Artesanato, escola e reciclagem. Isso funciona mesmo?

Quem é pai e mãe de criança sabe: datas comemorativas e aula de artes andam sendo constantemente acompanhadas de pedidos para que os pais separem caixas e embalagens para as crianças fazerem ARTE. Pais que somos, sempre elogiamos o esforço dos filhos e recebemos com alegria e carinho aquele presente.

Mas sendo racionais, temos que admitir que apesar do carinho e do esforço de nossos filhos queridos, a maioria destes presentes acabam não sendo aproveitados ou utilizados e alguns vão, cedo ou tarde, invariavelmente para o lixo.

Somado a isso, é comum as escolas solicitarem materiais e embalagens para reaproveitamento sem aviso prévio e com uma certa urgência. E aí vem a pergunta: quando você não tem a embalagem de iogurte, por exemplo, você deixa de enviar, pede pra vizinha, ou corre no mercado e compra a embalagem para mandar para a escola?

A intenção da escola, claro, é incentivar e ensinar as crianças (e as famílias) a inserir a reciclagem e o reaproveitamento nas nossas rotinas e nos hábitos das crianças. A intenção é indiscutivelmente a melhor possível. Mas a gente precisa aplicar todo o nosso bom senso (e as escolas também e principalmente) e pensar que a partir do momento que precisamos comprar o iogurte (vamos continuar no nosso exemplo do iogurte) para enviar a embalagem para a escola, a reciclagem não só perde o sentido como inverte já que temos que consumir para reciclar (oi?). Fora que no caso do nosso exemplo ( o iogurte), para “descartar”um potinho para a arte da escola, normalmente, se compra SEIS!

Ecologicamente, me pergunto sempre, se além de tudo isso, essa arte não prejudica a reciclagem destas embalagens. Tinta, cola, mistura de materiais…. será que essa atitude não é , de certa forma, ilusória, mas também realmente prejudicial ao meio ambiente?

Então, o que nós devemos fazer?

Vejo que mais uma vez, todos nós temos que fazer a nossa parte. A escola precisa se colocar à frente nesta tarefa. Principalmente, porque é ela que solicita o material e planeja a atividade. Este planejamento precisa ser feito com antecedência para que a família possa ter tempo hábil para consumir determinadas embalagens. Por exemplo, nós aqui na minha casa, não somos muito de tomar leite, portanto, uma caixa de leite, duuuuuura. Precisamos de tempo para esvaziá-la. Ou então, preciso de tempo para conseguir com alguém a referida embalagem, que também precisa de algum tempo para esvaziar a mesma. Na minha cabeça de leiga em educação escolar, eu penso que a escola precisa se colocar à frente pelo simples fato de que ela está educando para o futuro. Sendo assim, não posso aceitar que a escola se comporte com o pé no passado. Para isso, é fundamental o planejamento por parte da escola. A escola precisa pedir aos professores de artes um planejamento das atividades que exijam materiais visando a reciclagem. Só assim poderemos garantir que estamos realmente agindo e educando em prol do meio ambiente. Outra coisa importante é a finalidade da arte-embalagem.

Primeira coisa neste quesito: a arte precisa ser bonita. E aí, que me desculpem os professores de artes, mas é difícil achar um trabalho que de fato nos surpreenda. Chego a me perguntar em que aquele trabalho está educando. Porque às vezes são rabiscos aleatórios que parecem não ter tido nenhuma orientação. Tudo bem, eu sou a favor da liberdade de expressão, ainda mais das crianças mas um presente não é um momento de colocar em prática para os pais vem o sendo trabalhado pela criança? Porque de certa forma, também para diminuir a chance de ver essa arte ir para o lixo com o tempo, é importante que seja bonita. Vamos falar a verdade, coisas feias viram lixo, muito rápido. Fazer por fazer sempre, não dá.

E esperar que os pais critiquem ou dizer que ninguém nunca reclamou, é inaceitável (escolas adoram falar isso: ninguém reclamou….). Tô prá ver nascer um pai ou mãe que chegue na escola para dizer: olha, aquele presente do meu filho foi muito feio e joguei no lixo porque além de tudo, não serve pra nada! E eu que sou sincera em grau avançado não consigo fazer isso. Imagine os pais mais reservados…

Puxando o gancho, é bom que o tal presente seja útil. Não é fundamental mas…. terá duas vezes mais valor.

Resumindo, a primeira preocupação da escola: tempo.

Segundo, planejamento.

Terceiro, beleza.

Quarto: utilidade.

Isso tudo porque, uma vez que essas coisas forem para o lixo, elas raramente serão recicladas porque estão totalmente misturadas a outros produtos como colas e tintas.

Agora, e a nossa parte como família ?

Precisamos cobrar e questionar da escola uma postura mais condizente com a educação para o futuro. Se a escola pede um material que não temos, precisamos perguntar qual o tempo temos para enviar. Questionar o planejamento da tarefa: quais as tarefas, no decorrer do ano, que vão precisar deste tipo de material? Com que antecedência esses materiais serão pedidos?

Feito isso, vamos à nossa casa. Como agir quando não temos o material? Compramos? Náo! Isso não tem sentido. Estaremos gerando lixo para reciclar? Isso não faz sentido. Precisamos sim, dar destino a itens que de fato estamos consumindo.

Mas aí, e os filhos? Ficam sem fazer a atividade? Neste ponto, precisamos voltar à escola. E conversar com eles para dizer que não temos determinado material ou que não conseguiremos o mesmo a tempo da atividade e que queremos saber o que será feito com as crianças que estão nesta situação. Temos material alternativo? Nada será feito? Enfim…esses questionamentos são importantes para que não sejamos passivos com a educação dos nosos filhos para a sustentabilidade.

Eu vejo esta postura como fundamental para mostrar à escola nosso desejo, nossa determinação, nosso empenho e comprometimento, e nossa postura ativa, questionadora e em busca do aprimoramento do comportamento da família e da escola para plantar as sementes da sustentabilidade e não da ilusão.

E por aulas de arte que nos surpreendam!

Ana Cláudia Bessa

Erik

Erik Masayukhi Miura Andrade.

Há exatos onze anos, às 20h46min do dia 20 de dezembro de 2001, com 3,010kg e 48cm, você chegou.

De todos você foi o mais gordinho (não, não se preocupe, não vou colocar “aquela” foto…) e o que mais participou das reinações de seu irmão mais velho.

Quando menor você sempre foi de riso fácil – na verdade, um verdadeiro saquinho de risadas! – não precisava muito para lhe arrancar uma gargalhada!

Bastava chamar seu nome e você já sorria…

Aliás, se olharmos para trás é curioso ver como os mesmos amiguinhos de tantos anos continuam na sua vida até hoje.

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E assim você foi crescendo, sempre cercado de amor e dedicação – o que não te fazia menos lambeta do que já é!

E que também, é lógico, fazia suas próprias reinações!

Mas é curioso como agora, nessa sua pré-adolescência, você ficou mais sério. Mais rapazinho. Mas circunspecto. Não que não seja feliz ou não se divirta. Mas parece que você gosta um tanto desse seu “ar intelectual”…

Apesar de tudo, continua lá dentro sendo a criança maravilhosa que sempre foi. Basta saber qual botão apertar que aquele seu sorriso gostoso, aquela risada fácil estão sempre por ali só esperando pra sair!

Enfim, meu filho. Hoje é seu aniversário. Te amo – e muito. É impossível mensurar esse tipo de sentimento. Mas se o fosse, saiba que, literalmente, quebraria as escalas.

Parabéns!

Profecia atemporal

Cadê a boa e velha ingenuidade dessa criançada?

Roubartilhei esse causo lá do Cacá…

Diálogo da mamãe com a filhota:

Filhota: o que é uma profecia?

Mamãe: é quando a pessoa consegue prever o que vai acontecer ainda.

F: como assim?

M: por exemplo, a pessoa vai e diz “amanhã vai chover”.

F: mas isso é o repórter do tempo.

#semmais

Botão certo

Num proseio trabalhístico com uma das meninas lá do serviço, eis que vejo sobre sua mesa (a dela, não a sua) um livro com o sugestivo nome: “A Vida do Bebê”.

Ora, qual seria sua análise (a sua, não a dela)?

Bem, de minha parte é lógico que, linguarudo do jeito que sou, não pude me conter:

– Bebês, bebês mesmo têm a vida pautada em comer, beber, cagar, mijar, chorar e dormir!

Nesse momento me veio a pérola bacal, digo, cabal, de quem transitava ali do meu lado:

– É. E daí aperta o botão de randômico…

Banho de Sol

Linda foto, não?

Esta é a Yuki, flagrada num momento de intimidade em pleno banho de sol!

O paparazzi da vez foi meu filhote do meio, Erik (do alto de seus dez anos) – que não só teve a idéia da foto, como também escolheu o ângulo pelo efeito natural…

Clique na imagem para ampliar!

Quem fala o que quer…

E eis que, pouco antes do almoço, o caçulinha, do alto de seus oito anos, deu início a uma de suas habituais tagarelices. Desta vez teve como alvo os super-heróis…

E lá foi ele, morro abaixo, falando sobre suas conclusões, sobre o que achava de cada um, descrevendo com detalhes alguns deles, seus superpoderes e como eles fariam nesta ou naquela situação. Mas eis que ele me arremata da seguinte maneira:

– Mas isso é só de mentirinha, né pai? Pois na realidade não existem superpoderes!

– Como não? Lógico que existem!

– Eu tô dizendo no mundo real, com pessoas de verdade…

– Então! Tá cheio de superpoderes por aí! Basta procurar. E quem não tiver, de repente arranja algum…

Nesse ponto a Dona Patroa resolveu intervir e, meio que fazendo uma ponte da fantasia para a realidade, perguntou-lhe:

– E qual seria o superpoder de seu pai?

E ele, sem titubear:

– Ser sacana!

( Acho que vou parar de deixar ele assistir House à noite… )