Um novo (re)começo de novo

Muito bem.

Cá estamos nós em endereço novo e com vida nova (mas os mesmos carros velhos).

Na realidade fazia um bom tempinho que eu vinha “namorando” este domínio – projeto676 – mas sempre tinha alguém na frente…

Entretanto, há não muito tempo, finalmente consegui o registro! Isto feito, transferi para cá TODOS os arquivos lá do (quase) finado Opala Adventure – um “subdomínio” do legal que fica(va) em www.legal.adv.br/opala.

Apesar de ter mantido praticamente a mesma linha que antes, algumas atualizações e pequenas mudanças seriam necessárias. Até porque não faria sentido manter um blog com o nome Opala Adventure num domínio chamado Projeto 676. Assim fui buscar lá na lista do Opala.com alguém com talento suficiente que pudesse me ajudar a (re)criar um logotipo específico para este cantinho virtual.

Na minha cabeça eu já tinha um logo que sempre gostei muito – o do “76 Union Gas Station” – cujas cores e estilo sempre apreciei. Inclusive fui lá na página dos criadores para pegar alguns “detalhes construtivos”… O logotipo em questão é esse aí embaixo.

Como ele já tinha o “76” do “676” foi uma questão de adaptar. Daí com meus limitadíssimos dotes artísticos (via Paint) saiu a seguinte imagem:

Tosco, não?

Então, lá na lista, várias almas caridosas se propuseram a me ajudar.

O “Aipin Cósmico” (vulgo Cristian – pra que será esse apelido?) foi um desses seres iluminados. A ele agradeço profundamente pelos conselhos e sugestões, em especial sua preocupação para que eu não tivesse eventuais problemas por basear o desenho em marcas registradas já existentes. Mas, como ele mesmo me disse, reconheceu que “quando se tem uma idéia fixa na cabeça é dificil mudar” – e, pra quem não sabe, além de taurino, sou filho de mineiro, ou seja, turrão à toda prova (um necessário dom – ou maldição – para quem é opaleiro e tem uma reforma pela frente). As sugestões que ele mandou foram essas que seguem.

Muito bom.

MESMO.

Entretanto, ainda que variando algumas cores e estilo, não era bem o que eu pretendia (sou turrão, lembram?)…

Então o Maurão, outro ser iluminado, resolveu topar a brincadeira. Baseado nos meus rabiscos ele os melhorou e ainda mandou as seguintes sugestões:

Já deu pra perceber que, assim como o Cristian, o caboclo manja do traçado, não é mesmo?

Daí, com base no que eu havia encaminhado, este último logo muito provalvelmente seria o “escolhido”. Até pelo formato quase que lembrando uma placa de automóvel, achei que teria tudo a ver. Mas, nas mensagens que trocamos, eu palpitei no sentido de, de repente, colocar tudo isso dentro de uma “gravatinha” da Chevrolet. Daí, junto com os de cima, ele encaminhou estes:

Este último matou a pau!

Tanto é que está lá em cima, encabeçando este humilde blog…

O detalhe dos números “explodindo” sobre a gravatinha, mais o sombreado para dar a sensação de profundidade, ficaram ótimos!

Apesar de tudo ele ainda mandou mais duas sugestões, insinuando a grade do Opala 69.

Muito bom, também. Num primeiro momento dá a sensação de velocidade e, percebam, é basicamente a grade e o farol do 69…

Mas o meu sonho de consumo (ou seja, o Opala que estou reformando) é um 79. Daí, creio eu, fugiria um pouco da premissa básica.

Enfim, com um novo logo escolhido, fiz umas alterações básicas no tema do WordPress utilizado para este blog, aproveitei para acabar com algums inconsistências que existiam – tal como as buscas – e transferi TODOS os arquivos do Opala Adventure para cá.

Mas deu problema.

Todas as imagens ficaram linkadas com o antigo blog…

Como eu pretendo apagar aquele endereço, tive que reconstruir todas as referências contidas nos posts. Aproveitei também para mudar a forma de acesso aos poucos vídeos publicados, antes pendurados no Youtube e agora com acesso (e download) local. Também o sisteminha randômico de mensagens opalísticas (ali do lado, bem no topo e logo abaixo do relógio-velocímetro) estava travando e consertei o código. Tudo isso é um tanto quanto trabalhoso, mas é bom para reavivar a mente acerca de tudo que já fiz. E, mais, perceber o quanto ainda falta fazer.

Aliás, ainda não acabei…

Com relação à reforma em si – que, na realidade, é o que originou este blog – infelizmente estou devagar, quase parando (ou parado). Tenho alguns compromissos que devo assumir para comigo mesmo e que, mais que teimosia, demandam de uma quase hercúlea força de vontade. Exatamente no dia de hoje faço 41. Quatro-ponto-um. Estou estabelecido, com casa própria, tenho um ótimo trabalho, ainda que me consuma quase todas as horas do dia, uma esposa maravilhosa, três filhos sensacionais, duas cachorras, dois gatos e um aquário. Ou seja, tá mais que na hora de cortar os excessos alcoólicos (é, as bebedeiras mesmo). De parar de fumar. E de retomar a reforma.

Simples assim.

Enfim, é isso.

Sejam bem-vindos a este novo cantinho virtual feito única e exclusivamente para tratar de assuntos opalísticos para todos os apaixonados, aficcionados, admiradores, colecionadores e tantos outros malucos do gênero…

Ah, e sim Maurão, assumo publicamente que continuo lhe devendo (no mínimo) uma caixa de cerveja – sem álcool! 😉

Sentimento de culpa…

Putz…

Ao efetuar a atualização para este novo endereço, tendo que acertar manualmente cada link de cada imagem que já foi um dia colocada neste blog, cheguei em agosto de 2007. O dia em que trouxe o Opala de volta para casa, vindo lá da oficina do Seu Bento.

Quase três anos!

De lá para cá este vagabundo que vos escreve não fez praticamente nada!

Isso é, no mínimo, uma falta de respeito para com o trabalho que meu pai teve…

Atitudes drásticas deverão ser tomadas.

Garanto.

Desmontando o agregado

Bem, como eu já havia dito aqui e baseado – inicialmente – neste tutorial, resolvi proceder a desmontagem completa do carro. O motor com seis canecos, como vocês ainda devem se lembrar, está carinhosamente guardado no fundo da garagem de casa, juntamente com o radiador e o cardã.

Naquela bancada que fiz aproveitando alguns caibros velhos daqui de casa (e que até hoje não terminei completamente) foi instalada uma morsa para necessidades futuras – que, com certeza, virão. Depois de um pedreiro que passou por aqui tê-la usado como andaime, foi preciso desmontar uma parte dela para retirar o excesso de cimento infiltrado nas frestas. Fiadaputa.

Como a Dona Patroa saiu de casa, deixei o kit básico à mão: celulares, máquina fotográfica, cigarros e uma cachaça. Particularmente prefiro uma cervejinha, mas não tinha nenhuma em casa e fiquei com preguiça de sair para comprar…

Enfim, mãos à obra!

Mas o negócio é… por onde começar?

Avaliei bem e resolvi começar soltando o pivô da direção (aquele bracinho bem ali na parte de baixo).

Eis aqui o danado sob outro ângulo. Confesso que deu um certo trabalho para soltá-lo. “Um certo trabalho”? Acho que estou sendo educado para comigo mesmo! Deu um trabalho do cacete! Primeiro que eu não tinha a chave do tamanho correto e tive que improvisar com uma inglesa E uma chave de grifo. Depois o danado não saía de jeito nenhum e tive que “insistir” com um punção (um pequeno pontalete) e na base de carinhosas marteladas tirei-o do lugar!

Muito bem, esse pivô é ligado a um braço auxiliar que é fixado do outro lado da lataria. Olhando nessa foto seguinte, dá pra ver aquela barra que sai por ali, logo abaixo do escapamento e atravessa por baixo do motor (se ele estivesse ali).

Esse braço auxiliar é preso na lataria logo abaixo da bateria. São parafusos passantes e com comprimentos distintos – todo cuidado é pouco para não perder as porcas!

A falta de fotos dos momentos seguintes reflete meu suadouro face à trabalheira que deu para soltar os parafusos que fixam o agregado na longarina. Antes de mais nada foi preciso colocar o macaco numa posição estratégica para descer todo o conjunto. E, de modo a evitar uma “queda abrupta”, coloquei duas rodas que restaram de um fusca que tive, prontas para sustentar todo o restante.

E não é que o amaldiçoado do parafuso é passante? E com uma porca lá do outro lado! E, ainda, estava torto! Foi um belo exercício de contorcionismo aliado à paciência e perseverança para tirar os quatro! Mas sou taurino, filho de mineiro e teimoso até! Não sei quanto tempo se passou até que conseguisse tirar todos, mas pareceram-me horas…

Bem, eis os parafusos e suas buchas, devidamente retirados – lembrando que os da parte da frente são mais longos.

É LÓGICO que alguma coisa tinha que passar em branco, não é mesmo?

E isso foi exatamente o encanamento do freio, que ficou total e completamente esticado quando comecei a descer o conjunto. Percebendo isso, liberei-os e continuei a descer todo o resto até ficar apoiado nas rodas.

Mais tarde deverei desmontar também essa parte do freio para poder tirar o conjunto dali.

Ou seja, será mais uma coisa que nunca fiz na vida – mas, fazer o quê? Ninguém nasceu sabendo… 😉

E eis uma panorâmica de todo o conjunto já no chão…

Aproveitando o ensejo, tive que fazer uma pequena remoção do pára-choque traseiro do carro. Acontece que a besta que vos tecla, para deixar espaço suficiente de trabalho na dianteira, acabou por deixar a traseira no limite da passagem dos carros. E esse limite estava muito bem representado pelo próprio pára-choque, que quase raspava na lataria na hora de manobrar.

Com sua retirada facilitou um pouco mais manobrar o carro – se bem que a Dona Patroa continua reclamando…

Bem, perdi a conta de quantas doses de cachaça foram desde o início até o final da operação. Mas, em compensação, reinventei e metarreciclei um componente que estava jogado pras traças! Lembram-se daquele carburador com complexo de panela de pressão? Então. Ele dá um excelente cinzeiro!

Bem, o próximo capítulo – com certeza – deverá tratar da aventura de desmontar a parte do freio e demais componentes que o integram. Provavelmente, pelo andar da carruagem lá no trabalho, deverei “brincar” com isso somente em algum próximo feriado prolongado…

Para o alto e avante!

Bem, antes de mais nada – para a efetiva retomada – o melhor a fazer é colocar o carro em “posição de cirurgia”, certo? Ou seja, lembram-se daqueles cavaletes? Então. Voltei a utilizá-los, mas desta vez não numa posição tão alta quanto a anterior.

Como eu havia deixado o Opala, digamos, “estacionado” bem próximo da parede para não ocupar muito espaço (ha!), o primeiro passo foi pegar o pequeno macaco hidráulico com rodas, apoiá-lo no eixo dianteiro e, já com alguns centímetros do chão, puxar o carro de lado. Isso mesmo, esse é o maior mérito desse tipo de macaco (parece um daqueles macacos do tipo “jacaré”, das oficinas, só que beeeeeem menor – mas ainda assim aguenta até duas toneladas!) pois com as rodinhas fica fácil de manusear o carro de um lado para outro – ainda mais que está sem motor – sem necessariamente ter que ficar manobrando o veículo. Igual operação apoiando no eixo traseiro e pronto!

No meio da bagunça que se tornou a anterior organização de minha modesta “oficina”, consegui encontrar os cavaletes – feitos para aguentar até caminhonetes. Levantei novamente o carro, primeiro a traseira e depois a dianteira, e coloquei os cavaletes no seu devido lugar. Ao contrário de antes, quanto eu havia os posicionado nos eixos, decidi colocá-los no ponto da lataria usualmente utilizado para apoiar o macaco do carro quando fura um pneu. Isso porque, ante o impasse que eu mesmo criei com o pintor, pretendo eu mesmo fazer toda a base do carro e, para isso, desmontá-lo totalmente.

Não, não é uma ideia tão absurda assim, se pensarmos que o motor dele está no chão da garagem de casa…

Tive essa ideia (estapafúrdia?) quando vi este tutorial sobre como retirar o agregado da suspensão (seja lá isso o que for). Bem, desmontar sempre foi mais fácil que montar e parece-me que dá pra ser feito.

Assim, para brindar o início desta nova fase (até que enfim!), eis algumas fotos da elevação do Opala. Ah! Antes que eu me esqueça: para evitar eventuais amassamentos ou que algo não ficasse bem encaixado, arranjei alguns pedaços de uma madeira macia para ficar entre o cavalete e a lataria.

Feito isso já resolvi deixar o carro sem as rodas, para facilitar o acesso à desmontagem.

Lição número um para toda e qualquer pessoa que resolva tirar as rodas de um carro, qualquer que seja: afrouxe os parafusos das rodas quando o veículo ainda estiver no chão. Após levantá-lo as rodas tem a irritante tendência de girar junto com a chave de rodas…

Bem, para as rodas traseiras não foi tanto problema, pois bastou puxar o freio de mão – que bom que ele ainda estava instalado…

Já para as rodas dianteiras, convoquei meu fiel ajudante de todas as horas (meu fihote mais velho, agora com dez anos) e pedi para que simplesmente entrasse no carro e pisasse no freio enquanto eu afrouxava os parafusos – que bom que ele também ainda estava instalado…

Retiradas as rodas, passamos agora a ter pleno acesso aos eixos do veículo, bem como uma visão perfeita de seu freio a disco dianteiro e o de tambor, traseiro.

Tirando o pó

Tá bom, vamos combinar: sou um tratante.

Estou em falta para os quase 4,5 leitores que costumavam passar por aqui.

Mas tudo foi questão de ano novo, vida nova, mesmo trabalho, novas funções… E olha que estou falando de 2009!

Mas, enfim, precisamos tirar o pó de nossa operação (sim, já compartilho essa experiência da reforma como nossa). A última notícia que dei acerca do 79 foi de fevereiro, pouco depois de efetuar a troca de motores. Dez meses sem mexer no pobre coitado!

De lá para cá tentei me convencer que não fiz nada porque estava aguardando a oportunidade de encaminhar o Opala para o pintor. Primeiro porque não tinha dinheiro, depois porque ele estava enrolado com veículos em sua oficina e, por último, porque não havia espaço lá em função de uma pequena reforma.

Ledo engano.

Ou melhor, como diria um grande amigo meu, filósofo de botequim: auto engano.

Se eu realmente quisesse já poderia ter dado um encaminhamento e uma solução para isso. Tanto o é que, de fevereiro pra cá, a frota Chevrolata daqui de casa já se alterou não só por uma, mas por duas vezes – tendo havido até mesmo um estranho de duas rodas no ninho. Ou seja, sou obrigado a reconhecer – para meu sincero desgosto pessoal – que a coisa toda ficou meio largada, mesmo.

Aliás, a bem da verdade, tenho que reconhecer também que a última vez que efetivamente coloquei a mão na massa mesmo foi em abril de 2008!

MEU DEUS!

Acho que nem eu tinha noção!

Quase dois anos de absolutamente NADA feito!

Enfim.

Chegou a hora de acabar com a vagabundagem.

Seguem as fotos do atual estado da vítima do veículo e que – COM CERTEZA – terá sua reforma retomada AINDA ESTE ANO.


Uma panorâmica, com a nova viatura lá no fundo, o carro da Dona Patroa no canto direito e a motoca à esquerda.


De outro ângulo, mais isolado.


A traseira do carro com as linhas que lhe dão o charme especial de ser um Opala.


Detalhe da frente que a besta que vos escreve permitiu que enferrujasse.


Vamos combinar: é de fuder. Aqui também deixei enferrujar a esse ponto…


O cofre – parte I.


O cofre – parte II.


O cofre – parte III.


Interior – parte I.


Interior – parte II.


Interior – parte III.


Interior – parte IV.


A traseira em detalhe.


O porta-malas em detalhe.


Até mesmo a organização que eu tinha feito aqui já virou essa zona aí de cima…

Enfim, preciso criar vergonha. Aliás, quero crer que criei. A retomada novamente – e mais uma vez – recomeça agora com essas fotos e vai continuar pelo menos com alguma intervenção por semana, haja o que hajar

Me aguardem!

Sexta-fotos

Já sei, já sei.

Vão dizer que esse carro não é um Opala.

Por incrível que pareça, eu percebi

Mas não podia deixar de mostrá-lo. Em meados de abril topei com esse belo exemplar restaurado de Aero Willys la na feirinha de praxe. Se nas fotos parece bonito, garanto que, ao vivo e a cores, é lindo!