A Variant

No post anterior eu havia comentado que meu pai – ainda que “a contragosto” – iria me emprestar uma Variant para mim nesse período em que eu estivesse descarreado, certo? Pois bem, ele me emprestou a dourada. Ele SEMPRE empresta a dourada! Nada contra, pra quem tá à pé, qualquer veículo é veículo… Mas acho que o xodó dele pela marronzinha é tão grande que meio que me contaminou…

Lembram-se dela? Da marronzinha? Um verdadeiro causo! Em 2010 (há uns sete anos se vocês forem razoavelmente bons de cálculo) eu fiz esta sessão de fotos da Variant.

Bem, o tempo passou e já que eu iria ficar uns tempos com a Variant (mas não “A” Variant), resolvi atualizar as fotos para que vocês percebam como o tempo ali parou…

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Aliás, considerando que trata-se de uma Variant 74 – que meu pai comprou nos idos de 76 – não podia deixar de faltar um detalhe clássico dos carros daquela época: a famosa bolinha de siri no câmbio! 😀

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No more Beauty, no more Beast…

Desde a virada do ano muita coisa vem acontecendo – no mundo, no país, no trabalho e na minha vida pessoal (na exata ordem inversa de importância…) – e que muitas vez traz consequências e a dura necessidade de enfrentar algo do tipo “recalculando rota”…

MENOS NO QUE DIZ RESPEITO AO “PROJETO”!!!

Então ladies (tem alguma por aí?) and gentlemen (vocês são, não são?) vejamos alguns dos últimos acontecimentos que, direta ou indiretamente, influeciam n’O Projeto.

Pra começar temos que precisei vender meu querido Opala 90 (“The Beast”), conhecido originalmente como Poseidon e, mais recentemente, como Cruzador Imperial (eu já estava até buscando uma buzina com o tema do Darth Vader pra colocar nele…).

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Após diversas idas à feirinha – fonte inesgotável para comprar ou vender todo e qualquer carro velho clássico que se possa imaginar – e um bom tempo anunciado no OLX – onde textualmente escrevi que só me interessava a venda, o que, óbvio, foi a porta aberta para que me apresentassem as mais estapafúrdias propostas de troca. A gente fala uma coisa, as pessoas fazem outra! Eu nunca vou deixar de ficar abismado com essa raça. Humana.

Enfim, de um encontro mais inusitado possível foi que acabou saindo negócio. Numa sexta-feira dessas, do nada, resolvi dar uma passada num dos locais de praxe para sextas-feiras dessas: no caso, lá na MetalMotos, uma oficina-rock-bar, para uma breja gelada, uma dose de uísque, um colírio para os olhos e um bom bate papo com o pessoal que costuma frequentar o local, quer fossem conhecidos ou não. E num desses proseios surgiu um caboclo que se interessou pelo carro – não pra ele, mas para um amigo. Eu sequer estava com a viatura no local, apenas descrevi em detalhes como era e o pouco que tinha que ser feito a título de reparos.

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Eis que no dia seguinte o sujeito me liga pra dizer que o amigo dele até se interessou, mas naquele momento não tinha como fazer negócio. Pensei comigo: “legal esse cara, ainda que não tenha dado negócio ligou ao menos para dar satisfação, difícil gente assim hoje em dia…” Agradeci e já estava prestes a desligar quando, assim, de supetão, ele me soltou: “ele não ficou, mas eu fico”.

Confesso que fiquei meio surpreso, mas proseamos mais um pouco, combinamos de ele vir dar uma olhada no carro, trocamos e-mails, uatizápes, telefones e contas-correntes e, quando menos esperava, o negócio estava concluído. E, exatamente no dia 13 de janeiro, lá se foi o bom e velho opalão…

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E, na sequência, também precisei negociar a querida Harley 883 (“The Beauty”), sem outros codinomes, parceira de estradas viagens e outros momentos especiais…

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A questão é: é muito bom ter moto. Muito MESMO. Mas há que se ter um carro, também. Após a venda do Opala, tendo somente a moto como meio de transporte, bastaram três dias de intensa chuva torrencial ao voltar pra casa para me congestionar todo e ocasionar, numa reação em cadeia, uma coisa que jamais tive na vida: um ataque de sinusite. Localizado, temporário e com cura. Mas uma desgraça pra se passar o dia a dia!

Por conta disso precisei ter um proseio com Seo Bento, vulgo Meu Pai, que tem dois conservadíssimos veículos: duas Variants, uma marrom, outra dourada. Expliquei a situação, garanti que era só por uma, talvez uma semana e meia e que cuidaria bem de sua relíquia. Meu pai, que é de uma franqueza cavalar, simplesmente me respondeu: “Ói, fio, a contragosto, mas empresto sim.”

Bem, fazer o quê? Esse é meu pai. Ao menos pude dirigir um tempo sob capota coberta, enquanto voltava a arquitetar minhas arquitetações e planejar para onde correr desta vez. E a conclusão óbvia foi me desfazer da moto. Negociar daqui, resolver dali, saldar dívidas acolá e, enfim, tocar a vida em frente.

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Como o Universo não cansa de caçoar da minha pessoa, trazendo situações quase que inverossímeis para esta minha vidinha, no último dia 23 acabei fechando negócio com ninguém mais, ninguém menos que o Flávio – que foi o mesmo amigo de quem eu comprei a moto! O curioso é que no tempo em que fiquei com ela, fiz algumas adaptações, instalei um Sissy Bar (encosto), comando avançado, alforjes – tudo sempre com o palpite dele. A brincadeira era que, apesar de vendida, a moto era “nossa”. Nada mais verdadeiro…

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Enfim, crianças, é isso…

Oi?

Se agora estou a pé?

JAMAIS!

A história de hoje já está longa e faltam-me fotos para a história a seguir. Fora o fato de que O Projeto já caminhou um tanto e temos novidades na área! Mordam seus cotovelos de curiosidade e aguardem notícias – muito em breve! 😀

Na mesa de cirurgia

Bem, vocês lembram que da última vez o motor estava já retificado, aguardando o início da montagem, certo? Inclusive já tinha sido até pintado – da mesma cor que o Titanic. Pois bem, agora ei-lo na “mesa de cirurgia”, com cada pistão em seu lugar!

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E aqui, no avesso, com o virabrequim devidamente instalado também…

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Mais uma, agora com o bichinho meio de esgueio.

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E aqui, o focinho!

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Sei que muitas vezes essa questão de mecânica é meio complicada para alguns… Afinal tem gente que somente sabe levar o carro no mecânico e sair com ele de lá funcionando, certo? Só que nós, opaleiros, com ferrugem nas veias, não nos contentamos com tão pouco! Podemos até não saber fazer, mas temos uma obrigação moral de, no mínimo, saber como funciona. Por isso mesmo segue um esqueminha básico para que os desavisados de plantão entendam toda a poesia desse momento de montagem do motor…

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