Sabadão. Em tese um dia tranquilo e que daria para resolver todos os problemas que aparecessem. Munido de mais paciência que o habitual decidi desmontar o interior do Opala.
Mas antes mesmo disso, uma rápida saída. Afinal eu precisava de luz para trabalhar. Para não desperdiçar uma fiação que eu já tinha, bastou comprar um soquete e uma lâmpada normal de 100 watts e pronto. Aproveitei e comprei também um pequeno galão de gasolina que achei bastante interessante. Imagine um daqueles antigos regadores de jardim, mas ao invés do “chuveirinho” da ponta, uma simples ponta (com tampa do tipo refrigerante) para colocar a gasolina, dispensando totalmente a necessidade do funil. Gostei. Levei. E já enchi de gasolina.
Pois bem. Como não havia “entendido” o sistema dos bancos dianteiros, resolvi começar pelos traseiros. Fui desmontando, passo a passo, tirando um por um, assento, encosto, carpete, etc. Retirado o carpete pude ter uma visão melhor não só do assoalho furado como também do sistema dos demais bancos.
Aí eu entendi.
Diferente dos carros que eu já havia desmontado, nesse o trilho não é fixo no assoalho, mas faz parte do próprio banco. Bastou soltar os trilhos (chave de 17mm) e pronto! Pude retirar totalmente os bancos. Aliás, o do motorista estava com o encosto quebrado (posição de divã) e o do passageiro com o encosto travado.
Juntamente com os bancos saiu também todo o carpete, o console (é assim mesmo que se chama aquele “coiso” que fica no meio, junto com a alavanca de câmbio?), os cintos de segurança, tampão – com DOIS alto-falantes – estepe, macaco, triângulo e chave de roda. As fotos aí embaixo falam por si só.
Aliás tem um ponto que, se não fosse trágico, seria cômico. O assoalho está bambo, bambo, bambo, sabem onde? Bem embaixo do pedal do acelerador! Ali mesmo, onde costuma-se apoiar o calcanhar…
De um modo geral o quadro do que tem a ser feito é o seguinte: retirar toda a ferrugem com martelo, talhadeira e escova de aço – o que invariavelmente faz com que os buracos AUMENTEM de tamanho – e depois decidir a melhor forma de tapá-los ou mesmo de reforçar sua estrutura. Se com solda a oxigênio (o que demandaria a remoção do Titanic para um funileiro especializado) ou através de chapas arrebitadas. Em qualquer das situações, após o conserto, será necessário passar várias camadas de uma tinta especial, a base de água, chamada “batida de pedra”, que serve meio que para emborrachar o assoalho, evitando o surgimento de novos focos de corrosão.
Particularmente, ainda que o gasto seja um pouco maior, talvez eu venha a escolher a primeira opção, pois significaria uma solução mais permanente.
E o carro ainda não quer pegar…
Uma geral sem os bancos e o carpete.
Olha o tamanho do buraco…
E aqui é onde vai o estepe.