Eu sempre digo que, para um advogado, a língua portuguesa é sua maior ferramenta de trabalho – mais até do que a lei em si. Não adianta nada um profissional conhecer de cor e salteado toda a legislação pátria se não souber como efetuar um pedido perante a Justiça.
Daí a pergunta: o quanto eu gosto da língua portuguesa? Bem, só pra se ter uma idéia, na última sexta-feira, depois de umas quatro ou doze cervejas, de madrugada, num boteco’s bar da vida, estávamos eu e o Bicarato discutindo sutilezas de nosso idioma. Isso lá é coisa de se tratar em mesa de bar? Tudo bem que logo depois passamos para uma sessão de tortura acadêmica, disputando qual de nós conseguia lembrar mais detalhes das revistas do Asterix, mas isso é uma outra história. A propósito: deu empate técnico.
Mesmo assim, é certo que devo me dedicar mais ao estudo da língua (hmmmm…), pois ainda cometo alguns erros crassos. E é justamente esse o ponto. O nobre copoanheiro me alertou de uma escorregadela que dei no texto anterior (“Japão 1 x Brasil 4”), pois escrevi a palavra “assumidade”. Tá errado, gente. Até porque essa palavra não existe. O correto é “sumidade”.
Como disse o Nário: “[Do lat. summitate.] S. f. 1. Qualidade de alto, eminente. 2. O ponto mais alto; cumeeira, cimo, cume. 3. Fig. Pessoa que sobressai às outras por seus talentos ou saber.” (Dicionário Aurélio Eletrônico – 1999).
Aliás, não foi erro de digitação, não. Limitação mesmo. Acho que eu sempre devo ter escrito errado essa palavra, e só agora é que me dei conta. É como outra confusão que eu fazia entre olvidar e envidar. Sempre usava a primeira mas com o sentido da segunda…
Mas tudo bem. Apesar da idade, sou novo ainda. E já que não sou nenhuma sumidade na área – ainda aprendo!