Pérolas publicitárias

Passeando logo cedo lá pelo blog da Cláudia, num comentário de um post pesquei o endereço do Desencannes, um site que traz “As pérolas da propaganda que não chegam nem ao atendimento”. Ri muito. Mesmo. Caso passem por lá, não deixem de escutar os slogans. Aumentem o som e divirtam-se!

Veja quem são eles, segundo seu próprio “Manifesto”:

Durante o processo de criação de uma campanha, muitas vezes acabam surgindo idéias absurdas que nunca foram e nunca poderiam ser veiculadas. Imagine quantas dessas peças já foram criadas e ninguém nunca as viu. No Desencannes, são essas as peças que valem. Um espaço para exposição de idéias que na maior parte das vezes ficam restritas aos criativos da agência.

Aqui, ninguém julga se a peça funcionaria. O que vale é o humor inteligente, a sacadinha, a propaganda impublicável. Pode-se criar, comentar, discordar, defender. Mas o que importa é a idéia pela idéia. Um lugar onde as peças mais extravagantes são premiadas, e concursos com briefings de produtos imaginários são constantes, para o livre exercício da criação. É a fantasia do “Já pensou se sai uma campanha assim?”.

Isso é o Desencannes. A propaganda que não existe. Imaginária. Engraçada. Absurda. Sem compromisso. A publicidade fazendo humor de si mesma. Para brincar e se divertir.

Em tempo: eu já tinha terminado de escrever este post e voltei lá pra dar uma olhada em outras pérolas. Na categoria “Pérolas da Internet” tinha uma da Daslu que achei o máximo. Cliquei e, pela janela que abriu, primeiro achei que tinha dado erro. Mas depois, lendo direito a “mensagem de erro” eu percebi que não. Segue um instantâneo pra que entendam…

Máquina dos sonhos?

Conversando outro dia sobre uma possível realização de uma install-fest qualquer, onde os participantes levam seus computadores para “brincar” de instalações, configurações, conexões e afins – quer sejam notebooks ou cpus tradicionais -, lembrei-me dessa sequência de fotos que recebi já há um bom tempo. Não sei da capacidade dessa máquina, mas que é bem bonitinha, isso lá ela é…

RSS é tudo de bom…

Dando continuidade à “novela” de meu computador caseiro (para aqueles que perderam a sequência, no último capítulo nosso herói instalou com sucesso o Linux – distro Ubuntu – em seu computador), seguindo uma dica do Bica (sempre ele) resolvi instalar um agregador de RSS.

O que é isso? Fácil. Primeiramente, vejamos o que é RSS. Significa, hoje, Really Simple Syndication. Digo “hoje” porque essa sigla já teve outros sinificados, de acordo como atual estado da técnica. O link ali do parágrafo anterior conta com detalhes essa história. Mas basta saber que RSS trata-se de um arquivo num formato padronizado mundialmente e que tem por finalidade a inclusão de informações relativas do site ao qual ele estiver agregado, tais como título, página, descrição da alteração, data, autor, etc. Esse arquivo usualmente é atualizado de poucos em poucos minutos, sendo muito utilizado para compartilhar conteúdo de sites dinâmicos, que tem alterações frequentes, como sites de notícias ou blogs (êba!).

Já um agregador de RSS nada mais é que um programa que, conforme seja determinado pelo usuário, busca essas fontes RSS (feeds) nos sites indicados, apresentando suas atualizações numa única janela, funcionando mais ou menos como um programa leitor de e-mail.

Ou seja, em vez de navegar blog por blog, site por site atrás das atualizações e notícias, são elas que vêm até você por intermédio desse programa agregador, facilitando sua leitura e otimizando seu tempo. É mais ou menos como quando, alguns anos atrás, “inventaram” a tecnologia push, que mandava (empurrava) notícias para os inscritos. A diferença, nesse caso, é que você é quem escolhe o que quer ler, podendo ignorar solenemente o restante.

Pois bem, fuçando no Ubuntu, bastou acessar a sequência “Aplicações” e “Adicionar/Remover”, o que abriu uma janela mostrando do lado esquerdo as categorias, do lado superior direito as aplicações disponíveis e do lado inferior direito uma descrição do que a aplicação selecionada faria. Escolhi a categoria Internet e logo o primeiro aplicativo da lista já era o que eu queria: um programa chamado Akregator (o “K” seria de KDE, uma das interfaces gráficas do Linux).

Selecionei, mandei instalar, conectou, baixou, instalou, funcionou. Simples assim.

Não, nada de “Você precisa reiniciar seu computador para que as alterações tenham efeito”. Estamos falando do Linux, lembram-se?

Já aproveitei e informei ao programa todas as páginas que usualmente acesso e ficou tudo MUITO bom! Mas não se preocupem, pois quando acabar de “arrumar” o jeitão aqui do site eu colocarei novamente aqui do lado aquela listagem com todos esses excelentes blogs…

“The answer is blow’n in the wind…”

Como diria minha amiga Gleice, “é de espanar”!

Existe uma proposta de um senador (PLS 374/07) visando alterar a redação do artigo 66 da Lei Orgânica da Magistratura de modo a reduzir o período de férias do magistrados (juízes) dos atuais 60 dias anuais para “apenas” 30 dias

A ANAMATRA (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) posicionou-se contra a proposta. Afirmaram categoricamente que essa iniciativa somente poderia ser do STF – Supremo Tribunal Federal, que os juízes não teriam demasiados feriados – pois estes seriam para todos os servidores públicos, que mesmo nas férias os juízes não conseguem colocar seus processos em dia, que os juízes na realidade não dedicariam 15% do tempo de seus dias de trabalho em palestras e posses, que o gozo de férias por parte dos juízes não seria um dos motivos de congestionamento do Judiciário, e que “a peculiaridade da atividade dos magistrados justifica plenamente a existência de um período de descanso diferenciado”.

Ora, façam-me o favor!!!

Peguem um caboclo que trabalha o dia inteiro, na labuta física mesmo, cuja mulher trabalha em casa ou mesmo fora para ajudar no orçamento, cujas crianças fazem bicos por aí quando não estão estudando na escola pública (que faz o aluno passar de ano mesmo que não tenha aprendido sequer a escrever o próprio nome), e que à noite ainda vai tentar cursar uma faculdade (que só pode ser particular, pois as públicas são destinadas àqueles que não precisam se sustentar), e, no final de cada dia, ainda tem que aguentar um coletivo, um trem, uma bicicleta, uma pernada, até que possa chegar em casa para no dia seguinte começar tudo de novo. Falei que ele ganhava salário mínimo (obviamente sem registro em carteira)?

Esse “privilegiado” tem direito somente a 30 dias de férias por ano. Se o patrão deixar, pois sequer é registrado. Aliás, todos os demais mortais que se submetem à legislação trabalhista também têm apenas 30 dias. Eu tenho 30 dias. Minha esposa tem 30 dias. E ainda damos nó em pingo d’água para fazer com que pelo menos cada 15 desses 30 possam coincidir com as férias da criançada.

O que é que há? O trabalho dos magistrados é estressante? É “intelectual” demais? Cansa? Pelamordedeus! Se os políticos de um modo geral já não têm vergonha na cara (os de Brasília, principalmente, que o digam), era de se esperar que pelo menos os magistrados a tivessem.

Sinceramente, nessas horas dá desgosto o diploma…

( Aliás, o autor da proposta não poderia ser outro senão o Eduardo Suplicy – daí o título desse post, para quem o conhece… )

Luto infantil

E então o filhotinho de uma amiga conheceu a música “Plunct, Plact Zum”, do Raul Seixas. E adorou. E queria ficar ouvindo a toda hora. E então falou com sua mãe:

– Mãe, legal essa música, né?

– É filho, é.

– Quem é que canta, mesmo?

– O nome do cantor é Raul Seixas, filho.

– Eu queria conhecer ele…

– Ah, mas não vai dar não…

– Ué? Por quê?

– É que ele já não está mais com a gente. Ele foi pro Céu.

– Quer dizer… Que ele morreu???

– É, filho.

– BUUÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!

– ???

E assim foi. Não houve nada que consolasse o petiz. Continua lastimoso e de luto pelo pobre Raul. E se alguém toca no assunto, a voz fica imediatamente embargada e os olhos lacrimejantes.

De fato, um sentimento de luto muito mais sincero do que muitos que já vi por aí com pessoas, às vezes, mais íntimas do que algum cantor Maluco Beleza do qual só se conhece pela música…

Fênix

Bem, vocês já devem ter lido aqui o que aconteceu com relação ao Windows e sobre minha decisão de instalar o Linux, certo?

Então.

Só pra entrar na conversa, convém esclarecer que o Linux não é nenhum desconhecido absoluto pra mim. Já lá nos idos de 97 eu comecei a fuçar nesse sistema operacional. Primeiro com uma distribuição do Slackware, penosamente baixada via BBS através de uma velha placa de fax-modem Zoltrix de 28.8 kbps. Mais tarde através da primeira distribuição brasileira “oficial”, feita pela Conectiva: Marumbi.

Não se preocupem: de quando em quando ainda introduzirei por aqui alguns conceitos básicos sobre o Linux para que não fiquemos no mais puro (e, às vezes, ilegível) informatiquês…

“Distribuição”, por exemplo, pode ser definido como um dos “sabores” do Linux. Sim, existe uma explicação melhor, mas isso aqui não é uma sala de aula, certo? Basta saber que o sistema operacional Linux é um sistema Livre (não confundir com gratuito – apesar de, na maioria das vezes, sê-lo) e existem diversas pessoas e empresas ao redor do mundo que desenvolvem facilidades para esse sistema. Cada uma dessas versões personalizadas pode ser chamada de distribuição – ou “distro” – existindo tantas, mas tantas, que fica até difícil de escolher.

Bem, de volta ao fio da meada, de 97 pra cá tenho testado diversas distribuições. Umas boa, outras nem tanto, outras horríveis. Minha birra com essas distribuições sempre foi pelo fato de que um sistema criado para ser livre acabou se tornando por demais dependente da tecnologia. Explico. A Micro$oft sempre primou por lançar novas versões de seus sistemas, as quais exigiam computadores mais potentes, que por sua vez davam origem a novas versões, que novamente precisavam de computadores ainda mais potentes, e assim por diante.

Ora, e o que fazer com todas aquelas máquinas que, do dia pra noite, acabaram se tornando obsoletas pelo simples fato de não “aguentar” rodar uma nova versão do sistema? Lixo? Isso vai contra os ideais de metareciclagem que aprendi com o mestre Obi-Wan-Bicarato-San

Enfim, tendo se tornado tão dependente da tecnologia quanto os sistemas proprietários, o Linux acabou ficando também limitado ao atual estado da técnica. Ainda bem que meu computador de casa é “parrudo” o suficiente para suportar o sistema. Mesmo assim, não abro mão dos velhinhos. Um antigo computador do escritório (Pentium 133-MMX) ainda está na ativa aqui em casa, rodando sistemas antigos, mas plenamente funcional. Hoje ele pertence ao meu filho mais velho.

Escolhi uma distribuição chamada Ubuntu, que já havia testado recentemente e que me surpreendeu pela facilidade com que reconheceu e ativou todo meu hardware instalado.

Eu já havia baixado e gravado em CD a imagem da versão 7.04 (atual), bastando apenas providenciar a instalação – que durou cerca de 20 minutos, já contada a formatação completa do disco rígido.

Confesso que fiquei apenas preocupado com a questão do acesso à Internet, que, em casa, se dá através do Speedy. Já me imaginei horas a fio com algum atendente da Telefônica, após ter passado pelo labirinto quase intransponível de menus (“para isso, disque isso, para aquilo, disque aquilo”…).

Ledo engano.

Bastou digitar no Help do sistema recém-instalado a palavra “ADSL” (Asymetric Digital Subscriber Line), que é a tecnologia utilizada para a conexão através do Speedy, e apenas com mais dois cliques aprendi a configurar o programa pppoeconf através do Terminal (uma espécie de “prompt” do Linux). O tutorial é bem didático, no estilo passo-a-passo mesmo, não deixando dúvida nenhuma para trás.

Aliás, me surpreendeu a rapidez da conexão. Tanto para conectar quanto para navegar. Deixou o programinha de conexão do Speedy no chinelo. Ponto pro Linux.

Ainda falta bastante coisa para fazer, programas a instalar, outros hardwares específicos para configurar. Meu velho scanner TCE S430, por exemplo, nunca funcionou no XP e duvido que o consiga no Linux, mas não custa tentar.

Mas, conforme se desenrole, irei contando a história por aqui.

Aliás, só pra que saibam: este post já foi totalmente escrito “via Linux”, através da distribuição Ubuntu, conectando-me à Internet por ADSL, e utilizando o navegador Firefox…

😀