Para os mecânicos de fim-de-semana (como eu)

Fuçando na Internet para pegar algumas definições me deparei com um link bastante interessante. Não sei de onde o caboclo puxou boa parte das informações (principalmente aquelas constantes nas “imagens explodidas”), mas – apesar de alguns errinhos básicos de português – dá pra se divertir (e aprender) bastante com o site. Trata-se da Bíblia do Carro, conforme descrito pelos autores:

O portal Oficina e Cia juntamente com o Carro e Cia, tem o prazer de apresentar mais um site voltado a você, que é apaixonado por automóvel. “Bíblia do Carro” é o endereço onde você encontrará o livro eletrônico “Como Funciona”, o mais completo guia sobre automóvel já disponibilizado na Internet! “.

Independente do modelo e da marca do automóvel, “Como Funciona”, explica os princípios do funcionamento do automóvel de uma forma simples e objetiva.

Para compreender facilmente a mecânica de um automóvel, o escritor de “Como Funciona”, dividiu o automóvel em sete grupos: Motor, Transmissão, Freios, Sistema Elétrico, Direção, Suspensão e Carroceria.

Mais tabelas para a coleção

Roda do SS 72 do Shibunga

Bem, como já disse mais de uma vez – e para que não restem dúvidas – minha intenção não é necessariamente uma restauração, mas sim uma reforma do carro.

Não pretendo alterar (muito) suas características básicas, mas há que se ter algum conforto bem como melhorar sua estética de acordo com os conceitos de beleza que tenho em mente. Por exemplo: sou fã incondicional da linha SS dos Opalas, e, ainda que este não seja necessariamente um representante original da categoria, por que não deixá-lo no mesmo estilo?

E uma das coisas que tem um quê de maravilhoso no SS é o desenho de suas rodas. Sei que existem variações e muitas sequer vieram de fábrica, mas no devido tempo é uma das coisas que pretendo trocar.

Com receio de que pudesse haver algum “equívoco” quando dessa futura troca, desde já tenho tentado me prevenir estudando um pouco sobre o assunto. Dessa forma encontrei uma tabela bem bacaninha, a qual disponibilizei na seção Jogado no Assoalho aí do lado para futura referência. Trata-se de uma tabela de furação de roda, que pode vir a ser bastante útil tanto para mim quanto para os demais aficionados…

De volta ao reduto

Ainda que com uma semana de atraso eu e meu pai montamos a “Operação Volta pra Casa”.

Há que se lembrar que o carro está totalmente “depenado”. Além da própria lataria, permanece o motor, rodas, suspensão, freios e – quando muito – o banco do motorista. Nada de vidros, faróis, lanternas, setas, estofamento, nada vezes nada.

Ou seja, o “correto” seria rebocar o carro até em casa (que fica exatamente do outro lado da cidade). Mas chegamos à conclusão que o carro poderia ir por si próprio, afinal de contas está com o motor funcionando perfeitamente.

Resolvemos o seguinte: ele iria com seu carro (uma boa e velha e conservadíssima Variant 74) exatamente à minha frente e carregando uma corda. Caso algum policial nos parasse no meio do caminho, aguentaríamos a bronca e simplesmente amarraríamos um carro no outro até chegar em casa.

Com essa combinação saímos da casa de meu pai, na zona norte da cidade, lá pelas sete da manhã – horário escolhido por ter pouquíssimo movimento nas ruas numa manhã de domingo. E dali nos dirigimos até em casa, na zona sul.

Mais ou menos no meio do caminho tem uma bela duma reta, conhecida como Avenida do Vidoca (sendo esse Vidoca um ribeirão poluído que corta aquele trecho). Com um certo aperto no coração, quando chegamos nesse trecho, a cerca de 60km/h, resolvi largar a direção para “checar” o alinhamento do carro.

Afinal, depois de tanta solda (aproximadamente 5kg só de varetas – fora os vários tubos de oxigênio e acetileno), achei impossível que restasse alguma coisa certa no carro.

SURPRESA, SURPRESA!!!

O carro seguiu em perfeita linha reta. Direitinho. Nem um pouco à esquerda ou à direita.

Fiquei total e completamente pasmo!!!

Aliás, apesar do vento que me fustigava a face (estávamos sem o pára-brisa, lembram?), acho que foi a primeira vez que andei com o carro de uma forma tão silenciosa. Não tinha absolutamente nada batendo ou chacoalhando, como de praxe.

Com uma ponta de orgulho pelo trabalho extremamente bem feito (pelo meu pai), garanto que meu coração ficou bem mais leve e animado para dar continuidade à reforma…

Basta, agora, conciliar meus horários malucos do trabalho com a disponibilidade para minhas tarefas na lataria do carro.