Não.
Péra.
Não é nada disso.
Estamos falando de tanque, sim, mas é de combustível…
Em particular o do Titanic.
Que nada deve para uma peneira. Das boas.
Explico. Como agora retomamos a montagem do carro… Hein? O quê? Eu não havia falado disso? Pois é, vejam só… Tendo abortado a busca ao sagrado câmbio perdido, foi questão de tempo – e pouco – para finalmente darmos o próximo passo, qual seja, a retífica. Ainda pretendo falar um pouco mais disso por aqui, mas por enquanto basta saber que ela já foi providenciada. Nesse meio tempo o Seo Waltair saiu à busca de suportes para o radiador (mudamos o motor para 6 cilindros, lembram?) e cuidou de dar um trato no tanque.
Mas nem foi preciso muito…
Ao simplesmente tirar o excesso de barro e pó que se acumularam no decorrer dos últimos anos, já ficaram nítidos os furos. A corrosão veio de dentro pra fora. Nem foi preciso uma escova de aço para que os malditos furinhos aparecessem…
Faltou dar um zoom, mas creiam-me: eles estavam lá. Como se algum tipo de cupim de metal tivesse feito alguma reinação no pobre do tanque. Estrago digno de um Megatron avariado…
Bem, constatado o óbvio, o negócio é seguir em frente. A busca por um outro tanque, de metal mesmo. Segundo ele, adaptar um de “plástico” teria mais inconvenientes que vantagens, desde a fixação até mesmo a regulagem do marcador de combustível. E já concordamos que nada de buscar tanque usado. Se é pra fazer certo, que seja novo, então.
Ele vai fuçar do lado dele e eu do meu.
E, cá do meu lado, numa fuçadinha básica encontrei um de 65 litros lá na Jocar. Da marca Igasa, recomendado para Opalas de 82 a 84. Quase quatrocentos contos! Mas, se servir, bem, pelo menos em dez vezes no cartão eles fazem. E, na atual conjuntura, com tudo mais que ainda precisaremos para que o Titanic volte à vida, isso já me daria um fôlego gigantesco…
Encavalando o proseio…
Depois de já ter concluído este post lembrei-me que em algum lugar já havia visto uma matéria um pouco mais completa sobre tanques. Não tive dúvidas: fui dar uma fuçada na minha modesta biblioteca e encontrei o que queria lá na revista Opala & Cia nº 27. Muito boa e única do gênero que se mantém. Royalties, please. Aceito na forma da revista nº 2 que é a única que falta na minha coleção! 🙂
Mas voltemos ao assunto – e, pra variar, com um pouco de história.
Quando foi lançado no mercado o tanque da linha Opala não fugia do tradicional. Os modelos da época, tanto o 3.800 quanto o 2.500, possuíam um tanque feito com chapa de aço estampada e bocal metálico, com capacidade para 55 litros. Em 1975, com a reestilização da linha, houve alterações nas tampas dos reservatórios, mas não com relação aos tanques em si. Mais tarde, em 1979, por conta da crise do petróleo, a capacidade do tanque foi ampliada para 65 litros para garantir uma maior autonomia – principalmente porque surgiu a versão com motor a álcool, cujo consumo era bem maior
Os tanques da época – tanto para motores gasolina quanto para motores a álcool – tinham a chapa tratada com estanho para evitar a corrosão. Em 1984 a autonomia melhorou ainda mais, pois o Opala a álcool passou a ser equipado com um tanque ainda maior, de 88 litros. Já a partir de 1990 foi adotado para toda a linha o tanque plástico de 93 litros, de polietileno de alta densidade e alto peso molecular.
Já ouvi dizer que existiriam tanques até maiores, de modelos especiais, mas sinceramente não encontrei nada sobre o assunto.
O que não dá pra deixar de lado é, no caso de mudança do tanque, mudar também a boia de combustível, colocando um modelo que seja compatível, sob risco de ser enganado pelo marcador…