Após explicar satisfatoriamente ao caçulinha o que é uma nascente, ainda assim ele me vem com a cartada final:
“Mas como é que a água vem pra cima?”
Touché!
Após explicar satisfatoriamente ao caçulinha o que é uma nascente, ainda assim ele me vem com a cartada final:
“Mas como é que a água vem pra cima?”
Touché!
Ato 1: Filhos aprontando e eu reclamando. Vem a Dona Patroa e constata:
– Pra que ficar assim? Sabe o que é isso? Criancice.
E eu:
– Exatamente. E esse é o problema! Não suporto competição!
Cai o pano.
Entreouvida outro dia nos corredores lá do trabalho:
“- Sua gata se chama Sophia e sua filha se chama Amora? Isso mesmo?
– Sim! E DAÍ??
– Nada não.
– Ah tá (…)”
Heh…
O Ministério da Saúde Adverte: Questionar o amor materno felino ou filial pode fazer mal à sua saúde! 😀
Não.
Vocês não leram errado.
É isso mesmo: “máquina de digitação”…
Explico: em casa temos uma boa e velha máquina de datilografia, da época ainda em que a Dona Patroa, adolescente, começara a aprender como funcionava aquele confuso mundo de teclas que, mais tarde, fariam parte do seu dia a dia enquanto escrevente no Fórum. Mas isso já é uma outra história…
Pois bem, essa máquina “viajou” um bocado. Ficou um bom tempo com as sobrinhas dela, lá pela década de noventa, mais tarde voltou aos nossos cuidados – quando mandei fazer uma bela duma revisão na coitada – permaneceu um outro bom tempo no meu escritório, e, desde então, vem passando de um filhote para outro. O mais velho já teve sua vez, o do meio cuidou dela por um longo período e agora chegou a vez do caçulinha, com seus dez anos, tomar conta dessa senhora.
E eis que ontem, ao chegar em casa, desfrutando um bocadinho de minha costumeira solidão, enquanto tomava uma breja, o filhote me veio na correria e me entregou seu primeiro “produto”…
E caso não tenham conseguido visualizar, segue, na íntegra:
HISTORIA I
Introdução…
Agora que ganhei a maquina de digitação (que parece que tem uns 60 anos) tenho que treinar a minha digitação como o Erik fez, também né.
Bem continuando escrevo isto porque eu tou treinando e anunciando que ganhei esta maquina empoirada por dentro e tambem ja fiz uns 4 ou 5 erros…
E isso é tudo fim
Ass: Jean Yuji.
O que me faz lembrar que, apesar da clareza do raciocínio, preciso cobrar mais desse moleque acerca de acentuação e pontuação…
Ah, e aqui temos a nossoa boa e velha “máquina de digitação” – que não, não tem uns 60 anos!
Emenda à Inicial: Aliás, uma ótima lembrança da amiga virtual, Cláudia Baioco, que, a respeito da máquina, me veio com essa: “que imprime enquanto a gente digita, o máximo da modernidade!”
Vamos combinar? Qual pai – vá lá, e, também, mãe – nunca entrou na “onda” de seus filhos e encarou a brincadeira de participar da fantasia deles? Aliás, não precisa ser só filho ou filha não! Sobrinhos, filhos de amigos, priminhos mais novos, e, até, netos – ou, no meu caso, sobrinhas-netas…
Desconheço as brincadeiras das meninas – se bem que tenho amigas que foram (ou são) mais moleques que muito moleque por aí… Mas, com meus três filhos (ao menos quando eram menores), a viagem sempre estava em inventar o improvável, participar do impossível. Ninguém podia descer do sofá porque o tapete era um mar de lava, o meio-fio da calçada era a borda de um penhasco, o cachorro que pulava era um dragão em ataque – e por aí vai…
E, nesse sentido, descobri a figurinha de Daniel Hashimoto. Um sujeito que trabalha como animador de efeitos especiais para a DreamWorks em Los Angeles. Ele já participou na produção dos filmes mais incríveis da atualidade. E ele resolveu explorar a imaginacão do filho e construiu efeitos especiais em cima de situações normais do dia a dia. Ele simplesmente filma o filho nas suas brincadeiras e depois usa efeitos especiais para fazer que tudo aquilo que o filho estava imaginando pareça verdade – como nos filmes. O efeito é simplesmente incrível!
Junte a imaginação de uma criança com o talento de um pai e você vai ver o que dá! Aliás, não tema, pois, no final o mocinho sempre vence!
Particularmente gostei mais do segundo… Mais elaborado e com participação do pai. Em especial o destaque vai para o sabre de luz sendo arrastado pelo chão!
É, meus amigos, mas o tempo passa, as crianças crescem e as brincadeiras mudam. E a gente também. Ficamos mais sérios, mais taciturnos, mais “cheios de obrigações” e as nossas crianças – que crianças? – agora já são praticamente adolescentes. Ou “aborrecentes”, como diria a Dona Patroa…
Num mundo cheio de games, celulares, tablets, computadores e o escambau, cada vez mais vai ficando pra trás aquela boa e velha brincadeira fantasiosa que tínhamos com nossos filhos. Carrinho ou casinha, não importa. A cumplicidade ainda existe – pois foi forjada em aventuras inúmeras das quais participamos num virtual mundo paralelo – mas a magia meio que evanesceu…
Então, caríssimos, aproveitando este Dia das Crianças que se aproxima, fica a dica: não deixe – jamais – esse mundo de fantasias se perder. Não importa qual a idade de seus filhos ou quão “rídiculo” isso possa parecer aos olhos d’outrem. Você é o pai que é herói. Você é a mãe que é heroína. E seus filhos sempre serão seus filhos, não importa a idade que tenham.
A magia – a alegria! – deve sempre perdurar…
Sim, sei que esse videozinho já é antigo – mas nem por isso menos real!
Somente quem já enfrentou uma situação como essa é que sabe…
PS: Esta postagem é uma especial homenagem aos futuros pais novos do pedaço!
Até porque faltam apenas 1.500 peças para o final…