Falando em administração…

Esta é a fábula de um alto executivo que, estressado, foi ao psiquiatra e relatou ao médico o seu caso. O psiquiatra, experiente que era, logo diagnosticou :

– O senhor precisa se afastar por duas semanas da sua atividade profissional. O conveniente é que vá para o interior, se isole do dia-a-dia e busque algumas atividades que o relaxem.

Então o nosso executivo procurou seguir essas orientações… Munido de vários livros, CDs e laptop, mas sem o celular, partiu para a fazenda de um amigo.

Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já havia lido três livros e ouvido quase todos os CDs. Porém continuava inquieto. Pensou então que alguma atividade física poderia ser um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava. Chamou o administrador da fazenda e pediu para fazer algo, qualquer coisa…

O administrador ficou pensativo e viu uma montanha de esterco que havia acabado de chegar. Disse ao nosso executivo :

– O senhor pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.

O administrador pensou consigo: “ele deverá gastar uma semana com essa tarefa”.

Ledo engano.

No dia seguinte o nosso executivo já tinha distribuído o esterco por toda a área.

O administrador então lhe deu a seguinte tarefa, abater 500 galinhas com uma faca. Essa foi fácil! Em menos de 3 horas já estavam todas prontas para serem depenadas. E lá foi o executivo pedir uma nova tarefa.

O administrador então lhe disse :

– Estamos iniciando a colheita de laranjas. Quero que o senhor vá ao laranjal levando três cestos para distribuir as laranjas por tamanho. Pequenas, médias e grandes.

No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não retornou. Preocupado, o administrador se dirigiu ao laranjal.

Viu o nosso executivo com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, falando sozinho:

– Esta é grande. Não, é média. Ou será pequena???
– Esta é pequena. Não, é grande. Ou será média???
– Esta é média. Não, é pequena. Ou será grande???

=============================================

MORAL DA HISTÓRIA:

Espalhar merda e cortar cabeças é fácil.

O DIFÍCIL É TOMAR DECISÕES!

=============================================

Diagnosticando e resolvendo problemas

Eis um trecho de um livro antigo que tenho empoeirando nas prateleiras lá de casa desde 1996 (sim, eu também possuo um pouco de literatura além daquela armazenada nas catacumbas de meu computador), cujo nome é “Como não enlouquecer com seu computador…” de autoria de um pseudononímico Bob Charles.

O capítulo em questão é “Diagnosticando e resolvendo problemas em seu computador”:

Problemas no computador podem ser causados por software, hardware, incompetência do operador ou fenômenos poltergeist nas imediações (para os céticos que não acreditam em poltergeist, estes fenômenos também podem ser chamados de flutuações quânticas no spin iônico dos quarks reticentes).

(…)

Utilizando os programas utilitários fornecidos com o sistema, você mesmo poderá perder diversas horas tentando (em vão) entender o que está acontecendo de errado.

Meu conselho: seja sensato. Sua máquina e os programas que a assombram foram projetados e criados por profissionais experientes, usando a mais avançada tecnologia disponível. Foram desenvolvidos para causar encrencas sérias, e não um probleminha qualquer que você possa resolver com uma chave de fenda. Por isso, EM CASO DE DEFEITO, CHAME UM TÉCNICO.

Assim como os médicos, eles também não têm a menor idéia do que está acontecendo ou do que eles estão fazendo com sua máquina. O importante é que os técnicos, assim como os médicos, receberam um extenso treinamento no sentido de fazer com que você se sinta SEGURO. Por exemplo:

– Técnicos falam coisas incompreensíveis, de preferência rápido, incluindo diversas siglas nas frases.

– Eles falam muitas besteiras, mas o ar de autoridade com que pronunciam as palavras dá grande ar de verdade a estas besteiras.

– Conhecem diversos procedimentos de emergência que podem salvar seus preciosos dados, assim como, por exemplo, reformatar o disco rígido (do qual você, é claro, não fez cópia de segurança); os técnicos não sabem bem quando usar um determinado procedimento de emergência ou outro, mas possuem pensamento positivo e acreditam piamente que mexendo aqui e ali diversas vezes ao acaso o defeito acabará ficando de saco cheio e indo procurar outra máquina na qual se instalar.

– Na dúvida entre pensar e usar o bom senso, pois às vezes um problema aparentemente complicado tem uma solução simples, ou trocar um monte de peças e componentes sem saber por quê, os técnicos escolhem a segunda opção. Claro, pensar irá custar para eles, enquanto que a conta das peças trocadas é toda sua!

A seguir estão listados alguns dos problemas mais comuns que o usuário costuma encontrar em seu computador, bem como sugestões para lidar com eles.

– Caso seu computador, o vídeo ou a impressora apresente algum defeito intermitente, experimente dar pequenas pancadas na unidade, aleatoriamente. Esses defeitos muitas vezes são causados por bytes extraviados que estão obstruindo os canais de dados; bater suavemente na máquina muitas vezes faz com que esses bytes desobstruam os canais, solucionando o problema.

– Um congestionamento no tráfico de fornecimento de dados causa queima em seletores, chips e bobinas, aumentando a tensão difásica na porta A20 dos retentores secundários. É necessário levar a máquina para que um técnico especializado faça uma vistoria e chegue à conclusão que deu um xabu grande demais e aconselhe você a comprar uma máquina nova.

– Caso o problema na porta A20 seja um keyboard controller/gate A20 error, isso significa que há um erro no barramento de endereçamento sequencial do acesso principal à porta lógica do chip de leitura ótica da matriz digital de decodificação do teclado. Esse erro nunca é causado por problemas no teclado. Chame o Dr. Spock e verifique a tensão difásica na porta A20 dos retentores secundários.

– Após alguns meses de uso por um usuário pesado o teclado fica “cansado” e não suporta a carga que lhe é exigida. Você bate numa letra e sai outra, ou por mais que bata não há reação. O melhor a fazer geralmente é levar o teclado para um SPA e esperar que ele relaxe e volte a funcionar normalmente.

– Vídeo “cansado” – o tempo de uso em um computador normal é de quatro horas diárias. Deixe repousar por algum tempo antes de voltar a usar. Além disso, você não acha que quatro horas na frente da máquina já bastam? Você já viu o sol que está fazendo lá fora?

– Problemas relativos á falta de padrão nas peças, como naqueles kits de plástico para montar aviõezinhos, em que nada encaixa direito, o que encaixa não funciona e as raríssimas coisas que acidentalmente encaixam e estão funcionando não fazem nada do que você esperava. Minha sugestão: esqueça o assunto e vá ler jornal.

– Cabeça de drive “cansada” pelo excesso de uso não consegue filtrar os bytes do disco corretamente. Mande para o mesmo SPA frequentado por seu teclado.

– Fungos que surgem em locais próximos à praia se espalham entre diversos computadores, contaminando programas. Se você mora em locais onde não há praias, seu problema é um pouco diferente: fungos que surgem em locais poluídos e distantes da praia se espalham entre diversos computadores, contaminando programas. Em ambos os casos, esse problema é simples de resolver: lave os disquetes com detergente, esfregue bem com palha de aço, para restaurar a indutância magnética dos íons, e deixe secar ao sol. Não use ferro de passar.

(…)

– Em máquinas de fax, há uma tendência de ocorrência de vibrações no sistema ótico, parado pela falta de filtragem. Nesse caso, em geral um alinhamento do campo reversor no sistema criogênico secundário que alimenta o feixe de laser de argônio resolve o problema. Qualquer pessoa munida de um chave de fenda, um pouco de paciência e um analisador de espectro ótico de 24 canais é capaz de realizar esse ajuste.

Mensagens de fé

Que atire a primeira caixinha de som aquele que nunca recebeu uma apresentação ou show de slides com aquelas mensagens “pra cima” e aquela musiquinha de fundo “pra baixo”…

Com o ácido bom humor que lhe é peculiar, não é que lá no Ao Mirante, Nélson até mesmo essa peculiaridade mensagística também foi descascada? Segundo ele, o post foi “Para que seja experimentada toda a profundidade deste blog. Alugamos escafandro, derreal a hora.”

Um exemplo:

E também:

Outras mais direto lá no site/blog/portal dele…

Essa onda de bafômetro…

É incrível a capacidade do povo brasileiro de conseguir sempre rir da própria “desgraça”…

Essa estória peguei numa lista de discussão da qual participo:

Relato

Outro dia fui com meu Opala a uma despedida de solteiro de um grande amigo meu numa chácara afastada da cidade.

Caixas e mais caixas de cerveja… Isso sem contar os destilados… Whisky, cachaça, etc… Tava bão demais sô!

Quando voltava para casa, pra minha infelicidade, passei por uma blitz da PM à entrada da cidade… Não deu outra… Fui “premiado”!

Estava num estado tão lastimável, que quase caí ao sair de dentro do carro… Mal conseguia andar…

Fora do carro, exatamente no instante em que os policiais me pediram para soprar no bafômetro, do outro lado da estrada um caminhão se envolve numa colisão e espalha toda sua carga pela rodovia! Foi minha sorte!

Os policiais me liberaram e me dispensaram para poder atender o acidente.

Saí de lá rapidinho (dentro do possível! hic)… Todo pimpão! Todo contente! Era meu dia de sorte!!!

No dia seguinte, logo cedo, umas 10 da manhã, minha mãe me acorda e pergunta:

– Filho, escuta, você sabe me dizer o que faz um carro da Polícia Militar dentro da nossa garagem?

Pronto.

Lá se foi minha sorte…

Emenda à Inicial: Segundo Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Cana dá álcool, álcool dá cana.”