B1. I – História e Evolução do Computador

A SEGUNDA GERAÇÃO (1958 – 1964)

Construídos com Transistores (inventados em 1948 nos Laboratórios Bell, EUA) utilizando a técnica do circuito impresso, eram chamados de computadores de estado sólido (pois as válvulas trabalham a base de um gás). Tornaram-se mais compactos e rápidos, além de apresentarem um menor consumo de energia e aquecerem bem menos que os da Primeira Geração.

Utilizavam como linguagem de programação as linguagens de montagem (assembly) e algumas das chamadas de alto nível, como o COBOL (Common Business Oriented Language), ALGOL e FORTRAN (Formula Translator). Começaram a ser utilizados como memória os núcleos de ferrite, a fita magnética e os tambores magnéticos.

São exemplos clássicos dessa geração o SIEMENS 2002, lançado em 1958 na Alemanha, e os IBM 1401 e IBM 7094, lançados pela IBM, que chegou a comercializar mais de dez mil unidades dessas máquinas. É dessa época também o surgimento da primeira de uma série de máquinas das quais mais tarde se originaria o primeiro minicomputador – o PDP-1 – da Digital Equipment Corporation (DEC), em 1959.

Apesar das melhorias, ainda apresentavam vários problemas, como a limitação da capacidade de dados (memória).


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B1. I – História e Evolução do Computador

O COMPUTADOR VAI À GUERRA

As máquinas existentes até então já tratavam de cálculos complexos, sendo o parque industrial formado por máquinas mecânicas e eletromecânicas, entretanto o grande salto se daria com o advento da guerra. A indústria bélica, sem dúvida, foi responsável por um grande avanço na área científica.

A Segunda Guerra Mundial acelerou os projetos de máquinas capazes de executar cálculos balísticos com rapidez e precisão. Tais cálculos eram necessários em virtude das armas utilizadas à época, que precisavam de tabelas que relacionavam o ângulo de inclinação à distância do alvo e à munição. Dessa maneira a utilização de computadores, ao invés de uma equipe com calculadoras mecânicas, seria capaz de decidir o desfecho de uma batalha.

Na Alemanha, em 1941, Konrad Zuse concluiu a primeira máquina de calcular eletromecânica que trabalhava sob o controle de um programa, o Z3, o qual infelizmente foi destruído em Berlim, durante a guerra. Era utilizado para codificar mensagens para os países do eixo. Como resposta, a Inglaterra, através de Alan Turing, criou em 1943 uma série de dez máquinas denominadas Colossus, cuja principal tarefa era justamente decifrar tais mensagens.

Com a ajuda financeira da IBM, em 1944 a equipe do professor Howard H. Aiken, da Universidade de Harvard, concluiu a maior máquina de cálculo eletromecânica jamais construída: o Mark I. Com sua tecnologia baseada em relés, possuía cerca de 760.000 peças, 800.000 m de fios, media 17 metros de comprimento por 2 metros de altura, pesando cerca de 70 toneladas, realizava uma operação de soma em 0,3 segundos, multiplicação em 0,4 segundos e divisão em cerca de 10 segundos. A entrada de dados se dava através de unidades de cartões e fitas perfuradas.

Desde então a evolução dessas máquinas de calcular programáveis – desses computadores – passou a acompanhar a própria indústria eletrônica. O número de máquinas que surgiu a partir daí tornou-se cada vez maior e sua evolução pôde então ser analisada dividindo-as em famílias ou Gerações de Computadores.

A PRIMEIRA GERAÇÃO (1942 – 1958)

Utilizava Válvulas como componente eletrônico básico. Além de grandes e pesados consumiam muita energia, causando super aquecimento em pequeno espaço de tempo, além de o processamento ser demasiado lento. Sua linguagem de programação era a linguagem de máquina e a única memória para armazenar informações eram os cartões perfurados.

Antes do primeiro computador eletrônico propriamente dito, em 1942, John Vincent Atanasoff, professor da Iowa State University, juntamente com seu colaborador Clifford Berry, ambos participantes do projeto ENIAC, construíram uma máquina eletrônica que operava em código binário, seguindo a idéia de Babbage. Deu-se à máquina o nome de ABC (Atanasoff Berry Computer), sendo esta, verdadeiramente, a primeira máquina digital de calcular.

Temos como exemplo clássico da primeira geração de computadores o E.N.I.A.C. (Electronic Numerical Interpreter And Calculator), o primeiro computador inteiramente eletrônico, projetado com finalidades militares pelo Departamento de Material de Guerra do Exército dos EUA, na Universidade da Pennsylvania em 1946. Fazia parte de um projeto desenvolvido por John von Neumann e possuía 18.000 válvulas, 500.000 conexões de solda, pesava cerca de 30 toneladas, com um volume de 111 m³ e sua velocidade de processamento era de 0,1 MIPS (Milhões de Instruções Por Segundo). Seu consumo era tão grande (100.000 a 200.000 watts) que, quando em funcionamento, a cidade de Filadélfia sofria uma grande queda na iluminação.

Desde aquela época Neumann já advertia que a maior conquista dos cientistas com os primeiros computadores seria “obter informações confiáveis de estruturas não confiáveis”…

Apesar de tudo o ENIAC não foi explorado comercialmente, devido, principalmente, às suas exageradas proporções. Outros projetos levados a cabo em 1949 foram o EDSAC (Electronic Delay Storage Automatic Computer) e o EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer), que serviram não só para aprimorar o projeto original como também para diminuir o tamanho das máquinas.

Em 1951 foram anunciados os primeiros computadores digitais capazes de armazenar programas e disponíveis comercialmente: UNIVAC I (Universal Automatic Computer), construído por John Mauchly e John Presper Eckert Junior, UNIVAC II, MANIAC I, MANIAC II, EDVAC II e IBM 701.

É dessa época, também, que foi encontrado o primeiro bug de computador. Explica-se: em 1945 um dos inúmeros operadores, Grace Hopper, encontrou um inseto (bug) morto e preso a um relê, causando assim um erro durante a execução de um programa. Desde então, quando a máquina parava de funcionar e tentava-se corrigir o problema, começou-se a dizer que se estava fazendo o debugging do computador. Mais tarde este termo foi incorporado na área de software, para indicar erros de programação…


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B1. I – História e Evolução do Computador

“Inventor é um homem que olha para o mundo em torno de si e não fica satisfeito com as coisas como elas são. Ele quer melhorar tudo o que vê e aperfeiçoar o mundo. É perseguido por uma idéia, possuído pelo espírito da invenção e não descansa enquanto não materializa seus projetos.”

Alexandre Graham Bell
Inventor

A PRÉ-HISTÓRIA

O computador é um equipamento capaz de aceitar elementos relativos a um problema, submetê-los a operações pré-determinadas e chegar ao resultado desejado. Ou seja, o computador é uma máquina cujo sistema permite realizar uma série de tarefas de maneira ordenada, objetivando a solução de um problema. Essas tarefas ordenadas, visando a obtenção de resultados específicos, constituem o Processamento de Dados.

Observe-se que Dados são os elementos inseridos no computador relativos ao problema que se deseja solucionar. Informação é o resultado obtido após o processamento destes dados.

Os computadores na forma como hoje os conhecemos são frutos de uma longa evolução, evolução esta que não necessariamente se deu de modo linear. Ora, se o computador é um instrumento utilizado para o processamento de dados, seu desenvolvimento histórico deve, pois, estar ligado diretamente à capacidade do ser humano processar dados no decorrer de sua evolução.

Isto posto, vamos a um pouco de história.

Já os antigos pastores gregos e egípcios utilizavam “pedrinhas” para controlar a quantidade de reses de seus rebanhos. Nesse primitivo método cada rês era representada por uma pedra, de modo que o pastor deveria ter tantas pedras quanto animais para um efetivo controle. As pedras utilizadas eram, em sua maioria, de calcário, denominadas “calculi”, dando assim origem à palavra cálculo.

A origem mais remota relacionada aos computadores pode ser associada à criação de um instrumento denominado Ábaco. O primeiro ábaco que se tem notícia surgiu no vale entre o rio Tigre e o Eufrates por volta do ano 3500 AC e foi um dos primeiros instrumentos criados para auxiliar o homem em seus cálculos, sendo ainda hoje utilizado em muitos países, inclusive no Brasil (o ábaco também é conhecido como Suan-Pan na China e como Soroban no Japão).

Basicamente tratava-se de uma placa de barro ou madeira com várias hastes com pequenas contas que podiam ser movimentadas fácil e rapidamente, tornando o cálculo semi-automático. O ábaco conhecido nos dias de hoje é, de modo geral, uma armação que contém contas que deslizam, semelhante ao modelo ancestral, de modo a representar os números em unidades, dezenas, centenas e milhares (parecidas com àquelas que vemos em lousas infantis).

Outro instrumento que vale ser citado é o Calculador de Movimento dos Astros da pequena ilha grega chamada Antikhera, construído provavelmente há cerca de 2000 anos.

Apesar de estranho, o ábaco, bem como a simples contagem utilizando os dez dedos, foram suficientes por um longo tempo ao ser humano, de modo que somente no século XVII as necessidades de cálculo se tornaram mais complexas, quando se deu um grande desenvolvimento da Matemática.

Certamente após o aparecimento do ábaco, as máquinas de calcular foram sendo aperfeiçoadas, no entanto pouco pode-se afirmar sobre o período que vai desde a Idade Antiga até o final da Idade Média. Marcado por guerras que encarregavam-se da destruição de antigas bibliotecas e pela monopolização do conhecimento pela Igreja, o “Obscurantismo Medieval” reservou aos historiadores de hoje muita dificuldade em encontrar material de pesquisa referente àquela época.

Por volta de 1600, novas soluções mecânicas foram surgindo para o antigo problema de calcular. John Napier (1550-1617), inventor dos logaritmos naturais, criou a Tabela de Multiplicação e Wilhelm Schickard (1592-1635) a Máquina de Calcular, capaz de desenvolver as quatro operações básicas (somar, subtrair, multiplicar e dividir).

Blaise Pascal (1623-1662), filósofo e cientista francês, criou em 1642 uma máquina baseada em engrenagens que servia somente para somar e subtrair números de até oito algarismos. Com apenas 19 anos à época, sua intenção ao inventar tal engenhoca era a de auxiliar o pai a calcular seus impostos. Essa máquina foi chamada de Pascaline (em homenagem à sua modéstia…).

Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716), matemático alemão, com base na máquina projetada por Pascal desenvolveu alguns anos depois (1694) uma máquina que, além da soma e subtração, também possibilitava multiplicar e dividir – foi esta a predecessora das máquinas de calcular mecânicas.

Thomas Colmar, mais tarde, aperfeiçoou a idéia de Leibniz, dando origem em 1820 a um instrumento chamado Aritmômetro.

No entanto todas essas “máquinas de calcular” diferem de um computador no sentido de programabilidade. Apesar de receberem dados e fornecerem informações, seu campo de atuação limitava-se a operações matemáticas simples. Um computador deve ser capaz de executar uma sequência completa de instruções fornecidos anteriormente, de modo a haver um real processamento dos dados que lhe foram transmitidos.

Joseph Marie Jacquard (1752-1834) construiu em 1801 um tear automático baseado na inserção de cartões de madeira com entalhes (perfurados) para separar fios, o que permitia controlar a confecção dos tecidos e seus desenhos. Esta pode ser considerada a primeira máquina mecânica programada efetivamente construída.

Porém o primeiro projeto desenvolvido necessariamente com essa nova preocupação, e capaz de realizar qualquer operação matemática, foi idealizada pelo matemático e engenheiro eletrônico, Charles Babbage (1792-1871) em 1833. Chamava-se Máquina Analítica e utilizava um sistema de cartões perfurados que davam instruções à máquina, também de uma maneira completamente mecânica. Esses cartões são considerados os primeiros Programas de Computador e foram escritos na sua maioria por Augusta Ada Byron (filha do poeta inglês Lord Byron; veio a tornar-se a Condessa de Lovelace após o casamento), que criou toda a lógica de programação que necessitava. Em homenagem à primeira programadora da história, deu-se o nome de ADA a uma linguagem de programação para uso científico e comercial, desenvolvida nos anos 80 pelo Departamento de Defesa americano.

Apesar de genial, a Máquina Analítica não passou de um projeto, não chegou a ser construída por não corresponder às necessidades da época, ou seja, não havia utilidade prática que justificasse o alto investimento necessário. O próprio governo inglês, por intermédio do primeiro-ministro Robert Peel, rejeitou as pesquisas de Babbage com a seguinte pergunta: “Que tal botar essa máquina para calcular quando ela mesma terá alguma utilidade?”

Entretanto a lógica criada por Babbage em seu projeto foi adotada nos modernos computadores eletrônicos, quer sejam: o dispositivo de entrada, um local de armazenamento de dados, um processador, uma unidade de controle para direcionamento de tarefas e um dispositivo de saída. Com base nessa herança é que Babbage é tido como Pai da Computação.

Necessário se faz citar, também, a contribuição de George Boole (1815-1864), matemático inglês, que em 1854 desenvolveu a Teoria da Álgebra de Boole, que permitiu a seus sucessores a representação de circuitos de comutação e o desenvolvimento da chamada Teoria dos Circuitos Lógicos (a Álgebra Booleana consiste em um sistema de regras que visam definir, simplificar ou manipular funções lógicas com base em afirmações que são verdadeiras ou falsas – AND, NOT, OR).

O mesmo princípio dos cartões perfurados empregado por Jacquard e Babbage foi também utilizado por Hermann Hollerith (1860-1929), imigrante alemão, funcionário do U.S. Census Bureaux, por volta de 1880 na construção de um sistema para o processamento de dados do censo populacional norte-americano (encomendado pelo próprio governo). O resultado demorou 7 anos para ser obtido – muito menos do que o normal – graças à Máquina de Recenseamento ou Tabuladora de Hollerith. Em 1890 Hollerith inovou o sistema, diminuindo o tempo de processamento para 2 anos.

Graças a esses esforços, Hollerith fundou em 1896 uma empresa para comercializar tais máquinas: a Tabulating Machines Company (TMC).

Entretanto Hollerith era, na realidade, melhor inventor que administrador, e acabou por vender sua empresa, em 1914, à Computing-Tabulating-Recording (CTR).

A CTR, por sua vez, era uma espécie de conglomerado organizado a partir de 1911, dirigido por Charles Flint (“The Trust King”), que abrangia três tipos de negócios: o que fabricava balanças, moedores de café e cortadores de queijo; o que fabricava relógios de ponto; e, como sua última aquisição, o que fabricava separadores mecânicos (uma espécie de máquina de tear e calculadoras).

Tom Watson foi contratado em 1914 como gerente-geral na CTR. Mais tarde, na época da Depressão, conseguiu comprar ações suficientes da empresa para dirigi-la. Em 1924 Watson mudou o nome da empresa para International Business Machine Corporation (IBM).

Começa assim a escalada ao sucesso da “Big Blues” (referência ao logotipo da IBM), que atingiria seu apogeu em meados da década de 60 e 70 e encontraria seu nêmesis na figura do microcomputador, imcompatível com a filosofia interna de mainframes (grandes computadores) da empresa. Mas estou me adiantando…

Historicamente temos, também, a presença de William Burroughs, que em 1892 inventou uma máquina que daria origem à indústria de calculadoras de escritório.


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E Guarulhos decola!

( Publicado originalmente no e-zine CTRL-C nº 05, de setembro/2005 )

Definitivamente o Município de Guarulhos resolveu decolar, alçando um vôo em escalas jamais previstas nas pistas de seu próprio aeroporto. Porém essa decolagem diz respeito à adoção do software livre no âmbito do próprio Município de Guarulhos.

Neste último dia 11 de setembro foi realizado um Seminário sobre Software Livre na Prefeitura Municipal de Guarulhos – espero que apenas o primeiro de uma série. Nas palavras dos organizadores:

“No atual contexto nacional e internacional, o Software Livre vem ocupando um espaço cada vez maior, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada. Hoje em dia, existem soluções livres de altíssima qualidade para uma quantidade muito grande de atividades, tanto em servidores de rede quanto em estações de trabalho. Cientes da importância social e econômica do software livre, a Prefeitura de Guarulhos realiza o seminário sobre Software Livre, com o objetivo de disseminar os conceitos de software livre e incentivar o seu uso na administração pública e na cidade e Guarulhos.”

E assim, através de palestras e apresentações – às quais eu tive a felicidade de estar presente – é que se desenvolveram as atividades nesse dia memorável. A seguir, algumas delas…

Elói Pietá – Prefeito Municipal

Com todo o respeito ao excelentíssimo senhor Prefeito Municipal de Guarulhos, a impressão que se tem ao conhecê-lo é que o negócio dele continua sendo a boa e velha máquina de escrever. Que o computador, na prática, ainda não faria parte de seu dia a dia. Talvez lhe falte um pouco daquela vivacidade que costuma tomar conta dos apaixonados por software livre quando defendem sua causa.

Mas não se enganem: sua percepção se demonstra aguçada ante o simples fato de ele ter depositado o voto de confiança em sua equipe para que se implante esse projeto que, ainda que não seja revolucionário, ao menos é ousado o suficiente para abalar as estruturas tradicionalíssimas de um poder público municipal.

Simplesmente não conheço nada de seu plano de governo ou das metas para sua administração, mas sei reconhecer um pessoal engajado e com competência para realizar seus planos quando decididos. E, sinceramente, lá tem uma boa turma assim.

José Luiz F. Guimarães – Secretário de Admnistração

Magro, barba suave, já um tanto grisalha, e ostentando um rabo de cavalo que faz lembrar – de longe – o Mestre Jedi vivido por Liam Neeson em Star Wars I…

Em sua abertura frisou que a política adotada pelo Município será o de uso PREFERENCIAL do software livre, o que por si só já se revela como uma boa notícia, pois demonstra que não existe – aparentemente – a intenção de se forçar o usuário à aceitação de uma nova situação, mas que o trabalho será de desenvolvimento, adaptação, persuasão e conquista desse mesmo usuário.

Frisou quatro pontos que foram decisivos para a decisão pela adoção do software livre.

Em primeiro lugar, a autonomia tecnológica. O software livre definitivamente permite ao usuário se libertar das amarras do software proprietário, de modo que ele se torna customizável para atender suas demandas específicas. Contudo, na minha opinião, há que se providenciar o treinamento e a especialização de uma boa equipe, pois sem ela um projeto desse porte estará fadado ao fracasso. Simplesmente não funciona. O usuário mediano não está interessado em programação e configuração, mas simplesmente em sentar em frente de sua máquina, fazer seus textos, elaborar suas planilhas, visitar alguns sites, encaminhar e-mails, etc.

Em segundo lugar, o compartilhamento da experiência com outros Municípios. Essa, pessoalmente, eu acho uma decisão louvável. Sou da opinião de que temos que aprender com os erros dos outros, pois não teremos tempo de cometê-los todos. Da mesma maneira que Guarulhos poderá se aproveitar da experiência de migração para o software livre já realizada em outros municípios, também assim poderão outros municípios, futuramente, sorver da experiência dessa cidade, evitando cometer eventuais equívocos que tenham ocorrido, bem como acelerando seus próprios processos de implantação face a uma experiência bem sucedida.

Em terceiro lugar, seria uma solução para a pirataria. Cumpre-me ressaltar que a pirataria não tem fim. Simples assim. Por mais que haja a preocupação com sua erradicação, a atividade bucaneira já é uma “tradição” que está total e completamente arraigada no inconsciente coletivo da comunidade. Aquele que nunca usou um software pirata que atire o primeiro disquete!

E, em quarto lugar, significaria uma redução de custos. Pelo que entendi, redução esta não só no tocante à emissão de licenças de uso, como também na própria manutenção das máquinas, uma vez que, com software ESTÁVEL, acabaria a necessidade de remessa diuturna de equipamentos à manutenção, havendo também o prolongamento da vida útil dos mesmos.

Assim, com esses parâmetros em mente decidiu-se pela adoção em escala municipal de alguma das versões da distribuição Debian, que fará conjunto com o Open Office já na implantação do software livre. Outros produtos alternativos, com o tempo, seriam também devidamente homologados para utilização.

Com essa decisão já foi possível fazer um cálculo matemático de que a economia aos cofres públicos chegaria, num primeiro momento, a cerca de R$734.000,00 por ano!

Ou seja, a meta adotada é justamente “vencer a resistência ao novo”. Entenda-se, no caso, que essa resistência dar-se-ia por parte de novos usuários, que não estariam dispostos a mudar sua maneira de trabalhar, de pensar, face a algo que não conheceriam.

Para colocar em prática esse projeto foi criado um Grupo Permanente de Software Livre, cuja sigla, GPsL, ao menos para mim, não deve ter sido elaborada com essas letras por mera coincidência…

Gustavo C. Q. Mazzariol – Metrô de São Paulo

Num primeiro momento passa a impressão de ser um mero tecnocrata que estaria ali para simplesmente nos passar números e gráficos que comprovariam o sucesso pessoal de seu gerenciamento.

Ledo engano.

Se o Metrô de São Paulo tiver 30 anos, então ele está lá há pelo menos 32… Conhece absolutamente TUDO acerca dos desdobramentos daquela obra, bem como é um dos responsáveis – senão O responsável – pela implantação do software livre no Metrô.

Em primeiro lugar fez questão de frisar que software livre é diferente de software grátis. Um software pode ser livre e não ser grátis, bem como pode ser grátis e não ser livre. Destacando-se o fato de que sendo grátis não significaria que seria um software de “segunda linha”, mas simplesmente que deveria obedecer ao conceito do copyleft.

Nesse sentido fez a explicação acerca do que seria o software livre, comparando-o com uma “receita de bolo de chocolate da vovó”… Ou seja, ela teria uma receita de bolo que seria delicioso e a compartilharia com outras pessoas, suas irmãs, filhas, etc. Elas, por sua vez, poderiam perceber que haveriam alguns itens a serem melhorados nessa receita e os acrescentariam por conta própria, e, assim o fazendo, teríamos um bolo mais saboroso, de qualidade ainda melhor que o original. E essa nova receita seria compartilhada de volta com a vovó, com as demais pessoas que já a tinham e com quem mais a quisesse. E essas outras pessoas poderiam simplesmente receber e usar a receita do jeito que estaria ou melhorá-la mais ainda, repetindo assim o ciclo e “lapidando” cada vez mais a receita.

Ora, o software livre possui exatamente esse mesmo princípio. A única obrigação que um usuário de software livre – qualquer que seja – teria, seria somente o de estar sempre compartilhando não só o próprio software, como também os melhoramentos que viesse a introduzir no mesmo. Daí o ponto que eu sempre ressalto: para uma implantação em larga escala há que se ter um pessoal técnico capacitado para poder efetuar por conta própria todas as adaptações e melhoramentos, sob o risco de se ficar eternamente preso a alguma emmpresa ou entidade que seria detentora da capacidade de realizar esse trabalho.

Destacou que para a implantação do software livre não bastaria simplesmente o argumento de corte de despesas, uma vez que é imprescindível também investir em qualidade. Não se trata de uma alternativa: ou se cortam despesas ou se investe em qualidade. Isso porque, para que se obtenha um real sucesso, NUNCA se deve abrir mão da qualidade.

Dessa maneira, numa real análise das necessidades dos usuários, fica mais fácil perceber que para determinadas situações – ainda que poucas – realmente o software livre não seria viável, de modo que um sistema híbrido é o que atenderia da melhor maneira os usuários.

Independente disso, há que se ter PERSISTÊNCIA, pois toda inovação implica, também, em mudança cultural. O usuário tradicional por excelência é dotado não só de rebeldia como extremo conservadorismo, sendo em sua maioria avesso a mudanças.

Daí a necessidade de se ter CRIATIVIDADE na crise, pois a crise seria mesmo uma oportunidade que se apresenta para implantação de novos conceitos. E essa criatividade deve ser levada em consideração em todas as situações.

Citou como exemplo a renovação do parque informático. Ao consultar um usuário tradicional se gostaria de ter um equipamento mais novo e mais potente este responderia: “Sim, é lógico!” Daí o pulo do gato: “Ok. Porém esse equipamento não virá com o MS-Office, mas com o Open Office.” Ora, se o usuário responder que assim ele não quer, ótimo. Vamos para um outro que queira. Simples assim. Que ele continue com a sua máquina antiga até que esteja disposto a mudar seus próprios conceitos.

E não é tão difícil assim, pois existe software livre para praticamente todas as situações. Citou a relação do que é usualmente utilizado por ele:

 - Sistema Operacional:       Debian Sarge
 - Interface Gráfica:         Blanes 2004
 - Suíte de Escritório:       Open Office
 - Navegador de Internet:     Firefox
 - Gerenciador de E-mail:     Thunderbird
 - Gerenciador de Arquivos:   Konqueror
 - Manipulador de Imagens:    Gimp
 - Banco de Dados:            MySQL / Postgree
 - Rede:                      Nagios

 
E quem olha e utiliza seu notebook, ainda que usuário ferrenho do MS-Windows, pode nem vir a notar a diferença…

E, dentro de sua conclusão, chamou a atenção para o fato de que o software livre não pode ser associado a ideologia, credo ou bandeira política.

Heh… Nesse sentido, pessoalmente, acho um pouco complicado, pois os próprios usuários e desenvolvedores de software livre são ferrenhos defensores de suas distribuições e aplicativos… Mas, creio eu, ele não estava se referindo à esse tipo de conduta, mas sim à vinculação do software livre, principalmente, a algum tipo de conduta política, o que certamente contaminaria os ideais necessários para sua implantação.

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Ctrl-C nº 05

( Publicado originalmente no e-zine CTRL-C nº 05, de setembro/2005 )

* NOTA: Essa foi a abertura de uma das edições de um e-zine que escrevi, de nome Ctrl-C, a qual transcrevo aqui no blog para viabilizar futuras buscas por artigos.

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   #######     ##### ####     ####         #######  Ctrl-C 05
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      Hoje não é o forte que engole o fraco.
      É o ligeiro que mata o lerdo.
                                   ( Joelmir Betting )
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Buenas.

Heh… Que tal essa? Menos que um e-zine por ano… Isso deve ser algum novo record editorial…

Pois bem. O digníssimo “www.habeasdata.com.br” morreu. Faleceu singelamente, sem que (quase) ninguém percebesse. Deixou bens, documentos, saudades e herdeiros. E o seu herdeiro direto é o “www.legal.adv.br”, um site bem mais LEGAL, tanto no sentido estrito, quanto no sentido amplo da palavra. E justamente em função desse novo site, onde mantenho um pseudo-blog, é que deixei de trazer informações mais recentes aqui para o nosso clássico Ctrl-C.

Da última vez que me manifestei neste espaço meu segundo filho estava começando a falar. Nada de novo debaixo do sol da Dinamarca, pois agora meu TERCEIRO filho é que está querendo começar a falar. Mas não se preocupem. Chega de filhos. Já contratei um bom taxidermista, mandei cortar, empalhar, e pendurei na parede, sobre uma placa com os seguintes dizeres: “Cumpriu seu dever com honra!” Ou, nas palavras de um amigo, transformei a zona industrial em área de lazer…

Continuo na Prefeitura de Jacareí, ainda na área de Licitação, Contratos e Convênios, agora já na segunda gestão. Cada dia aprendendo um pouquinho mais dessa área absurdamente prolífera em novidades. Também continuei com meus estudos genealógicos – que, atualmente, encontram-se no freezer por algum tempo. Tenho que dar uma centrada na vida.

Meus gibis – pra desespero da Dona Patroa – continuam se multiplicando, e tenho brincado um pouco mais com gravação de CDs e DVDs. As famosas “cópias para avaliação perpétua”. Ou seja, nada de diferente do resto do mundo.

Mas não é segredo nenhum que eu só retomo este espaço quando tenho alguma coisa enroscada na garganta, encalacrada em meu cérebro, querendo tomar forma e necessitando sair para o mundo real. Tenho conseguido um bom desabafo nas páginas do Legal (psicóloga pra quê?), mas percebi que o assunto que pretendo focar aqui – software livre na Administração Pública – iria tomar um espaço muito grande. Então nada melhor que gastar um pouco da paciência de vocês no bom e velho estilo Ctrl-C – Ctrl-V…

 [ ]s!                  ________________         _
                         __(=======/_=_/ ____.--'-`--.___
                                        `,--,-.___.----'
 Adauto                           .--`--'../
                                 '---._____./!

                             INFORMATION MUST BE FREE !

 
ADVERTÊNCIA:

O material aqui armazenado tem caráter exclusivamente educativo. Como já afirmei, minha intenção é apenas compartilhar conhecimentos de modo a informar e prevenir. Não compactuo nem me responsabilizo pelo uso ilegal ou indevido de qualquer informação aqui incluída. Se você tem acesso à Internet e está lendo estas linhas significa que já é grandinho o suficiente para saber que a utilização deste material visando infringir a lei será de sua própria, plena e única responsabilidade.

Você pode, inclusive com minha benção, reproduzir total ou parcialmente qualquer trecho deste e-zine. A informação tem de ser livre. Mas não se esqueça de citar, também, quem é o autor da matéria, pois ninguém aqui está a fim de abrir mão dos direitos autorais.

NESTE NÚMERO:

I. E Guarulhos decola!
II. IV. Edição Anterior

Dia da Mulher

(Terça ensolarada)

Buenas!

Eu ia originariamente escrever parabenizando as mulheres pela data de hoje… Mas, pensando bem, pra quê?

É JUSTO ter um único dia específico para lembrar a importância que o sexo feminino representa no contexto mundial? Ainda mais se esse dia foi feito para “comemorar” a data de um massacre havido no começo do século passado?

Não acho nem um pouco justo.

A chamada mulher moderna já representa tanto no dia de hoje, como nos demais 364 restantes, o poder decisório de nossa sociedade. Desde criança já começam a se preparar para vida adulta em suas brincadeiras de “casinha”; quando adolescentes atingem a maturidade sexual MUITO mais rapidamente que os meninos que as rodeiam; na vida adulta, repletas de charme, feminilidade, inteligência e perspicácia, costumam trazer os homens a seus pés; quando se tornam mães exercem o poder discricionário direcionador da vida de seus filhos, transmitindo-lhes suas experiência, anseios e expectativas; no mercado de trabalho são excelentes profissionais, detalhistas, preocupadas e com uma visão espacial enorme; e, mesmo na velhice, são as matriarcas que possuem o poder agregador ante seus parentes, em torno das quais todos se movimentam, mantendo a coesão familiar.

E nós, meninos? A única diferença com relação à infância é que nossos brinquedos ficam mais caros…

Sei que não estou sendo original, mas, creiam-me, estou sendo FRANCO. Em que pese o sexo masculino achar que o mundo gira a seu redor e segundo seus ditames, é, verdadeiramente em função do sexo feminino, essa presença subjetiva desde nossa mais tenra infância, que as engrenagens do mundo giram. Que o digam todas as heroínas e mártires que se sacrificaram por uma sociedade mais justa. E, também, todas as mulheres comuns, que, com sua presença velada, impulsionam diuturnamente nosso povo sempre avante.

Assim, um VIVA às mulheres! E que não me venham dizer que esta ou aquela merece mais ou menos que outras, por este ou aquele motivo, pois, em verdade, TODAS as mulheres são lindas, maravilhosas, perfeitas e acabadas. E quem achar o contrário é porque não conhece realmente a inexplicável, poética, romântica e misteriosa força contida na beleza do sexo feminino.

Deixo portanto de parabenizá-las por um mero dia, e saúdo-as com a inebriante taça da alegria por todos os dias compartilhados de sua existência!

Sinceramente,

Deste fiel vassalo,

Adauto de Andrade
em 08 de março de 2005.

“Considerações”

(Sabadão… Ano-Novo… Vida Nova? Dia para divagações…)

Sempre ouço falar das famosas mudanças de Ano Novo. Eu mesmo, aqui neste espaço, já fiz algumas promessas nesse sentido…

Sinceramente? Besteira!

Nós não mudamos nossa essência em função de uma simples alteração no calendário. Somos MUITO mais complexos que isso. As verdadeiras mudanças levam tempo. Ou são pontuadas por momentos especiais, quer sejam tragédias, conquistas ou convicções pessoais. Podem até coincidir com a virada do ano, mas seria tão-somente uma coincidência.

Posso falar com alguma propriedade sobre o assunto. No decorrer de minha vida houveram diversas mudanças. Algumas radicais e outras tão suaves que eu mesmo só as percebi quando parei para pensar no assunto. E hoje percebo que essas mudanças, em sua maioria, estiveram diretamente ligadas com o coração. Nessa vida já tive a felicidade de passar por dois amores e inúmeras paixões. Sim, inúmeras, pois sou da firme convicção que todos se apaixonam o tempo todo, quer seja por pessoas, por coisas, por situações, enfim, sei lá. Mas, ao contrário do AMOR, que é perene, a paixão é fogo, que arde e dilacera, até que vai se aquietando e se apaga de vez ou, como na maior parte das vezes, se transforma numa acolhedora brasa, com a qual convivemos – não sem antes ter deixado algumas cicatrizes ou queimaduras…

Quando pequeno era um dos meninos mais comportados da escola. Daqueles que NUNCA tiveram uma nota abaixo da máxima. Faltar à aula era algo jamais cogitado e a obediência cega aos padrões estabelecidos pela sociedade era o roteiro para uma vida feliz. Isso foi a minha verdade durante algum tempo.

Chegou a adolescência e os feromônios se agitaram!… Uma primeira grande mudança. O cabelo cresceu, o gosto musical se tornou mais ácido e tornei-me um rebelde da causa inaparente. A vida era boa e o futuro simplesmente não existia.

Deixando de lado as paixonites de infância, houve uma primeira grande paixão que realmente mexeu comigo. O nome não interessa, mas isso me fez QUERER mudar, entrar naquele mundo tão diferente do meu, fazer parte, simplesmente. O cabelo foi cortado, a gandaia ficou de lado, a escola voltou a ter importância e o futuro passou a existir, ainda que longínquo. Essa foi a segunda grande mudança de minha vida. E o que aconteceu? Nada. Simplesmente ela não correspondeu àquele sentimento que lhe expus. Apesar da pele de cordeiro, minha fama continuava sendo a de lobo… E mudanças, depois de implementadas, são praticamente impossíveis de se desfazer.

Algum tempo passou, a vida continuou e conheci minha alma gêmea (daquela época). Enamoramo-nos e casamo-nos. A vida era boa e o futuro havia chegado. Mesmo casados por quase dez anos, fomos um mero casal de namorados. E como qualquer casal, o relacionamento se desgastou. Foi uma mudança mais sutil, mas foi uma mudança. Os valores da adolescência foram ficando de lado e a vida adulta manifestou-se no dia-a-dia. De tal maneira que aquela vida “deixou de me servir”. Eu queria mais. Queria mais compreensão, mais parceria, mais vida doméstica, mais desafio profissional. O desfecho final se tornou óbvio: separamo-nos.

E, enfim, casei-me novamente. Amo minha esposa, bem como os três filhos maravilhosos que temos. Reconstrui (mais uma vez) minha vida e hoje temos uma situação, se não ideal, ao menos administrável…

E o que me fez escrever esse texto? Recentemente senti no ar algo que me cheirava a ventos de mudança. Algo impalpável, uma coceira que não passa e não tem como alcançar… E vi-me obrigado a reavaliar muita coisa em minha vida. A primeira impressão que tive foi que eu havia mudado muito no decorrer de tantos anos. Que os interesses já não eram mais comuns e que a solidão – ainda que cercado de pessoas – cada vez mais se fazia presente… Porém, revendo o assunto como um todo, pude concluir que todas essas mudanças pelas quais passei foram na realidade uma evolução. Não quero dizer que evolui para um ser melhor e mais bem acabado; simplesmente evolui. O que sou HOJE é reflexo de TUDO por que já passei. Tanto as coisas boas quanto as ruins. Caso tivesse faltado algo, eu simplesmente não seria a mesma pessoa.

Por mais que me sinta tentado a resgatar uma fase boa que já passou, ora, JÁ PASSOU. Devo, sim, manter presente aquelas características que me tornaram o que hoje sou, mas também devo aprender com minha vida atual e, principalmente, com minha cara-metade. Isso não significa obediência cega – que seria submissão – nem tampouco revolta total – que seria conflito. Não desejo uma coisa nem outra. Mas o caminho do meio. E o caminho do meio implica num trabalho constante e duradouro. Não tem fim! Mutuamente apontar os erros e reconhecer os acertos da mesma maneira que avaliar os próprios erros e comemorar os próprios acertos.

Não pretendo matar ou sufocar minha essência até que seja necessária nova erupção vulcânica de mudanças. E impor meu ponto de vista seria de igual maneira sufocar ou matar a personalidade de outrem. A vida É boa e o futuro voltou a ser longínquo. E é lá que deve ficar.

Problemas existem e sempre existirão. A caixa de Pandora foi aberta e cada vez mais se escancara… Seus males jamais retornarão! A competência de evoluir é intrínseca a cada um de nós para que possamos suplantar – e aceitar – esses “males” no decorrer de nossas vidas. É de uma agradável falsidade achar que a vida já foi melhor e que poderíamos retomá-la de algum ponto no passado. De igual maneira a revolução e o reinício também poderia ser encarado como simplesmente mais uma fuga, se acovardar diante do problema ao invés de enfrentá-lo.

E essa é, hoje, a minha verdade!

TE AMO MI…