E por falar em política…

Inegável que, com o começo “oficial” da campanha eleitoral as discussões sobre política se acaloraram. Eu mesmo tive um embate pra lá de saudável durante um churrasco neste final de semana – e fiquei surpreso em descobrir um poder de argumentação que sequer sabia que possuía!

E, vejam bem, estou falando de argumentação, não de convencimento.

Isso porque, na minha opinião, ninguém deve ser convencido ou mesmo persuadido a votar neste, naquele ou naqueloutro candidato ou partido. Mas o que deve sim ser feito é possibilitar que tenha condições de pensar, comparar e raciocinar – segundo seu próprio grau de discernimento – quem seria melhor para atender as demandas da sociedade em que vive.

Pedro Dória trouxe uma análise bastante contundente sobre política atual em seu post O Brasil que existe, o Brasil que poderia existir. De dar nó na cabeça dos desavisados que teimam em deixar “esse negócio de política” para os outros.

Eis um trechinho inquiritório só pra pensar:

O que se espera de um partido político, hoje? Que tenha posições a respeito dos grandes dilemas que o mundo atravessa. Como se posiciona a respeito do aquecimento global, por exemplo. Seu combate é uma prioridade? Que custo está disposto a bancar e como se portará nas negociações internacionais? Como vê a transformação da sociedade e sua relação com a ciência e as religiões constituídas? Como pensa o aborto, estudo de células tronco embrionárias, casamento e adoção homossexual? As respostas para estas perguntas indicam como o partido compreende as relações entre as pessoas no país. São questões que nos afetam a todos. Não são as únicas.

Como compreende as responsabilidades do Estado com educação, saúde, moradia, formação profissional? Quando vê o Brasil, que tipo de país vê? Um país de vocação agrícola? Industrial? Turística? Que tipo de brasileiros precisaremos formar para que tais vocações sejam realizadas? A partir disto, quantas são as responsabilidades que o Estado deve assumir e como irá financiá-las? Tendo tudo isto em vista, que acesso espera dos mercados do mundo e que concessões está disposto a fazer em troca de possibilidades comerciais?

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