltar esses parafusos, é indispensável soltar também o parafuso phillips que prende a mola na lata (que passa bem pelo meio da mola).

Dando uma checada por alto, dá pra acreditar que o suporte do extintor ainda estava lá? Pra quê, eu não sei… Dois phillips.

E, ainda, uma pequena alça bem na ponta do túnel do câmbio, embaixo do painel. Creio que para fixar o console. Dois parafusos de 10mm.

Por derradeiro, três pequenas travas plásticas para prender algum parafuso por dentro da lataria (na cabine). Formam um triângulo, bem do lado dos buracos que dão passagem à direção e o outro dos pedais.

Então, ficamos com o seguinte:

O cofre quase que totalmente desocupado.

A “cabine” praticamente livre

Sim, a corda é para segurar as portas! 🙂

E uma panorâmica do nosso brinquedo quase que todo desmontado.

Nesse meio temo eu tenho que aguentar uma briga de gatos (literalmente), eis que o Nimbus, esse cinzento de poucos meses, resolveu atentar a Lua, essa preta de mais de 14 anos. Tal e qual Nermal e Garfield…

Após tudo isso faltam basicamente três coisas para concluir o desmonte: a alavanca do freio de mão, o encanamento de freio e as mangueiras do sistema de combustível.

Mas neste final de semana eu não continuo com mais nada.

Amanhã serei padrinho de casamento de um dos meus melhores amigos e não perderia isso por nada deste mundo!

Fim da mecânica pesada

Bom, para hoje o negócio é acabar de desmontar o diferencial, atualmente preso somente por dois braços – cada um deles chamado de “braço de controle superior”. Os pintadinhos de amarelo aí embaixo.

Soltá-los na parte de cima implicaria em eu ficar totalmente sob o carro – o que, na atual conjuntura, meu coeficiente de cagaço não permite…

Então soltar-los-ei na base. Cheguei ali no lado esquerdo e constatei: parafuso com cabeça de 15mm e porca também 15mm. Fácil. O lado direito já foi um pouco mais enroscado, mas nada que uma bela duma martelada na chave não resolvesse (com o cabo do martelo, é lógico).

Para tirar os parafusos, mais uma vez com o macaco jacaré, levantei todo o conjunto do diferencial – para que não despencasse tudo ou, pior, acabasse entortando um dos parafusos (caso eu tirasse um de modo que todo o peso ficaria concentrado no outro). O do lado esquerdo saiu na mão. O do direito, no alicate. Mas, ainda assim, tudo relativamente fácil.

O conjunto todo cedeu um tantico ao abaixar o macaco. Como não sou besta já havia deixado dois aros do meu antigo Fusca ali embaixo para sustentar a criança. Coloquei os parafusos individualmente de volta nos braços para não perdê-los.

As molas, conforme eu supunha, eram somente encaixadas. Tirei-as com as mãos e deixei-as de lado. Será que tem diferença da direita para a esquerda? Mais tarde penso nisso…

Só agora percebi que ainda não desmontei o sistema do freio traseiro… Mãos à obra!

Comecei com o freio de mão (já não sei mais se isso tem hífen…). O cabo de aço que prende as duas rodas à alavanca do assoalho funciona do mesmo jeitinho que um determinado tipo de um antigo freio de bicicleta (para quem não sabe uma das minhas primeiras profissões foi numa bicicletaria – já contei essa história aqui). Chave 13mm. Detalhe: não esquecer de soltar a mola que é presa no furo do parafuso. Após solto, usei a própria porca para deixá-la (a mola) presa no parafuso para que não se perca. Abaixo, o cabo antes de ser solto.

É aquela velha história: “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. Ainda que solto, o cabo de aço do freio de mão – que é inteiriço – passa SOBRE o escapamento, de modo que este teria que sair. Perguntem se eu o tirei? Nãããão! Ainda bem que atualmente ele está somente encaixado. Bicho grande esse! O comprimento dele dá praticamente o mesmo que o do Corsa, o carro da Dona Patroa!

Ainda falta o sistema de freio “normal”. Seu encaixe é exatamente do mesmo tipo que o das rodas dianteiras, mas com a diferença que há somente uma conexão alimentando ambas as rodas traseiras. No mesmo esquema de antes, uma vez solto o caninho bastou tirar a trava.

Agora, para tirar todo o conjunto de sob o carro é melhor eu soltar aquela barra estabilizadora que ficou dependurada. Chave 19mm. Eu tenho uma dessas? Nãããão! Mas o bom e velho espírito gambiarrístico persiste neste que vos tecla. Fui buscar as opções dentro do que tinha à mão e encontrei uma antiga chave de vela para motos na exata medida. E melhor: com uma haste de metal bem reforçada (coisas que os conjuntinhos de ferramentas de hoje em dia já não comportam). Bastou posicionar no ângulo correto, aplicar uma forcinha moderada e pronto! Quem mesmo disse “dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu movimento o mundo”? Creio que foi Arquimedes…

Sem a barra estabilizadora o espaço ficou liberado para puxar todo o conjunto de diferencial, agora já solto, para trás do carro. Aliás, resolvi colocar tudo num cantinho da garagem para não atrapalhar ninguém (até parece!) e deixei no mesmo local o diferencial, a barra estabilizadora e as molas.

Pensando melhor, seria bom também colocar toda a suspensão dianteira, já arriada lá na frente do carro, no mesmo cantinho. Na falta de alguém que pudesse me ajudar a levantar esse trambolho, chamei o ajudante de todas as horas, o filhote nº 1, já com 11 anos. Ainda assim seria pesado para ele. Como fazer? Peguei o jacarezinho (o macaco, lembram?) – que tem rodinhas – e coloquei uma das pontas nele. Enquanto o filhote puxava (ou melhor, guiava) um dos lados, ficou mais fácil de eu levantar o outro e empurrar até que tudo ficasse no devido lugar – praticamente sem ocupar espaço nenhum na garagem!

Nota: eu preciso me convencer disso para que possa tentar convencer a Dona Patroa…

Dentro da minha cabeça eu já tinha decidido deixar os amortecedores para beeeeeeem depois, haja vista que na minha primeira tentativa de soltar a porca de cima – à qual se tem acesso através do porta-malas do carro – percebi que todo o conjunto girava também. Ou seja, sem ter um apoio para segurar a parte de baixo, esta giraria junto com a porca de modo que eu jamais a soltaria. Confesso que cheguei até mesmo a cogitar um alicate de pressão – que não tenho (ainda) – mas não me era admissível uma solução tão bruta e burra para isso. Mas, de repente, quando nem mais estava pensando nissso, me deu um estalo: o parafuso era fendido! E se, pelo mesmo lado, eu fixasse a chave de fenda na parte fendida do parafuso e com uma chave de boca soltasse a porca? Batata! Saiu facilmente! Com a porca liberada, o amortecedor simplesmente caiu no chão, lá na parte de baixo.

Bem, ainda faltava tirar aqueles braços traseiros que ficaram fixados na lataria (os pintados de amarelo lá da primeira figura, certo?). Chave 15mm, pouca força inicial e o resto com a mão. Fácil, fácil.

Com isso a parte traseira agora está ok!

Heh… Quem já teve daqueles carrinhos de plástico dos mais vagabundos quando era pequeno? Daqueles que, além do corpo do veículo, tinha apenas as rodas presas num ferrinho que eram encaixadas no carrinho? Invariavelmente a gente perdia as rodinhas, ou elas não encaixavam mais, e ficávamos arrastando o carrinho no chão sem rodas mesmo em nossas brincadeiras. Pois é. Definitivamente, quando nós, homens, crescemos a única diferença com relação à nossa infância é que os brinquedos ficam mais caros…

Vejam só:

Eis uma questão interessante: desmontar o restante do sistema de freio (a parte do burrinho, lá sob o capô). Primeiramente soltamos os dois caninhos finos que ainda ficaram no equipamento. Após, apenas dois parafusos o prendem na lataria. 15mm. Mas acontece que o mardito está preso no pedal de freio, lá do outro lado. Depois de apanhar um pouco acabei entendendo que o conjunto sai inteiro, tendo, na verdade, que soltar o próprio parafuso que prende o pistãozinho no pedal de freio. E esse parafuso é preso com uma simples travinha. Agora sim, desmontando esse pedaço, saiu o restante. Eis, abaixo, o parafuso do pedal com sua trava e, em seguida, todo o coração do sistema de freios.

Já que estou com a mão na massa, no pique e minha coluna ainda não travou, resolvi aproveitar o embalo.

Tirei a bateria (o que ela ainda estava fazendo ali?), soltei os dois parafusos que prendem a direção lá embaixo, na caixa de direção (em amarelo, na figura a seguir), também soltei as hastes que prendem a coluna de direção na lataria, bem como a lata que separa o lado do assoalho do lado do motor (apenas três parafusos phillips de rosca soberba). Saiu tudo.

Depois disso ficou ainda faltando a caixa de direção em si (aquele “aparelhinho” no qual a a coluna de direção é presa – lembram do desenho em amarelo ali de cima?). Três parafusos passantes na lataria, dois de 17mm e um de 16mm.

Bicho carpinteiro me pegou. Ainda era dia e resolvi que ia puxar todo o chicote e, também, desmontar os pedais. Comecemos pelo último. É tudo um conjunto só, tanto o do freio quanto o da embreagem. Com a chave de 15mm fui soltando cada um dos sete parafusos que prendem essa caixinha até tê-la totalmente para fora.

Com isso praticamente tirei todo o restante da parte mecânica “pesada” que ainda estava preso à lataria.

Prossegui, então, com o chicote. Lá no início dessa missão eu tinha começado a marcar cada um dos fios com fita crepe e anotações do quê era ligado onde. Já há tempos cheguei à conclusão de que isso não iria adiantar nada – até pela quantidade de gambiarras, jumps e emendas que fui encontrando pelo sistema elétrico – de modo que “perdi o cuidado” no tocante a esse ponto. Desconectei as várias peças que ainda restavam penduradas no chicote por sob o capô, com muito jeitinho tirei a borracha de vedação que protege a passagem do sistema do chicote para dentro do veículo, com um tanto de força bruta puxei a ponta dele que ia lá para trás, no porta-malas, desliguei mais um tanto, puxei outro tanto e, sem arrebentar absolutamente nenhum fio (que já não estivesse arrebentado antes) tirei o danado.

Se pensarmos um pouquinho dá até para dizer que o chicote é basicamente o sistema nervoso do veículo… Tá, tá, posso estar forçando um pouco – mas sou um romântico, que fazer? Não possso deixar de comparar toda essa fiação do carro com a nossa “fiação humana”, posto que responsável pelos impulsos eletromecânicos que permitem colocar o automóvel em funcionamento. Nesse sentido, me sentindo meio que o Predador ao arrancar a coluna vertebral de suas vítimas, tenho a sensação de que agora meu bom e velho Opala 79 definitivamente entrou em coma profundo…

Resta apenas seu interior vazio…

Sua casca sem alma

Sequer rodas para andar…

Mas, como costumam dizer por aí, “pra ficar bom primeiro tem que ficar ruim”

E, pelo estado das coisas, este carro vai ficar ótimo!

Restam apenas algumas miudezas, fios, parafusos e penduricalhos para serem retirados e então ele finalmente estará pronto para um novo estágio.

O início da pintura.

Sexta-fotos

Já tem uns vinte dias, ao prosear com o povo lá d’A Turma sobre o passeio que fiz com minha família e o Poseidon, que acabaram me pedindo para mandar as fotos da “Velha Senhora” – a Variant 74 Marrom Caravela que meu pai tem.

Pois bem.

Esse veículo meu pai comprou lá pelos idos de 76 ou 77, com parte da indenização que recebeu quando fechou a Mecânica Rennó, empresa na qual ele trabalhava. E, de lá pra cá, só manteve. Já perdi a conta de quantas vezes ajudei-o a tirar o motor para arrumar algum perrengue…

A foto mais antiga que encontrei dela é essa aí embaixo, onde eu estou com uma onça empalhada, lá em Santa Rita do Jacutinga, MG, no final da década de 70.

A segunda, no alto de um morro em Campos do Jordão, SP, já é do início da década de 80. Eu sou o menorzinho ali, junto com minha mãe e irmãos.

E essa terceira, com a Brisa (cachorrinha que por quase vinte anos ficou com a família), é de meados da década de 90.

E todas as demais foram tiradas no último domingo, pela manhã…

Curiosidade inútil: dia desses, quando meu pai estava saindo de casa, meu filhote mais velho – o de onze – virou pra mim e falou que “a placa do carro do vô é daqueles dois que vivem brigando”. Na hora não entendi, mas depois, vendo a placa no carro já se distanciando, caiu a ficha: 4513. 45 e 13. PSDB e PT…