Notícias do Front

18 de janeiro

Última vez que escrevi neste Diário de Guerra. O Opala 79 foi recolhido ao estaleiro para manutenção definitiva de seu casco. O preço combinado será acertado conforme vá sendo necessária a reposição de armamento nos estoques do armeiro-mestre (também conhecido como “O Pintor”). Tenho esperanças que, após essa batalha em especial, o conflito gerado por essa guerra esteja próximo do fim.

20 de janeiro

Foi necessária uma mudança estratégica. Devido às divergências verificadas no alto comando do lar fui obrigado a mudar para outra trincheira. Meus soldados (filhotes) ficaram sob o comando da General. Tive que abandonar todo o armamento de reposição do Opala, que ficou sob ferrenha guarda na garagem do bunker. Nas instalações dessa nova trincheira não há espaço suficiente para manutenção do veículo. Vou me virando.

1º de fevereiro

O armeiro-mestre pediu que lhe fizesse a primeira parte do pagamento. “O que é combinado não é caro” – eu sempre digo. Mas sou obrigado a admitir que esse pedido não veio em boa hora. Os recursos e mantimentos estão escassos nessa nova trincheira. Com isso tornam-se ainda mais profundos os ferimentos infligidos à minha conta-corrente. Tentei estancar esse derrame com empréstimos e malabarismos no pagamento das contas, mas sem muito efeito. O tom de vermelho se alastra cada vez mais e começo a ficar preocupado.

27 de fevereiro

Primeiro sinal de um armistício. Fomos, eu, a General e os pequenos soldados, almoçar todos juntos numa zona neutra, noutra cidade. O local: Engenho Velho,  em Santa Branca. O meio de locomoção foi o Corsa. Sem maiores conflitos, mas os soldados – ainda que não o demonstrem – parecem apreensivos. Na volta fico na minha trincheira. Preocupações inúmeras me passam pela cabeça. Concluo que preciso dar início a um fim nessa guerra.

13 de março

Nova tentativa de armistício. Todos juntos novamente, dessa vez para o Restaurante das Águas, em Igaratá. Meio de locomoção: Poseidon, a viatura também conhecida como Opala 90. Gentilezas e afabilidades durante todo o dia de negociação (até porque era aniversário da General). Mas ainda paira um clima tenso no ar. As questões referentes ao Opala 79 parecem nem existir. Continuo preocupado.

26 de março

Exércitos amigos (família) se reúnem para comemorar o aniversário do soldado mais novo, Jean. Assumo meu tradicional posto na artilharia da churrasqueira. Exagero no combustível. Tanta cerveja e cachaça afetaram minha mira e acabo atirando e acertando onde não devia. Comoção nos exércitos. Recolho-me à minha trincheira e rezo para um fim de tudo aquilo. Até porque não me lembro de nada. Todas negociações voltaram à estaca zero.

9 de abril

No meio dos combates, ao menos um alento. Grande desfile de máquinas de guerra de outrora (também conhecido como X Encontro de Veículos Antigos de Jacareí). Maravilhas de máquinas! Entretanto o céu foi inclemente e muitas delas foram abandonadas à própria sorte no meio da batalha das águas, numa vã tentativa de demonstrar seus atributos anfíbios. Nenhuma o tinha. É certo o seu recolhimento às docas e aos estaleiros para minimizar as avarias. Fico triste, mas compreendo que são perdas da guerra contra o tempo…

2 de maio

Meu aniversário. E eu aqui, solitário, ainda recolhido às trincheiras, sem notícias do Opala 79. Nem mesmo para novos pagamentos. Encontro com o armeiro-mestre e ele me garante que tudo está bem. Fico preocupado, mas confio. Até porque a conta-corrente ainda sangra. Ainda mais em dias frios.

4 dejunho

Pequena licença que me auto-impus nas altas paragens de São Francisco Xavier, para refrescar a cabeça.

24 de junho

Resolvi fugir do confronto. Munido do Poseidon, um tanto de coragem e mais nada, rumei para as devastadas plagas de São Luiz do Paraitinga. Realmente foi possível esquecer um pouco dos horrores da guerra, mas eis que as forças inimigas (inimigas?) conseguiram me localizar e providenciar minha dentenção. Amarguei horrores (sem cerveja) recolhido atrás das grades (da cadeia da festa junina). Traumatizei. Com muita lábia, experiência de guerra e perícia em geral (paguei dérreal pra sair) consegui abandonar aquele ambiente inóspito e peguei estrada de volta, camuflado pela madrugada. No dia seguinte verifiquei que o pára-choque do Poseidon estava totalmente amassado. “Bêbado é uma merda”, pensei.

30 de junho

Levei o Poseidon, verdadeira máquina de guerra, ao latoeiro para consertar o pára-choque, lataria e mais um pouco. Uma semana. Ficarei desarmado nesse meio tempo, a mercê de caronas alheias. Mais um pouco da conta-corrente que, certamente, irá sangrar. Tenso.

9 de julho

Missão especial à FLIP, em Paraty. Grande aventura na trilha de uma estrada interditada que não apresenta nenhuma condição de tráfego, a que faz ligação entre Cunha e Paraty. Dificuldades inomináveis. Detalhe: a viatura da missão era um Astra. Ainda assim, conseguimos o impossível. Sobrevivemos. E o veículo também.

30 de julho

Rendo-me ao inevitável. A batalha junto ao alto comando atingiu níveis insustentáveis. Sinto muito a falta de minha Tropinha de Elite. Negociei os termos de minha rendição. Por enquanto continuo em minha trincheira, mas com um possível e gradual retorno ao quartel. Entretanto as negociações (muitas vezes tensas) continuam, assim como tabém a guerra da reforma – esta sem trégua.

1º de agosto

Primeiras baixas. O pacto de rendição cobrou seu inevitável preço. Além de links que se perderam, caíram também o Facebook e o Twitter. O Orkut já tinha sido o primeiro a cair, antes mesmo da mudança de trincheiras. Aguento firme e me convenço de que será o melhor para o moral da tropa.

15 de agosto

Resolvo furar o bloqueio do silêncio imposto até então e mando notícias às Tropas Aliadas (outros opaleiros). Afinal tenho que ter um mínimo de consideração por aqueles que sempre estiveram do meu lado nas mais diversas fases das mais diversas batalhas dessa guerra. Manifestações de apoio e de apreço me dão ânimo pra continuar. Respiro fundo. O que tiver que ser, será.

20 de agosto

Acirrada negociação com o alto comando. Corpo a corpo inevitável. Pactuamos os termos finais da rendição. O desmanche da trincheira tem início.

22 de agosto

Acabo a decodificação de imagens do Projeto 676. Todas estão linkadas corretamente, o que importa na possibilidade de desvinculação do antigo – e ultrapassado – Opala Adventure. Com esse novo armamento à mão fico mais confiante. Ainda falta decodificar as mensagens do antigo para o novo (sessenta e cinco páginas de comentários), até porque muitas mensagens encaminhadas ao antigo precisam ser transpostas para o novo, bem como devidamente respondidas – por mais que o tempo tenha passado (nenhuma o foi nos últimos meses de conflito). Devo-lhes isso. A todas as Tropas Aliadas. Espero que tenham paciência. Ainda hoje começo.

Mas, sobretudo, acerca da reforma é preciso que saibam: a luta continua!!!

TÔ VIVO, TÔ VIVO, TÔ VIVO!!!!!

Muito bem rapaziada.

(E, também, gentis ladies que, de quando em quando, frequentam esta humilde oficina virtual…)

Só pra constar: NÃO MORRI.

Aliás, não se preocupem, pois não aconteceu nada pior ainda: também não abandonei O Projeto.

Nestes últimos tempos – Quanto? Sete meses! Táquiôspa! – minha vida rebuliçou comigo mesmo que vocês não têm ideia!

Separei, mudei, me aventurei (em vários sentidos), participei de exposição de antigomobilismo que ficou debaixo d’água, viajei com o Comodoro, bati, consertei, fiz a trilha Cunha-Paraty (NUM ASTRA!!!), fali, desfali, fechei blog, reabri blog, matei Orkut, Facebook, Twitter e todos seus parentes virtuais e afins, perdi todo o espaço da oficina (mas não as peças), me roubaram ferramentas e agora, pra completar, ando meio que me des-separando…

Mas, também nesse meio tempo, o Opalão 79 permaneceu lá no funileiro para as devidas reformas. Mais lentas do que eu gostaria. Mas, ao mesmo tempo, tão lentas quanto meu bolso permitiria…

Agradeço sinceramente (MESMO!!!) as mensagens preocupadas não só sobre minha pessoa mas, principalmente, quanto a esta nossa desventura d’O Projeto. TODAS foram lidas e estão bem guardadas – só não foram liberadas porque estou acertando as contas dos links aqui do blog (tanto o atual quanto o antigo – onde também tem um monte de mensagens para transpor pra cá), o que, agora que “peguei de jeito”, deve se dar em breve… ?

Aguardem notícias, então, ô cambada de maníacos opaleiros com ferrugem nas veias!!!

(Assim como eu, é lógico…)

😀

Reinício da retomada

Olás aos quase quatro leitores que restaram e que ainda passam por aqui…

O negócio é que – FINALMENTE – o Projeto 676 desempacou (novamente). Com muito custo (não financeiro) o bom e velho bólido que estava ocupando um mínimo espaço na garagem lá de casa foi rebocado para a oficina do amigo Rony, que é quem vai dar todos os tratos possíveis e necessários para esse início de remontagem. O carro foi total e completamente desmontado. Não sobrou um parafuso ou arruela sequer. Sei disso porque fui eu mesmo quem providenciou esse “desmanche”. Depois da recuperação do restante da lataria e da pintura, começaremos a reconstruir no formato planejado – e dá-lhe seis canecos!

Agora, aviso-lhes, caso algum dia queiram colocar um carro SEM RODAS num reboque: repensem esse formato. Não é impossível, mas dá uma trabalheira danada!

Seguem algumas fotos do Opalão já no reboque e a última (antes que acabassem as baterias) lá na oficina…

Ah, sim. Os comentários pendentes – tanto aqui, quanto lá no Opala Adventure – serão em breve respondidos (como sempre, aliás)!

Abração aos que ficaram!

(Quase) fim da mecânica leve

Pois é.

Estou de férias e, por isso mesmo, tenho condições de continuar estes apontamentos.

No que resta da “parte leve” comecemos com a porta. É a que resta ainda sem desmontar (até hoje não consigo lembrar-me do porquê ela ficou para depois) e que tem mais detalhezinhos a serem retirados. Confiram por si mesmos.

Antes de mais nada, aproveito para tirar os restos mortais das presilhas de plástico da forração da porta que jazem por ali. É LÓGICO que nenhuma saiu, todos arrebentaram e tive ainda que afundar os resquícios das que sobraram – que acabaram caindo no fundo da porta. No futuro preciso lembrar-me de limpar absolutamente TUDO que jaz por ali também…

Mas voltemos à parte parafusística da coisa. Com uma caixa do lado para guardar tudo, damos então início a essa etapa desmontando a máquina de abaixar o vidro. Tratam-se de três grandes parafusos phillips.

O primeiro saiu.

O segundo também.

O terceiro… travou!

Na força só não vai – a chame começou a girar em falso, começando inclusive a destruir a fenda phillipesca do parafuso.

Primeiro velho truque de gambiarreiros: com o martelo dê pancadinhas na chave ao mesmo tempo em que tenta firmemente girar o parafuso.

Não funcionou.

Segundo velho truque de gambiarreiros: com um punção faça uma marca na lateral da cabeça do parafuso recalcitrante (apenas para dar apoio). Depois, bata nesta marca (com o punção, pô!) on sentido de desatarraxar o infeliz.

Soltou!

Eis, a seguir, o parafuso marcado para sair (o “ponto” está na parte superior dele) e as delicadas ferramentas cirúrgicas utilizadas nessa intervenção…

Ainda que com os parafusos soltos, deixemos a máquina de lado por enquanto para acabar de soltar o quebra-vento.

Com o jogo de chaves do tipo “cachimbo” (aquele que funciona com uma catraca) pegue a conexão de 10mm (ou, como diria meu pai, o “pito” de dez) e solte os parafusos que seguram o quebra-vento. São apenas quatro, acessíveis pelos buracos da porta. E estes são buracos originais, ok?

Ah, sim.

NÃO DEIXE A PORRA DA CONEXÃO DA CHAVE CAIR DENTRO DA PORTA!

Porque a minha caiu.

Merda.

Pusta trabalheira para pegá-la…

Bem, depois de solto é só puxar por cima que o conjunto inteiro sai.

Voltemos à máquina do vidro (pois foi preciso retirar o quebra-ventos antes, uma vez que o vidro estava emperrado, fora do trilho e não subia). Levante o vidro até ter acesso aos dois parafusos 8mm que prendem um das pontos do cabo da máquina.

Cuidado, pois, depois de soltos os parafusos, a chapinha cai!

Solte agora os dois parafusos 10mm que prendem a parte posterior do vidro. Sim, também caem. Não esqueça de juntar as buchinhas de plástico desses parafusos que protegem o vidro do metal.

Uma vez soltos e antes de efetivamente (tentar) tirar o vidro, sabem aquela calha de alumínio com borracha que evita que a água entre pela porta? Na parte de cima, bem junto ao vidro? É só encaixada. Tire-a. Use uma chave de fenda para fazer uma leve alavanca (LEVE, eu disse, seu ogro!). Não se esqueça de guardar as presilhas de encaixe que ficam entre a parte interna da calha e a lata da porta – são quatro ao todo (o lado mais comprido delas é na parte de dentro).

Feito isso é só puxar o vidro que ele facilmente sai por cima.

Aproveite e pesque o fio da máquina, pois após tudo isso ela está totalmente solta lá dentro.

Tiremos a canaleta traseira da porta (próxima à fechadura). Apenas dois parafusos 10mm pela parte interna da porta.

Hora de soltar os perrengues presos na lateral da porta.

Já de início os parafusos phillips da fechadura TAMBÉM estão travados…

Veja a técnica gambiarrística nº 2 supra.

Após isso, ainda resta um outro phillips por dentro.

Aliás, não se esqueça de ANTES tirar a maçaneta interna e o arame que a liga na fechadura – também são dois phillips.

Com a fechadura solta, desencaixe o arame que a prende ao pino de travar a porta.

Bão, agora é que a porca torce o rabo!

A porca (literalmente) que resta a ser tirada tá pra lá de enferrujada!

WD-40 nela e voltamos aqui depois.

Antes que eu me esqueça, é melhor retirar as chapinhas de metal nas quais são presos os parafusos da maçaneta interna. Olhando para a outra porta vejo que já esqueci as de lá. São só encaixadas e uma pequena alavanca com a chave de fenda faz com que se soltem.

Restou, ainda, uma pequena peça presa por um parafuso 10mm – mais para o lado dianteiro – cujo formato assemelha-se a uma pequena “plataforma” interna. Não entendi sua utilidade ou funcionamento (ainda) – mas ficará bem guardadinha até que eu descubra…

Tento tirar a maioria das borrachinas na integridade, mas não rolou. Paciência.

A maçaneta externa já contei aqui como retirar, então não vou me repetir.

A outra parte da fechadura, que fica no corpo do carro, também já foi tratada no mesmo link ali de cima, bastando apenas esclarecer que será necessária uma chave Allen.

Quase ia me esquecendo da roldana por onde passa o fio da máquina lá embaixo! Também dois parafusos de 10mm.

Curioso é que, contraposto a essa roldana, existe uma outra na parte de cima, sendo que não tenho nem a mais afastada idéia de como tirá-la (ou se seria necessário tirá-la). Por enquanto vai é ficar ali mesmo…

Também os encaixes do puxador da porta (que vai no forro) ainda estavam ali na lata. Não seja bruto! São de plástico! Coloque gentilmente a mão por dentro da porta e empurre-os, tirando com carinho. Simples assim.

Dou uma última avaliada geral na porta.

Merda.

Não sobrou mais nada.

Voltemos à mardita porca emperrada e devidamente dáblio-dê-quarenteizada.

Tensão…

Suspense…

UAI!?!?

E não é que a demônia saiu de primeira, sem trabalho algum?

UFA!

Então temos a seguir o saldo dessa cirurgia…

A porta externamente “limpa”…

…bem como internamente também!

Concluída a “operação porta”, concentrei-me nos diversos perrenguinhos e pecinhas ainda presos à lataria, principalmente no cofre do motor.

Limpador de pára-brisa (sei que não deveria acentuar, mas sou das antigas, tá?): parafusos de 8mm e o braço, embaixo, preso com aquelas travinhas (no estilo “anel de pressão”) – precisaremos de um alicate de bico fino.

Tirei, também, os pequenos suportes de plástico para parafusos, encaixados logo atrás da borracha colada onde fecha o capô. Aliás, tirei a própria borracha. Aliás do aliás, descobri que um desses pequenos suportes foi feito à base de fibra de vidro, muito provavelmente pelo Seo Bento, vulgo meu pai, enquanto o carro esteve ancorado por lá. Bom saber. Quando e se eu precisar de mais – e caso não ache no mercado nem novo nem usado – já sei pra onde correr!

Soltei todo o encanamento do “brucutu” (presilhas com parafusos phillips) e suas respectivas borrachas – todas ressecadas.

O cabo para a abertura do capô é curioso: primeiro tem que soltar a ponta dele, no sistema que trava a tampa (phillips), depois, lá dentro, é necessário soltar uma porca que está atrás do suporte do puxador, cujo próprio cabo passa pelo meio dela. Com ela solta, basta puxar o cabo com capa e tudo até sair, passando todo ele pelo buraco do suporte – inclusive pelo da própria porca.

E o dito sistema de trava do capô? Quatro parafusos, todos de 10mm. Já sua contraparte, presa na ponta do capô (aquela que contém a mola que o Seo Bento fabricou), é fixada nas pontas por dois parafusos de 13mm. mas, para tirar tudo mesmo, após soltar esses parafusos, é indispensável soltar também o parafuso phillips que prende a mola na lata (que passa bem pelo meio da mola).

Dando uma checada por alto, dá pra acreditar que o suporte do extintor ainda estava lá? Pra quê, eu não sei… Dois phillips.

E, ainda, uma pequena alça bem na ponta do túnel do câmbio, embaixo do painel. Creio que para fixar o console. Dois parafusos de 10mm.

Por derradeiro, três pequenas travas plásticas para prender algum parafuso por dentro da lataria (na cabine). Formam um triângulo, bem do lado dos buracos que dão passagem à direção e o outro dos pedais.

Então, ficamos com o seguinte:

O cofre quase que totalmente desocupado.

A “cabine” praticamente livre

Sim, a corda é para segurar as portas! 🙂

E uma panorâmica do nosso brinquedo quase que todo desmontado.

Nesse meio temo eu tenho que aguentar uma briga de gatos (literalmente), eis que o Nimbus, esse cinzento de poucos meses, resolveu atentar a Lua, essa preta de mais de 14 anos. Tal e qual Nermal e Garfield…

Após tudo isso faltam basicamente três coisas para concluir o desmonte: a alavanca do freio de mão, o encanamento de freio e as mangueiras do sistema de combustível.

Mas neste final de semana eu não continuo com mais nada.

Amanhã serei padrinho de casamento de um dos meus melhores amigos e não perderia isso por nada deste mundo!

Fim da mecânica pesada

Bom, para hoje o negócio é acabar de desmontar o diferencial, atualmente preso somente por dois braços – cada um deles chamado de “braço de controle superior”. Os pintadinhos de amarelo aí embaixo.

Soltá-los na parte de cima implicaria em eu ficar totalmente sob o carro – o que, na atual conjuntura, meu coeficiente de cagaço não permite…

Então soltar-los-ei na base. Cheguei ali no lado esquerdo e constatei: parafuso com cabeça de 15mm e porca também 15mm. Fácil. O lado direito já foi um pouco mais enroscado, mas nada que uma bela duma martelada na chave não resolvesse (com o cabo do martelo, é lógico).

Para tirar os parafusos, mais uma vez com o macaco jacaré, levantei todo o conjunto do diferencial – para que não despencasse tudo ou, pior, acabasse entortando um dos parafusos (caso eu tirasse um de modo que todo o peso ficaria concentrado no outro). O do lado esquerdo saiu na mão. O do direito, no alicate. Mas, ainda assim, tudo relativamente fácil.

O conjunto todo cedeu um tantico ao abaixar o macaco. Como não sou besta já havia deixado dois aros do meu antigo Fusca ali embaixo para sustentar a criança. Coloquei os parafusos individualmente de volta nos braços para não perdê-los.

As molas, conforme eu supunha, eram somente encaixadas. Tirei-as com as mãos e deixei-as de lado. Será que tem diferença da direita para a esquerda? Mais tarde penso nisso…

Só agora percebi que ainda não desmontei o sistema do freio traseiro… Mãos à obra!

Comecei com o freio de mão (já não sei mais se isso tem hífen…). O cabo de aço que prende as duas rodas à alavanca do assoalho funciona do mesmo jeitinho que um determinado tipo de um antigo freio de bicicleta (para quem não sabe uma das minhas primeiras profissões foi numa bicicletaria – já contei essa história aqui). Chave 13mm. Detalhe: não esquecer de soltar a mola que é presa no furo do parafuso. Após solto, usei a própria porca para deixá-la (a mola) presa no parafuso para que não se perca. Abaixo, o cabo antes de ser solto.

É aquela velha história: “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. Ainda que solto, o cabo de aço do freio de mão – que é inteiriço – passa SOBRE o escapamento, de modo que este teria que sair. Perguntem se eu o tirei? Nãããão! Ainda bem que atualmente ele está somente encaixado. Bicho grande esse! O comprimento dele dá praticamente o mesmo que o do Corsa, o carro da Dona Patroa!

Ainda falta o sistema de freio “normal”. Seu encaixe é exatamente do mesmo tipo que o das rodas dianteiras, mas com a diferença que há somente uma conexão alimentando ambas as rodas traseiras. No mesmo esquema de antes, uma vez solto o caninho bastou tirar a trava.

Agora, para tirar todo o conjunto de sob o carro é melhor eu soltar aquela barra estabilizadora que ficou dependurada. Chave 19mm. Eu tenho uma dessas? Nãããão! Mas o bom e velho espírito gambiarrístico persiste neste que vos tecla. Fui buscar as opções dentro do que tinha à mão e encontrei uma antiga chave de vela para motos na exata medida. E melhor: com uma haste de metal bem reforçada (coisas que os conjuntinhos de ferramentas de hoje em dia já não comportam). Bastou posicionar no ângulo correto, aplicar uma forcinha moderada e pronto! Quem mesmo disse “dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu movimento o mundo”? Creio que foi Arquimedes…

Sem a barra estabilizadora o espaço ficou liberado para puxar todo o conjunto de diferencial, agora já solto, para trás do carro. Aliás, resolvi colocar tudo num cantinho da garagem para não atrapalhar ninguém (até parece!) e deixei no mesmo local o diferencial, a barra estabilizadora e as molas.

Pensando melhor, seria bom também colocar toda a suspensão dianteira, já arriada lá na frente do carro, no mesmo cantinho. Na falta de alguém que pudesse me ajudar a levantar esse trambolho, chamei o ajudante de todas as horas, o filhote nº 1, já com 11 anos. Ainda assim seria pesado para ele. Como fazer? Peguei o jacarezinho (o macaco, lembram?) – que tem rodinhas – e coloquei uma das pontas nele. Enquanto o filhote puxava (ou melhor, guiava) um dos lados, ficou mais fácil de eu levantar o outro e empurrar até que tudo ficasse no devido lugar – praticamente sem ocupar espaço nenhum na garagem!

Nota: eu preciso me convencer disso para que possa tentar convencer a Dona Patroa…

Dentro da minha cabeça eu já tinha decidido deixar os amortecedores para beeeeeeem depois, haja vista que na minha primeira tentativa de soltar a porca de cima – à qual se tem acesso através do porta-malas do carro – percebi que todo o conjunto girava também. Ou seja, sem ter um apoio para segurar a parte de baixo, esta giraria junto com a porca de modo que eu jamais a soltaria. Confesso que cheguei até mesmo a cogitar um alicate de pressão – que não tenho (ainda) – mas não me era admissível uma solução tão bruta e burra para isso. Mas, de repente, quando nem mais estava pensando nissso, me deu um estalo: o parafuso era fendido! E se, pelo mesmo lado, eu fixasse a chave de fenda na parte fendida do parafuso e com uma chave de boca soltasse a porca? Batata! Saiu facilmente! Com a porca liberada, o amortecedor simplesmente caiu no chão, lá na parte de baixo.

Bem, ainda faltava tirar aqueles braços traseiros que ficaram fixados na lataria (os pintados de amarelo lá da primeira figura, certo?). Chave 15mm, pouca força inicial e o resto com a mão. Fácil, fácil.

Com isso a parte traseira agora está ok!

Heh… Quem já teve daqueles carrinhos de plástico dos mais vagabundos quando era pequeno? Daqueles que, além do corpo do veículo, tinha apenas as rodas presas num ferrinho que eram encaixadas no carrinho? Invariavelmente a gente perdia as rodinhas, ou elas não encaixavam mais, e ficávamos arrastando o carrinho no chão sem rodas mesmo em nossas brincadeiras. Pois é. Definitivamente, quando nós, homens, crescemos a única diferença com relação à nossa infância é que os brinquedos ficam mais caros…

Vejam só:

Eis uma questão interessante: desmontar o restante do sistema de freio (a parte do burrinho, lá sob o capô). Primeiramente soltamos os dois caninhos finos que ainda ficaram no equipamento. Após, apenas dois parafusos o prendem na lataria. 15mm. Mas acontece que o mardito está preso no pedal de freio, lá do outro lado. Depois de apanhar um pouco acabei entendendo que o conjunto sai inteiro, tendo, na verdade, que soltar o próprio parafuso que prende o pistãozinho no pedal de freio. E esse parafuso é preso com uma simples travinha. Agora sim, desmontando esse pedaço, saiu o restante. Eis, abaixo, o parafuso do pedal com sua trava e, em seguida, todo o coração do sistema de freios.

Já que estou com a mão na massa, no pique e minha coluna ainda não travou, resolvi aproveitar o embalo.

Tirei a bateria (o que ela ainda estava fazendo ali?), soltei os dois parafusos que prendem a direção lá embaixo, na caixa de direção (em amarelo, na figura a seguir), também soltei as hastes que prendem a coluna de direção na lataria, bem como a lata que separa o lado do assoalho do lado do motor (apenas três parafusos phillips de rosca soberba). Saiu tudo.

Depois disso ficou ainda faltando a caixa de direção em si (aquele “aparelhinho” no qual a a coluna de direção é presa – lembram do desenho em amarelo ali de cima?). Três parafusos passantes na lataria, dois de 17mm e um de 16mm.

Bicho carpinteiro me pegou. Ainda era dia e resolvi que ia puxar todo o chicote e, também, desmontar os pedais. Comecemos pelo último. É tudo um conjunto só, tanto o do freio quanto o da embreagem. Com a chave de 15mm fui soltando cada um dos sete parafusos que prendem essa caixinha até tê-la totalmente para fora.

Com isso praticamente tirei todo o restante da parte mecânica “pesada” que ainda estava preso à lataria.

Prossegui, então, com o chicote. Lá no início dessa missão eu tinha começado a marcar cada um dos fios com fita crepe e anotações do quê era ligado onde. Já há tempos cheguei à conclusão de que isso não iria adiantar nada – até pela quantidade de gambiarras, jumps e emendas que fui encontrando pelo sistema elétrico – de modo que “perdi o cuidado” no tocante a esse ponto. Desconectei as várias peças que ainda restavam penduradas no chicote por sob o capô, com muito jeitinho tirei a borracha de vedação que protege a passagem do sistema do chicote para dentro do veículo, com um tanto de força bruta puxei a ponta dele que ia lá para trás, no porta-malas, desliguei mais um tanto, puxei outro tanto e, sem arrebentar absolutamente nenhum fio (que já não estivesse arrebentado antes) tirei o danado.

Se pensarmos um pouquinho dá até para dizer que o chicote é basicamente o sistema nervoso do veículo… Tá, tá, posso estar forçando um pouco – mas sou um romântico, que fazer? Não possso deixar de comparar toda essa fiação do carro com a nossa “fiação humana”, posto que responsável pelos impulsos eletromecânicos que permitem colocar o automóvel em funcionamento. Nesse sentido, me sentindo meio que o Predador ao arrancar a coluna vertebral de suas vítimas, tenho a sensação de que agora meu bom e velho Opala 79 definitivamente entrou em coma profundo…

Resta apenas seu interior vazio…

Sua casca sem alma

Sequer rodas para andar…

Mas, como costumam dizer por aí, “pra ficar bom primeiro tem que ficar ruim”

E, pelo estado das coisas, este carro vai ficar ótimo!

Restam apenas algumas miudezas, fios, parafusos e penduricalhos para serem retirados e então ele finalmente estará pronto para um novo estágio.

O início da pintura.

Finalizando o desmonte do agregado

Bem, mantendo a tradição de pelo menos a cada seis meses fazer algo (entenda-se: alfinetada em mim mesmo), eis aqui o complemento daquela desmontagem do agregado.

Ok. Uma vez decidido isso, dia de trabalhar.

Requisitos básicos: breja gelada – confere; ânimo pela bela vitória do Brasil sobre o Chile (motivo de estar cedo em casa, inclusive) – confere; trilha sonora inicial do Gun’s Roses – confere. Aliás, o som ambiente fornecido pelo Poseidon, via pendrive, através do “tocador de ême-pê-trêis” que mandei instalar. Detalhe do chaveiro do Batman ali em riba…

Assim, dando continuidade ao que este vagabundo que vos tecla deixou para trás, vamos terminar de retirar o agregado. Na prática ficou faltando somente soltar as conexões do fluido de freio. Segundo Seo Bento, vulgo meu pai, não haveria problema algum – sequer com vazamento -, bastaria soltar. Eis, assim, o penduricalho que deixei na garagem nos últimos meses depois da última mexida.

Na prática é essa bagacinha aí de baixo que vamos soltar, presa na lataria sabe-se lá Deus como, até porque tá escuro pra dedéu e tô sem lâmpadas reserva para colocar na extensão do ponto de luz.

Chave inglesa na mão, grande e generoso gole goela abaixo, cigarro pendurado no canto da boca e vamo que vamo!

Já deu pra perceber que temos que começar soltando primeiro a parte do caninho (aquilo é cobre?). Até porque o outro lado, o da mangueira, gira em falso. Uma vez solto, vai começar a gotejar fluido de freio (pô, pai!), então tire o tal do caninho pela lataria e deixe-o do outro lado. Não se esqueça da borracha de vedação que o prende na passagem pela lataria (dá pra facilmente tirar com uma chave de fenda). Aliás, não a destrua, como eu…

Ok. E agora, como vamos soltar a mangueira de borracha? Bem, ela é presa por uma trava na lataria, que a impede de sair. Uma chapinha, apenas. Basta um pouquinho de pressão e já libera.

Após repetir a operação do outro lado, já com as mangueiras liberadas é só tirar o conjunto todo de sob o veículo. Detalhe: essa merda pesa pra cacete!

Uma vez retirado todo o conjunto do agregado e com fluido de freio espalhado por tudo quanto é canto que se possa imaginar, partimos para a próxima breja, isto é, para o próximo passo. Agora já com AC/DC rolando.

Pois bem.

Olhando o diferencial – ainda que no breu em que se encontra a garagem – percebo que, em tese, devemos ter apenas dois pontos de contato para cada lado (senão não teria mobilidade e o efeito de amortecimento).

Um dos pontos seria aquela ponta de lança (bandeja? balança?) nas quais estão apoiadas as molas (parece-me também que as molas em si são apenas encaixadas). O outro ponto seria o próprio amortecedor, com acesso à sua parte superior através do porta-malas do carro – aquelas tampinhas de borracha ali dentro.

Decido soltar primeiro as balanças.

Medi a porca com a inglesa e um paquímetro. 20mm. Por sorte tenho uma chave de estria dessas. Após afrouxar as porcas, avaliando um pouco melhor, tenho a impressão que se eu soltar essas balanças primeiro a mola poderá empurrar todo o conjunto para baixo. Então o negócio seria soltar primeiro os amortecedores.

A parte de cima dos amortecedores é presa com uma porca de 17mm. Decido soltar a de baixo primeiro. Menor. 15mm. Após solto e sem arruelas ou porcas, bastou uma simples alavanca para que, conforme supunha, a própria pressão das molas (aliadas à força da gravidade) fizesse o conjunto descer.

Legal.

O conjunto não desceu por inteiro.

Parece-me que por causa de um braço longitudinal que dá firmeza ao dito conjunto. Vou tentar usar o macaco para levantar tudo e tentar soltar esse braço (e com o c… na mão se essa m… toda resolver cair). Foi mais fácil do que imaginava.

Contudo, após soltar o braço, ainda assim o conjunto não arriou. Parece-me, então, que verdadeiramente são as bandejas que seguram a estrutura (ainda que não faça muito sentido na minha cabeça). Tiremos, pois seus parafusos. Da bandeja, não da minha cabeça.

Levantei ligeiramente a estrutura com o macaco. Tirei as porcas das bandejas e bati levemente com o martelo até afundar (não queremos estragar a rosca, certo?). Já no limite, continuei com um punção. O parafuso estava saindo facilmente. Bem mais do que eu esperava. Segurei a estrutura com as mãos mesmo e já deu o ângulo para que o parafuso corresse livre. Tirei-o. A pressão das molas até que foi pouca e bastou abaixar as bandejas e remover o macaco.

Ainda assim a estrutura não desceu!

Catzo!

Olhando melhor (breu, escuro, lembram?) percebi que ainda existe um par de braços segurando todo o conjunto no meio da lataria. Ok. Faz sentido. Para cada lado seriam dois pontos para o amortecimento e um outro, central, como guia. O braço seguinte a ser solto é o danado aí de baixo, que dá pra ser visto logo atrás da mola.

Bem, para continuar a desmontança creio que neste momento falta-me luminosidade o suficiente, bem como sobra-me um tanto de bom senso para não fazê-la (ainda que o grau etílico usual esteja bem abaixo dos padrões da normalidade).

Mas, na realidade, tenho é um pouco de receio de continuar sem um ponto de apoio “mais” sólido. Tá certo que segurando a carcaça tenho quatro cavaletes que aguentam até uma caminhonete carregada, mas eu, sinceramente, me sentiria beeeeeeem mais seguro se tivesse a certeza absoluta de que nenhum desses cavaletes teria a mínima possibilidade de tombar.

Assim, só implementando o “berço de reforma” que já vim em algumas oficinas e fotos por aí. É algo que tenho em mente, do tipo de uma gaiola, que iria por baixo do veículo, sustentando-o, mas que teria quatro robustas “rodas malucas” (do tipo daquelas de carrinhos de supermercado). Com isso ficaria até mesmo beeeeeem mais fácil  de movimentar a lataria pela garagem e eu teria muuuuuito mais segurança de me enfiar sob o veículo.

Desse modo aproveitei para tirar as medidas do que seria essa gaiola. Entre os pontos laterais do carro (na direção do entre-eixos) temos 142cm. Na largura, na dianteira, 135cm. Já na traseira…. 135cm também! Boa medição! Como existe uma parte da longarina que se projeta um pouco para baixo na altura dos bancos dianteiros, será necessário respeitar pelo menos uns 7cm na altura.

E assim termino a brincadeira de hoje com um último gole na breja (terceira latinha) e ao som de “If you want blood, you’ve got it”

Um novo (re)começo de novo

Muito bem.

Cá estamos nós em endereço novo e com vida nova (mas os mesmos carros velhos).

Na realidade fazia um bom tempinho que eu vinha “namorando” este domínio – projeto676 – mas sempre tinha alguém na frente…

Entretanto, há não muito tempo, finalmente consegui o registro! Isto feito, transferi para cá TODOS os arquivos lá do (quase) finado Opala Adventure – um “subdomínio” do legal que fica(va) em www.legal.adv.br/opala.

Apesar de ter mantido praticamente a mesma linha que antes, algumas atualizações e pequenas mudanças seriam necessárias. Até porque não faria sentido manter um blog com o nome Opala Adventure num domínio chamado Projeto 676. Assim fui buscar lá na lista do Opala.com alguém com talento suficiente que pudesse me ajudar a (re)criar um logotipo específico para este cantinho virtual.

Na minha cabeça eu já tinha um logo que sempre gostei muito – o do “76 Union Gas Station” – cujas cores e estilo sempre apreciei. Inclusive fui lá na página dos criadores para pegar alguns “detalhes construtivos”… O logotipo em questão é esse aí embaixo.

Como ele já tinha o “76” do “676” foi uma questão de adaptar. Daí com meus limitadíssimos dotes artísticos (via Paint) saiu a seguinte imagem:

Tosco, não?

Então, lá na lista, várias almas caridosas se propuseram a me ajudar.

O “Aipin Cósmico” (vulgo Cristian – pra que será esse apelido?) foi um desses seres iluminados. A ele agradeço profundamente pelos conselhos e sugestões, em especial sua preocupação para que eu não tivesse eventuais problemas por basear o desenho em marcas registradas já existentes. Mas, como ele mesmo me disse, reconheceu que “quando se tem uma idéia fixa na cabeça é dificil mudar” – e, pra quem não sabe, além de taurino, sou filho de mineiro, ou seja, turrão à toda prova (um necessário dom – ou maldição – para quem é opaleiro e tem uma reforma pela frente). As sugestões que ele mandou foram essas que seguem.

Muito bom.

MESMO.

Entretanto, ainda que variando algumas cores e estilo, não era bem o que eu pretendia (sou turrão, lembram?)…

Então o Maurão, outro ser iluminado, resolveu topar a brincadeira. Baseado nos meus rabiscos ele os melhorou e ainda mandou as seguintes sugestões:

Já deu pra perceber que, assim como o Cristian, o caboclo manja do traçado, não é mesmo?

Daí, com base no que eu havia encaminhado, este último logo muito provalvelmente seria o “escolhido”. Até pelo formato quase que lembrando uma placa de automóvel, achei que teria tudo a ver. Mas, nas mensagens que trocamos, eu palpitei no sentido de, de repente, colocar tudo isso dentro de uma “gravatinha” da Chevrolet. Daí, junto com os de cima, ele encaminhou estes:

Este último matou a pau!

Tanto é que está lá em cima, encabeçando este humilde blog…

O detalhe dos números “explodindo” sobre a gravatinha, mais o sombreado para dar a sensação de profundidade, ficaram ótimos!

Apesar de tudo ele ainda mandou mais duas sugestões, insinuando a grade do Opala 69.

Muito bom, também. Num primeiro momento dá a sensação de velocidade e, percebam, é basicamente a grade e o farol do 69…

Mas o meu sonho de consumo (ou seja, o Opala que estou reformando) é um 79. Daí, creio eu, fugiria um pouco da premissa básica.

Enfim, com um novo logo escolhido, fiz umas alterações básicas no tema do WordPress utilizado para este blog, aproveitei para acabar com algums inconsistências que existiam – tal como as buscas – e transferi TODOS os arquivos do Opala Adventure para cá.

Mas deu problema.

Todas as imagens ficaram linkadas com o antigo blog…

Como eu pretendo apagar aquele endereço, tive que reconstruir todas as referências contidas nos posts. Aproveitei também para mudar a forma de acesso aos poucos vídeos publicados, antes pendurados no Youtube e agora com acesso (e download) local. Também o sisteminha randômico de mensagens opalísticas (ali do lado, bem no topo e logo abaixo do relógio-velocímetro) estava travando e consertei o código. Tudo isso é um tanto quanto trabalhoso, mas é bom para reavivar a mente acerca de tudo que já fiz. E, mais, perceber o quanto ainda falta fazer.

Aliás, ainda não acabei…

Com relação à reforma em si – que, na realidade, é o que originou este blog – infelizmente estou devagar, quase parando (ou parado). Tenho alguns compromissos que devo assumir para comigo mesmo e que, mais que teimosia, demandam de uma quase hercúlea força de vontade. Exatamente no dia de hoje faço 41. Quatro-ponto-um. Estou estabelecido, com casa própria, tenho um ótimo trabalho, ainda que me consuma quase todas as horas do dia, uma esposa maravilhosa, três filhos sensacionais, duas cachorras, dois gatos e um aquário. Ou seja, tá mais que na hora de cortar os excessos alcoólicos (é, as bebedeiras mesmo). De parar de fumar. E de retomar a reforma.

Simples assim.

Enfim, é isso.

Sejam bem-vindos a este novo cantinho virtual feito única e exclusivamente para tratar de assuntos opalísticos para todos os apaixonados, aficcionados, admiradores, colecionadores e tantos outros malucos do gênero…

Ah, e sim Maurão, assumo publicamente que continuo lhe devendo (no mínimo) uma caixa de cerveja – sem álcool! 😉