Sabedoria etílica

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( Publicado originalmente no blog etílico Copoanheiros… )

Bicarato

Ok, é fato que, vira-e-mexe, algumas mensagens de anos atrás voltam a cair na nossa caixa postal. Mas algumas contêm certas verdades absolutas que merecem ser replicadas. É o caso desta a seguir — tenho certeza de que todxs já a recebeam pelo menos uma vez, mas que fique, definitivamente, registrada aqui no Copoanheiros!

BOTECO!!!

Por que será que é mais fácil freqüentar um bar do que uma academia?
Para resolver esse grande dilema, foi necessário frequentar os dois (o bar e a academia) por uma semana.
Vejam o resultado desta importante pesquisa:

– Vantagem numérica:
– Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho: 1×0 pro bar.

– Ambiente:
– No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
– Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia: 2×0.

– Amizade simples e sincera:
– No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda.
– Os companheiros do bar só reparam se o seu copo está cheio ou vazio: 3×0.

– Compaixão:
– Alguém já te deu uma semana de ginástica de graça?
– No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja ‘por conta’: 4×0.

– Liberdade:
– Você pode falar palavrão na academia? 5×0.

– Libertinagem e democracia:
– No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, ou do mesmo sexo, problema é seu…
– Na academia, dividir um aparelho dá até briga: 6×0.

– Saúde:
– Você já viu um ‘barista’ (freqüentador de bar) reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite? 7×0. [Observação minha: este é o único item que gera controvérsias. Copoanheiros véios e enferrujados são cada vez mais frequentes…]

– Saudosismo:
– Alguém já tocou a sua música romântica preferida na academia?
– É só ‘bate-estaca’, né? 8×0.

– Emoção:
– Onde você comemora a vitória do seu time?
– No bar ou na academia? 9×0.


– Memória:
– Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos?

– 10×0 pro BAR!

– Portanto, se você tem amigos na academia, repasse este e-mail para salvá-los do mau caminho!

PS.: Você já fez amizade com alguém bebendo Gatorade?

Definições

Essa é da esposa de um amigo – que, por sinal, conhece bem o marido que tem…

Agora eu só chamo meu marido de pantufa: deliciosamente confortável de se usar em casa – mas, pra sair, dá uma vergonha…

Como dar nó em gravata – passo a passo

Vamos a mais um serviço de  utilidade pública deste humilde pseudo-blog/site/diário/cantinho virtual – que, de quando em quando, acaba lembrando que tem um viés jurídico.

E por viés jurídico entenda-se não somente o famoso juridiquês da vida, mas também a fina ( 😀 ) “arte” de ser um dotô-adEvogado-de-direito-jurídico

Isso mesmo.

Vamos (tentar) demonstrar como é que se dá um nó em uma gravata!

Sim, o assunto já foi tratado com bom humor aqui e aqui (esse é meu predileto) – fora mais uma pitadinha aqui.

Mas agora vamos falar sério.

Já perdi as contas de quantos sujeitos que conheço e que simplesmente não sabem dar um nó em sua própria gravata. Assim, resolvi dar uma fuçada básica na Rede e encontrei boas dicas lá na Pilotti (na qual este texto se baseou) e também no Hypercool (de onde veio a maioria das figuras). Alguma coisinha tirei lá do Coisas de Homem.

Mas antes, como de praxe, um pouco de história.

História da Gravata

A palavra gravata deriva do francês “cravate”, que, por sua vez, parece ser uma corruptela de “croat”, em referência aos Croatas – supostamente o povo que apresentou esse tipo de indumentária à antiga sociedade parisiense.

Segundo consta, essa história de gravata começou com um grupo de mercenários croatas contratados a serviço da França, sendo que eles utilizavam um certo acessório como distintivo militar – um pano amarrado no pescoço de modo a diferenciar suas patentes. Enquanto que soldados usavam algum tecido rústico, os oficiais usavam algodão ou seda. Tendo apreciado o visual diferente, o uso do acessório espalhou-se pelo povo parisiense, pois, além de tudo, esse novo ornamento proporcionava até mesmo uma certa proteção contra o frio…

Mais tarde essa “cravate” ganhou a Inglaterra – dizem que logo após o retorno do Rei Charles II de seu exílio provocado pelas revoluções burguesas, pois, durante o período de nove anos que ficou na França, também acabou assimilando o uso desse acessório.

E da Inglaterra acabou por se espalhar pelo restante do mundo.

Os tipos de nós de gravata

Pois bem, já há muitos anos as gravatas possuem um poder simbólico no visual de um homem. A primeira impressão que passa a respeito do homem a utiliza é (redundemo-nos) sempre de respeito. Sim, também de sufoco ou esganamento – mas essa é outra história…

Com a evolução da moda e seus estilos (ui!) foram inventados diferentes modos de amarrar a gravata em formato de nós diferentes. Existem muitas variações, porém os os mais conhecidos são o Nó de Windsor, o Meio-Windsor, o Nó Americano (“Four-in-Hand”) e o Nó de Shelby – também conhecido como Nó de Pratt.

A grande maioria das pessoas não sabe diferenciar um nó de gravata e, nestes tempos de consumismo desenfreado, é cada vez maior a quantidade de homens que sequer sabe dar um nó em suas próprias gravatas. Costumam deixar algumas com os nós prontos e já penduradas em seus cabides (sim, existem cabides para gravatas), garantindo assim que a altura nunca esteja correta e sempre rezando fervorosamente para que ninguém os desate.

Outros acabam ficando dependentes de amigos, de colegas de trabalho ou das próprias esposas. Aliás, como é que elas aprenderam a dar nó em gravata, hein?

E – o pior – existe ainda aquele pessoal que acaba comprando a tal da “gravata-com-zíper”. Horrível. Acham que nunca vão precisar desse paramento e acabam deixando aquela coisinha pronta para uso no fundo de alguma gaveta (provavelmente embolado com as meias e as cuecas). Ali acaba ficando amassada (você, que nem dar nó na gravata sabe, por um acaso passa aquilo?) e quando a põe no pescoço tem um belo ar amarfanhado. Ainda que você deixe aquilo pendurado em um cabide normal, com o tempo o zíper se estraga e não fecha mais direito. Aliá, de qualquer maneira, com o uso o zíper sempre acaba abrindo um bocadinho e revelando o truque utilizado. Cá entre nós: não pensem que ninguém percebe, pois percebe.

Aprendendo a dar nó

O Nó de Windsor é o mais grosso e pomposo dos quatro nós citados (e, aliás, meu favorito). É aquele perfeitamente triangular. Muitos dizem que é o melhor para usar em situações mais formais ou nas quais você precise passar uma ótima primeira impressão – como é o caso de apresentações, aparições em frente a autoridades, etc. Cuidado ao usar com gravatas de tecidos grossos, pois o nó ficará muito grande e perderá a sua elegância. Gravatas de seda italiana assentam perfeitamente com esse tipo de nó.

Já o Meio-Windsor é um nó que não é muito grosso nem muito fino (como o Americano) e por isso pode ser usado em gravatas de diferentes tipos de tecido, ficando bem par a maioria das ocasiões.

O Nó Americano, também chamado de Four-in-Hand é o mais usado por aí e um dos mais fáceis de fazer. Vai bem na maioria das ocasiões e é melhor usado numa camisa de colarinho clássico. Destaque-se que gravatas de seda não ficam bem nesse nó, pois ficará muito pequeno.

O Nó de Shelby (ou Nó de Pratt) é muito parecido com o Meio-Windsor – mas o lado curioso deste é que na hora de iniciar os movimentos a gravata deve ficar com o lado avesso voltado para fora!

Fora estes clássicos temos também vários outros.

Por exemplo, o Nó Simples, que também se assemelha ao Americano, com a diferença de uma pequena torção no começo dos movimentos.

Temos também o Nó Duplo, baseado no Americano, mas com uma volta a mais.

O Cruzado.

O Duplo-Cruzado.

Esse seguinte encontrei como The Trend Knot. Se alguém tiver uma boa tradução que não tenha a ver com “tendência”, por favor, me avise…

E, falando de “moda masculina”, é lógico que teríamos aqueles que desejam lançar moda. Como se faz isso com uma gravata, não sei. Mas é certo que alguns “famosos” procuraram deixar sua marca (ou nó) nesse mundo.

Assim temos o Nó do Príncipe Albert.

E, por falta de um nome melhor, o Zegna (no original: Zegna Knot Zegna).

Dicas rápidas

Tudo bem, sei que cada um tem o seu estilo, que moda é uma questão de gosto pessoal e não do que outros pensam. Pelo menos é o que dizem por aí. Assim, procure sempre algo que você goste e se sinta confortável ao usar. Mesmo assim, algumas regrinhas são básicas nesse mundo engravatado, cabendo algumas observações…

– A altura correta da gravata fica com a ponta dela por cima da fivela do cinto, encostando no inicio da parte superior da fivela.

– Para não errar use sempre o sapato social, terno e camisa de manga comprida. Obviamente não há problema com outras combinações, mas não é algo que um homem deve fazer sem a consultoria de alguém especializado no assunto. Ou seja, sua mulher.

– O mais comum é a cor da gravata combinando com o terno e fazendo contraste com a camisa. Mas não é uma regra. Quando se quer passar alguma mensagem com a gravata (???) pode-se fazer alguns usos diferentes disso. Mas sem exageros.

– Gravatas não apertam o pescoço. Colarinhos da camisa, sim.

– Gravatas de tecido grosso produzem nós grandes e volumosos, podendo comprometer sua elegância.

– Guarde suas gravatas sem o nó, sempre enroladas ou em um cabide especial para gravatas, pois assim o tecido e sua estrutura ficarão melhor conservados.

– Os movimentos dos nós de gravatas são sempre feitos com a ponta grossa da gravata.

– Quando for usar uma camisa listrada opte por uma gravata de cor lisa (até aqui tudo bem) ou estampada com bolinhas – xadrez também cai bem (duvido um pouco dessa segunda parte – preciso averiguar).

– Gravatas estampadas, com desenhos coloridos ou engraçados, não devem ser usadas em ambientes sóbrios – elas não combinam e ainda por cima você poderá passar vexame.

– Gravatas Skinny (fininhas) devem ser usadas apenas por pessoas de estatura magras.

– Compre gravatas de boa qualidade. Sempre.

– A gravata é sempre a última a ser vestida.

Por fim, dizem que a utilização de prendedores de gravata foi abolida. Que é demodé. Bem, sinto muito mas, conservador que sou, continuo a usá-los tranquilamente. Questão de praticidade. Já tentou lavar o rosto usando uma gravata sem prendedor? Ou pegar algo no chão? Ter que ficar segurando a gravata para sentar, levantar ou num dia de vento? Pois bem, o prendedor resolve tudo isso. Mas sejamos discretos: fiquemos com aqueles do tipo grampo, sem correntinhas, molas, presilhas, etc…