Ontem à tardinha assisti o filme “Muito gelo e dois dedos d’água”. Confesso que – usualmente – não sou lá muito adepto dos filmes nacionais. Toda vez que eu tentava assistir algum ou o filme era uma sacanagem só (não confundam com sensualidade – coisa bem diferente), ou de uma sanguinolência avassaladora ou, ainda, uma tentativa de ser intelectualóide.
Gente, cinema é para diversão. Filmes são para diversão. Tirar o plug da tomada. Desconectar. Esquecer. Divertir-se.
Assim, mais pela referência opalística que qualquer outra coisa, aluguei esse filme. Dirigido e produzido por Daniel Filho tem por artistas principais a deliciosa Mariana Ximenes como a junkie Roberta, Paloma Duarte como Suzana, irmã não muito comportada de Roberta, Laura Cardoso – a avó dominadora das duas, Thiago Lacerda (não, dessa vez não como galã – ufa!) como o atrapalhado marido de Suzana, Ângelo Paes Leme (quem?) fazendo o advogado que estava no lugar errado na hora errada, e um Opala sedan vermelho no papel de um Opala sedan vermelho…
O filme já abre com a música “Tudo tão quieto” cantada com aquela voz impossível da Elza Soares. Essa mulher deve ter uma meia dúzia de cordas vocais a mais que qualquer outro ser humano!
Não vou lhes contar o filme. É um bom filme, sem comprometimento – bem “Sessão da Tarde” mesmo – com algumas supresas e até que um tanto previsível. Dá pra intercalar umas boas gargalhadas. Mesmo assim é bom. E não, não vou contar o enredo.
Algumas das cenas com o Opala poderão vir a ser antológicas. A da perseguição ao som da música-chavão do Ayrton Senna, com certeza. Isso sem contar a cena de fuga morro abaixo, bem pelo meio do matagal.
Enfim, como um entretenimento sem nenhum compromisso maior, vale a pena.
Isso sem contar a Mariana Ximenes…
😉