Conhecem aquele ditado: “crer no credo, pero que los hay, los hay”?
( Perdoem-me, pois meu espanhol é péssimo. Aliás, nem sei espanhol! )
Então.
É mais ou menos a mesma coisa…
Hoje falaremos um pouco de equilíbrio. Ou, pelo menos, de sua busca.
Estas são dicas que recebi da amiga Linda e que complementei com uma outra coisinha colhida pela rede…
Primeiramente vejamos o que é Feng Shui.
Trata-se de uma arte milenar (dizem por aí que já data de mais de cinco mil anos!) e que tem como objetivo organizar – leia-se “equilibrar” – a vida do ser humano. Melhor dizendo: estabelecer uma vida saudável, atraindo boas energias e harmonizando-as pela casa.
Elaborada a partir da observação da natureza, parece utilizar-se dos mesmos princípios que regem as ciências naturais e teria como base os conceitos do Tao, do Yin e Yang, bem como da energia Chi e seus cinco elementos (formas de manifestação dessa energia) – madeira, fogo, terra, metal e água. Tudo isso e ainda associando-se ao estudo das cores, relevo, clima e formas.
Ocorre que, de acordo com o Feng Shui, o ambiente em que vivemos “conta uma história”. Então, se mudarmos os elementos deste ambiente da forma correta, poderemos mudar a nossa história de forma positiva…
Assim, segundo o Feng Shui, numa casa existe uma série de fatores externos e internos que podem atrapalhar a harmonia das energias que nos cercam. São chamados de “doenças” ou, ainda, de “toxinas”.
Quanto aos fatores externos não há muito o que fazer – a não ser que você mude do lugar da sua casa ou, pior, sua casa de lugar.
Então vejamos apenas alguns dos fatores internos que, com certeza, você já deve ter percebido em algum canto dentro de sua própria casa (até existem outros, mas, no momento, só quero falar destes):
- objetos que você não usa (e, às vezes, nem gosta);
- roupas que você não gosta ou não usa a mais de ano (sim, inclui sapatos);
- coisas feias (não, seu marido, não);
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas (nem o coração);
- velhas cartas, bilhetes, até mesmo aquelas (inúteis) lembrancinhas de festas;
- plantas mortas ou doentes;
- excesso de móveis;
- antigos recibos, jornais ou revistas (que nunca mais serão usados);
- remédios vencidos;
- meias velhas furadas;
- sapatos estragados;
- acúmulo de lixo ou de entulho (no quintal, inclusive);
- cortinas e estofados sujos e rasgados (segundo minha mãe, isso já é desmazelo!);
- excesso de fios, conexões (e, lógico, gambiarras);
- bagunça e desordem de um modo geral…
Que fazer então?
Livrar-se do que for possível!
É o chamado “destralhamento” ao qual me referi lá no título…
Com isso, segundo o Feng Shui, a saúde melhora, a criatividade cresce e até mesmo os relacionamentos se aprimoram…
Isso porque é comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois “existem fios invisíveis que nos ligam a tudo aquilo que possuímos”. Outros possíveis efeitos psicológicos (até com consequências físicas) do acúmulo exagerado e da bagunça irrestrita seriam: se sentir desorganizado, fracassado, limitado, apegado ao passado…
É que toda essa desordem representa um obstáculo ao fluxo de energia, causando problemas em nossa dia a dia. Ter coisas demais num espaço de menos dificulta a circulação da energia, atrapalha nosso transitar pela casa e até mesmo pode dificultar a própria respiração! Então livre-se de boa parte dessas coisas!
Mesmo para outras coisas menos corriqueiras podem afetar essa harmonia, como, por exemplo, deixar trabalho inacabado. Pode ser um conserto, um quadro que começou a pintar, um livro que começou a ler ou um telefonema que precise dar. As energias negativas – assim como o pó – vão se amontoando em camadas sobre as paredes, móveis, tetos e pisos e, embora não possam ser vistas, teriam o condão de nos afetar profundamente.
Então o negócio é livrar-se dessas tralhas!
O destralhamento é a forma mais rápída de mudar a vida!
Eis aqui algumas perguntinhas tanto úteis quanto básicas na hora de destralhar:
– Por que mesmo estou guardando isso?
– Será que isso ainda tem algo a ver comigo hoje? Aliás, já teve algum dia?
– Eu terei – de fato – alguma utilidade para isso algum dia?
– O que vou sentir ao liberar isto?
Vá se perguntando, vá juntando o que estiver acumulado e vá fazendo pilhas separadas…
E, sem dó ou constrangimento, doe para quem precisar! Jogue fora! Livre-se disso!
Aliás, pra destralhar ainda mais, livre-se de barulhos, das luzes fortes, das cores berrantes, dos odores químicos, dos revestimentos sintéticos…
Mais ainda? Então libere mágoas, enterre o passado, termine projetos inacabados.
Tudo isso porque, em última análise, acumular até pode nos dar uma sensação de permanência, de estabilidade. Mas, sinceramente, existe algo mais impermanente que a própria vida?
Então, vamos combinar?
Organize-se!