Cabô? Assim, tão fácil? E onde estaria agora aquele tal de vidente que previu um resultado diferente desse? Onde estão as galhofas e ofensas acerca do Presidente? Onde está a arrogância? Onde está o ar de superioridade?
De minha parte não sei, nem quero saber. Cada qual tem a justa consciência de seus atos. Tudo que quero (e que espero) é uma continuidade do que vem sendo feito pelo social neste país que tanto amo. E que, doravante, todos consigam sentar à mesma mesa e resolver pacificamente as intransigências políticas que, com certeza, haverão de surgir.
(Discurpa, mas ieu num pudi arresisti…)
Pois é, companheiro… de qualquer forma, foi importante o segundo turno. Conferiu maior legitimidade à reeleição, legitimidade essa que certamente afasta movimentos golpistas (leia-se “terceiro turno”), ao mesmo tempo em que renova o compromisso do candidato com o seu eleitorado. Tbm gostei muito do mapa geopolítico que se formou, com equilíbrio de forças e o PFL jogado para escanteio. Tudo conduz para um governo de coalização, onde quem ganha é o povo. Sinto soprar os ventos de um país cada vez mais democrático, justo e desenvolvido.
Por fim, tbm não resisto em reproduzir uma frase de um comentário que li no blog do Pedro Alexandre Sanches, ex-FolhaSP, ora Carta Capital:
“Agora não é mais ‘Lula Presidente’: é ‘Presidente Lula'”!
Abs!
Com a devida vênia, reproduzo comentário que acabei de ler no Blog do Mino, que acho assaz pertinente como leitura da eleição de ontem:
enviado por: joao david
Site: http://www.joaodavid.blogspot.com
“Talvez
Talvez o tal ‘recado das urnas’ enviado pelos milhões de eleitores nas eleições presidenciais de hoje não tenha sido dirigido aos políticos, mas à Imprensa: quando deixa de lado sua função informativa e adota uma postura panfletária e manipulativa, ela perde a sua credibilidade.
Talvez a evidente derrota de algumas publicações semanais, que trabalharam com afinco em prol de seu candidato, possa ser um indicativo de que não estamos mais tão submetidos à tutela de um pensamento único.
Talvez a diversidade de vozes presente atualmente nos meios de comunicação, especialmente impulsionada pelo crescente acesso à internet, permita ao leitor uma visão mais múltipla e plural dos fatos, em contraposição à voz unilateral que seria – ou já foi – o sonho de alguns.
Talvez alguns setores da Imprensa Engajada poderiam aproveitar o resultado das urnas e repensar o seu papel.
Teriam a oportunidade de perceber que não são tão formadores de opinião quanto imaginavam ser, nem exercem tanta influência quanto costumavam exercer em outras Épocas.
Talvez pudessem intuir que nem sempre o seu leitor verá apenas aquilo que a revista quer que ele Veja.
Talvez, talvez”.
Assino embaixo.
Um abraço.
Particularmente acho que a Internet realmente fez toda a diferença nestas eleições. Com o acesso cada vez mais difundido e com o povo atrás de informações fidedignas (justamente por causa da massificação da imprensa), creio que uma boa parcela da população pôde (re)pensar melhor seu voto.
Entretanto parece-me que noutros nichos – principalmente na medida em que subimos a linha do Equador – esse tipo de influência diminui e, talvez até mais que a imprensa, continua valendo a tradicional campanha eleitoreira, ops, eleitoral…
Mesmo assim, são significativos os números dessa eleição, pois, ao somarmos os votos brancos, nulos e abstenções, temos aproximadamente 23,88% do eleitorado brasileiro. Ou seja, quase um quarto do país simplesmente não participou ativamente do processo eletivo. São vozes dissonantes no contexto político de “situação x oposição” e que representam uma considerável parcela da população (mais de trinta milhões de pessoas).
Por fim, a última frase desse João David, não deixa de ser um “trocadalho do carilho”…