Opala 2015?

Pois é…

Já chegamos em 2015 e nosso querido Titanic continua na oficina. A expectativa é que agora, em janeiro, finalmente tenhamos alguma atividade mais contundente na reforma – o que, por sua vez, significará também uma atividade mais contundente aqui no blog. Enquanto isso não acontece, vamos tratando de outras banalidades!

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Bonitão o carro, não é? Mas não adianta ficarem animadinhos, não! Essa é apenas uma “releitura” (de 2009) do Diplomata segundo o designer Eduardo Oliveira, famoso por “ressuscitar” projetos famosos das montadoras brasileiras. Particularmente gostei apenas do disfarce simulando a falta da coluna, aparentando aquele “rasgo” característico na lateral do veículo. O fato de ser quatro portas e não ostentar a famosa traseira no estilo Coke Bottle deixou o carro, na minha opinião, com a cara de ser somente “mais um” no mercado…

Mas, no fundo, no fundo, o que vocês querem saber é o que volta e meia surge nas redes sociais e à boca miúda por aí: que história é essa de relançamento do Opala?

Bem, não tem nada de novo nisso. De tempos em tempos – normalmente nas viradas de ano – ressurge esse boato. Isso porque esse nosso Clássico da Chevrolet, o Opala, nascido em 1968 e “aposentado” em 1992, ainda coleciona uma legião de fãs no País e que adoraria vê-lo novamente nas lojas de carros zero.

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Entretanto não existe absolutamente nada de consistente nisso. Aliás, uma das características do Opala, que é justamente sua robustez, jamais encontraria eco no atual estado da técnica, que prima por lançar esses “carros de plástico”. Não, não acho que nosso Opala mereceria ser tratado dessa maneira…

“Mais vale cumprir o Código!”

Ok, como por estes dias andamos sem notícias do Titanic e tendo eu voltado agora também ao mundo das duas rodas – como motociclista, pois motoqueiro é diferente: já fui e não sou mais (eu acho) – então não custa compartilhar um videozinho pra lá de antigo, que já deve ter rodado esse mundão internetístico não sei quantas vezes, mas que continua atualíssimo!

Confiram:

Nós em Foz – Saindo das docas

Diário de bordo. Data estelar: vinte, seis, treze, doze, ponto, vinte, quarenta. Primeiro Ciclo. Fim de ano. A fronteira final. Estas são as viagens da família Miura-Andrade em sua missão de sete dias para explorar novos e estranhos lugares, pesquisar novas formas de divertimento e novas comunidades, audaciosamente indo onde nenhum deles jamais esteve.

Pois bem. No capítulo de hoje, já tendo combinado encontrar com nossos amigos e companheiros de viagem às oito da matina para pegar a estrada, e com as malas prontas desde a noite anterior, restaram apenas as últimas recomendações e providências no tocante à casa e sua guarda. Desligar o gás, recolher as roupas do varal, tirar alguns aparelhos das tomadas, congelar algumas comidas e livrar-nos de outras que certamente iriam estragar – coisas do gênero. Nessa tarefa acabei encontrando jogado num canto um interessante bottom. Perguntei aos filhotes se pertencia a algum deles ou a algum jogo. Nada. Fiquei feliz com o bom augúrio. Isso porque o desenho gravado era o de uma coruja branca. E – não sei se já comentei por aqui – já tem uns dez anos que adotei esse animal como o totem de nossa família. Isso graças a uma teimosa corujinha que costumava nos vigiar quando morávamos num apartamento… Mas isso já é outra história! Por ora a corujinha vai pra carteira, pra sempre me acompanhar, e de lá não sai mais…

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Aliás, ainda na noite anterior recebi uma ligação do amigo Flávio não só para desejar um Feliz Natal como também acabamos combinando um almoço já para o dia seguinte, pois ele e a família estavam em uma cidade que fica mais ou menos na nossa rota: Conchas – um pouco depois de onde Judas perdeu as meias (as botas ficaram bem antes). A propósito, quem nasce em Conchas é o quê? Aproveitando o ensejo já nos convidou para passar a virada de ano lá com ele e a família. Conversei com a Dona Patroa e tive a melhor resposta que eu poderia ouvir: “Por que não?”

Afinal combinamos que seriam dois dias de ida, dois dias de passeio e dois dias de volta. Exatamente a tempo de parar no meio do caminho. Tá, um quarto do caminho pro lado de cá. Ainda assim certamente valeria a pena!

Pois bem, às oito em ponto estávamos no local combinado e acabamos tendo que aguardar uma horinha até que Wagner, Dani e família também estivessem prontos. Como a viagem havia sido originalmente programada por eles a regra geral num caso destes é não causar nenhum embaraço aos planos traçados. E assim o fizemos.

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Nesse meio tempo, enquanto esperávamos, acabei descobrindo que a Spin já contava com seu primeiro amassadinho, nem tanto perceptível e num local quase impossível (em que pese o engate instalado somente para evitar colisões): bem na parte superior mais alta da tampa traseira. Não me perguntem. Não sei como aconteceu. Nem a Dona Patroa. Nem ninguém. É sempre assim…

Mas zuzo bem, afinal de contas o carro é dela, não é mesmo?

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Enfim, todos prontos, tanque cheio, pneus calibrados, carros lotados, então toca pra estrada!

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É curioso…

Acho que realmente há muito tempo não fazíamos uma viagem bem longa. Na verdade creio que a última foi aquela para Minas – nem tão longe assim – e que já tem pelo menos mais de dois anos! Além de meu inseparável pendrive com a coleção de músicas em MP3 que mais gosto (e percebo que tanto a Dona Patroa quanto os filhotes já estão ficando meio que saturados dessas músicas), viagens assim me fazem pensar e pensar muito… Num dia lindo, com o céu azul, nuvens com formações fantásticas e uma estrada tranquila, a capacidade que tenho de me abstrair é gigantesca!

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E, na memória, um assunto puxa outro e acabei por me lembrar de nossa Lua de Mel, há pouco mais de 15 anos, quando fomos para Porto Seguro. Na verdade foi um presente de nossos amigos, demais advogados do escritório em que trabalhávamos, quando nos casamos. E, na verdade da verdade, ela meio que tentou “trocar” a passagem com eles, pois já naquela época queria conhecer Foz do Iguaçu – o que, é lógico, acabou não rolando. É que ela já havia viajado para Porto Seguro – e, se não me engano, com a mesma amiga Dani que agora nos acompanhava no outro carro – só que eu não. E, talvez, tenha sido por isso que, na época, acabou concordando em ir novamente para lá. Paciência. Ainda assim foi muito bom – novidades para mim e uma outra visão para ela. Mas durante todos estes anos parece-me que, ainda que secretamente, ela acalentou a ideia de viajar para o Sul e realizar seu desejo. Bem, demorou, mas enfim o sonho se realizaria!

Já bem adiantados na Castelo, depois de umas duas fechadas involuntárias que dei em uns apressadinhos na Marginal do Tietê, resolvemos dar uma parada rápida para as necessidades básicas do ser humano. Entenda-se: banheiro e café, não necessariamente nesta ordem. Aliás foi o momento também para um sorvete (tava quentepracaramba) e para avaliar a quantidade monumental de insetos que sacrificaram suas nada preciosas vidas nos pára-brisas dos carros… Aliás, lembrei-me de Bee Movie

De volta pra estrada, não demorou muito para fechar este primeiro ciclo com uma parada estratégica para almoço – num desses postos Graal (e que tem tudo a mesma cara). E, é claro, aquele que ficava “perto” de Conchas. Ou seja, coisa de uns trinta quilômetros… Mesmo assim meus amigos Flávio e a Carina fizeram questão de ir até lá – muito bem acompanhados do sobrinho Júlio – para, pelo menos um café. Combinamos o que tínhamos que combinar para o Ano Novo (que, é lógico, foi tudo recombinado novamente depois) e preparamo-nos para retomar viagem – não sem antes ao menos uma foto para registrar o momento:

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Da esquerda para a direita: Isabela, Wagner, Capitão América, Flávio, Júlio, Carina, Dona Patroa, Stela, Daniela, Luís Miguel, Erik e Kevin. Onde está o Jean? Bem, alguém tinha que tirar essa foto, não tinha?…

(Ah, cá entre nós, segundo o Flávio quem nasce em Conchas é “PÉROLA”… Tomô?)

Nós em Foz – Prelúdio

Diário de bordo. Data estelar: vinte, quatro, treze, doze, ponto, quinze, sete. Fim de ano. A fronteira final. Estas são as viagens da família Miura-Andrade em sua missão de sete dias para explorar novos e estranhos lugares, pesquisar novas formas de divertimento e novas comunidades, audaciosamente indo onde nenhum deles jamais esteve.

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Nossa aventura começa exatamente num “concílio familiar”, onde, logo após um interlóquio etílico-churrasquístico para comemorar o aniversário do filhote do meio, eu e a Dona Patroa chamamos toda a Tropinha de Elite para uma proposta simples jamais realizada (ao menos não com essa distância): percorrer os aproximadamente 1.200 quilômetros que nos separam de Foz do Iguaçu.

Após algumas discussões curtas, óbvias e básicas – como, por exemplo, a certeza absoluta que tanto nossas contas bancárias quanto nossos cartões de crédito é que a médio prazo iriam sofrer com uma decisão dessas – resolvemos que sim, iríamos enfrentar a estrada. A bem da verdade acompanhando um casal de amigos nossos – Daniela e Wagner – juntamente com seus também três filhos. Até não muito tempo atrás eu costumava dizer que era o único casal com quem nos encontrávamos, no mínimo, seis vezes por ano: nas festas de aniversário dos três filhos deles e nas dos nossos três. Mas agora, com a adolescência batendo à porta dos mais velhos, essa constância já não é tanta…

Mas tergiverso.

A data marcada para lançamento foi fixada para dali a apenas cinco dias, logo após o Natal. Os preparativos começaram quase que imediatamente, pois a fortaleza precisaria ser lacrada, com acesso apenas ao sempre pronto e atento sobrinho de plantão – o Heidy – que se dispôs, durante nossa ausência, a cuidar da nossa prole canina, felina e aquática.

Como iríamos todos, inclusive meu sogro – que, lá pela quarta tentativa (surdo-como-uma-porta-sem-maçaneta) conseguiu entender que viajaríamos -, a primeira providência seria acomodar as malas de todos confortavelmente. Bem, a Spin, com todos os bancos em uso (até porque o último somente rebate em dupla), não deixa muita opção para bagagem, de modo que resolvemos dar uma checada no quanto custaria um daqueles “bagageiros maleiros de teto” – que parece PRA CARAMBA com o caixão-torpedo do Spock em Star Trek II

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A variação foi de 900 contos a mais de dois mil! Dependendo do tamanho e da facilidade de acesso – pois, no caso da Spin, um carro alto, o melhor seria um maleiro que tivesse a abertura pelas laterais – o custo aumenta prodigiosamente. Na boa? Vai é todo mundo apertado mesmo, com mala no colo, colo no colo, tudo espremido ou seja lá o que for! O que não dá é deixar de viajar porque o dinheiro foi todo consumido nos preparativos da viagem. Esse certamente vai ficar para uma próxima viagem…

Outra “novidade” com que a Dona Patroa apareceu foi o tal de “Sem Parar”: uma espécie de assinatura que dá direito a um aparelhinho que serve para reconhecimento automático nos pedágios da vida. Dezessete reais de manutenção mensal e cobrança diretamente em conta-corrente de todos os valores referentes aos pedágios que encontrarmos pelo caminho. A vantagem, nesse caso, para uma viagem longa como a nossa é que pouparemos um grande tempo com relação às filas que certamente enfrentaríamos se não fosse isso.

Aliás, falando em pedágio e viagens, é lógico que fomos dar uma fuçada na Internet para saber um pouco mais sobre dicas e rotas e custos e outros quetais. Um site muito legal para se visitar é o www.mapeia.com.br, que faz o cálculo do total a ser gasto com pedágios (inclusive indicando os locais e valores em cada um deles), do tempo de viagem e até mesmo do gasto estimado de combustível. Ali verificamos que gastaríamos pouco mais de R$150,00 em pedágio (só ida) e até traçamos o roteiro, saindo de São José dos Campos, atravessando a Capital, pegando a Castelo, passando por Ourinhos em direção à Londrina e, dali, rumo a Cascavel e finalmente Foz do Iguaçu.

Aproveitei ainda para atualizar os mapas do meu bom e velho (e trollador) GPS Foston. Baixei quase um giga de arquivos, transferi para a memória do bichinho, atualizei o software e constatei que, definitivamente, ele estava mudo. Nem tanto pelos mapas, mas pelos alertas de radar ele sempre se mostrou útil (ou quase). Que fazer? Bem, tendo verificado que o problema era no alto falante dele a única opção seria utilizá-lo com um fone de ouvido, pois essa saída estava funcional. Incômodo, eu sei – mesmo usando apenas um. Mas como sou eu que vou dirigir e a Dona Patroa que vai ao lado…

Ela só não sabe disso.

Ainda.