Então.
Há exatamente um ano o filhote nº 1 ganhou uma medalha de ouro. Na escola em que ele estuda – Colégio Adventista – sempre é promovido o chamado “Mérito Acadêmico”, onde as crianças que mais se destacaram ganham medalhas. Sem exceção. São entregues algumas de ouro, várias de prata, muitas de bronze. Pouquíssimas de diamante.
Ele ganhou uma medalha de ouro e eu, corujão que sou, fiquei todo prosa, como demonstrei aqui.
Alguns meses depois, nova entrega de medalhas. Ele foi novamente chamado. Desta vez ganhou a de prata.
Confesso que fiquei um tanto quanto desconcertado. “Como será que ele vai reagir?”, eu me perguntei. Fui até ele, antes mesmo que voltasse para seu assento e procurei encorajá-lo com palavras de ânimo e coisa e tal…
Ele levantou a cabeça, olhou para mim com aquele sorriso iluminado e disse:
“Viu que legal, pai? Quanta gente ganhou? Tomara que na próxima eu pegue a de bronze, aí terei as três!”
Primeiramente fiquei mais desconcertado ainda. Perguntei pra mim mesmo: “Mim mesmo, será que ele quer piorar na escola para completar uma coleção?” Mas conversando mais um bocadinho com ele é que me caiu a ficha. Não era nada disso. Essa “competição” não existe. É uma maneira de estimular todos para que melhorem ainda mais. Qualquer das medalhas é um mérito, pois quanto mais alunos ganharem significa que a classe inteira está melhor.
Mas eu não vi isso.
Fui orgulhoso.
Até arrogante.
Mas a gente sempre aprende, se quiser.
Em especial, humildade.
E, nesse dia, aprendi essa valiosa lição com meu filho…
PS: Hoje novamente serão entregues medalhas. Não sei se ele vai ganhar alguma. E, caso ganhe, não sei qual seria. Mas, qualquer que seja o resultado, tenho certeza absoluta de que ficará feliz. E tenho mais certeza ainda que continuarei tendo muito que aprender…
Emenda à Inicial: Apesar da lição de humildade (bem como das chuvas e trovoadas), o orgulho paterno ainda impera. E eis que o Kevin foi medalhista novamente. Ouro...
Que orgulho!
Parabéns Kevin!
Parabéns papai coruja!!!
=)