Nós em Foz – Saindo das docas

Diário de bordo. Data estelar: vinte, seis, treze, doze, ponto, vinte, quarenta. Primeiro Ciclo. Fim de ano. A fronteira final. Estas são as viagens da família Miura-Andrade em sua missão de sete dias para explorar novos e estranhos lugares, pesquisar novas formas de divertimento e novas comunidades, audaciosamente indo onde nenhum deles jamais esteve.

Pois bem. No capítulo de hoje, já tendo combinado encontrar com nossos amigos e companheiros de viagem às oito da matina para pegar a estrada, e com as malas prontas desde a noite anterior, restaram apenas as últimas recomendações e providências no tocante à casa e sua guarda. Desligar o gás, recolher as roupas do varal, tirar alguns aparelhos das tomadas, congelar algumas comidas e livrar-nos de outras que certamente iriam estragar – coisas do gênero. Nessa tarefa acabei encontrando jogado num canto um interessante bottom. Perguntei aos filhotes se pertencia a algum deles ou a algum jogo. Nada. Fiquei feliz com o bom augúrio. Isso porque o desenho gravado era o de uma coruja branca. E – não sei se já comentei por aqui – já tem uns dez anos que adotei esse animal como o totem de nossa família. Isso graças a uma teimosa corujinha que costumava nos vigiar quando morávamos num apartamento… Mas isso já é outra história! Por ora a corujinha vai pra carteira, pra sempre me acompanhar, e de lá não sai mais…

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Aliás, ainda na noite anterior recebi uma ligação do amigo Flávio não só para desejar um Feliz Natal como também acabamos combinando um almoço já para o dia seguinte, pois ele e a família estavam em uma cidade que fica mais ou menos na nossa rota: Conchas – um pouco depois de onde Judas perdeu as meias (as botas ficaram bem antes). A propósito, quem nasce em Conchas é o quê? Aproveitando o ensejo já nos convidou para passar a virada de ano lá com ele e a família. Conversei com a Dona Patroa e tive a melhor resposta que eu poderia ouvir: “Por que não?”

Afinal combinamos que seriam dois dias de ida, dois dias de passeio e dois dias de volta. Exatamente a tempo de parar no meio do caminho. Tá, um quarto do caminho pro lado de cá. Ainda assim certamente valeria a pena!

Pois bem, às oito em ponto estávamos no local combinado e acabamos tendo que aguardar uma horinha até que Wagner, Dani e família também estivessem prontos. Como a viagem havia sido originalmente programada por eles a regra geral num caso destes é não causar nenhum embaraço aos planos traçados. E assim o fizemos.

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Nesse meio tempo, enquanto esperávamos, acabei descobrindo que a Spin já contava com seu primeiro amassadinho, nem tanto perceptível e num local quase impossível (em que pese o engate instalado somente para evitar colisões): bem na parte superior mais alta da tampa traseira. Não me perguntem. Não sei como aconteceu. Nem a Dona Patroa. Nem ninguém. É sempre assim…

Mas zuzo bem, afinal de contas o carro é dela, não é mesmo?

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Enfim, todos prontos, tanque cheio, pneus calibrados, carros lotados, então toca pra estrada!

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É curioso…

Acho que realmente há muito tempo não fazíamos uma viagem bem longa. Na verdade creio que a última foi aquela para Minas – nem tão longe assim – e que já tem pelo menos mais de dois anos! Além de meu inseparável pendrive com a coleção de músicas em MP3 que mais gosto (e percebo que tanto a Dona Patroa quanto os filhotes já estão ficando meio que saturados dessas músicas), viagens assim me fazem pensar e pensar muito… Num dia lindo, com o céu azul, nuvens com formações fantásticas e uma estrada tranquila, a capacidade que tenho de me abstrair é gigantesca!

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E, na memória, um assunto puxa outro e acabei por me lembrar de nossa Lua de Mel, há pouco mais de 15 anos, quando fomos para Porto Seguro. Na verdade foi um presente de nossos amigos, demais advogados do escritório em que trabalhávamos, quando nos casamos. E, na verdade da verdade, ela meio que tentou “trocar” a passagem com eles, pois já naquela época queria conhecer Foz do Iguaçu – o que, é lógico, acabou não rolando. É que ela já havia viajado para Porto Seguro – e, se não me engano, com a mesma amiga Dani que agora nos acompanhava no outro carro – só que eu não. E, talvez, tenha sido por isso que, na época, acabou concordando em ir novamente para lá. Paciência. Ainda assim foi muito bom – novidades para mim e uma outra visão para ela. Mas durante todos estes anos parece-me que, ainda que secretamente, ela acalentou a ideia de viajar para o Sul e realizar seu desejo. Bem, demorou, mas enfim o sonho se realizaria!

Já bem adiantados na Castelo, depois de umas duas fechadas involuntárias que dei em uns apressadinhos na Marginal do Tietê, resolvemos dar uma parada rápida para as necessidades básicas do ser humano. Entenda-se: banheiro e café, não necessariamente nesta ordem. Aliás foi o momento também para um sorvete (tava quentepracaramba) e para avaliar a quantidade monumental de insetos que sacrificaram suas nada preciosas vidas nos pára-brisas dos carros… Aliás, lembrei-me de Bee Movie

De volta pra estrada, não demorou muito para fechar este primeiro ciclo com uma parada estratégica para almoço – num desses postos Graal (e que tem tudo a mesma cara). E, é claro, aquele que ficava “perto” de Conchas. Ou seja, coisa de uns trinta quilômetros… Mesmo assim meus amigos Flávio e a Carina fizeram questão de ir até lá – muito bem acompanhados do sobrinho Júlio – para, pelo menos um café. Combinamos o que tínhamos que combinar para o Ano Novo (que, é lógico, foi tudo recombinado novamente depois) e preparamo-nos para retomar viagem – não sem antes ao menos uma foto para registrar o momento:

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Da esquerda para a direita: Isabela, Wagner, Capitão América, Flávio, Júlio, Carina, Dona Patroa, Stela, Daniela, Luís Miguel, Erik e Kevin. Onde está o Jean? Bem, alguém tinha que tirar essa foto, não tinha?…

(Ah, cá entre nós, segundo o Flávio quem nasce em Conchas é “PÉROLA”… Tomô?)

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