A volta dos que não foram

Sim.

Sumido, desaparecido, escondido e sem dar notícias.

Não.

Não fui acidentado, arrebentado, sequestrado ou abduzido.

Agradeço sinceramente os e-mails e mensagens de preocupação. É verdadeiramente muito bom saber que mesmo neste mundo virtual efetivamente fazemos amigos reais.

Aliás, desde já peço desculpas se não os respondi. Sequer tenho atualizado os comentários em diversos posts – que dirá então do próprio blog em si!

Mas, para que todos saibam: o sonho continua!

O meu bom e velho Opala 79 (e não é que ainda não o batizei?) continua tão bom e velho como sempre lá na garagem – também carinhosamente conhecido como A Lenda…

Apesar de o pedreiro ter praticamente acabado o que tinha por fazer (sempre falta alguma coisa…), o problema maior continua sendo a minha falta de disponibilidade durante a semana e a falta de ânimo no final de semana. Tenho conseguido executar meu trabalho a contento, mas lá na Prefeitura estamos fechando o orçamento para os próximos quatro anos – o tal do PPA, ou Plano Plurianual – e, como se o início de governo já não fosse difícil, imaginem então ter que trabalhar com recursos limitados para necessidades ilimitadas. Essa é a realidade de qualquer administração, quer seja municipal, estadual ou mesmo federal.

E com essa correria, sequer os blogs tenho conseguido atualizar – até escrevi sobre isso outro dia, lá no Legal (o texto está bem aqui).

Mas tenho finalmente conseguido dar os primeiros passos para reorganizar minha vida pessoal. Ainda que a reforma em si esteja parada, vamos ver se consigo – no mínimo – manter as “seções semanais” aqui do blog…

E para quebrar a monotonia e o marasmo, eis uma relação dos logotipos – e seus “significados” – de uma boa parte das marcas existentes por aí afora. Divirtam-se por enquanto e prometo que em breve eu volto!


Audi: As quatro argolas unidas representam as marcas alemãs que formaram a Auto Union, fundada em 1947. São elas: Horch, Audi, Wanderer e DKW. No dia 1º de janeiro de 1985, a Auto Union passou a se chamar Audi AG, com sede empresarial em Nekarsulm, na Alemanha.

Alfa Romeo: O símbolo é composto pela bandeira com a cruz vermelha (brasão da cidade de Milão) e pela serpente devorando um homem (símbolo da família real milanesa). O nome do fabricante italiano, fundado em 1910, é a combinação da sigla A.L.F.A. (Anonima Lombarda Fabbrica Automobili) com o sobrenome do engenheiro Nicola Romeo, fundador da marca.

BMW: Representa uma hélice de avião, nas cores azul e preta. Foi criada depois que os irmãos Karl Rath e Gustav Otto conseguiram permissão do governo alemão para produzir motores de avião, em 1917. O primeiro carro a ter o símbolo da marca alemã foi o modelo Dixi 3/15, de 1928. BMW é a abreviatura de “Fábrica de Motores da Bavária” (Bayerische Motoren Werk).

Cadillac: Marca famosa da General Motors, o seu emblema é derivado do brasão da família de Sir Antoine de la Mothe Cadillac, o fundador da empresa. Desperta muita admiração no mundo todo, com sua grinalda de plumas – um verdadeiro clássico!

Chevrolet: Diz a lenda que o logotipo em forma de gravata borboleta foi baseado na ilustração do papel de parede de um hotel em Paris onde um dos fundadores da marca, William Durant, teria se hospedado, em 1908. Durant guardou a amostra na carteira para usá-la como símbolo da marca de automóvel que fundou em parceria com o piloto Louis Chevrolet.

Chrysler: A antiga estrela de cinco pontas, formada a partir de um pentágono com cinco triângulos, representa a precisão da engenharia. O logo atual é um escudo com asas, que já havia sido foi adotado entre as décadas de 30 e 50.

Citroën: Os dois ‘V’ invertidos, conhecidos na França como “Deux Chevron”, simbolizam a engrenagem bi-helicoidal criada pelo engenheiro Andre Citroën, fundador da marca francesa.

DKW-Vemag: A fábrica foi inaugurada em 1955, pelo presidente JK. A antiga Vemag – Veículos e Máquinas Agrícolas dedicava-se, desde 1945, à importação de veículos Studebaker dos Estados Unidos, bem como à fabricação de tratores. Da união com a DKW alemã surgiu, em 1957, o primeiro veículo de passeio brasileiro, a camioneta Vemaguet, dotada de um barulhento mas amado motor 3 cilindros de 2 tempos.

Dodge: O búfalo simboliza a cidade de Dodge, localizada no estado de Kansas (EUA), no oeste norte-americano. A marca pertence à Chrysler.

Ferrari: O cavalo preto empinado sobre o fundo amarelo era usado no avião de Francesco Barraca, piloto de caça italiano morto na Primeira Guerra Mundial. A pedido da mãe de Barraca, o comendador Enzo Ferrari passou a adotar o emblema em seus carros a partir de 1923.

Fiat: A sigla em letras brancas sobre fundo azul significa Fábrica Italiana de Automóveis de Turim. Por algum tempo as 4 letras foram substituídas por 4 barras inclinadas (brancas ou cromadas) mas, atualmente, o símbolo remonta aos primeiros veículos fabricados pela Fiat.

Ford: O símbolo oval com a assinatura de Henry Ford permanece quase inalterado desde a fundação da empresa, em 1903. Hoje ele inspira o desenho das grades dos carros da marca.

Jeep: Marca norte-americana cuja origem vem da pronúncia, em inglês, da sigla G.P. (General Purpose), utilizada para identificar os modelos destinados a vários tipo de uso.

Lamborghini: O touro que aparece no símbolo dos esportivos italianos é uma homenagem do fundador da marca, Ferruccio Lamborghini, às lutas de touro, pelas quais era fanático. Tanto que os carros da marca (Diablo e Murciélago) têm nomes de touros famosos.

Maserati: O logotipo da marca italiana representa o tridente de Netuno, símbolo da cidade de Bolonha. A fábrica foi fundada em 1919 pelos irmãos Carlo, Bindo, Alfieri, Ettore e Ernesto Maserati.

Mercedes-Benz: A estrela de três pontas representa a fabricação de motores para uso na terra, água e mar. Surgiu depois que Gottlieb Daimler enviou cartão postal para sua mulher, dizendo que a estrela impressa no cartão iria brilhar sobre sua obra.

Mitsubishi: Um diamante de três pontas que remete à resistência e preciosidade . O símbolo veio do nome da marca: “Mitsu” significa três em japonês; “Bishi”, diamante.

Nissan: A moldura azul (cor do céu e do sucesso na cultura japonesa) e um círculo vermelho ao fundo (que representam a luz do sol e a sinceridade) remetem ao provérbio “sinceridade leva ao sucesso”. Nissan significa “indústria japonesa”.

Peugeot: O leão estilizado, que representa a “qualidade superior da marca” e homenageia a cidade de Lion (França), é usado desde 1919. Desde então, o logotipo sofreu sete modificações.

Porsche: São dois brasões sobrepostos – o da região de Baden-Württemberg e o da cidade de Stutgartt (o cavalo empinado), sede da marca alemã. A marca adotou o símbolo a partir de 1949.

Puma: Iniciou sua produção em 1964 usando a mecânica do DKW e, em 1967, mudou para a mecânica do Fusca. Os primeiros “Pumas”, na verdade DKWMalzoni, foram feitos para correr e, de fato, sempre brilharam em Interlagos. Foram exportados para diversos países, principalmente para os EUA, entre 1970 e 1980.

Alfa Romeo – Quadrifólio: O trevo de quatro folhas dos esportivos da Alfa Romeo é o amuleto usado pelo piloto Ugo Sivocci, considerado herói da marca depois de ter morrido em um acidente, em 1923, no circuito de Monza (Itália). A partir daquele ano, todos os carros de corrida passaram a ter esse logotipo na carroceria.

Renault: O losango parecido com um diamante foi adotado em 1925, para sugerir sofisticação e prestígio. Desde então, teve quatro mudanças de visual. O primeiro símbolo, de 1898, eram dois “R”, em homenagem aos irmãos Louis e Marcel Renault, fundadores da marca francesa.

Rolls Royce: Os dois “R” do logotipo eram estampados em vermelho. Com a morte de seus dois fundadores, Charles Rolls (1910) e Frederick Royce (1933), as letras passaram a ser grafadas em preto, em sinal de luto.

Saab: Uma das marcas sob controle da GM, a sueca Saab começou a fabricar aviões em 1938. O nome vem de Svenska Aeroplan Akteebolaget. A produção de automóveis começou em 1959. O logotipo circular tem um animal mitológico com cabeça de águia e garras de leão, símbolo da vigilância. O azul de fundo é a cor da marinha.

Simca: No Brasil, marca de prestígio que gozava da fama de ser frágil. Mas não havia como negar que o Chambord (depois Tufão) era um carro lindíssimo! A marca nasceu na França como uma importadora de carros Fiat, e seu nome era formado pelas iniciais de: Sociedade Industrial de Mecânica e Carrocerias Automóveis.

Subaru: Na língua japonesa, Subaru tem o significado de “plêiade” (conjunto de estrelas). Isso explica a constelação adotada como logotipo da marca.

Volkswagen: Um dos mais familiares símbolos entre as marcas de veículos, Este círculo envolve um “V” e um “W”, iniciais de volks (em alemão: povo) e wagen (vagão, veículo), ou seja: carro do povo, ou popular, já naquela época! Foi encomendado pelo próprio governo alemão ao engenheiro Ferdinand Porsche (o próprio). Por isso seus veículos usavam motores refrigerados a ar até pouco tempo atrás.

Volvo: O polêmico logotipo da marca sueca (que hoje é controlada pela Ford) é o símbolo da masculinidade e por esse motivo já foi muito contestado por movimentos feministas na Europa. Esse símbolo era usado pelos alquimistas para representar o metal, uma alusão que a Volvo fez à durabilidade dos seus veículos.

Liberando espaço

Simplesmente uma questão de unir o “inútil” ao “desagradável”… 😉

O meu sogro pretende mandar seu Golzinho 90 para funilaria. Mas, até mesmo pela idade e também pela instável saúde de minha sogra, não tem como ficar a pé. Assim, como hoje eu recebi de volta o 79 (ÊÊÊBAAAA!!!!), a garagem de casa tá pra lá de lotada.

Ou seja, o que já não seria esforço nenhum (emprestar o carro), agora veio mesmo a calhar.

Além de quê, agora posso tirar com calma as peças que não são indispensáveis para o transporte do carro (maçanetas, quebra-vento, bateria, parte da parte elétrica, etc) de modo a viabilizar seu encaminhamento para o pintor.

Acima temos a única cena de mutilação para substituição dos motores. Os suportes do radiador foram cirurgicamente retirados para que fossem soldados no Titanic II. Oportunamente ainda vou ter que arranjar outros para encaixar o radiador do motor de 6 cilindros. Mas tudo a seu tempo…

Eis o cofre do motor (quase) limpo.

Enfim, beeeeem devagar as coisas vão se encaixando…

Quem é o pintor?

Pergunta difícil…

Só tenho certeza de uma coisa: EU é que não sou!

Dentro de minhas limitadas capacidades (e ainda mais limitado tempo) não me aventuro a tentar nada tão grandioso quanto pintar um carro. Deixemos tais especialidades para os profissionais da área, certo?

Três possibilidades pairam no ar.

Primeiramente uma funilaria que fica bem do lado da casa de meu pai. Seria interessante no sentido de que teria quem pudesse “olhar” de perto o serviço para mim. E já não o seria em função de que estaria sujeito a palpites de toda espécie e principalmente um do tipo que não gostaria de ouvir: “deixa assim mesmo que está bom”.

Segundamente um amigo que trabalha comigo, mas na área de manutenção de computadores. Caboclo esperto, fuçado, tem bom senso e aparenta ser dedicado em tudo aquilo que faz. Tem uma oficina de funilaria na casa dele – é o “bico” fora do horário de expediente – e sei que já fez inclusive alguns cursos de especialização. Mas não conheço pessoalmente o trabalho dele.

Terceiramente uma indicação do próprio mecânico que trocou os motores. Um rapaz que, segundo ele, é bom, MUITO bom – e isso não significa pouca coisa vindo de alguém que é especializado na manutenção, reforma e restauração de Opalas. Fui até o cantinho do caboclo conhecer seu serviço e, coincidência das coincidências, havia justamente um 79 sendo reformado. O carro ainda estava somente com a tinta de fundo, mas deu pra perceber o cuidado do pintor nos detalhes, principalmente no que tange ao alinhamento. O único problema (segundo, também, o mecânico): o caboclo é enrolado. Demorado mesmo. Se ele falar que demora um mês, pode colocar uns seis meses pela frente. E isso poderia ser um complicador nos meus planos imediatos…

Decisões, decisões, decisões.

O tempo urge e o dinheiro escasseia.

Tenho que meditar bastante sobre esse assunto…

Flagrante da cirurgia

E então, ansioso do jeito que sou, não pude me conter e dei uma passadinha lá na oficina para ver a quantas anda tudo com os carros.

Segundo o Marino (o mecânico), os prognósticos são bons.

No decorrer dessa semana ambos já devem ficar prontos…

Uma geral do 76 meio que desmilinguido.

Sim, os diferenciais deverão ser trocados entre os carros.

Eis o cofre vazio, pronto para um novo depósito.

E aqui temos o doador, ansioso para mandar sua alma de volta às ruas!

Uma peculiar visão das entranhas do conjunto por parte (novamente) de meu caçulinha.

A alma do carro

Sim, a alma.

E não me venham dizer que o motor do carro corresponde ao coração.

Talvez exista um “coração do motor”, mas, na minha opinião, o motor em si é a alma do carro.

É com ele que a gente conversa, é para ele que imploramos para aguentar mais um pouco quando está falhando, é ele que ouve nossas palavras de incentivo quando queremos que corra além dos limites, é pra ele que agradecemos quando deu conta do recado… Ou seja, a alma do carro.

E, nesse sentido, posso dizer que a alma do Titanic II jaz no frio chão da garagem de casa. Descansando, mas não esquecido.

Isso porque finalmente o mecânico tirou o motor de seis cilindros do Titanic II, preparando-o para receber o motor de quatro cilindros do 79. Pra quem já não mais se lembra, ou que esteja chegando agora, são dois os meus carros: um 79 (quatro cilindros original) e um 76 (seis cilindros acochambrado). O motor de quatro cilindros (até onde me lembro) está funcionando perfeitamente, enquanto que o de seis está começando a subir óleo. Como é este último que vai efetivamente ser incorporado ao 79, então temos que ele vai aguardar por algum tempo, de molho, até que eu acabe a funilaria e pintura e, então, já possa mandá-lo direto para retífica.

Eis algumas fotos da criança…

O bicho é graúdo mesmo!

E, se sob o capô, ele já parece enorme, fora então…

Eis um outro ângulo para vosso deleite…

E aqui o bom e velho radiador, juntamente com o cardan.

O “divertido” dessa história é que o mecânico trouxe esse motor ontem à noite. Eu estive fora, em curso, nos últimos dois dias, e quando cheguei o bichão já estava lá no chão. Perguntei para Dona Patroa se o caboclo teve trabalho para colocar o motor na garagem. Segundo ela, quase nenhum, pois tinha um “bracinho mecânico” instalado na camionete que fez quase tudo sozinho. Só precisou de intervenção na hora de ajeitar o motor no canto da garagem, quando então ela também teve que ajudar!

Mas tá tudo bem.

Fora uma parte do piso que estourou (nem vem, que já tava soltando mesmo) não houveram maiores sequelas para guarda do motor.

Creio que em um ou dois dias a Dona Patroa já deve voltar a falar comigo…

Um mês

E eis que a cirurgia foi – novamente – adiada. Estive ontem no mecânico (que não estava lá no momento) e os carros ainda estão aguardando sua vez na mão do doutor. Ontem, dia 31 de janeiro. Um mês, exatamente.

Fé é o que me movimenta…