No more Beauty, no more Beast…

Desde a virada do ano muita coisa vem acontecendo – no mundo, no país, no trabalho e na minha vida pessoal (na exata ordem inversa de importância…) – e que muitas vez traz consequências e a dura necessidade de enfrentar algo do tipo “recalculando rota”…

MENOS NO QUE DIZ RESPEITO AO “PROJETO”!!!

Então ladies (tem alguma por aí?) and gentlemen (vocês são, não são?) vejamos alguns dos últimos acontecimentos que, direta ou indiretamente, influeciam n’O Projeto.

Pra começar temos que precisei vender meu querido Opala 90 (“The Beast”), conhecido originalmente como Poseidon e, mais recentemente, como Cruzador Imperial (eu já estava até buscando uma buzina com o tema do Darth Vader pra colocar nele…).

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Após diversas idas à feirinha – fonte inesgotável para comprar ou vender todo e qualquer carro velho clássico que se possa imaginar – e um bom tempo anunciado no OLX – onde textualmente escrevi que só me interessava a venda, o que, óbvio, foi a porta aberta para que me apresentassem as mais estapafúrdias propostas de troca. A gente fala uma coisa, as pessoas fazem outra! Eu nunca vou deixar de ficar abismado com essa raça. Humana.

Enfim, de um encontro mais inusitado possível foi que acabou saindo negócio. Numa sexta-feira dessas, do nada, resolvi dar uma passada num dos locais de praxe para sextas-feiras dessas: no caso, lá na MetalMotos, uma oficina-rock-bar, para uma breja gelada, uma dose de uísque, um colírio para os olhos e um bom bate papo com o pessoal que costuma frequentar o local, quer fossem conhecidos ou não. E num desses proseios surgiu um caboclo que se interessou pelo carro – não pra ele, mas para um amigo. Eu sequer estava com a viatura no local, apenas descrevi em detalhes como era e o pouco que tinha que ser feito a título de reparos.

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Eis que no dia seguinte o sujeito me liga pra dizer que o amigo dele até se interessou, mas naquele momento não tinha como fazer negócio. Pensei comigo: “legal esse cara, ainda que não tenha dado negócio ligou ao menos para dar satisfação, difícil gente assim hoje em dia…” Agradeci e já estava prestes a desligar quando, assim, de supetão, ele me soltou: “ele não ficou, mas eu fico”.

Confesso que fiquei meio surpreso, mas proseamos mais um pouco, combinamos de ele vir dar uma olhada no carro, trocamos e-mails, uatizápes, telefones e contas-correntes e, quando menos esperava, o negócio estava concluído. E, exatamente no dia 13 de janeiro, lá se foi o bom e velho opalão…

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E, na sequência, também precisei negociar a querida Harley 883 (“The Beauty”), sem outros codinomes, parceira de estradas viagens e outros momentos especiais…

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A questão é: é muito bom ter moto. Muito MESMO. Mas há que se ter um carro, também. Após a venda do Opala, tendo somente a moto como meio de transporte, bastaram três dias de intensa chuva torrencial ao voltar pra casa para me congestionar todo e ocasionar, numa reação em cadeia, uma coisa que jamais tive na vida: um ataque de sinusite. Localizado, temporário e com cura. Mas uma desgraça pra se passar o dia a dia!

Por conta disso precisei ter um proseio com Seo Bento, vulgo Meu Pai, que tem dois conservadíssimos veículos: duas Variants, uma marrom, outra dourada. Expliquei a situação, garanti que era só por uma, talvez uma semana e meia e que cuidaria bem de sua relíquia. Meu pai, que é de uma franqueza cavalar, simplesmente me respondeu: “Ói, fio, a contragosto, mas empresto sim.”

Bem, fazer o quê? Esse é meu pai. Ao menos pude dirigir um tempo sob capota coberta, enquanto voltava a arquitetar minhas arquitetações e planejar para onde correr desta vez. E a conclusão óbvia foi me desfazer da moto. Negociar daqui, resolver dali, saldar dívidas acolá e, enfim, tocar a vida em frente.

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Como o Universo não cansa de caçoar da minha pessoa, trazendo situações quase que inverossímeis para esta minha vidinha, no último dia 23 acabei fechando negócio com ninguém mais, ninguém menos que o Flávio – que foi o mesmo amigo de quem eu comprei a moto! O curioso é que no tempo em que fiquei com ela, fiz algumas adaptações, instalei um Sissy Bar (encosto), comando avançado, alforjes – tudo sempre com o palpite dele. A brincadeira era que, apesar de vendida, a moto era “nossa”. Nada mais verdadeiro…

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Enfim, crianças, é isso…

Oi?

Se agora estou a pé?

JAMAIS!

A história de hoje já está longa e faltam-me fotos para a história a seguir. Fora o fato de que O Projeto já caminhou um tanto e temos novidades na área! Mordam seus cotovelos de curiosidade e aguardem notícias – muito em breve! 😀

Opala Comodoro 1990 – OLX

Opala realmente é uma paixão para os aficionados…

E certamente você que está lendo estas linhas o é! O que mais explica eu ficar mais de dois meses sem colocar uma atualização sequer aqui neste nosso cantinho virtual e ainda ter, em média, 150 visitas por dia? É coisa de louco mesmo. Na qual, honrosamente, me incluo! 🙂

Mas vamos aos negócios.

O nosso querido Titanic continua firme e forte na reforma – mais do que eu, até. Ainda que já tenhamos evoluído um bocadinho mais nO Projeto, eu e o “Seo Waltair” continuamos honrando nosso bom e velho acordo, onde ele não tem pressa e eu não tenho dinheiro.

E esse é o ponto.

A crise chegou.

Nestes difíceis tempos de contas a pagar, rematrícula dos (três!) filhotes, contas a pagar, cartões de crédito, contas a pagar, cheque especial, contas a pagar, final de ano chegando, contas a pagar, empréstimos e o escambau, o caixa tá pra lá de baixo. Aliás, eu já falei que tenho contas a pagar?…

Então, caríssimos, achei por bem entrar em modo de “contenção de danos”. E, para isso, vão-se os dedos e fiquem os anéis…

Não. Péra.

Vão-se os anéis e fiquem os dedos!

Aí, sim.

E, assim o sendo, dentre outras medidas, vi-me obrigado em colocar à venda o nosso querido Cruzador Imperial. Vocês já o conhecem – em detalhes – daqui mesmo, do blog, desde quando o comprei.

Então, caso haja algum interessado, os detalhes estão no anúncio lá no OLX. Basta clicar na imagem abaixo, ok?

É isso.

Anúncio no OLX!

Imperial I – Class Star Destroyer

Eu já havia dito antes, o Comodoro do dia a dia tem sido paulatinamente “rebatizado” para Cruzador Imperial.

Vinha levando isso meio assim, na maciota – mas só até agora!

É que o carro tem um sistema de alarme com sensor de presença, de modo que tenho que andar sempre com um outro controle no bolso ou na mala para garantir que o mesmo funcione. E, nesse outro controle, havia pendurado um chaveiro com o bat-sinal.

Não mais.

Vejam só a consideração dos filhotes número 2 e 3, depois que ontem visitaram a Vale Comics e me trouxeram este mimo:

Ou seja, se não por um motivo, ao menos por outro, agora esta minha barca também conhecida como Cruzador Imperial está devidamente “protegido” e sob a segurança do ilustríssimo Lord Darth Vader

Ah, e que ainda acende o zóinho!

Daqui até ali

Quebro a cronologia do blog mas não quebro a cronologia da história!

A questão é que a Dona Patroa, a pedido do filhote mais velho, queria ir até Mogi das Cruzes para o Akimatsuri (leia-se “Festival Japonês”). Bem, já tem mais de quinze anos desde que fui até lá pela última vez, de modo que não tenho nem a mais afastada ideia de quanto tempo demoraria esse trajeto.

Mas pra coisas desse tipo é que podemos recorrer ao nosso bom e velho Google Maps!

Pelo “trajeto normal” de São José dos Campos até Mogi das Cruzes, passando pela Via Dutra, Trabalhadores, Ayrton Senna, etc, levaríamos cerca de uma hora. Mas, pelo “trajeto legal”, indo por Jacareí, pegando a bucólica estrada de Guararema levaríamos coisa de hora e meia! Pô, apenas meia horinha a mais para poder desfrutar de um cenário bem mais agradável que a autoestrada? Nem precisava perguntar! Tô dentro.

E foi assim que levamos TRÊS HORAS para chegar ao nosso destino.

Não, não foi erro de cálculo, não. Acontece que, depois de mais de meia hora para atravessar o trânsito de sábado da cidade, quando finalmente chegamos na rodovia que passa por Guararema em direção a Mogi, após duas “operações parada” por conta do asfalto que está sendo refeito em alguns trechos (o que implica em apenas uma pista para tráfego), eis que o tal do trânsito parou de vez. Totalmente.

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Muitos e muitos minutos depois, quando concluímos que o negócio não andava nem desandava, tomei a única atitude que se pode esperar de um homem honrado nesse momento: concordei com a Dona Patroa quando ela quis verificar pessoalmente o que estava acontecendo…

Mais um tanto de minutos depois, face sua demora, resolvo eu mesmo dar uma checada. Não andei nem cerca de uns duzentos metros quando, ainda de longe, avistei-a voltando. Ao nos encontrarmos, adiantou-me que havia tombado um caminhão de celulose às oito da manhã (já era quase onze) e, por isso, as pistas estavam totalmente interditadas.

Não foi preciso confabular muito para decidir voltar e tentar o trajeto original. É lógico que as duas “operações parada” continuavam no mesmo lugar. E, também lógico, que Murphy, escondido no porta-malas, fez com que parássemos novamente nas duas vezes!

Bem, superado todo esse perrengue, todo o restante do trajeto de ida (e, em especial, o de volta) foi bastante tranquilo. Andamos bastante, comemos bastante, passeamos bastante, tomamos insolação o bastante. Ah, não. Esse último item foi somente por minha conta…

E quanto ao Titanic? – bradam os curiosos.

Vai muito bem, obrigado. – respondo-lhes eu.

O negócio é que já acertei negócio com o funileiro – vulgo “Seo Zé” – para guinchar a lata até lá ainda esta semana. E três meses fica sendo o combinado e necessário para dar o arremate final na pintura do bichinho.

Vamos combinar?

Bem melhor que os dois anos e meio em que tudo ficou parado…

Desopalado

Pois é, gente, eis que estou – ainda que temporariamente – desopalado novamente…

Hmmm…

Tem alguém aí?

E aí no fundo, no escuro?

Ninguém?

Bem, zuzo bem. Meu compromisso de manter esse cantinho virtual é mais para comigo mesmo do que para com qualquer outro!

Enfim, depois de tudo pelo que eu já havia passado com essa história de radiador (as últimas, com o Titanic II, estão contadas aqui e aqui), eis que, com o Poseidon, começou tudo de novo…

Lembram daquela viagem para Itu? Então. O que eu não contei quando daquela narrativa é que, além do combustível, outra coisa me preocupava.

A temperatura.

O carro estava aquecendo demais, o que não era normal. O ponteirinho da temperatura invariavelmente ultrapassava a metade e beirava o limite! Quando chegava nessa situação eu simplesmente enfiava um ponto morto no carro e aproveitava alguma descida para meter na banguela (ei, que vergonha é essa? nunca ouviu essa expressão, não?). Somente assim, com o motor em sua rotação mínima e com bastante vento no radiador é que a temperatura dava uma quebrada…

Por mais de uma vez tive que completar a água e, ainda assim, a temperatura continuava subindo bem mais do que o normal.

Levei a viatura lá no especialista em radiadores, que encontrou alguns vazamentos, soldou, limpou e deixou tudo como novo.

Mas a água ainda estava baixando.

Voltei e trocamos as braçadeiras.

Ainda estava baixando.

Trocamos a tampa.

Baixando.

Já no limite da comprovação de que a esperança usualmente sobrepuja a racionalidade ainda fui pra Arujá, apenas a 60km de casa, num festival de flores pra levar a Dona Patroa, meu sogro e a criançada (outro dia conto melhor essa história).

O motor funcionou bem como nunca. O radiador ferveu como sempre.

Bem, diante de tudo isso, levei a um outro especialista em Opalas, lá em Jacareí, para que ele fizesse um diagnóstico completo em todo o sistema de arrefecimento do veículo (o caboclo é bão). Dois dias de testes (e lá se foi um final de semana), três dias de desmontagem (e lá se foi a semana com o feriado) e agora mais uns dois dias pra remontar (e lá se vai o outro final de semana). Mas, em tese, na terça deverá ficar pronto!

O negócio é aguardar…

E contar com a paciência da Dona Patroa em me levar e buscar no trabalho todos os dias…

Atualização de arquivos: Setembro de 2008 acabou, depois de longa e tenebrosa inércia.
Agora é outubro.

Desembreado

Você já ficou sem embreagem?

Já?

Putz, é horrível…

É que estava eu, há exatamente um mês atrás, em pleno sabadão, junto com a Tropinha de Elite (vulgarmente conhecidos como meus três filhotes: Escapou, Já Foi e Já Era), quando – do nada – o pedal de embreagem do Poseidon afundou totalmente.

A impressão é que ele tinha ficado travado, mas, na prática, ele só perdeu o efeito de mola que o próprio cabo lhe proporciona.

Olha, eu juro que tentei e me esforcei, mas sem ter conhecimento de causa de como funciona a “mecânica” da coisa, esse “mechânico” que vos tecla não tinha a mínima possibilidade de consertar a viatura…

Liguei para o bom e velho mecânico que havia dado uma geral no Titanic II e contei-lhe a saga. Ele mandou um assecla ajudante – já, inclusive, com uma travinha no bolso. É, o caboclo conhece bem da matéria e por telefone mesmo já tinha formulado o diagnóstico: o cabo escapou.

Acontece que a ponta do cabo da embreagem é presa no pedal num dos locais mais inacessíveis e mal iluminados que se poderia imaginar num veículo. O rapaz bem que tentou, mas sem ferramentas e iluminação a coisa não rendeu.

Resolvemos levar o carro para oficina. E lá fui eu, rezando para não pegar nenhum sinal vermelho e fazendo a mudança de marcha de ouvido, morrendo de dó das engrenagens do câmbio.

Ainda que aos trancos e barrancos a viagem foi curta e sem incidentes.

E lá, mesmo com todo o aparato necessário, ainda assim levou quase uma hora para conseguir encaixar a bagaça – que nada mais é que uma ponta de metal presa com um anel de pressão.

Tudo pronto, ponho a criançada pra dentro, engato a ré, ponho o carro pra fora, entro na primeira e o cabo sai na segunda.

Tudo igual.

Não andei nem cinco metros.

Com jeitinho, lá vai o carro pra dentro da oficina de novo (nesse meio tempo a Dona Patroa chegou e resgatou os pimpolhos).

Chegamos à conclusão que não iria adiantar simplesmente encaixar de novo, pois, fatalmente, acabaria escapando. O negócio era assegurar que o mesmo não saísse. Como? Colocando uma travinha na ponta do cabo.

Foi questão de tirar tudo de novo e, com uma broca bem fina, fazer um furo na cabeça do cabo. Isso feito, bastou encaixar tudo mais uma vez – inclusive com a arruela de pressão – e colocar a cupilha no local do furo, logo após a arruela.

Ficou perfeito!

Só para que entendam o que foi feito (e este registro tem o condão de ser uma dica de mim para mim mesmo em algum perrengue futuro), eis uma imagem de onde vai o cabo (em amarelo) e onde foi colocada a cupilha (em vermelho).