Entendendo Picasso

E pra quem quiser, literalmente, entender a arte do pintor Picasso eis uma análise em três dimensões de um de seus quadros mais famosos. Particularmente continuo não gostando desse tipo de arte – ainda sou fã das pinturas clássicas do tipo-quase-retrato.

Mas, pela primeira vez, consegui acompanhar o que o artista quis dizer com aquele quadro que sempre achei maluco – Guernica – e até me surpreendi comovido com sua mensagem final…

Eis o vídeo, pinçado lá do Sérgio Leo:

Rússia, Geórgia e Ossétia do Sul

Em tempos de Olimpíadas, discussões sobre as malfadadas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, levante de armas cibernéticas nos campos virtuais contra o polêmico “Projeto Azeredo”, eis que algumas noticiazinhas quase que passam despercebidas.

Assim, para entender um pouco melhor a história por trás da história, o sempre antenado Pedro Dória trouxe um trechinho sobre todo esse imbróglio que tem acontecido lá em Ossétia do Sul escrito pelo especialista daquela região, Robert D. Kaplan:

Vladimir Putin mapeou tudo. Percebeu que os EUA, alquebrados pelo Iraque e Afeganistão, ainda desejosos do apoio russo para sanções contra o Irã, não tinham mais aliados na Europa e seguiam ambivalentes à crise no Cáucaso. Putin percebeu que o líder da Geórgia, Mikhail Saakashvili, apesar de seu pendor nacionalista, era o presidente fraco de uma democracia com Forças Armadas frágeis. Olhou o mapa da Geórgia e viu um país engolfado pela Rússia e o Ocidente lá longe. Ali é diferente dos Bálcãs, que têm a boa sorte de fazerem fronteira com a Europa Central e, portanto, terem a sorte de contar com envolvimento da OTAN. No Cáucaso, os vizinhos são Rússia, Irã, o naco mais pobre da Turquia e o Mar Cáspio.

Putin olhou e se moveu. Liberou a Ossétia do Sul, um estado sob o domínio de gângsters e contrabandistas, do frágil poder militar da Geórgia. Fez o mesmo em Abecásia, outro estado da Geórgia. Segundo as últimas notícias, as forças russas já controlam uma base militar no leste do país e parecem dispostos a manter o controle militar em toda região na qual o poder central é fraco. Ao cortar a Geórgia ao meio, os russos controlam o oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, crítico para a energia do ocidente, fazendo com que o Kremlin passe a decidir o fluxo de combustível para o Mediterrâneo e Europa. Norte-americanos e europeus vão querer sentar à mesa, e a Rússia fará concessões. Mas farão isso de uma posição de força. A Geórgia provavelmente nunca mais terá um governo independente como aquele que teve até 8 de agosto de 2008.