Disjuntando os pedaços

E eis que ontem à noitinha, depois de um dia pra lá de cansativo – pois fui acompanhar meu pai numa consulta junto ao Pronto Socorro Municipal (levou SÓ seis horas!) -, eis que finalmente consigo chegar em casa… Rotina de sempre: parar o carro em frente ao portão, puxar o freio de mão, descer do carro, entrar pelo portãozinho lateral, acender a luz da garagem (Ué? Não acendeu…), abrir o portão maior, engatar a primeira, entrar com o carro, fechar o portão, etc, etc, etc.

Voltei ao interruptor. Meio bambo, mas sempre foi assim. Esquisito. Acho que deu defeito. Amanhã cedo eu troco.

Foi então que percebi que o carro do meu sogro estava com o capô aberto. O que só poderia significar uma coisa: ele estava tentando fazer algo e (pra variar) não deu certo.

Subi as escadas e já fui ter com os filhotes:

– Então, pai. Nenhuma das tomadas de casa tá funcionando. A gente liga o disjuntor mas desarma…

Fui dar uma conferida no conjunto: temos um par de disjuntores para lâmpadas (10 amperes), outro par para tomadas (um de 25 e outro de 30 amperes, não sei o porquê – um dia desses ainda arrumo essa bagaça) e um terceiro para o chuveiro (50 amperes).

O das tomadas estava desarmado.

Liguei.

Fumaça e desarme imediato!!!

Bão, não tinha jeito. Ao que parece alguma coisa devia ter “fritado” um dos disjuntores e a melhor saída já seria trocar o par de uma vez…. Ao menos o resto da casa estava funcionando (fora as tomadas da parte antiga – onde também está ligada toda a garagem). Somente no dia seguinte pra comprar isso…

Pausa para os leigos – entenda como funciona o sistema elétrico de sua casa. São dois os conceitos a serem compreendidos: Voltagem (tensão) e Amperagem (corrente). Em termos bem simples, imaginemos que a energia elétrica fosse como o seu encanamento d’água. Não o seu, o da sua casa. A voltagem seria a quantidade de água consumida por cada aparelho, ou seja, numa tubulação com fluxo constante de água, sua televisão, que consome mais (220V), teria que ter uma torneira bem larga à disposição; já para carregar seu celular, que consome menos (5V), bastaria uma torneirinha pequenininha, praticamente um conta-gotas. Como nesse exemplo o fluxo de água é constante, caso precise de mais energia então terá que instalar um cano mais largo. Já a amperagem diria respeito à pressão da água. Isto é, ainda que meu encanamento garanta que consigo encher um balde de 220V, talvez as especificações daquele equipamento, digo, balde, determinem que ele tenha que ser enchido rapidamente, ou seja, com uma pressão d’água maior. O problema todo começa se eu tiver pressão demais (muita amperagem) e o encanamento começar a estourar! Daí me surge a figura do disjuntor (ou, em casos mais antigos, do fusível) que tem a função de cortar toda a água do sistema de encanamento antes que tudo fique ferrado demais e o balde transborde, a televisão queime, a torneira arrebente, o celular exploda, a água se espalhe, a casa queime… Basicamente é isso. Sei que tá meio confuso, mas sou advogado, não eletricista, então o que é que vocês esperavam?

Cai o pano, fecha a noite, corta para o dia seguinte.

Seizevintecinco da manhã é o horário que, de segunda a sábado, eu saio de casa para levar o filhote do meio para escola. Nem antes, nem depois. Nesse ritual diário, quando ainda sequer amanheceu direito, eu desço para a garagem, acendo a luz (catzo, esqueci que não tá acendendo), abro o portão, entro no carro (melhor acender o farol, já que tá escuro), engato a ré, ponho o carro pra fora e…

PÉRAÊ!!!!

Dei uma olhada no carro do meu sogro e de relance percebi algo que não deveria estar ali. Tinha alguma coisa errada com esse negócio…

Desci e fui conferir de perto, sob os veementes protestos do filhote que achava que a gente ia acabar se atrasando para a escola. Garanti-lhe que não, que era só um minutinho, mas que precisava entender o que eu tinha visto.

Que raio de tomada é essa? Será que ela ainda estava ligada em alguma coisa que estivesse “fechando curto”? Se fosse assim o disjuntor não estaria desarmando porque tinha pifado, mas simplesmente porque ainda estava cumprindo sua função! Bastaria desligar o que quer que essa tomada estivesse alimentando e o disjuntor voltaria a armar normalmente. Mas, vejamos onde esse fio vai dar…

NÃO, NÃO, NÃO! Eu simplesmente não acredito! Isso não pode ser o que estou pensando! Ele não faria isso, não, não faria. Quer dizer, se aquele fio elétrico estava ligado num cargo de transferência de carga (mais conhecido como “cabo chupeta”), TINHA que ter um transformador no meio do caminho; aquilo não poderia estar ligado direto na bateria. Afinal de contas 220V da tomada não é compatível com 12V da bateria do Gol! Seria como abrir uma torneira de jardim no máximo para tentar encher um copinho de café. De plástico. Do vagabundo!

MÈRDE.

Era.

ODESINFELIZDOMEUSOGROFEZDENOVO!!!!!!!

Bastou, literalmente, tirar o plug da tomada e todos os problemas acabaram…

Menos o meu.

Apesar de tudo, tenho ABSOLUTA CERTEZA que vai acabar sobrando pra mim ter que providenciar a carga da desgraçada dessa bateria!

SE der carga… o_O

Responsabilidade responsiva

Ainda que minha preferência sempre tenha sido pela escrita, com textículos, textáculos e sagas divididas em episódios, volta e meia costumo inserir imagens, vídeos e músicas para ilustrar ainda mais a ideia que pretendo passar.

Desde os primórdios do Legal, já no formato de blog, sempre fui tentando acompanhar a evolução da tecnologia para garantir a acessibilidade visual e auricular de quem costuma me visitar aqui neste nosso cantinho virtual. No início era HTML puro mesmo, esculpido linha por linha, comando por comando e mais uma ou outra coisinha de Java aqui e ali…

Depois eu descobri o WordPress: uma plataforma que já vinha com temas prontos e, por trás, no formato de uma base de dados para inserir os posts, comentários, facilitando buscas, etc. Durante todos esses anos lembro-me de apenas umas três alterações: comecei com um tema “clean”, mudei para um “envelhecido” e, até há pouco tempo, usava o formato de “caderno de notas”. Nada demais em nenhum deles, apenas um visual mais aconchegante e que ainda me permitia um certo domínio das linhas de código.

E eis que o Flash (o da Adobe, não o da DC), de uma hora para outra, não seria mais utilizado como “motor multimídia” no WordPress… Fucei, explorei, cacei plugins estranhos e ferozes nas mais obscuras selvas virtuais e encontrei algo meio que mesclado com o tal do HTML5, mas que manteve os vídeos e músicas funcionais. Ao menos nos computadores. Já nos celulares simplesmente não rodava. Paciência.

Porém, cada vez mais, menos pessoas acessam a Internet por seus computadores. É lógico que ainda os utilizam – e muito! Mas com o advento dos smartphones, celulares com cada vez mais recursos, o acesso se dá a qualquer hora em qualquer lugar. Não é mais necessário chegar no trabalho ou voltar pra casa para poder acessar seu perfil nas redes sociais ou visitar seus blogs favoritos (sim, ainda tem muita gente que nos visita e vamos muito bem, obrigado).

Foi então que percebi que estava na hora de mais uma atualização. Ficar ampliando a tela ou tentando clicar em botões microscópicos pelo celular (ainda que no computador apareçam como “normais”) é simplesmente cansativo. Acaba afugentando as pessoas.

Já havia passado da hora de tornar o Legal um site “responsivo”.

“E que raios é isso?”, perguntar-me-iam vocês. Respondo-lhes eu, com uma explicação de bate-pronto, assim de cabeça (mas, na verdade, descaradamente roubartilhado daqui):

Design Responsivo é quando o site automaticamente se encaixa no dispositivo do usuário (PC, celular, tablet, etc). Um site responsivo muda a sua aparência e disposição com base no tamanho da tela em que o site é exibido. Então, se o usuário tem uma tela pequena, os elementos se reorganizam para lhe mostrar as coisas principais em primeiro lugar.

Locais sensíveis podem ser projetados para tornar o texto na página maior e mais fácil de ler em telas menores. Eles podem também ser configurados para tornar os botões na tela do telefone mais fácil de pressionar. Você terá botões maiores, mais espaço em branco entre os elementos para evitar a ativação acidental, e assim por diante. Formas mais sofisticadas de usar o design responsivo em um dispositivo móvel incluem: a formatação do site para ocultar ou apresentar a informação completamente diferente, mudando radicalmente os gráficos e cores, ou até mesmo reduzindo o site para enfatizar apenas um pedaço da sua mais importante.

Ou seja, não importa através de qual dispositivo você venha a acessar o Legal, ele estará mais “amigável” daqui pra frente.

Fui atrás de algum tema específico pra isso, mas que me permitisse ainda dar meus próprios pitacos no visual e arranjei este que agora está aqui. Tá, tá, sei que não é lá grande coisa, mas ainda tô trabalhando nele, tá bom? Tenham paciência enquanto tento arranjar tempo pra isso, ok?

Enfim, apesar da recém adquirida “responsividade” (que horrível, isso!) do Legal, ainda permanecia o fato de que as mídias simplesmente não funcionavam no celular.

Mas… Seus problemas acabaram! E nem foi preciso ajuda das Organizações Tabajara… Esse novo tema que escolhi funciona de uma maneira bem mais integrada com as últimas versões do WordPress, permitindo o fácil acesso a uma biblioteca de mídia que trabalha totalmente em consonância com os posts!

Oi? Não entendeu nada? Não tem problema. O que interessa é que a bagaça funciona!

Já andei fazendo alguns testes com o vídeo do post anterior, mas ainda estava em dúvida se tudo também daria certo com áudios MP3. Não estou mais.

E para provar isso, nada melhor que The Blues Brothers com a sempre deliciosa Peter Gunn Theme. Não interessa se você está no computador ou no celular, o que interessa é que você VAI ouvir! Divirtam-se! 🙂