Sexta-fotos I

Resolvi adotar uma “tradição” que existe lá no Grupo Opala.com: doravante toda sexta-feira será dia de fotos. Até porque opaleiro que é opaleiro gosta mesmo é de ver Opala!

Como as fotos do(s) meu(s) carro(s) já venho colocando aqui conforme seja a situação que o pobre coitado esteja vivenciando, vou buscar fotos “emprestadas” por aí afora e compartilhar com vocês (venho lentamente lendo TODAS as mensagens já postadas desde o início do grupo no GMail no ano passado). Desde já peço desculpas se não colocar os referidos créditos de imediato – muita coisa eu simplesmente baixei e guardei no computador para futura referência. Para quem for o dono da criança ou souber quem seja, basta me dar um puxão de orelha que eu remedio a situação, ok?

Assim, que dia melhor que 29 de fevereiro para começar uma nova empreitada dentro da velha empreitada?

Então.

As fotos a seguir (até onde sei) são da reforma de um Opala Standard 1976 bege (tar e quar o meu 79) que foi transformado num SS vermelho. Aviso aos incautos: apesar da semelhança, NÃO, NÃO É O MEU CARRO!!!

Ainda estou longe dessa fase… 🙁

Saindo da oficina

Então exatamente no dia de hoje, depois de quinze longos dias, por volta da hora do almoço, o Titanic II (como “carinhosamente” a Dona Patroa resolveu chamá-lo) saiu da oficina.

O interessante é que meu passado me condena. Fui de carro até o mecânico (aquela Parati que continua à venda), acertei o que tinha que acertar ($$$), desci até em casa guardei o carro, almocei com a criançada, esperei a Dona Patroa chegar, e, aproveitando o embalo dela levar os petizes à escola, peguei uma carona até a oficina.

– Ué, mas onde a gente vai, mamãe? – perguntou o mais velho, do alto de seus oito anos de idade.

– Vamos levar o papai para buscar o carro dele.

– Ah… Acabou a gasolina de novo?

Depois do acesso de risos da Dona Patroa ela explicou que nós estávamos indo buscar o “Titanic II”…

Mas voltemos ao carro.

Não vou entrar em detalhes no que foi feito nesse Opala 76 – até porque o foco desse blog é a reforma do 79 – mas basta saber que foi dada uma geral na suspensão, freio, carburador e parte elétrica.

Lembram-se que eu disse que o escapamento estava “meio aberto”? Na realidade ele simplesmente não tem toda a parte final do escapamento! Acaba ali, logo debaixo do motorista. Apesar do barulho correspondente a um dragão trovejante, no fim de semana precisarei dar um jeito nisso.

Fui com o danado até o trabalho (coisa de uns quinze quilômetros). Uma delícia! O carro alinhado, freando corretamente, motor regulado… Até buzinar, buzina! Tudo bem que continua detonado por dentro, mas isso é outra história… Ah! Um detalhe importante: a caixa de direção tá meio que ruim, com uma folga de uns 20° na direção…

Aliás é curioso ver como opaleiros sentem o cheiro um do outro… Tendo parado no boteco’s bar de costume, descobri que o seu Adolfo, vulgo Português, dono do bar, também foi um aficionado e apaixonado por Opalas. Já teve, reformou e “construiu” vários…

Entim, com tudo praticamente resolvido no que tange à mecânica, como minha garagem já não tem mais espaço, deixei numa vaga que tenho num apartamento perto de casa. Depois de trancado, percebi que deixei as chaves de casa no console. E acabei por descobrir que chave nenhuma NO MUNDO abre aquelas fechaduras das portas…

Merda.

Amanhã verei isso.

Agora são dois!

Pois é.

Agora é oficial.

Sou o feliz proprietário de dois Opalas.

O 79, que vocês já conhecem, ainda está na UTI.

O 76, que você ainda irão conhecer, foi deixado primeiramente no nobre mecânico de confiança deste que vos escreve para uma checada básica (tá, talvez um pouco mais a fundo que isso) principalmente na suspensão, freios, parte elétrica e carburador.

Particularmente o freio estava assim meio que assassino. Bastava dar uma brecada mais forte que o danado puxava violentamente para a esquerda.

Mas deixemos esses detalhes para quem entende.

Como não tenho nenhuma pressa (nem dinheiro) para pegar o carro rapidinho, por enquanto vai ficar uns dias lá no mecânico. Depois de pronto farei uma “sessão de fotos” dele.

Mas é indescritível o prazer da puxada violenta de um seis canecos. Ainda mais com o escapamento meio aberto…

O passo mais difícil

Uma vez que a documentação do carro parecia estar toda em ordem, restaria saber se iria dar negócio. Afinal de contas a moto ainda não tinha sido vista pela outra parte…

Aproveitei o horário de almoço e lá fui eu. Coisa de uns vinte, sei lá, trinta quilômetros depois, o caboclo estava dando uma olhada, botando defeito (faz parte de qualquer compra e venda), avaliando, pensando e… pronto! Concordou. Só tinha que perguntar para o primo dele, verdadeiro dono do carro, lá em Minas, se ele aceitava.

– Bem, tá certo. Mesmo assim, antes de bater o martelo, ainda falta eu verificar mais um detalhe importantíssimo. Mais tardar amanhã eu te ligo para informar, certo? Enquanto isso você vai vendo o resto dessa parada lá com seu primo.

Já em casa, à noitinha, criançada brincando, eu e a Dona Patroa na varanda, olhando para uma verdejante mata que tem em frente de casa, tomando um vinhozinho tinto, contei-lhe (com muita calma, sem pressa – quase que com indiferença) sobre o que pretendia.

Para minha supresa ela fez lá suas considerações, perguntou se realmente valeria a pena, se eu não conseguiria vender a moto por um preço melhor, e por aí afora.

Expliquei-lhe os perrengues de um mercado aquecido e com crédito, onde a oferta está bem maior que a demanda, e que um modelo meio que básico de moto não teria lá muita competitividade para venda num ambiente desses.

Por fim, ela acabou concordando. Até mais rápido do que eu previa. O passo mais difícil estava dado! Sua última frase foi a seguinte:

– Então tá. Tudo bem. Mas me diga só mais uma coisa: você tem certeza do que está fazendo?

Para seu espanto, ri com vontade. Gargalhei mesmo.

– Que é que foi, seu louco? Que graça é essa?

Respondi-lhe:

– Sabe o que é, amor? Se não me falha a memória, a última vez que você fez essa pergunta para mim já tem mais de dez anos. Foi no dia em que eu te pedi em namoro…

Checando a documentação

Antes mesmo de enfrentar contar para Dona Patroa sobre minhas intenções sobre uma possível permuta da moto por outro Opala, convém dar uma checada na documentação, certo?

Peguei o número do Renavam, o número do chassi e o número do motor do carro. Sim, pois segundo a Tabela de Identificação por Chassi cujo link está aí do lado (santo Shibunga, Batman!), o motor de seis cilindros não é o original desse carro.

Aliás, falando no Shibunga, já contei outro dia que entrei para uma lista de discussão cujos integrantes são todos “Opaleiros”. Muito bom, um pessoal bem alto astral, e com dicas e sugestões excelentes para os marinheiros de primeira viagem (como eu). Caso alguém se interesse, basta clicar aqui.

Mas voltemos ao assunto. Apesar do carro ter sido licenciado em Minas Gerais, com um pouco de paciência e fuçando com calma na Internet, foi possível puxar a “capivara” dele. Pra resumir: recém-licenciado, sem multas, sem reservas, todas as taxas e impostos pagos.

Como fiquei com uma pulguinha atrás da orelha por causa dessa história do motor não ser original, resolvi dar uma checada na legislação pertinente (para quem ainda não sabia, eu sou advogado).

Desse modo encontrei a Resolução nº 001, de 2 de janeiro de 2008, emitida pelo DETRAN/SP e que “Dispõe sobre a regularização e o registro da numeração dos motores dos veículos registrados, ou a serem registrados, no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito e dá outras providências”.

Para quem quiser a íntegra da resolução basta jogar uma meia dúzia ou menos de palavras de referência no Google que ela já aparece. Entretanto, não sei se por maldade ou não, nem sempre o Anexo está presente. E é exatamente esse o “pulo do gato”…

Mas não se incomodem. Como eu sou um cara Legal, eis aqui o tal do anexo, na íntegra (lembrando que, quando de seu preenchimento, deverá ser reconhecida a firma de quem assina):

DECLARAÇÃO

Eu,…………………………………………….., portador da carteira de identidade nº………………………, expedida por……………………., CPF nº ……………………….., residente na rua/av. …………………, no município de …………………….., Estado …………………….., de acordo com o disposto nos incisos II do art. 4º, III do art. 6º e II do art. 10 da Resolução CONTRAN nº 250/07, declaro que assumo a responsabilidade pela procedência lícita do motor nº……………………………., o qual consta no veículo de minha propriedade, marca/modelo …………………., placa ………………, chassi………………………………….

Declaro, ainda, serem verdadeiras as informações supracitadas, sujeitando-me às cominações dispostas no art. 299 do Código Penal.

……………………………, ………. de …………. de……… .

………………………………………………………..
ASSINATURA

(firma reconhecida por autenticidade)

Outro Opala???

Pois é.

Como se já não bastasse a dor de cabeça com UM Opala, cá estou eu pensando – seriamente – em arranjar OUTRO Opala…

Pra não perder o costume passei lá naquela feirinha de sempre que acontece todos os domingos e só se acha carros pra lá de velhos.

E, como já é do conhecimento até do Reino Mineral, apesar do Opalão que estou reformando, minha vontade sempre foi a de colocar uma alma de seis cilindros nele. E eis que, nessa feira, eu não acho um 76 com motorzão de seis cilindros?

Judiado, por certo, mas ainda assim com o motor funcionando bem. Aliás, nem tão judiado quanto estava o meu quando o peguei… Fora isso, boa parte das peças poderiam ser aproveitadas no 79…

O que me chamou a atenção foi o fato de que o caboclinho (lá de Minas Gerais) topa uma troca “pau-a-pau” numa moto. E como tenho uma moto que vale aproximadamente o preço que ele está pedindo no carro… Bem, é questão de juntar a fome com a vontade de comer!

Tá certo que ele estava pedindo R$6.000,00 no carro e eu dei uma trucada dizendo que a moto vale R$5.000,00 e se quisesse fazer um rolo direto poderia dar esquema.

Na verdade o preço de tabela da moto aponta para uns R$4.500,00 – isso sem contar que todo mundo NO MUNDO está vendendo motos agora. Com o crédito facilitado e prestações a perder de vista o povo prefere pegar uma zero que uma usada. O que nos levaria , na realidade, a uns quatro contos bem pagos.

Perguntei pro meu pai, vulgo Seo Bento, o que ele achava. Nas palavras do índio véio ele simplesmente disse que eu estaria procurando MAIS sarna pra me coçar. Mas sou taurino e teimoso. Não me convenci.

Bem, ainda assim, a proposta está feita.

O difícil vai ser convencer a Dona Patroa – de novo!

Aguardemos…

Grupo Opala.com

Hoje me inscrevi num grupo de discussões chamado “Opala.com”, o qual encontrei lá pelo Google. Centenas de opaleiros das mais variadas regiões prontos a discutir sobre tudo que interessa (ou não) do mundo opalístico.

Então fica a regra de ouro para qualquer um que queira participar de qualquer grupo de discussão sobre qualquer tema: FIQUE NA SUA. Pelo menos no começo. Questão de “netiqueta”. Ouvir bastante, tentar saber quem é quem, e, quando finalmente tiver alguma coisa relevante para perguntar, fazê-lo com cordialidade e educação. Sem esquecer de AGRADECER depois.

Esse é o básico.

O resto se aprende com o tempo…