Encaminhado na lista Metarec pelo efeefe – que, por sua vez, recebeu do Daniel Tygel (o original tá aqui).
Aliás, pra entender um pouco a cabeça desse povo, não deixem de ver o resumão do Encontrão lá no Arraial d’Ajuda.
Os Revolucionários Culturais, em 2009 …
– vivem, agem e trabalham com e não contra a natureza
– sabem que a vida é demasiado complexa para ser entendida a nível intelectual
– criam e apoiam economias locais e auto-reguladas
– valorizam e protegem a diversidade de qualquer tipo
– valorizam e praticam a interdependência, uma vez que sabem que nada é realmente independente
– consideram-se equivalentes a todas as formas de vida
– protegem e apoiam a vida
– amam e apoiam incondicionalmente as crianças
– trabalham em si mesmo para uma maior consciencialização
– estão familiarizados com os princípios ecológicos e integram-nos nas suas vidas
– consideram a música e a dança como uma parte integrante da sua expressão e da sua comunicação
– vivem numa terra animada de vida e consideram-na como algo sagrado
– entregam-se e comprometem-se em benefício da sua comunidade
– sabem cultivar os seus próprios alimentos
– experienciam e apreciam a sua percepção sensorial
– celebram a vida
– cooperam
– deixam de pensar de forma “x ou x” para pensar de forma “x e x”
– partilham conhecimentos
– integram o estar em processo como uma forma de ser e estar
– não se identificam com o seu corpo, nem com os seus pensamentos ou emoções
– vêem a mente como uma ferramenta
– apercebem-se de que não existe Bem ou Mal
– não se identificam com qualquer tipo de rótulo ou categoria social, nem com o seu passado ou o seu futuro
– estão conscientes de que a essência de quem eles são é a própria vida
– assumem a responsabilidade pelas suas emoções
– estão conscientes e valorizam as suas relações com tudo o que de vivo e aparentemente não vivo os rodeia
– valorizam e integram a sabedoria das mulheres
– valorizam e integram a sabedoria das culturas indígenas
– participam e investem em construir relacionamentos no lugar onde vivem
– valorizam o conhecimento generalista
– estão cientes que a mudança é um dos princípios fundamentais da evolução
– trabalham para a diversificação e descentralização
– evoluem do estado de consumidores dependentes para o de produtores responsáveis
– estão à procura de formas pelas quais os seus interesses e os seus talentos se possam desenvolver
– resistem e eventualmente desobedecem a qualquer lei que ilegalize formas de auto-governo, auto-produção e sustentabilidade
– estão informados sobre o atual sistema monetário e identificam-no como uma forma contemporânea de escravidão
– identificam e boicotam monoculturas biológicas, culturais, sociais e filosóficas
– boicotam monopólios de qualquer tipo
– questionam quem quer que promova uma única solução
– valorizam a ética ambiental e humana sobre qualquer tipo de maximização de lucros
– boicotam empresas e bancos que operem com fins puramente lucrativos e de maximização de lucros
– estabelecem terras e florestas como bem comum
– estabelecem a água como bem comum
– estabelecem a biodiversidade e o conhecimento como bem comum
– estão conscientes de que todo o tempo participam no processo de co-criação
– permitem que a vida se desenvolva através deles
Berlin, 03/2009