Destino passeia por um jardim de possibilidades, onde os tempos coexistem e o presente é síntese dos três tempos. O que foi, o que é, o que será e até mesmo o que não foi, o que não é e o que não será habitam o jardim do Destino.
Ele passeia sem olhos, acorrentado ao seu livro ou seu livro acorrentado a ele. No livro está escrita a História, as possibilidades escolhidas. As páginas demoram a ser viradas. As possibilidades são infinitas, mas, aquelas que foram escolhidas constroem a História.
Ele é o irmão mais velho, o primeiro. Estava lá para virar a primeira página e estará lá para fechar o livro, antes que Morte apague as luzes.
Ele não enxerga quais escolhas serão feitas, apenas as consequências das escolhas. Ele não olha para História de maneira fixa e acabada. A História é a construção de possibilidades. Não lamenta os rumos tomados, não interfere na construção. Seu livro sempre está aberto no meio, inícios e fins não despertam a curiosidade do Destino. Destino se interessa pela travessia.