Made In Dependente Brasil

O CD “Made In Dependente Brasil – O melhor da música independente” foi lançado em 1994 e a cópia à qual tive acesso pertence à coleção particular do Joeci, que – com lágrimas de preocupação pairando nos olhos – emprestou-me por alguns dias.

O CD tem excelentes músicas de Juraíldes da Cruz, Dércio Marques, Paulinho Pedra Azul, Elomar, Rubinho do Vale, Adauto Oliveira, Sérgio Souto, Nilson Chaves, Henrique Abreu, João Omar, Dilson Pinheiro, Nonato Luiz, Xangai, Eudes Fraga, Saulo Laranjeira e Amaro Penna.

Sua característica inovadora (pra época) e underground foi demonstrada pelo trecho a seguir, que faz parte de seu encarte:

MACOJÉQUISSON?! EU, HÉIN?!

Os senhores da guerra e os senhores do dinheiro; prostituição, analfabetismo, Nações Unidas, Militares e Diplomatas das grandes potências; o sonho de desmobilização dos exércitos e a noite eterna da indústria bélica; MITOS e MOTES do Primeiro ao Quinto Mundo, com o silêncio do Segundo e a neutralidade do Quarto; Falência absoluta do Sistema de Radiofusão (?) no Brasil. O poder da mídia, a submissão da mídia, a canalhice da mídia, o entreguismo da mídia, a prepotência da mídia, os crimes da mídia, a mediocridade da mídia, enfim, a burrice da mídia que entrega o ouro da sensibilidade musical brasileira de bandeja para os bandidos nacionais e estrangeiros, e sai caminhando sobre as cabeças e os avisões. Diabéisso?

Tem muita originalidade, sabedoria e sensibilidade escondidas pelas curvas musicais desse país afora, que é preciso botar no ar. E a criação desses artistas será muito mais da alma popular quando ao povo for dada a oportunidade de ouvi-los através das centenas de emissoras desse imenso Brasil. A própria resposta popular ajustará ainda mais a sintonia desses cantadores com as expectativas dos seus ouvintes. (Eu, brasileiro, sinto-me um estrangeiro por aqui, de tanto ouvir lixo barulhento gritado em péssimo inglês nas nossas americanalhadas emissoras). Por isso escrevo assim, sem pé nem cabeça. Como já disse D. Helder Câmara: “Precisamos acabar com a miséria, no Brasil, até o ano 2.000”. Podemos acrescentar, especialmente para o radialista brasileiro: Daqui até o reveillon de 31 de dezembro de 1999, precisamos acabar com o colonialismo radiofônico (de fora e de dentro!) que envergonha a profissão, deixa o cérebro fora do ar e posiciona as nossas bundas no rumo de Manhatan.

Com o elenco reunido neste disco cria-se mais um instrumento de cultura e educação, mais um intercâmbio entre público e artistas de vários Estados brasileiros. E, obviamente, mais uma chance para o radialista brasileiro se… tocar.

E se for necessária uma revolução cultural, uai, sô, vamos lá: é bom que dói, explode corações, não derrama sangue e acaba com essa nossa miséria mental. Não pretendemos, com certeza, que os nossos filhos sejam produtos desse meio.

Vamos ao disco. Poetas e emocionados.

Odilon Camargo

Mais software livre nos Tribunais

TJ implantará Juizado Virtual

Publicado em 27 de Setembro de 2006 às 16h02 no clipping da Síntese Publicações

O Tribunal de Justiça do Estado de Roraima lança hoje (27.09) às 15 horas, no Fórum Advogado Sobral Pinto, a primeira fase do programa “Justiça sem papel” ou Juizado Virtual, voltado neste módulo, para a área cível.

A medida visa dar um passo significativo para a agilização e barateamento da tramitação processual.

Como parte da programação acontecerão duas palestras. A primeira será ministrada pelo Juiz Luiz Otávio, assessor da presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins, com o tema ‘o ingresso do magistrado no mundo virtual’. A segunda palestra será feita pelo Juiz Sérgio Tejada, Secretário e Juiz Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, com o tema ‘Juizado Virtual – uma meta do CNJ’. Na oportunidade será firmado um convênio de cooperação técnica, entre o TJRR e o Conselho Nacional de Justiça.

Para o Desembargador Mauro Campello, presidente do TJRR, dentre as diversas iniciativas da atual Administração, ressalta-se a de modernização para agilizar a prestação jurisdicional. “O processo de modernização se efetivará com a implantação do modelo de processo eletrônico nos Juizados Especiais Cíveis, que, com certeza, se expandirá por todo o Judiciário, alcançando, inclusive a fase recursal nas instâncias superiores e as Varas cujos procedimentos são complexos” afirmou Campello.

A experiência foi trazida do Tribunal Regional Federal da 5ª Região onde o mesmo já funciona. O TRF5 cedeu para TJ de Roraima o programa que operacionaliza o Juizado e a empresa que o desenvolveu, a Infofox, enviou um técnico, em julho passado, para apresentar o sistema aos servidores e magistrados e efetuar as mudanças e adaptações para atender as necessidades do judiciário local.

O Juizado Virtual trabalhará com ferramentas como internet, e-mail, scanner, fotografia digital, áudio e vídeo. Os juizados que já disponibilizam de gravação de audiências em áudio e vídeo, terão como adicionar as gravações ao “processo virtual” facilitando o trabalho das partes (advogados, defensores e Ministério Público) dos servidores e magistrados.

O Diretor de informática do TJRR, Pedro Vieira, afirmou que o programa adotado funciona com ferramentas de software livre, ou seja, o Tribunal não precisará gastar com licenças. “Temos em nossos quadros profissionais de informática que trabalham muito bem com essas ferramentas, de forma que não necessitaremos contratar empresas especializadas para manutenção do sistema”, frisou.

Como funciona

Os advogados, defensores e promotores de Justiça vão poder tramitar todo o processo através da Intranet do Tribunal de Justiça. O próprio advogado ajuizará o processo, procederá a distribuição, poderá mandar a sua petição por e-mail ou sistema, se não dispuser de computador e internet poderá se dirigir até a Central de Atendimento e Distribuição dos Juizados, onde lhe serão disponibilizados computadores e scanners.

No cartório o servidor estará apenas esperando a entrada do processo no sistema, fará a tramitação, enviará ao magistrado que poderá despachar ou sentenciar de acordo com o seu convencimento.

Poderão ser anexados ao processo vários tipos de formatos de documentos como /word/, PDF, fotos, vídeos, MP3. Qualquer tipo de mídia é suportado pelo sistema.

Segurança

Para ter acesso ao sistema os advogados, defensores, promotores de justiça e/ou a pessoa física que protocolizar a petição inicial fará um cadastro e gerará uma senha pessoal, assinando um termo de responsabilidade por ela. Assim somente essa pessoa terá acesso aos seus processos.

O programa também dispõe de mecanismos de criptografia, protegendo assim os andamentos mais importantes do processo virtual.

Fonte: Tribunal de Justiça de Roraima

Barcamp no Brasil

Eu, que costumo ser defensor do software livre, e principalmente do compartilhamento de conhecimento, lamento não ter ido no primeiro Barcamp no Brasil. Mas o amigo e copoanheiro Bicarato foi e tem notícias fresquíssimas dessa desconferência marcada por um super hiper ultra mega blaster plus espírito colaborativo de seus participantes. Só pra se ter uma idéia, segue uma palhinha do excelente texto:

“Mas rolou de tudo um pouco, como era a proposta inicial: mídia social, jornalismo colaborativo, web standards, desenvolvimento para web, licenciamento de conteúdo e produção artística, web design, blogs, gerenciadores de conteúdo, gestão de projetos, hype da web 2.0, comunidades online, código livre, web semântica, drupal, arquitetura da informação, microformatos, usabilidade, RSS, wikis, inclusão digital, disseminação da cultura digital, redes sociais, laptop de US$ 100, ensino a distância, P2P.”

A matéria completa vocês encontram lá no site do Bica: http://www.alfarrabio.org.

Divirtam-se!

Software livre nos Tribunais

CNJ lança sistema de processo virtual em software livre

Publicado em 8 de Setembro de 2006 às 13h54 no clipping da Síntese Publicações

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça promovem nos próximos dias 14 e 15, em Goiânia, o Encontro Nacional de Informatização. O evento marcará a entrega, aos tribunais, do Sistema de Processo Eletrônico desenvolvido pelo CNJ. Este sistema, desenvolvido em software livre, poderá ser usado por qualquer órgão do Judiciário sem nenhum custo. Durante o evento, os tribunais também poderão apresentar suas experiências na área.

O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Desembargador Jamil Macedo, que também preside a Comissão Nacional de Informatização do Colégio Permanente, explica que a intenção do encontro é integrar todos os tribunais de Justiça do país para possibilitar a criação de um banco de dados de soluções de software do Judiciário brasileiro.

Além dos tribunais e da Procuradoria Geral da República, participam do encontro o conselheiro Douglas Rodrigues, da Comissão de Informática do CNJ, e o presidente do Colégio Permanente, Desembargador José Fernandes Filho.

O CNJ ainda apresentará aos tribunais outros projetos que desenvolveu e que estão prontos para serem aplicados, como o recurso eletrônico, o banco nacional da população carcerária e as tabelas unificadas. O Conselho mostrará detalhadamente o funcionamento do processo eletrônico e fará a transferência de conhecimento sobre as regras e o sistema para os técnicos dos tribunais. Desenvolvido pelo CNJ, o sistema de processo virtual prevê a tramitação digital dos processos judiciais, dispensando o uso de papel. A mudança permite que o Judiciário ganhe maior celeridade, mais facilidade de acesso e economia, entre outras vantagens.

Ao fim do encontro, o CNJ entregará códigos-fontes para que os tribunais possam fazer as adaptações que considerarem necessárias. Os tribunais, por sua vez, também poderão apresentar suas soluções de sistemas em Tecnologia da Informação. Segundo o diretor de Informática do TJ-GO, Antônio Pires de Castro Júnior, os interessados em divulgar suas iniciativas devem seguir algumas orientações, como ter o código-fonte aberto e permitir, sem custos diretos, a utilização de cópia do software por outro TJ. “É o início de um trabalho conjunto que objetiva a modernização do Judiciário brasileiro para que as melhores práticas em Tecnologia da Informação sejam utilizadas pelos tribunais”, diz o diretor.

Fonte: Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

SL em Guarulhos

Eu já não tinha dito que não se deve usar calça social, no frio, de moto?

Bem, bem, bem… Somente pra dar um rápido sinal de vida. Ontem fui num seminário sobre software livre promovido pela Prefeitura de Guarulhos, terrinha onde nasceu uma grande amiga. MUITO bom. Tem tanta coisa pra se falar que o espaço aqui não comporta, de modo que ainda essa semana estaremos com mais um número do Ctrl-C! Aguardem…

Para deleite de vossas senhorias dêem uma olhada nesse vídeo do “Saulo Bulhosa”, que dá todas as dicas indispensáveis para participação em palestras e afins…

 
E, falando em grandes amigas, ontem – depois de longo e tenebroso inverno – eis que a Márcia (aquela do famoso tombo no elevador) deu sinal de vida! Já começou bem, pois meu filho ao atender o telefone lhe deu uma bronca: “Por que você não veio mais aqui?” Tá vendo? É a voz do povo!

E como corolário da minha ausência de ontem chegou um funcionário novo na repartição. E não é que fizeram o infeliz sair em busca de “carbono pautado”? Eu não sei o que é pior: se o fato de ele ter saído incontinenti atrás do produto ou o fato de ele TER ENCONTRADO!

Tinha que ser o Xina…

Tirinha do dia:
Desventuras de Hugo...

Linuxbrás

Quinta (manhã geladinha…)

A gente fica um tempo sem escrever e, quando tenta retomar o ritmo, se vê afogado de idéias e temas que gostaria de abordar…

Como diria Jack… bem, vocês sabem o resto.

Eu tenho uma acordo tácito com um amigo onde ele me repassa todos os suplementos de informática do jornal que assina (O Estadão). Às vezes acabam se acumulando os suplementos de algumas semanas e, quando dá, ele me traz – um dia o Nelsinho ainda vai querer uma porcentagem na assinatura… E, leitor contumaz que sou, não descarto absolutamente nada antes de ler absolutamente tudo. O porquê dessa conversa? Em função de um único termo que li num desses suplementos – o de 4 de abril, se não me engano – “Linuxbrás”.

No texto em questão, o Marcelo Taz fala acerca do fato de o governo brasileiro estar cada vez mais adotando o software livre, fazendo parte da vanguarda mundial nessa área. Porém ele externa sua preocupação de que aconteça uma espécie de “fechamento” da idéia, estatizando – e engessando – o que, a princípio, deveria ser MUITO bom. Teríamos, então, uma espécie de Linuxbrás…

Achei o artigo de uma lucidez enorme.

Na minha profissão tenho íntimo contato com órgãos públicos diversos, bem como a própria dona patroa, que atua em âmbito estadual. Em ambos os casos eu vejo uma regressão do que deveria estar crescendo de maneira benéfica. As rosas foram plantadas, sua cor e seu perfume estavam começando a se destacar, mas, como o Tropeço da família Adams, corta-se o que é belo e deixa-se a parte com espinhos.

Explico.

A característica principal do software livre é que ele é customizável, ou seja, você o altera de acordo com suas necessidades (ou do seu departamento, órgão, divisão, seja lá o que for). Isso te livra do monopólio do software proprietário (leia-se Microsoft), onde, se alguma coisa não funciona, há que se COMPRAR o complemento necessário para que atenda o desejado.

Ou seja, trabalhar com software livre parece um Paraíso, não? Mas existe, também nesse caso, uma serpente que é representada pela própria incompetência de se gerir a implantação de novos sistemas abertos. Ocorre que os usuários, tão acostumados que estão com o software proprietário, não entendem – ou aceitam – o conceito de customização. Enquanto não houver gente competente o suficiente para adaptar o software aberto para os anseios dos usuários, é certo que este estará fadado ao fracasso.

Há que se ter um pessoal de apoio que conheça o suficiente não só para implantação como também para o gerenciamento e constante adaptação dos programas, fazendo com que evoluam naturalmente até ter a “cara” do usuário. Sem esse pessoal, normalmente não se consegue fazer com que os programas funcionem a contento, gerando desconforto e reclamações constantes.

Mas já existe uma empresa, em tese Cobra na área, que está trabalhando para tentar customizar isso da melhor forma possível para o setor público. Porém mesmo os técnicos dessa empresa parecem que ainda estão engatinhando no aprendizado. Ao perdurar esse laboratório de testes, sem uma extrema profissionalização das atividades, creio que estaremos fadados, sim, a suportar uma espécie de “Linuxbrás”…

Tirinha do dia:
Deus!

The Spam Sketch

( Publicado originalmente no e-zine CTRL-C nº 03, de julho/01 )

Abaixo está transcrito o quadro de Monthy Phyton ao qual me referi. Para aqueles que já conhecem o grupo, sabem que seu humor ácido é impagável. Para aqueles que não conhecem (e eu acho que aí deve estar a grande maioria), se algum dia acharem alguma coisa em alguma locadora – e se apreciar esse tipo de humor – não tenham dúvidas em alugar. Saber que o nome “spam” que conhecemos foi inspirado nesse quadro faz bastante sentido, pois a situção retratada, além do mais puro non-sense, é um PORRE !

 
Mr. Bun: Morning.

Waitress: Morning.

Mr. Bun: Well, what you got?

Waitress: Well, there’s egg and bacon; egg, sausage and bacon; egg and spam; egg, bacon and spam; egg, bacon, sausage and spam; spam, bacon, sausage and spam; spam, egg, spam, spam, bacon and spam; spam, sausage, spam, spam, spam, bacon, spam, tomato and spam; spam, spam, spam, egg and spam; (Vikings start singing in background) spam, spam, spam, spam, spam, spam, baked beans, spam, spam, spam and spam.

Vikings: Spam, spam, spam, spam, lovely spam, lovely spam.

Waitress: (cont) or lobster thermador ecrovets with a bournaise sause, served in the purple salm Mr. Bunor with chalots and overshies, garnished with truffle pate, brandy, a fried egg on top and spam.

Mrs. Bun: Have you got anything without spam?

Waitress: Well, there’s spam, egg, sausage and spam. That’s not got much spam in it.

Mrs. Bun: I don’t want any spam!

Mr. Bun: Why can’t she have egg, bacon, spam and sausage?

Mrs. Bun: That’s got spam in it.

Mr. Bun: It hasn’t got as much spam in it as spam, egg, sausage and spam has it?

Mrs. Bun: (over Vikings starting again) Could you do me egg, bacon, spam and sausage without the spam then?

Waitress: Ech!

Mrs. Bun: What do you mean ech! I don’t like spam!

Vikings: Lovely spam, wonderful spam… etc

Waitress: Shut up! Shut up! Shut up! Bloody vikings. You can’t have egg, bacon, spam and sausage without the spam.

Mrs. Bun: I don’t like spam!

Mr. Bun: Shh dear, don’t cause a fuss. I’ll have your spam. I love it. I’m having spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, baked beans, spam, spam, spam and spam. (starts Vikings off again)

Vikings: Lovely spam, wonderful spam… etc

Waitress: Shut up! Baked beans are off.

Mr. Bun: Well, can I have her spam instead of the baked beans?

Waitress: You mean spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, and spam?

Vikings: Lovely spam, wonderful spam… etc… spam, spam, spam, spam! (in harmony).

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