Para os mecânicos de fim-de-semana (como eu)

Fuçando na Internet para pegar algumas definições me deparei com um link bastante interessante. Não sei de onde o caboclo puxou boa parte das informações (principalmente aquelas constantes nas “imagens explodidas”), mas – apesar de alguns errinhos básicos de português – dá pra se divertir (e aprender) bastante com o site. Trata-se da Bíblia do Carro, conforme descrito pelos autores:

O portal Oficina e Cia juntamente com o Carro e Cia, tem o prazer de apresentar mais um site voltado a você, que é apaixonado por automóvel. “Bíblia do Carro” é o endereço onde você encontrará o livro eletrônico “Como Funciona”, o mais completo guia sobre automóvel já disponibilizado na Internet! “.

Independente do modelo e da marca do automóvel, “Como Funciona”, explica os princípios do funcionamento do automóvel de uma forma simples e objetiva.

Para compreender facilmente a mecânica de um automóvel, o escritor de “Como Funciona”, dividiu o automóvel em sete grupos: Motor, Transmissão, Freios, Sistema Elétrico, Direção, Suspensão e Carroceria.

Mais tabelas para a coleção

Roda do SS 72 do Shibunga

Bem, como já disse mais de uma vez – e para que não restem dúvidas – minha intenção não é necessariamente uma restauração, mas sim uma reforma do carro.

Não pretendo alterar (muito) suas características básicas, mas há que se ter algum conforto bem como melhorar sua estética de acordo com os conceitos de beleza que tenho em mente. Por exemplo: sou fã incondicional da linha SS dos Opalas, e, ainda que este não seja necessariamente um representante original da categoria, por que não deixá-lo no mesmo estilo?

E uma das coisas que tem um quê de maravilhoso no SS é o desenho de suas rodas. Sei que existem variações e muitas sequer vieram de fábrica, mas no devido tempo é uma das coisas que pretendo trocar.

Com receio de que pudesse haver algum “equívoco” quando dessa futura troca, desde já tenho tentado me prevenir estudando um pouco sobre o assunto. Dessa forma encontrei uma tabela bem bacaninha, a qual disponibilizei na seção Jogado no Assoalho aí do lado para futura referência. Trata-se de uma tabela de furação de roda, que pode vir a ser bastante útil tanto para mim quanto para os demais aficionados…

Desmontando o painel

Eu sei que essa “dica” tá pra lá de atrasada. Mas somente agora achei esse comentário lá no site do Iberá Junior, um designer que restaurou um Comodoro 1977 e, como eu, fez alguns registros para a posteridade. Essa em especial está aqui. Quisera eu ter encontrado isso ANTES de ter começado a desmontar meu bom e velho Opala. Com certeza teria tido menos dores de cabeça…

“Desmontando o Painel Opala / Caravan 69 – 80

1. Retirar os botões de acionamento da lanterna e limpador de pára-brisa.

2. Retirar os parafusos frontais.

3. Retirar as porcas de sustentação da coluna de direção para baixá-la um pouco (5cm).

4. Se tiver rádio retire as porcas de fixação no painel do mesmo.

5. O Controle de Ventilação Forçada deve ser retirado com muito cuidado, comece retirando o papelão do porta-luvas, para acessar os três parafusos Phillips que prendem o controle de ventilação ao painel.

6. Desrrosqueie o cabo do velocímetro.

7. Retire o plug de alimentação do painel situado à sua esquerda.

8. Retire os plugs de entrada e saída do dimmer da iluminação do painel atrás do relógio de hora e vuolá!

Está retirado o seu painel.

Só para ter alguma noção do que estamos falando, segue uma foto do painel de meu Opala antes do desmonte completo e início da soldagem.

Heh… Vendo assim, parece que tudo isso foi há taaaaaanto tempo atrás, agora parte integrante de um passado distante, quando o carro – ainda que (bem) capenga – estava rodando…

Brincando de colorir

Não, ainda estamos longe – bem longe – da fase de pintura. Apenas um pequeno interlúdio para um desses inúmeros arquivos passíveis de serem encontrados nessa coisa fantástica que é a Internet.

Fiz o upload de uma página que pode ser acessada aí do lado, no painel “Jogado no Assoalho”, que é onde eu venho guardando esse achados. Aliás, essa seção é como o porta-malas de um Opala, pois ainda que ele já seja excepcionalmente grande, no nosso caso temos aqui um verdadeiro porta-malas virtual, cujo tamanho seria limitado apenas pela capacidade em disco… Ou seja, ainda devo colocar muita tranqueirada por aqui!

Mas voltemos à página em questão. Trata-se da Tabela de Cores da Chevrolet. Se você tinha alguma dúvida sobre a codificação original da cor do seu bom e velho Opala, seus problemas acabaram! Basta consultar essa tabela! Mas o que seria realmente interessante é se conseguíssmos reproduzir, do lado de cada código, o tom exato da cor à qual ele se refere… Quem sabe num futuro não muito distante não possamos fazer algo nesse sentido? Ainda não gostei da formatação dessa tabela, portanto devo mexer nisso, mas é como dizem: “o ótimo é inimigo do bom”. É melhor primeiramente compartilhar a informação e depois, aos poucos, vamos lapidando o visual…

Enfim, ainda que eu não tenha certeza de qual será a cor futura do meu Opala, ao menos agora posso categoricamente afirmar qual é sua cor passada: Bege Ipanema, código 122, ano 1979.

Trambulador existe?

Após um certo tempo pensando no quanto custaria uma eventual troca do câmbio do carro, parei pra prosear com o Rony, aquele meu amigo lá da Informática sobre o qual eu falei em 27/01. Descrevi-lhe o problema e ele, com a certeza de um cirurgião, diagnosticou:

– É o trambulador!

– Trambuloquê?

Ele me explicou que logo abaixo da alavanca do câmbio, sob o carro, deveria haver uma caixinha ou algo parecido, com alguma linguetas ligadas à alavanca. Provavelmente elas teriam encavalado. Bastaria dar umas pancadas com um toco de madeira e elas voltariam à posição normal, resolvendo assim o problema.

Pra completar a informação, dei mais uma fuçada de leve na Internet e, novamente lá no site http://www.opalabh.com, acabei descobrindo que esse problema de encavalar as marchas é mais comum do que eu imaginava. Encontrei um caboclo que teve o mesmo problema, mas no caso dele só engatava a ré! Fiquei até feliz… Mas vejam a dica que veio em decorrência do pedido de socorro do distinto:

“Quando isso ocorre, é necessário entrar debaixo do carro, identificar qual o tirante da caixa está engripado, pedir a alguém que pise na embreagem e movimentar esse tirante para um lado e para outro (sentido da movimentação dele). Se for necessário, pode dar umas pancadas de leve no braço que sai da caixa com um martelo. Caso não desengripe, tente movimentar o carro sem pisar na embreagem, desligado, sendo uma pessoa empurrando e soltando o carro, enquanto você tenta desengripar o tirante (deve-se tomar cuidado, pois se a marcha desencavalar, o carro fica solto e pode ocorrer um acidente “você está debaixo dele”). Se tudo não der certo, o prolema é mais grave, e somente um bom mecânico, que tenha a manha com caixas de marchas, pode resolver. Um abraço!”

Ou seja, além da dica do Rony, também veio a informação de que teria que fazer tudo isso com a embreagem apertada. Interessante… Hoje é quinta e – como sempre – tudo é meio complicado. Mas amanhã à noite faremos o teste…

Câmbio de 5 marchas

Outra pérola interessante diz respeito ao câmbio, informação que pincei de uma revista chamada – adivinhem? – Opala & Cia! Dá até pra pensar em futuramente (beeeeem futuramente) trocar o câmbio do bichinho. Segue um trecho da reportagem publicada nessa revista, a de nº 8, pág. 53, sob o título Evolução Silenciosa:

“Em 1983 a GM passou a vender o Opala 2500 com câmbio manual de cinco velocidades, de características semelhantes às do Opala Gama 1977. As relações das quatro marchas não mudaram, apenas foi acrescida uma quinta, com relação de 0,84:1, o que significou alongar a transmissão em 16%, já que a quarta continuava direta, equivalente a 1:1. Assim foi possível reduzir a rotação do motor sem prejuízo da velocidade, pois a velocidade máxima continuava a ser atingida em quarta marcha. A quinta tinha a função exclusiva de proporcionar economia de combustível e conforto, pela redução de ruído do motor na estrada.”

Bateria x Alternador

Fuçando de leve na Internet encontrei o site http://www.opalabh.com, no qual tem um fórum com diversas discussões interessantes. Apenas uma delas deixarei registrada aqui para eventual referência futura…

Segue a dica:

“O problema de bateria dos Opalas é um problema ‘de série’. Na verdade, qualquer bateria com sessenta amperes segura a onda. O ‘x’ da questão é o alternador. Com o original, são 55 amp de carga de alimentação (isso quando ele está bom), e não é suficiente para carregar a bateria, alimentar o sistema de ignição, faróis, som, vidro elétrico… troquem o alternador por um de Santana 2000. Ele carrega 90 amp e adapta como uma luva no suporte original do nosso GM. Custa de R$100,00 a R$200,00 em qualquer ferro velho da Pedro II. Qualquer eletricista faz a adaptação, que consiste em apenas substituir os terminais. Adeus problemas com baterias, sem contar que vai ter carga sobrando para centelhar as velas, e daí­ sabe-se no que dá.”