Star Wars

Meu tempo livre tem sido meio escasso e às vezes não consigo colocar aqui alguns recentes acontecimentos interessantes. Mas antes que vire “notícia velha” permitam-me falar um pouco sober a exposição Star Wars que ainda está acontecendo lá no Parque Ibirapuera, em São Paulo (sim, a capital).

Não preciso nem dizer que sou fã de carteirinha dos filmes de Guerra nas Estrelas, certo? Mas o mais legal é que meu filhote mais velho TAMBÉM é. E não, não tive nenhuma influência nisso – ele simplesmente gosta e ponto.

Assim, em plena sexta-feira nesse último feriado – aliás, último DO ANO, diga-se de passagem (o próximo é o Natal) – toda a tropinha foi para São Paulo. Coisa de mais ou menos uma hora de casa. Deixamos o carro num estacionamento perto do Terminal Rodoviário do Tietê e pegamos o metrô. Ali mesmo já começou a “aventura”.

É que a tropinha (quatro, seis e nove anos, lembram?) NUNCA tinha andado de metrô. Olha, pra resumir, foi uma diversão só! Meus japonesinhos abriram cada olho DESTE TAMANHO ao se enfiarem debaixo da terra naquele “trem super rápido”…

Do ponto mais próximo pegamos um táxi (não, eles também nunca tinham andado de táxi – mas o metrô foi mais divertido) e fomos para a exposição no Parque Ibirapuera.

Pra quem resolveu morrer com trinta contos e não é fã, deve ter achado até bem fraquinha. Num passo rápido em aproximadamente quinze minutos dá para ver as cerca de 200 peças da exposição, entre desenhos, roupas, miniaturas, armas, robôs e até mesmo três naves em tamanho real.

Já pra quem é fã… Bem, ficamos mais de uma hora lá dentro!

A criançada adorou!

Tá, eu também…

E, ao final do “evento”, um parque inteiro à disposição para correr e se divertir…


Um dos soldados imperiais (tinha um “de verdade” andando por lá também).


Darth Vader – o vilão/herói dos filmes…


Não podia faltar uma fotinho ao lado do C3PO – o R2D2 ficou com vergonha e se escondeu ali atrás...


Mestre Yoda.


Um dos esboços originais do R2D2.


E um pouco de ar livre após tudo isso!

Rio das Cobras

E eis que neste final de semana fomos parar no sítio do avô de uma amiga, a uma meia hora de carro do Centro de São José. Apesar de não saber exatamente onde era, fui reconhecendo todo o caminho que fizemos – por onde passei muito no decorrer de minha infância. No final das contas a casa ficava numa antiga estradinha que eu tinha por referência ser o caminho que levava ao Rio das Cobras.

Churrasquinho daqui, cervejinha dali, na beira da represa, um dia lindo e todos foram dar uma volta pelas imediações – menos o vagaba do Jamanta que vos escreve, é lógico.

Passearam bastante – enquanto fiquei pilotando a churrasqueira – e voltaram meio que cansados. Menos as crianças, óbvio! Cinco moleques ao todo. Meus três filhotes, o filho dessa nossa amiga, mais o filho de seu namorado. As idades variando entre quatro (meu caçula) e nove anos (meu mais velho).

E eu ali, na varanda, cuidando de alguns bifes na grelha e justamente o caçula resolve subir um barranco que fica do lado da casa.

– Onde você vai, filhote?

– Vou falar com a mamãe.

– Mas a mamãe não está aí não. Está lá dentro. É melhor descer, tá bom?

– Ah, tá. Vou dar a volta, então.

E lá se foi ele com seu passinho lépido, segurando uma pequena vara – provavelmente uma espada em sua cabecinha infantil. De repente parou.

– Paiê! Olha só! Uma cobra!

– Hm?

Fui ver. A uns vinte centímetros de distância, bem em seu inevitável caminho, despontava o corpo de uma cobra de uns 40cm, talvez meio metro, descendo pelo barranco. Até com certa tranquilidade fui ali do lado, peguei o pequerrucho no colo e chamei as outras crianças para ver a “cobrinha”.

Nesse meio tempo ela assumiu a posição de bote. Aí deu pra ver bem sua cabeça triangular (característica de cobras venenosas) e recomendei distância a todas as crianças, ainda assim explicando o que era uma cobra, o que comia, o que ela devereia estar fazendo por ali, etc.

– Paiê, que barulhinho é esse?

– Hein? Ah, é o guizo na ponta do rabinho da cobra.

Era uma cascavel.

Bem, resumo da ópera: a Dona Patroa queria que o bichinho fosse sumariamente executado. Munido mais de consciência ecológica que de bom senso propriamente dito, eu e o eterno amigo e copoanheiro Evandro resolvemos remover o ofídio das proximidades da casa. Aliás foi dele a excelente idéia de arranjar um pedaço de cano, para onde conseguimos conduzir a danada – ainda que sob veementes protestos e botes nos pedaços de pau que usamos na tarefa.

E assim ela foi atirada a uma distância bem segura da casa.

Só depois é que caiu a ficha.

Se não fosse a tagarelice e o senso de curiosidade do pequenino, ele poderia ter sido facilmente picado por aquela cascavel – eu disse cascavel – sendo que estávamos a quilômetros e quilômetros de qualquer centro urbano e da possibilidade de eventual ajuda.

E depois os ateus da vida vêm me dizer que “Deus é uma ficção”?

Pro inferno todos eles!

Deus não só existe, como ainda estava sentado ali do ladinho da cobra e ainda deve ter dado uma cutucada (talvez com uma piscadela) para que o filhote parasse e observasse a cascavel, talvez já sabendo que sua primeira reação seria me chamar para explicar o que era aquilo.

Daí o porquê prefiro deixar as religiões de lado e ficar num constante bate-papo direto com o Homem! Que, aliás, é bom de prosa. Basta saber escutar…

Valeu Deus!

Dando um tempinho

Dois dias.

Vá lá, três.

Saio hoje para um curso in Terra Brasilis e volto sexta, à noitinha. A exemplo do último, se possível, mandarei atualizações. Caso contrário, depois nos falamos.

O porquê de situar o post nessa categoria abaixo? É que apesar de, no dia-a-dia, nem ficar tanto em cima das crias, já estou morrendo de saudades…

E olha que nem saí daqui ainda!

Nove

Treze de maio de 1.999.

Exatamente às 13h02min.

Nove anos.

Pensei que iria ter tanta, mas tanta, mas TANTA coisa para falar aqui e – vejam só! – faltam-me palavras, minha voz se torna embargada, meus olhos marejam.

Onde está aquele bebê? Quem é esse adulto em miniatura que discute temas de igual para igual comigo? Quando foi que ele cresceu tanto? Onde eu estava que não percebi isso direito?

Isso assusta.

Mas também comove.

Parabéns ao primogênito.

Feliz aniversário, filho.

Feliz aniversário, Kevin!

Perigoso meliante

Direto do blog da amiga virtual Cláudia:

Minha amiga tem um amigo cujo pai já está mais que gagá. Eles moram no interior e todo o bairro já o conhece e sabe que ele se perde, então quando um vizinho o vê sozinho na rua, trata logo de recolher e levar de volta pra casa.

Um dia, um policial o encontrou, levou para a delegacia e de lá ligou para o filho ir buscá-lo.

O filho chega na delegacia e encontra o pai sentado na cadeira, cabisbaixo. Ele chama pelo pai que, ao ouvir a voz do filho, levanta a cabeça e olha pra ele surpreso:

– ô, meu filho! pegaram ocê também????

* A categoria escolhida é essa mesmo – é que nossos “velhinhos” muitas vezes podem dar MUITO mais trabalho que nossas crianças…

Software Livre: tá no sangue!

E ontem à noite o filhote mais velho, do alto de seus oito anos, tinha como missão fazer uma busca na Internet para buscar a definição de determinada palavra passada pela psôra: “preconceito”.

Liga computador, escolhe perfil de usuário, muda cabo de conexão (casa de ferreiro, espeto de pau), reativa o modem, conecta, entra no Google. Tudo sozinho. Faz a busca. Uma das primeiras de cinco quintilhões de opções: Wikipedia.

– Ah, pai, legal! Desse aqui eu gosto! Tem bastante coisa e na maior parte das vezes eu consigo entender tudinho!

Orgulho do pai…