Biografia de Mort Weisinger
Escritor e editor de revistas em quadrinhos, nascido em 25 de abril de 1915, em Nova Iorque. Após vários anos como escritor de revistas “pulp” (populares e de fácil acesso nos EUA), como editor de revistas e agente literário, Weisinger entrou para a National Comics em 1940. Embora tenha criado várias histórias de super-heróis, como Arqueiro Verde e Airwave (Vendaval), ele é mais conhecido por seu longo período como editor da família de revistas do Super-Homem (1940-1970). Mais que os criadores Siegel e Shuster, foi Weisinger quem elaborou o que, até antes da Crise, era conhecida como a lenda do Super-Homem.
Nos seus primeiros anos, o Super-Homem era artisticamente primário e totalmente sem humor. Mas Weisinger entrou com uma nova direção: tornou o Super-Homem do fim dos anos 40 e 50 um artista superpoderoso do pastelão. Não era estranho para o kryptoniano de Weisinger ser surpreendido por vilões mais bizarros. Ele não iria mais permitir que o Homem de Aço combatesse e derrotasse o segundo homem mais forte do mundo.
Weisinger fez o herói combater demônios e homens ensandecidos. Vilões como o Homem dos Brinquedos, o Galhofeiro (Prankster) e o pentadimensional Sr. Mxyztplk começaram a surgir, lançando ataques de brinquedos, piadas, truques, magia e qualquer coisa, exceto força bruta, na tentativa de derrotar o Super-Homem.
Weisinger também deve receber crédito por conseguir muitos argumentistas talentosos para narrar as aventuras do personagem. Artisticamente, Weisinger confiava em Wayne Boring, Al Plastino e Curt Swan para desenhar o Super-Homem; em Jim Mooney, para a Supermoça; e em Kurt Schaffenberger, para Lois Lane; mas Jack Burnley, Irwin Hasen e outros de mérito também entravam nessa lista. Para o texto, escritores como Otto Binder, Edmond Hamilton, Al Bester, Bill Finger, Manly Wade Wellman e outros foram usados.
Foi sob a égide de Weisinger que conceitos como o da kryptonita foram desenvolvidos; ele também expandiu consideravelmente a lista de sobreviventes de Krypton. A cidade Argo, a Zona Fantasma e a cidade engarrafada de Kandor também sobreviveram à destruição do planeta, juntamente com personagens concebidos por Weisinger, como Supermoça, Mon-El (embora a origem desse legionário tenha sido reformulada), Krypto e o Super-Robô. Durante os anos 50, Weisinger foi responsável por supervisionar a criação da Fortaleza da Solidão, o mundo de Bizarro, Lex Luthor, Brainiac, a Legião dos Super-Heróis, histórias imaginárias e muitos outros pedacinhos da supermania. Ele escreveu pessoalmente o roteiro do seriado cinematográfico estrelado por Kirk Alyn e atuou como editor de história para o programa de televisão do Super-Homem.
Weisinger deixou o Super-Homem e os quadrinhos em 1970 para dedicar todo o seu tempo a uma carreira ascendente como escritor de livros e revistas.
(Publicado originalmente em algum dos sites gratuitos que armazenavam o e-zine CTRL-C)