Sexta-fotos

Tá, eu sei que esse não é um Opala. Aliás, nem mesmo é da Chevrolet! Mas mesmo assim achei muito bacana a reforma que estão fazendo… É que outro dia fui até a auto-vitrais que unificou as fechaduras do carro porque uma delas – a do passageiro – não estaria funcionando direito. Enquanto esperava deparei-me com essa bela camionete da década de 50 (eu acho), a qual está sendo reformada por um cliente da loja (creio que esteja lá exatamente para instalação de vidros, borrachas, etc).

Alguns detalhes interessantes: ainda faltam a carroceria (de modo que dá pra ver por cima toda a parte do cardan) e toda a tapeçaria interna; percebam que as portas não têm maçaneta, pelo que suspeito que deve estar sendo bolado algum tipo de controle remoto; o motor é um legítimo V-8 (não, não estou exagerando, basta contar os escapamentos); a pintura está simplesmente perfeita e, por fim, sim, aquele bacurizinho sentado ali do lado na última foto é meu filhote caçula…

Sexta-fotos

Numa tentativa de voltar aos prumos, volto também com as fotos de sexta. Deixemos essa questão de numeração pra lá, certo? Sexta é sexta e ponto final.

Agora qual opaleiro que não se lembra das clássicas viaturas da Polícia Militar? E com muitas delas ainda circulando por aí… Bem, isso faz parte da história do Opala e seguem algumas fotos pinçadas aqui e ali.

Sexta-fotos XXXIX

E este é o Opala 79 do virtual amigo “J” (sim, ele prefere ser chamado dessa maneira – mesmo no e-mail).

Já teve o som turbinado de um Fiat Elba 93 – removido em virtude do falecimento desse carro após um selvagem ataque de uma árvore de rua – mas que o alternador original do Opala não deu conta, pediu arrego.

Trata-se de um quatro cilindros, com uns podrinhos perdidos na lataria, uma ligeira goteira no tanque de combustível e, talvez, com motor arriando (babando óleo por todo lado). Mas – experiência própria – quem tiver um Opala, um carro com seus bem mais de 20 anos, e que nunca tenha tido nenhum perrengue, que atire o primeiro motor de seis cilindros (fique fora disso, Supergirl!). Infelizmente são carros muito judiados pela falta de manutenção e descaso de seus donos. Qualquer um que pegue um veículo assim, ressalvadas raríssimas exceções, SEMPRE vai ter algo a fazer.

Mesmo assim, de um modo geral, esse 79 tá bem garboso!

E atenção para os detalhes! Não tem como não perceber o jogo de rodas estrelas de malta – obtidas recentemente a preço irrisório no Mercado Livre (caboclo sortudo) bem como os bancos do Civic 2007. Sobre estes, nas palavras do J: o banco do Civic 2007, além de ser muito bonito, confortável e passar muita segurança, trabalha com o sistema de alavanca e mola para regulagem da inclinação do encosto. Isso lhe confere uma agilidade muito superior ao do Vectra 2007, que ainda usa aquela roldana, tal qual o banco original do Opala – pelo menos o meu era assim. Então, quando você vai dar carona para alguém, com o banco do Civic, você apenas puxa ele para frente, puxa a alavanca e inclina o banco para frente, pois ele inclina mais de 30º para frente. Já o do Vectra você se obriga a puxar o banco, e depois girar a roldana até que haja espaço suficiente para o passageiro entrar.

Bem, por fim, cabe ressaltar que todos os documentos desse carro também estão em dia, ainda que após muita dor de cabeça e algumas situações extremas no que diz respeito aos limites da paciência de um ser humano. Mesmo que o comentário (e este próprio post) sejam um tanto quanto extemporâneos face os últimos acontecimentos, é bom que saibam que o J, recente bacharel e futuro doutor adEvogado de direito jurídico, tem muita sorte em ter um carro de uma tão fina safra quanto foi a de 79…

😉

Sexta-fotos XXXVIII

Esta é a história de mais um virtual amigo opaleiro que resolveu compartilhar aqui neste nosso espaço seus perrengues para ser dono de um Opala. Começo a perceber que do norte ao sul do país não tem canto onde não haja algum apaixonado por Opalas e que sinta um imensurável orgulho de ter suas desventuras contadas… Fico extremamente feliz de poder ajudar nesse sentido!

Sem mais delongas, seguem as fotos do SS 77, prefaciadas pelas palavras de seu proprietário, o Ricardo, e encaminhadas por e-mail sob o título de “A Saga do SS 77”:

Segue relato do SS 77,

No mês de Maio de 2008 pesquisando no ML achei p/ minha surpresa um SS 77 vendendo aqui em SSA. Quando fui comprar fiquei contagiado pelos detalhes: painel, volante, tampa do tanque. Tudo SS, o que é difícil de achar, e ainda com jantes cromadas de ford taurus.

O então dono me relatou que o carro foi comprado de um senhor e que estava parado numa garagem a + de 5 anos e que o mesmo o possuia a + de 15 anos.

Ele me disse que possuia + 2 opalas e que queria aproveitar só o documento do SS para colocar em um dos opalas e valoriza-lo +.

Quando fechei o negócio e cheguei em casa com a máquina, dona patroa quase me bota pra fora. Mas depois de pronto e muitas dores de cabeça com oficina ele já faz parte da família e faz o maior sucesso nos finais de semana aqui em Salvador.

Ele passou quase 6 meses fazendo serviços de funilaria, pintura e capotaria. Aqui em Salvador não temos o costume de valorizar restaurações, as oficinas preferem serviços rápidos e de lucro fácil. Como eu tenho amigos (as vezes da onça) nessa área, foi menos traumático o serviço. A parte de funilaria foi a que deu mais problema pois passou nas mãos de três chapistas. A pintura foi a mais tranquila. Procurei deixá-lo o mais original possível. Usei a tinta PU bege copacabana, faixas da eldorado de Sta. Catarina, peças (para-choques, retrovisores, borrachas, frisos, emblemas SS e etc.) vindas de São Paulo e R. de Janeiro (Supimpa e Meu Opala), coloquei tbm os farois de milha amarelados como os da época.

Como todo carro antigo ele ainda tem coisas para serem feitas e colocadas, é um trabalho contínuo, por isso que é interessante. Possuo um carro 2008 e não tenho o mesmo prazer que sinto com o SS, é incrível.

Sei que as vezes somos tachados até de loucos mas estamos fazendo um serviço de utilidade pública, conservando essas máquinas maravilhosas e guardando um pedaço da história automobilística nacional. Fico impressionado com a quantidade de jovens e adolescentes que se encantam com o SS quando passo com ele nas ruas.

(…)

Tenho projetos futuros para aquisição de um Maverick GT e um Dodge R/T para assim fechar a tríade dos Muscle cars brasileiros. Até lá meu amigo e feliz natal e próspero ano novo na paz de Jeová.

SDS,

Ricardo H. S. Andrade.