Sim, um projetor. No caso, de “slides”.
Hm?
Você não tem nem a mais afastada idéia do que seja isso?
Bem, confesso que já vi muitos slides, utilizei alguns projetores, mas nunca me perguntei o porquê de fazerem aquelas “fotinhos” daquele tamanhinho, já que podiam fazer uma “normal” e revelar…
Mas nada como uma pequena busca na Internet para entender as coisas!
Enfim, o que sempre chamei de slides na realidade eram filmes positivos. Mas até que eu (e toda minha geração) não estava tão errado, pois esse bichinho tem uma infinidade de nomes, sendo conhecido também como cromos, películas positivas, transparências, filmes reversíveis e por aí vai.
São, literalmente, “filmes positivos” (dãããã…), ou seja, ao contrário dos negativos coloridos – que precisam ter suas cores invertidas para mostrar o resultado final – esse tipo de filme (após revelado) ao ser contraposto à luz já permite ver a imagem exatamente como ela deve ser. É uma foto já pronta para ser impressa ou projetada. Sei que nestes tempos de máquinas digitais, câmeras, celulares, tablets, isso pode soar pra lá de esquisito – mas ele tinha lá suas vantagens!
É que essas películas possuíam altíssimo contraste, reproduzindo bem melhor as cores, mantendo ainda uma granularidade muitíssimo boa. Dizem os especialistas que esses seriam os filmes que melhor reproduzem as cores (ainda que comparado aos melhores negativos profissionais).
À sua época foram largamente utilizados nas principais áreas profissionais de fotografia, em catálogos de imagens, publicações de alta definição, grandes ampliações, em exposições, bem como outros trabalhos que exigissem uma expressividade muito boa das cores. Para que as imagens pudessem ser projetadas em série, o filme era cortado e encapsulado em molduras brancas – eis aí os slides! – e, assim, ficavam prontos para para serem colocados na devida ordem no “carrosel” do projetor. Sim, aquela máquina esquisita na foto lá em cima.
Muito bem, era isso.
Assim encerramos a aula de cultura inútil de hoje…