Muito gelo e dois dedos d’água

Ontem à tardinha assisti o filme “Muito gelo e dois dedos d’água”. Confesso que – usualmente – não sou lá muito adepto dos filmes nacionais. Toda vez que eu tentava assistir algum ou o filme era uma sacanagem só (não confundam com sensualidade – coisa bem diferente), ou de uma sanguinolência avassaladora ou, ainda, uma tentativa de ser intelectualóide.

Gente, cinema é para diversão. Filmes são para diversão. Tirar o plug da tomada. Desconectar. Esquecer. Divertir-se.

Assim, mais pela referência opalística que qualquer outra coisa, aluguei esse filme. Dirigido e produzido por Daniel Filho tem por artistas principais a deliciosa Mariana Ximenes como a junkie Roberta, Paloma Duarte como Suzana, irmã não muito comportada de Roberta, Laura Cardoso – a avó dominadora das duas, Thiago Lacerda (não, dessa vez não como galã – ufa!) como o atrapalhado marido de Suzana, Ângelo Paes Leme (quem?) fazendo o advogado que estava no lugar errado na hora errada, e um Opala sedan vermelho no papel de um Opala sedan vermelho…

O filme já abre com a música “Tudo tão quieto” cantada com aquela voz impossível da Elza Soares. Essa mulher deve ter uma meia dúzia de cordas vocais a mais que qualquer outro ser humano!

Não vou lhes contar o filme. É um bom filme, sem comprometimento – bem “Sessão da Tarde” mesmo – com algumas supresas e até que um tanto previsível. Dá pra intercalar umas boas gargalhadas. Mesmo assim é bom. E não, não vou contar o enredo.

Algumas das cenas com o Opala poderão vir a ser antológicas. A da perseguição ao som da música-chavão do Ayrton Senna, com certeza. Isso sem contar a cena de fuga morro abaixo, bem pelo meio do matagal.

Enfim, como um entretenimento sem nenhum compromisso maior, vale a pena.

Isso sem contar a Mariana Ximenes…

😉

Ainda não foi desta vez

Sexta-feira. Feriado prolongado. Eu tinha combinado com o japonês que estaria cedinho lá para que fizéssemos a (re)troca dos motores de arranque.

Por inúmeros motivos (que não vêm ao caso) só consegui chegar lá às nove e meia. E já cheguei levando bronca.

– Cedinho pra mim é oito horas, viu doutor?

Fazer o quê? Ele tá certo. Agora eu tinha que aguardar a fila de atendimento dele e de seu ajudante, o Magrão. Chuva torrencial lá fora. Um Chevette antigo com lanternas novas para serem instaladas. Uma Van com uma arruela faltando no ar condicionado. Um socorro externo. Um Escort com mau contato na parte elétrica – liga a seta e funciona o limpador de pára-brisa, liga o limpador e acende o farol de milha, e assim por diante. Um caminhão com seta que não desliga. Uma picape tunada que veio trocar de bateria. Uma seguradora que veio deixar um carro resgatado que deu pane na parte elétrica.

E pronto.

E nisso já era mais ou menos umas onze e meia.

Ele e o Magrão trocaram o motor de arranque. Deu a partida. MUITO mais forte e rápido que o outro, masss…

Tava arranhando.

E feio.

Imaginem alguém com dor de garganta. Com MUITA dor de garganta. Aquela “han-han” seco e bem arranhado, quase uma tosse. Era mais ou menos esse o barulho que estava fazendo quando o focinho do motor de arranque fazia girar a cremalheira.

Apesar de tudo, de sua correria e aparente desorganização, o japonês é muito criterioso. Fez uma cara de quem não gostou. Propôs colocar de volta o motor de arranque “provisório” enquanto ele tentaria arranjar um focinho de outra marca para ver se dava o encaixe perfeito.

– Aí, se não der certo, só tem um jeito: dois litros de gasolina e dois palitos de fósforo…

A resposta que lhe dei é impublicável.

Mas tudo bem, ele é gente boa, quer ver o negócio funcionando perfeitamente e eu tenho uma paciência enoooooorme…

Mais canibalismo


Tampões que vieram com o Opala 79 e o 76

Como podem ver, o tampão traseiro do 76 (o marrom, ali da direita) está pra lá de detonado.

Em mais um ato de puro canibalismo (não se preocupem, tudo isso é temporário), peguei o tampão que veio com o 79 (que continua sendo prioridade) e coloquei-o no lugar do antigo do 76 – mas antes tive que retirar os falantes dele. Som no carro definitivamente não é uma prioridade (pelo menos não agora).

Aliás, para aqueles que manjam da área, não tenho nem a menor ideia se esses se esses são “dos bons” ou não, mas que estão novinhos – a isso estão!


Esses são os tais dos alto-falantes!

Segue a “ficha técnica” dos danados:

– Buster – PMPC
400 Watts
Potência RMS 50W
Impedância 4OHMS
QB-6900

E eis o “novo” tampão no seu devido lugar:


Tampão que estava no Opala 79…

É, não ficou lá um primor, mas pelo menos tá melhor que aquele “coiso” enorme que deixava a mostra os buracos da lataria…

FALANDO NISSO, infelizes aqueles que DETONAM a lata de um carro em nome de um som potente! Haverão de arder no mármore do inferno!!!


Pra que estragar o carro assim?…

😉

Xô, encosto!

Uma coisa que sempre me incomodou, tanto no Opala 79 quanto no 76, é a questão de o assento traseiro ficar solto. Largadão, mesmo.

Facilmente dá para concluir que os ganchos que existem no assoalho são para prender a ferragem da parte de baixo do banco.

Mas como?

Empurra, força, tenta encaixar, vira, pula e nada.

Não é POSSÍVEL que o projeto de um carro como esse tivesse uma falha tão grosseira como essa: um banco solto. Não tem como colocar o banco com o encosto ali!

Vamos analisar.

Ese negócio é só encaixado. Não tem peça nenhuma faltando para dar algum “clique” qualquer. Mas… PÉRAÊ!!!

O encosto TAMBÉM é só encaixado!

E se for possível encaixar o banco SEM o encosto?

Tirei o danado – e de quebra já deixei os cintos de segurança para cima – e fui tentar encaixar o banco.

Facilmente!

Depois foi só colocar o encosto de volta, encaixando nos ganchos de cima (que ficam na altura das costas de quem senta).

Banco e encosto traseiros recolocados, cintos de prontidão, tudo bem firme!

É…

De vez em quando basta usar um pouco a boa, velha e empoeirada caixola, botando-a pra pensar… Não requer prática e tampouco habilidade!


Banco traseiro do Opala 76 no devido lugar

PS.: Por mais que tenha gente que não goste do cinto de segurança “aparecendo” (eu inclusive), quando se tem três filhotes ainda pequeninos (4, 6 e 8), andar sem cinto NÃO ROLA!

Bem documentado

Quase ia me esquecendo: hoje FINALMENTE peguei a documentação do carro lá no CIRETRAN. Agora sou oficialmente dono de um “GM/Opala Luxo” 1976 – devidamente no meu nome, sem IPVA a pagar (mais de 20 anos de idade) e já licenciado para 2008. É que, no caso do 79, quando o comprei tinha tanta coisa para fazer, mas TANTA coisa para fazer, que resolvi encarar o pagamento das multas por atraso na documentação em vez de gastar tubos de dinheiro deixando-o apto a passar na vistoria (como fiz com esse).

Só falta um último detalhe no tocante à documentação: trocar a tarjeta do município, pois nele ainda está a da terrinha de onde veio, ou seja, Heliodora, MG…