“Brinquedos de Amyra” é uma peça teatral da Companhia Teatral Repênoti. Tomei conhecimento dessa empreitada através da amiga Dani Peneluppi (e sem saber que já conhecia o Diego, um dos autores da peça).
Muito bom.
Apesar do enredo original, dá pra reconhecer umas pitadas de Toy Story, uma ou outra colher das estórias infantis clássicas, algumas gotas de humor circense (no estilo dos antigos Trapalhões), bem como um cheirinho de Monteiro Lobato. Coincidência ou não, isso não lhe diminui em absoluto o mérito.
Até porque foi plenamente aprovada pelos verdadeiros críticos teatrais (e é com estes que os artistas realmente devem se preocupar): as crianças.
Dava gosto de ver o Erik (5 anos) se esmerando para cantar as mesmas músicas, o Jean (3 anos) batendo palmas e pulando junto com os atores, e até mesmo o Kevin (8 anos) – que, pra variar, chegou emburrado – quebrou o próprio protocolo e deu diversas gargalhadas no decorrer da peça.
Estão todos de parabéns, em especial os atores – por saberem lidar tão bem com um público tão exigente como é essa criançada da era da Internet e dos videogames.
Só lamento que a divulgação maior (ao que aparenta) tenha sido apenas no boca-a-boca. A apresentação se deu aqui em São José dos Campos, num espaço cultural próximo de casa, ou seja, os artistas têm vindo onde o povo está. Mas, na minha opinião, tais peças deveriam ser amplamente divulgadas para que esse mesmo povo venha a ter conhecimento de sua existência. E esse povo (incluo-me nesta seara) usualmente está por demais atarefado trabalhando, pagando contas, correndo com seu dia a dia e sequer vem a saber que, ali do lado, tem uma atividade cultural de primeira para comparecer e levar seus filhotes.
E existiriam inúmeros meios para essa ampla divulgação. Quer seja pelos usuais veículos de comunicação, quer seja através dos “jornaizinhos” que o Poder Público faz circular pela cidade. Basta que este queira fazê-lo…