A morte da leitura?

Interessantes considerações – principalmente nesta era internetística em que vivemos e que acaba criando uma falsa sensação de que estaríamos lendo mais. Talvez estejamos, de fato, mais antenados… Mas será que realmente temos conseguido mais profundidade com esse tipo de leitura?

Enfim, dá no que pensar…

Vejam só:

“(…) No Brasil, cerca de 77 milhões de pessoas dizem não gostar de ler. Razões:

  • 17% dizem que lêem muito devagar,
  • 11% não têm paciência para ler,
  • 7% não compreendem o que lêem,
  • 7% não têm concentração para ler,
  • os demais têm explicações outras.”

 
Muito mais detalhes com o Jarbas, no Boteco Escola, bem neste link aqui.

O menino que queria ser celular

Em tempos que o próprio Governo do Estado de São Paulo não consegue dar uma dentro em termos de material didático (se não é mapa que não existe, é livro – em tese – impróprio), tive a grata satisfação de me deparar com o livro que meu filhote mais velho – dez anos, ao todo – está lendo.

Seu título é “O menino que queria ser celular” – autoria de Marcelo Pires e Roberto Lautert.

Simples, interessante, prático e objetivo.

Uma leitura leve, rápida e descompromissada que, creio eu, seria muito mais recomendada mais aos próprios pais que a seus filhos. É até difícil encarar um retrato tão eficiente da sociedade moderna (e, pior, se reconhecer nele) traduzido num livro infantil (ou seria “infanto-juvenil”?).

Enfim, recomendo.

Tanto para pais quanto para filhos.

E até mesmo para as tias, ainda que não tenham mais de um namorado…

Não entendeu?

Leia o livro.

Taí uma palhinha:

Por que um menino de 7 anos, com 1 metro e meio, 41 quilos, de repente prefere ter, sei lá, uns 5 centímetros e 20 gramas? Vou contar.

Mark Twain

Só para provar que, de fato, tudo pode virar um post, e já em resposta ao copoanheiro Bicarato, eis alguma coisinha sobre Mark Twain, direto da Wikipédia:

Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, (Florida, 30 de Novembro de 1835 — Redding, 21 de Abril de 1910) foi um escritor, humorista e romancista norte-americano.

Em seu auge, Twain foi a celebridade mais conhecida de sua época. William Faulkner disse que ele foi “o primeiro escritor verdadeiramente americano, e todos nós desde então somos seus herdeiros”. O autor sustentava que o nome “Mark Twain” vinha da época em que trabalhou em barcos a vapor; era o grito que os pilotos fluviais emitiam para marcar (mark) a profundidade das embarcações. Acredita-se que o nome na verdade tenha vindo de seus dias de abandono no oeste, quando ele pedia dois drinks e falava para o atendente do bar “marcar duplo” (“mark twain”) em sua conta. A origem verdadeira é desconhecida. Além de Mark Twain, Clemens também usou o pseudônimo “Sieur Louis de Conte”.

(…)

Samuel Langhorne Clemens nasceu na localidade de Flórida, Missouri, o terceiro dos quatro filhos sobreviventes de John e Jane Clemens.

Ainda bebê, mudou-se com a família para a cidade ribeira de Hannibal, também no Missouri. Foi deste lugar e de seus habitantes que o autor Mark Twain tiraria a inspiração para seus trabalhos mais conhecidos, especialmente “As Aventuras de Tom Sawyer” (“The Adventures of Tom Sawyer”) (1876).

(…)

O romance “Adventures of Huckleberry Finn” é considerado em geral a mais importante contribuição de Twain para a literatura, como disse Ernest Hemingway:

“Toda a literatura moderna americana adveio de um único livro de Mark Twain chamado “Huckleberry Finn” (…) Não havia nada antes. Não houve nada tão bom desde então.”

Twain começou como um escritor de versos leves e bem humorados; terminou como um cronista quase profano das frivolidades, hipocrisias e atos de matança cometidos pela humanidade. “Huckleberry Finn”, no meio dessa trajetória, foi uma combinação de humor denso, narrativa trabalhada e críticas sociais praticamente imbatível em toda literatura mundial.

Ele era um mestre em emular o coloquialismo, ajudando a criar e popularizar uma literatura distintivamente americana, baseada nos temas e no idioma de seu país.

(…)

A sorte de Twain começou então a entrar em declínio; em seus últimos dias ele se tornou um homem bastante deprimido, mas ainda assim capaz. Tornou-se célebre sua resposta ao New York Journal após a equivocada divulgação prematura de seu obituário: “Os relatos sobre minha morte foram desmedidamente exagerados”, dizia a missiva datada de 2 de Junho de 1897.

(…)

Ele escreveu em 1909, “Eu cheguei com o Cometa Halley em 1835. Ele vai voltar ano que vem, e eu espero que leve-me junto”. O cometa pode ser visto nos céus a cada 75-76 anos. Estava visível em 30 de Novembro de 1835, quando Twain nasceu, e também em 21 de Abril de 1910, quando ele morreu.

E eis, também, um link para um de seus livros mais famosos, Tom Sawyer – só que, este, em quadrinhos…