Aniversário é uma coisa bem estranha…
Principalmente se é o próprio!
Jamais sei como vou encarar a data – a não ser quando efetivamente chega. Minhas expectativas são mais relacionadas ao humor que estarei ostentando no dia de meu aniversário que com o “efeito” da data propriamente dito.
Explico.
Nunca encanei com esse negócio de idade. Sou bem resolvido quanto a isso. Crise dos trinta, crise dos quarenta, crise da crise, sei lá! Nada disso jamais me incomodou. Confesso que a única vez na vida – que eu me lembre – que a idade foi um fator determinante foi quando eu estava às vésperas de fazer dezoito anos, afinal eu queria porque queria tirar minha habilitação, né? 😀
Mas, ressalvado esse ponto, não me recordo de já ter ficado em alguma neuras com relação à idade. Hoje chego nos meus quatro-ponto-dois (DOIS e não TRÊS, certo Andréa?) e continuo sendo o mesmo taurino (com ascendência em leão) turrão de sempre… Tenho tido uma boa vida – nada demais e nada de menos – permeada de amores e paixões, com bons trabalhos (simplesmente amo o que hoje faço), filhos maravilhosos e sempre cercado de amigos inesquecíveis, independentemente da idade – até porque eu realmente já tenho milhagem suficiente para ser pai de alguns…
Hoje tenho plena consciência de que há um moleque travesso, um nerd dedicado e um velho rabugento que pacificamente coabitam dentro de mim.
Ou seja, estou em paz comigo mesmo…
E numa data tão querida e especial como essa, foi exatamente de uma pessoa muito querida que ganhei um presente muito especial!
Só pra contextualizar, para aqueles que não sabem fui, sou e sempre serei um apaixonado por gibis. Já falei disso aqui (confiram e poderão conhecer um pouquinho das publicações brasileiras das últimas quatro décadas). Em particular, eis uma palhinha:
Uma das minhas lembranças mais antigas no que diz respeito a quadrinhos me remete diretamente à Turma da Mônica, pois costumávamos ir até a casa de meu bisavô e lá havia uma espécie de hall onde sempre haviam alguns jornais da semana. Assim, em pleno início da década de 70, eu já chegava fuçando tudo e procurando pela Folhinha (era esse mesmo o nome?) para poder ver aqueles desenhos que me agradavam tanto. Sim, ver, pois eu sequer era alfabetizado…
Pois bem. E não é que este velho alfarrabista que vos tecla acabou sendo presenteado com uma edição da “Folhinha de S. Paulo” (sim, era esse o nome) dessa época?
Vejam só:
Algumas curiosidades sobre essa edição, em especial:
– ela é do ano de 1969 (grande ano para a humanidade – foi quando nasci!);
– ela fala de Natal (que, lembrem-se, nada mais é que “nascimento”);
– é de uma época em que o Maurício desenhava absolutamente tudo, desde os quadrinhos, até os jogos e mesmo a logomarca desse suplemento!
Mas, melhor ainda, caso não tenham percebido, vejam bem o que tem nesse jornal em especial (isolei do resto da imagem para ficar mais legível):
O próprio Maurício de Sousa teve acesso àquele meu post sobre gibis e ficou sabendo há quanto tempo já acompanho as estórias da Mônica e sua turminha, de modo que o exemplar do jornal veio devidamente autografado!
Não é o máximo?
Aliás, o interessante é que ele gostou tanto da lembrança – simplesmente não acreditou que ainda existissem alguns exemplares do jornal – que queria ficar com essa edição. Desculpa aí, Maurício. Não foi dessa vez… 😉
Aliás do aliás, ainda que coincidências não existam, nesta semana em que acabou de ser lançado o filme Thor, adivinhem qual baixinha invocada quebrou o Mjolnir (martelo encantado do Deus do Trovão) no jogo dos sete erros dessa edição da Folhinha…
Enfim, gostei muito!
Mesmo!