E eis que o anteontem o filhote do meio, do alto de seus seis anos, não acordou lá muito bem. Tosse seca, enjôo, etc. Nada parava no estômago e ele comecou a ter acessos de vômito. A Dona Patroa conversou com o pediatra de praxe e o diagnóstico foi cirúrgico e certeiro: VIROSE. Ou seja, o “mal” que acomete 99,9% das crianças na falta de algo mais preciso.
Isso me dá uma saudade de quando eu era pequeno e o antigo farmacêutico praticamente é que era o médico do bairro…
Mas voltemos aos fatos!
Verdinho e acabado do jeito que estava, sequer foi para a escola e mesmo a Dona Patroa acabou ficando em casa para tratá-lo, acudi-lo, consolá-lo, aninhá-lo, colocá-lo debaixo da asa, enfim, aquelas coisas que somente as mães conseguem fazer. Mais ou menos como já disse aqui.
No final do dia, chegando em casa fui direto até ele – que estava deitadinho no sofá vendo um desenho – e perguntei-lhe se tinha melhorado, se estava bem.
Ele arregalou aqueles dois olhos de jabuticaba para mim e com um sorriso e orgulho digno do Calvin, saboreando cada sílaba, soltou a seguinte frase:
– Paiê! Sabia que vomitei sete vezes hoje?