Radiando de infelicidade

Pois é. Eu havia dito que tinha sido quase. Mas passou um pouco disso…

E esse “um pouco” é só porque não creio que a junta tenha queimado totalmente, mas “apenas” parcialmente. Afinal não é comum ter que encher o radiador toda semana. A água não evapora assim. E como ele não estando furado… Bem, ela deve estar indo para algum lugar. Lentamente, mas deve estar.

De tal maneira ontem, no finalzinho da tarde, com o ponteiro da temperatura quase estourando no painel, aportei no mecânico de praxe para deixar o carro por lá e ele checar tudo isso. Lembrando que o Seo Bento é o único que põe a mão no Opala 79, mas que para o Titanic II eu resolvi “terceirizar” essa coisa de mecânica.

Resumo da ópera: final de semana desopalado e com a melhor perspectiva de resgatá-lo somente na segunda-feira, último dia de férias…

Gasolina, sempre a gasolina

Excesso de confiança é uma merda.

Eu achei que dava pra chegar até o posto. Não estava tão longe assim.

Mas não deu.

Acabou a gasolina (de novo) bem no meio da rua.

E esse “de novo” é porque já sou reincidente nisso com outros carros e até mesmo motos. Na verdade com o Titanic II foi a primeira vez…

E, para completar, quando uma alma caridosa (o bom e velho Português, lá do Bar do Português) resolveu me ajudar, quando fui tirar a gasolina do Uninho dele ainda ficou metade na minha boca.

Até no dia seguinte eu ainda estava rescendendo a mardita…

Mais motor de arranque

Que é?

Pensaram que essa novela tinha acabado?

Que nada!

Fui lá no japonês para a derradeira tentativa de colocação do motor de arranque original do Titanic II. Se puxarem pela memória, lembrarão que até agora ele vem funcionando com o motor de arranque do Opala 79 – que é quatro cilindros! Ou seja, funciona, mas força o coitadinho a trabalhar literalmente no limite

Dessa vez a espera usual até que não foi tanta. Acho que o frio fez com que o povo resolvesse ficar em casa neste sábado pela manhã. Trocado o motor de arranque, um pequenino momento de tensão: será que vai funcionar? Será que vai engastalhar?

Dei a partida.

Rápido, forte e certeiro.

O japonês sorriu (aliviado).

Desliguei, liguei de novo. Tudo certo. Desliguei. Liguei novamente. Perfeito.

Daí foi só colocar o outro motor de arranque de volta no quatro cilindros.

Mas… Como Murphy (maldito seja!) ainda é meu melhor amigo, faltou uma peça de fixação do bichinho. – “Como assim ‘faltou’? Cadê a que estava lá antes?” – “Ah, depois aparece. Se não aparecer, não tem problema não, a gente arranja outra!”

Bicho nó cego.

Enquanto isso, desde o evento original, já dá pra contabilizar uns três meses que eu não dou a partida no motor do Opala 79…

🙁

Quase!…

Foi por um triz!

Já são tão poucos comandos para se vigiar e ainda assim eu consigo dar uma vacilada dessas!

Temos o marcador de combustível, no qual estou sempre de olho temendo ficar encalhado em algum lugar. Temos, também, o velocímetro – cuidado essencial a ser tomado nesses tempos de radares que se multiplicam tal qual coelhos pelas estradas. E, no afã de monitorar esses dois indivíduos, acabei por deixar de lado a vigília ao marcador de temperatura, o qual usualmente permanece abaixo da linha mínima do mínimo…

Eis que de repente senti um cheiro de queimado e automaticamente olhei para o marcador. Para um ponteiro que mal costuma sair do lugar, estar na metade do percurso já poderia ser considerado um absurdo inominável! Sinal de iminente catástrofe!

Dei uma guinada à esquerda e parei no primeiro posto de combustível que encontrei.

Daí vem a lição, crianças: se um carro está quente, ou, pior, com o radiador fervendo, jamais, eu disse JAMAIS, tente tirar a tampa do radiador diretamente!

Pegue um pano bem úmido, ponha por cima e dê uma pequenina volta. O vapor vai sair. Aguarde. Acabou? Então repita a operação BEM DEVAGAR. Mais vapor vai sair. É como abrir uma garrafa de Coca-cola quente. E que algum puto tenha resolvido chacoalhar…

Assim, após muita paciência e incontáveis pequeninas voltas depois, quando já tiver sido possível tirar a tampa do radiador, ligue o motor do carro e ponha água. Vai chegar um ponto que vai parecer que tem uma fonte dentro do próprio radiador de tanta água que vai jorrar!

Não se incomode.

Desligue o carro, ponha mais água, ligue de novo.

Certamente vai acontecer de novo.

Isso nada mais é que o ar que entrou onde não devia e agora está sendo literalmente empurrado para fora pela força da água conjugada com a do motor.

Repita as operações acima até que não reste mais nada de ar dentro do motor, bem como tenha sido possível completar o radiador ATÉ O TALO de água…

Daí é só andar!

E, lógico, não esquecer de SEMPRE completar…

Consumo do seis canecos

ATÉ AGORA: 4,90 KM/L
DATA QUILOMETRAGEM
(KM)
VALOR POR LITRO
(R$)
QUANTIDADE
(L)
CUSTO
(R$)
DISTÂNCIA
(KM)
AUTONOMIA (DIAS) CONSUMO (KM/L)
09/04/08 47.145 2,349 33,207 78,00
14/04/08 47.326 2,329 33,460 84,92 181 5 4,96
18/04/08 47.532 2,329 38,220 89,01 206 4 5,39
19/04/08 47.567 2,349 9,215 21,64 35 1 3,80
26/04/08 47.776 2,349 41,506 97,50 209 7 5,04
06/05/08 47.985 2,329 41,400 96,42 209 10 5,05
20/05/08 48.207 2,299 42,150 96,90 222 14 5,27
30/05/08 48.437 2,349 45,689 107,32 230 10 5,03
05/06/08 48.668 2,350 48,937 115,00 231 6 4,72
13/06/08 48.902 2,299 50,020 115,00 234 8 4,68
25/06/08 49.150 2,299 10,000 22,99 248 12 4,59
05/08/08 50.118 2,449 42,875 105,00
11/08/08 50.275 2,349 35,760 84,00 157 6 4,39
18/08/08 50.463 2,449 39,609 97,00 188 7 4,75
20/08/08 50.635 2,349 34,058 80,00 172 2 5,05
29/08/08 50.818 2,349 37,463 88,00 183 9 4,88
03/09/08 50.994 2,349 38,314 90,00 176 5 4,59
30/09/08 51.537 2,387 43,153 103,00
04/10/08 51.694 2,340 29,915 70,00 157 4 5,25
08/10/08 51.840 2,297 36,364 83,52 146 4 4,01
16/10/08 52.041 2,349 36,615 86,00 201 8 5,49
23/10/08 52.240 2,449 37,975 93,00 199 7 5,24
29/10/08 52.413 2,349 35,335 83,00 173 6 4,90
04/11/08 52.592 2,329 36,070 84,00 179 6 4,96
14/11/08 52.780 2,349 38,317 90,00 188 10 4,91
20/11/08 52.980 2,290 41,485 95,00 200 6 4,82
26/11/08 53.176 2,329 40,190 93,60 196 6 4,88
05/12/08 53.366 2,349 31,080 73,00 190 9 6,11
13/12/08 53.539 2,349 37,038 87,00 173 8 4,67
12/02/09 53.627 2,349 38,315 90,00
23/02/09 53.827 2,499 26,010 65,00 200 11 7,69
02/03/09 54.028 2,449 31,850 78,00 201 7 6,31
09/03/09 54.250 2,349 26,395 62,00 222 7 8,41
16/03/09 54.502 2,349 29,800 70,00 252 7 8,46
24/03/09 54.735 2,349 29,375 69,00 233 8 7,93
EM 14/02/2009 O MOTOR DE 6 CILINDROS FOI RETIRADO E SUBSTITUÍDO POR UM DE 4 CILINDROS
EM 30/03/2009 O VEÍCULO FOI VENDIDO, COM 54.904 KM

Questão de consumo – parte V

Bom, esta é o último post desta “série” questão de consumo. Isso porque eu resolvi transpor a tabela que eu estava fazendo aí para o lado. Quem quiser saber detalhadamente, pode consultar os quatro posts anteriores: o primeiro, segundo, terceiro e quarto. Quem quiser ficar na sinopse, basta dar uma olhada na sessão Quanto gastei? aí do lado, pois, com o programinha sobre o qual já falei aqui, montei uma planilha sob o título Consumo do Seis Canecos.

E sim, ele está bebendo como o dono. Mas, no caso dele, gasolina. Preciso começar a maneirar um pouco, a tirar o pé…

Senão o bolso não aguenta.

Nem o fígado…

Ainda não foi desta vez

Sexta-feira. Feriado prolongado. Eu tinha combinado com o japonês que estaria cedinho lá para que fizéssemos a (re)troca dos motores de arranque.

Por inúmeros motivos (que não vêm ao caso) só consegui chegar lá às nove e meia. E já cheguei levando bronca.

– Cedinho pra mim é oito horas, viu doutor?

Fazer o quê? Ele tá certo. Agora eu tinha que aguardar a fila de atendimento dele e de seu ajudante, o Magrão. Chuva torrencial lá fora. Um Chevette antigo com lanternas novas para serem instaladas. Uma Van com uma arruela faltando no ar condicionado. Um socorro externo. Um Escort com mau contato na parte elétrica – liga a seta e funciona o limpador de pára-brisa, liga o limpador e acende o farol de milha, e assim por diante. Um caminhão com seta que não desliga. Uma picape tunada que veio trocar de bateria. Uma seguradora que veio deixar um carro resgatado que deu pane na parte elétrica.

E pronto.

E nisso já era mais ou menos umas onze e meia.

Ele e o Magrão trocaram o motor de arranque. Deu a partida. MUITO mais forte e rápido que o outro, masss…

Tava arranhando.

E feio.

Imaginem alguém com dor de garganta. Com MUITA dor de garganta. Aquela “han-han” seco e bem arranhado, quase uma tosse. Era mais ou menos esse o barulho que estava fazendo quando o focinho do motor de arranque fazia girar a cremalheira.

Apesar de tudo, de sua correria e aparente desorganização, o japonês é muito criterioso. Fez uma cara de quem não gostou. Propôs colocar de volta o motor de arranque “provisório” enquanto ele tentaria arranjar um focinho de outra marca para ver se dava o encaixe perfeito.

– Aí, se não der certo, só tem um jeito: dois litros de gasolina e dois palitos de fósforo…

A resposta que lhe dei é impublicável.

Mas tudo bem, ele é gente boa, quer ver o negócio funcionando perfeitamente e eu tenho uma paciência enoooooorme…