Spin-Up

Alguns acessórios sempre são necessários. Mesmo para um carro zero. Ainda que seja bem completo. Principalmente quando a Dona Patroa QUER.

Então foram quatro as inovações.

Primeiramente a instalação de um módulo para fechamento automático de todos os vidros quando do travamento das portas. Eu me pergunto o porquê de uma coisa tão óbvia como essa já não vir como item de fábrica…

Segundamente a colocação de borrachas nas portas – já com a marca da criança – para ao menos tentar evitar alguns arranhados, amassados e outros quetais que certamente virão.

Terceiramente a fixação de calhas sobre os vidros das portas. Ainda que eu até ache bonitinho e até mesmo imprescindível para um dia de chuva sem ar condicionado, sei que muita gente tem ojeriza a esse tipo de coisa. Aliás sei também de muita gente que tem ojeriza a quem usa a palavra ojeriza!

E, quartamente mas não menos importantemente, um engate de reboque. Não, não temos reboque, carreta, lancha, nada desse tipo. Serve apenas para garantir que ninguém vai brincar de dar um totó no carro novo sem, ao menos, arrebentar com o seu próprio…

Motorizando – parte IX (The Beauty and The Beast)

Então eis que hoje temos mais uma mudança na Família Chevrolata!

Uma vez fechado o negócio, e em que pese os excelentes serviços prestados durante todos estes anos, o Corsa vai nos deixar…

Mas vai bem acompanhado – e bem vestido!

Isso porque, para a venda, e agora já conhecendo os excelentes serviços do Seo Zé, resolvi fazer uma plástica e remover as cicatrizes, Ou seja, tirar os dez anos de totós que a Dona Patroa acumulou na lata do pobre coitado. Nada grave, nada demais, entretanto era necessário deixá-lo realmente apresentável…

E vai bem acompanhado porque, após combinarmos uma troca com troco, quem assume o manto a partir de agora – ainda que a reforma não esteja totalmente pronta – é esse casal pra lá de especial: Flávio e Carina.

E o que eu ganho com isso?

Ah, nada demais…

Somente esse brinquedinho novo aí embaixo… 😉

(E para quem não souber, esta é uma Harley Davidson 883 ano 2010…)

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A-CA-BOU!!!!!

SIM!!!

É verdade, acabou!

Esta fase está concluída!

A pintura ficou pronta!

Não tenho palavras para descrever minha emoção…

Ficou lindo. Muito melhor do que eu sequer imaginava…

Desculpem-me, mas a tela do computador ou a limitação da fotografia (de celular) não conseguem captar a grandiosidade da obra. A cor ficou perfeita. Exatamente o que eu queria e esperava. E, compartilhando esse momento histórico, digno de entrar para a história do Brasil – talvez como feriado nacional ou algo assim – o primeiro “curtir” não veio do Facebook. Veio do amicíssimo Flávio!

E, já que confiamos no trabalho do Seo Zé, quem melhor que ele para dar um jeitinho em anos de totós que a Dona Patroa indelevelmente deixou registrado na lataria do Corsa?

Agora o negócio é partir para a “Fase Quatro”. Por que quatro? Sei lá, acabei de inventar. Digamos que a primeira foi o Estudo. Comprar o veículo, conhecê-lo, compreender suas limitações, projetar o que fazer no futuro, etc. A segunda foi a Funilaria (grossa). Quando eu e meu pai, por meses, cuidamos de substituir toda a podreira gigantesca que se escondia (ou não) na lata do Titanic. A terceira foi a Pintura. Acabamos de terminá-la e dispensa outros comentários. Agora vem a quarta, a Mecânica. Começando pelas rodas, amortecedores e freios.

Pra semana eu dou um jeito de levá-lo lá na mecânica do Seo Waltair…

Tá quase…

Já viram parede caiada?

Aquela coisa que você pinta, pinta, pinta e ainda assim ainda se vê o fundo?

Então.

Quase isso.

Segundo o Rafael (fio do Seo Zé) eles estavam tendo que dar um reforço antes do acabamento para cobrir totalmente o carro, pois estava acontecendo algo assim. Por isso estava demorando…

“Demorando”? Catzo! Fiquei mais de dois anos com a lata totalmente parada e estagnada! O que é um dia a mais para alguém que estava vivendo em meio a uma eternidade?

Enfim, estava também em falta no fornecedor os grânulos (acho que era isso mesmo) daquela tinta em especial para obter a cor necessária.

Mas, mesmo sem brilho, sem a cor definitiva nem nada, ele tá lindo. Melhor que jamais esteve!

E o cofre, devidamente emborrachado, clarinho, clarinho que é pra enxergar as motorzices que ainda faremos!

Mais um bocadinho e fica pronto…

Motorizando – parte VIII (espinei)

Dia desses fui com O Chefe para São Paulo (é… a capitar…).

Pela manhãzinha, antes mesmo de sair da cidade, acompanhei-o num compromisso numa rádio local. Logo em seguida fomos a uma padaria tomar um café antes de pegar a estrada. Papo vai, papo vem, comentei da dificuldade que andava passando por conta da família numerosa – eu, Dona Patroa, os três filhotes (Tropinha de Elite) e meu sogro – toda vez que precisávamos sair em coletividade para algum compromisso. Com a criançada se aproximando da adolescência (em especial no que diz respeito ao porte), o Corsa já não estava mais dando conta de levar todo mundo. E, quando isso acontecia, o jeito era enfiar todo o povo no Poseidon (o Opala 90) e pegar estrada. O que também não era legal, pela falta de cinto para todos, etc.

“Mas por que você não compra um outro carro maior?” – foi a pergunta óbvia. Comentei que quase fiz isso há pouco tempo, mas ainda estava amadurecendo a ideia. A intenção seria uma Zafira, carro com duas grandes vantagens: sete lugares e da Chevrolet.

“Hmmm… Mas comprar um carro usado e que até já saiu de linha? Sei não… Acho que seria mais negócio você já partir para um zero. Por incrível que pareça, as taxas de financiamento para carro zero estão muito mais atrativas que as dos usados. E se o problema é a quantidade de lugares, por que você não dá uma olhada na Spin? Da primeira vez que vi, achei um carro feio pra burro! Mas depois, olhando melhor, analisando, até que é bem bonitinho… E é da Chevrolet!”

Spin? Que raio seria isso? Eu tinha que me informar…

Bem, depois do café, fomos pra Sampa, cumprimos nossas agendas e eu fiquei com aquela sementinha plantada na minha cabeça.

Depois de fuçar um tanto na Internet e ver as características do veículo e, principalmente, ter feito uma simulação no banco para ver se a conta corrente aguentava um empréstimo parrudo para veículo zero, já no dia seguinte fui até a concessionária Chevrolet mais próxima para conhecer pessoalmente essa tal de Spin.

Fui, vi e gostei. Bicho comprido e confortável, com um focinho imponente. Minha melhor definição para esse carro é que ele é como toda mulher gostaria que fosse seu sapato: pequeno e discreto por fora e grande e confortável por dentro. Mais um pouco e iria parecer a bolsa da Hermione Granger.

Mas o melhor mesmo é que a taxa de financiamento da própria concessionária saía ainda mais em conta que a do banco!

Ato seguinte conversei com a Dona Patroa (como meu pai sempre disse: “quando um não quer, dois não fazem”) e ela topou. Sessenta parcelas. Meio a meio. Fomos até a concessionária, ela fez um test drive – “é alto, né?” – e fechamos negócio. Levou um tempinho, coisa de uma semana, para acertar os detalhes. Papelada, transferência de seguro, etc. Mas hoje chegou!

Nosso primeiro carro zero! Fedendo novo! Que coisa mais deliciosa!

E, curiosamente, veio num dia muito especial. Exatamente hoje faz 17 anos que eu e ela trocamos o primeiro beijo… É, sou sim um dos últimos românticos, fazer o quê?

Hein? O Corsa? Vai bem obrigado. Combinei com a Dona Patroa que o financiamento da Spin seria total. Desse jeito eu posso aproveitar e, com a venda do Corsa, comprar uma moto – que, faz tempo, já andava querendo ter (de novo).

É, realmente. Não dou ponto sem nó…

😉

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