Então, após aguardar um ano inteiro, ontem foi o grande dia!
Cada um dos meus três filhotes tem seu próprio cofrinho e, no decorrer do ano, toda e qualquer moedinha que venha a parar em meu bolso automaticamente é redirecionada para eles. Quando chega essa época do ano abrimos os cofrinhos, contamos as moedinhas e vamos todos para alguma grande loja de brinquedos, onde eles podem comprar o que quiserem. Sim, por mais inútil que nós, pais, possamos achar que venha a ser a pretendida aquisição, o dinheiro é DELES e a escolha também é DELES. O único senão de tudo isso é o próprio limite imposto pela quantidade de dinheiro juntada, ou seja, não adianta querer este ou aquele brinquedo que custa mais caro, pois seu dinheirinho (é como eles se referem às moedas) não dá.
Existem várias lições a se tirar daí: a questão da economia, da liberdade de escolha, da valorização dos recursos, etc, etc, etc. De nossa parte essa brincadeira começou pelo receio, quando eram menores, de que eles achassem alguma moeda pela casa e a engolissem…
Curiosamente este ano eles não procuraram comprar apenas um brinquedo que fosse dentro dos limites de seu dinheirinho, mas sim vários brinquedos menores até o total disponível. “Assim tem mais pra brincar, papai” – foi o que disse o mais velho.
Por uma extrema coincidência o dia da abertura dos cofrinhos foi na data de aniversário do filhote do meio – o que lhe deu um gostinho ainda melhor. Já pela surpresa por saber que “ainda” era seu aniversário, pois a festa para comemorar seus cinco aninhos foi no sábado passado. “Mamãe, mamãe, sabia que hoje ainda é meu aniversário? O papai que me contou!”
Aliás, apesar de modesta e caseira, uma bela duma festa, como há muito não víamos em casa. Seu “ponto alto” foi a descoberta, pela criançada, de um sapo no gramado do quintal. Frenesi total!
Qualquer um que tenha chegado ao glorioso evento da paternidade (tá bom, da maternidade também), sabe que o tempo livre passa a ficar cada vez mais escasso. Aqueles saraus, barzinhos, cinemas, bate-papos, ou simplesmente namoricos dentro da própria casa vão ficando pra trás, pois os pequerruchos demandam atenção quase que integral.
Mas, no dia da festinha, com a quantidade de crianças que havia em casa, foi MUITO mais fácil poder desligar um pouco de tudo isso. Enquanto a criançada brincava entre si, os adultos puderam se sentar e prosear à vontade. Com direito a cerveja e – lógico – falar mal da vida alheia…
Ainda que fosse cedo quando paramos – por volta de uma da manhã – a vontade era de continuar pela madrugada adentro, de tão bom que estava o clima e o proseio. E o bom da amizade é justamente isso: nada de cobranças, compromissos ou troca de favores (leia-se obrigações). Simplesmente a boa companhia para um bom bate-papo é o que verdadeiramente importa.
Obrigado, pessoal!
(PS: ainda sobrou uma caixa de cerveja…)
…ufa! e eu estava QUASE sendo convencido pela patroa de que abusara (mais uma vez) da boa vontade dos anfitriões.
Já decidi: na próxima vez levarei colchonetes!
Obrigado pelo carinho e pela “coponhia”.
Pode mandar ver no “excedente”, que depois a gente repõe o estoque.
Beijos e abraços a todos!
(P.S.: aproveitando o tema inicial, já experimentou fazer um “cofrinho” das latinhas, para vender no final do ano? Cara, o resultado dá uma poupancinha interessante, para ser “reciclado”, obviamente, em novas caixas de geladinhas!!! Existem várias lições a se tirar daí: a questão da economia, da liberdade de escolha, da valorização dos recursos, etc, etc, etc. )
Pois saiba que a “bem-querência” é sincera e recíproca! E nem precisa de colchonetes: em casa tem. Basta aportar por lá e curtir a maré…
E não se preocupe, pois, na realidade, acho que nós é que abusamos da paciência de todos vocês com nosso proseio sem fim. E saiba que em questões de abuso de paciência alheia continuo sendo campeão invicto (pode perguntar pra Dona Patroa)…