Novas aventuras Opalísticas

Pois é, gente. Depois de alguns dias de calmaria, eis que pude voltar à carga na reforma do Opalão.

A bem da verdade, é que o concreto que fiz precisa de uns três dias de repouso antes que eu possa começar a levantar a parede, então… bem, já viu, né?

A novidade é que mudei a apresentação do link Opala Adventure Projeto 676. Agora ele não está mais na forma de mera página da Internet, mas também como se fosse um blog. Inclusive permitindo a elaboração de comentários (acho que ainda vou me arrepender disso).

Enfim, tá tudo lá. Tudo o que eu já havia escrito antes (devidamente revisado, melhorado e acrescentado de detalhes que havia me esquecido), como também as últimas notícias. Bem devagarzinho (quase parando) a reforma vai saindo.

E antes que pergunte, não, não, Fernanda. Eu não vou escrever para o programa “Lata Velha” para reformar meu carro. Essa é uma coisa que quero fazer sozinho, com meus próprios esforços…

😉

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Cruzem os raios!

As trilhas que nos levam à construção de uma determinada linha de raciocínio por diversas vezes são tão tortuosas quanto insondáveis. Neste caso específico tudo começou com uma notícia banal sobre o carro utilizado na filmagem de Ghostbusters, um sucesso de bilheteria da década de oitenta. O Ecto-1 está à venda. Creio que por algo em torno de US$150,000.

Como é um artigo que está na minha DVDteca (se é que essa palavra existe), a criançada resolveu assisti-lo (juro, foram eles). Esse filme é da época em que mal começávamos a falar em vídeo-cassetes em cada casa. Assisti sua versão original no cinema. É de uma época mais pura, mais inocente, onde o bem e o mal dividiam espaços bem distintos – sem tons de cinza.

Aliás, esse sentimento de época se estendia para fora dos cinemas também. Aprontava-se, por certo, mas existia uma certa honra, haviam limites intransponíveis. Volta e meia vejo a geração posterior à minha (que também já não é mais a atual) falar com nostalgia e romantismo acerca da “famosa” década de oitenta. Talvez a mesma nostalgia e romantismo com que minha geração se referia às décadas de sessenta e setenta…

Mas de lá pra cá algo vem acontecendo. Lentamente. Continuamente. Inexoravelmente (essa aprendi com Vincent Price). O bem e o mal deixaram de dividir seus espaços igualmente. Primeiro, tons de cinza foram tomando conta da zona de encontro. Parecia algo natural, condizente com o amadurecimento não só de uma geração, mas como de toda uma raça (a humana). Porém, mais tarde, tornou-se evidente que isso era algo unilateral, o cinza na realidade estava avançando sobre o branco. O lado escuro de nossa humanidade parece que tem se tornado mais forte.

Tanto o é que tornou-se necessário um choque absoluto para chamar nossa atenção desse torpor. O recente incidente (talvez seja melhor chamar de desgraça) ocorrido com aquele garoto no Rio de Janeiro parece que deu um choque na nação. De apenas 110 volts, mas ainda assim, um choque. De tão acostumados com as mazelas, tiroteios, mortes, sequestros, assaltos, somente uma “inovação” de tal monta é que nos fez prestar atenção no mundo além de nosso umbigo. Aliás, o Bica e família já comentaram sobre isso – e concordo com eles.

A dureza é que a exploração midiática sobre o evento já teve início. O próprio Presidente já se manifestou sobre o caso – aliás, desculpe-me sr. Presidente, mas acho que é sim o caso de diminuição da maioridade penal. Os atuais “donos do mundo” vangloriam-se de que não precisam ter noção de responsabilidade, pois são menores de idade e, por isso mesmo, inimputáveis.

Tudo isso é triste e desconcertante. Afinal, que mundo estamos deixando de legado para nossos filhos? Será que é por isso que cada vez mais pessoas deixam de ter filhos para se dedicarem a pequenos animais de estimação? Meus mais íntimos amigos sabem que isso não é uma crítica – de forma alguma – mas uma mera constatação de uma realidade subliminar voltada ao medo e que vem assolando a sociedade moderna.

Trancamo-nos, mudamo-nos para condomínios fechados, erigimos impérios atrás das grades e cercamo-nos de todo luxo e conforto que a tecnologia possa nos proporcionar. Distraímo-nos com nossos hobbies, nossas coleções, nossos pequenos vícios e fugas. Traçamos rotinas que falsamente nos induzem a uma sensação de segurança. Concentramo-nos no trabalho e na dedicação diuturna a atividades que visam coordenar, organizar e dirigir algo que talvez não venha a durar uma década.

E o futuro? Vai bem obrigado. De preferência lá fora, no mundo escuro e sujo do qual esforçamo-nos para não fazer parte.

Talvez eu seja apenas um dos últimos românticos, sempre batalhando uma quixotesca jornada de auto-conhecimento, na qual busco fazer de meus atos meros reflexos de meus pensamentos. Garanto-lhes que é difícil, muito difícil. Envolve principalmente perdas e sacrifícios. Até de coisas que ansiamos muito, mas que – se levadas a cabo – seriam contrárias ao próprio discurso.

Ou seja, sonhos nunca morrem de morte morrida, mas sim de morte matada.

E é por essas e outras que até hoje me atrai aquela singela fábula acerca do beija-flor que, sozinho, procura apagar o fogo da floresta. “Só estou fazendo minha parte”, disse ele.

E se cada um de nós resolvesse fazer sua parte? Mas de verdade? Aqui e ali sempre ouvimos falar de alguns focos isolados, verdadeiros bastiões da resistência. Comunidades se insurgem lá e acolá; movimentos como a metareciclagem aparecem do nada para preencher uma lacuna da sociedade; entram nessa luta inclusive pessoas abnegadas que dispõem-se a ajudar uma coletividade sem proveito nenhum para si.

O grande problema é que esse – de fato – é um trabalho de formiguinha. Não veremos as coisas mudarem da noite para o dia. Mas devemos inspirar a próxima geração para que não abdique desse ideal, dessa luta. É nossa obrigação prepará-los para os dias que virão, fortalecendo-lhes o caráter de modo que não desistam e que também inspirem de igual forma a geração seguinte.

Não será fácil. Não é fácil. Não se trata somente de “cruzar os raios”, como no filme, para que todos os problemas se resolvam. Não estamos falando de uma batalha, mas de uma guerra. Uma longa e duradoura guerra. Da qual certamente não veremos o final. Se é que algum dia haverá um final.

Mas havemos de tentar.

Afinal, “Só estou fazendo minha parte”

Ora, baratas!

Pequena conversa de ontem à noite, durante o jantar:

– Paiê?

– Fala, filho.

– Sabe qual é o inseto mais veloz do mundo?

Pensei em falar dos malditos pernilongos que surgem do nada, zumbem dentro de nossos ouvidos e, enquanto estamos a caçá-los, aproveitam pra picar nossas canelas. Mas achei que não seria isso.

– Não sei, não filho. Qual é?

– A barata!

– Hm?

– Sabia que se um homem e uma barata fossem do mesmo tamanho e apostassem uma corrida ele perdia, porque a barata consegue chegar a trezentos quilômetros por hora!

– (…)

Tão vendo? Filhote também é um repositório de cultura.

Inútil.

Mas, ainda assim, um repositório de cultura.

(PS.: índio véio descansou ontem, pois também não é de ferro…)

Quer perder peso? Pergunte-me como.

É uma tarefa relativamente fácil. Não requer prática e tampouco habilidade. No meu caso em particular, comecei o dia com cerca de 102kg, o que, distribuído por meu 1,90m de altura, não aparenta ser muita coisa. Mesmo assim é um sobrepeso razoável, de mais de 10kg.

Pois bem. Levante às cinco. Afinal, você pode estar de férias, mas rotina é rotina e é melhor mantê-la do que ter que reimplantá-la mais tarde. Relaxe. Faça suas coisas, leia seus e-mails, consulte alguns blogs, atualize-se.

Sete horas. Vá buscar pão. Pelo caminho mais longo. Afinal de contas uma boa caminhada só faz bem, ainda mais que seu médico mandou fazer exercícios para fortalecer aquele joelho ruim. Quarenta minutos depois, com um ligeiro cansaço saudável – pois você foi em ritmo acelerado – chegue de volta em casa para tomar café.

Hm? A Dona Patroa? Também está de férias. E dormindo. Coitada, afinal ela está bastante cansada e meio que gripada.

A criançada já começou a levantar e clama pelo café da manhã. No problem! Faça o café, o Tody dos pequeninos, prepare a mesa e aguarde sua esposa. Não é porque você está de férias que vão deixar de tomar café juntos, certo?

Bem, mais ou menos. Nada dela levantar. Tome apenas uma xícara de café com leite e aguarde mais um pouco. Oito horas. A empregada já chegou. Você insiste um pouco e ela levanta. Está sonolenta. Você toma outra xícara de café com leite e ela mal toma metade da de café. “Vou me deitar, não estou legal” – diz ela. Paciência.

Deixe o pão pra lá. Já está tarde e temos muitas tarefas programadas. Num resumo da ópera, basicamente, foi o seguinte: recortar parede com marreta e talhadeira, acabar encanamento interno do banheiro, fazer parte elétrica, passar fiação pela parede, arrancar batente velho de porta, sair pra comprar material, reclamar consigo mesmo porque ficou caro, fazer um pouco de massa para assentar os canos, tubulações e alguns tijolos, exagerar na quantidade de massa, não ter onde mais gastar a porra da massa, ficar tapando buraquinhos deixados pelos pedreiros anteriores.

Essa desventura se estendeu até cerca de uma da tarde. Num quartinho no fundo de casa que pega sol direto. Literalmente eu suei em bicas. Mas a massa já estava quase acabando e ao menos eu iria poder bater um pratão de almoço…

– Seu Adauto? Chegou um moço com material aqui! – gritou a empregada, lá de baixo.

A essa altura do campeonato a Dona Patroa finalmente tinha conseguido se levantar e foi levar a criançada na escola. Suspeito fortemente que ela deva ter sido picada por uma mosca Tsé-Tsé. Aliás, era também o primeiro dia de aula do caçulinha. Lembrei-me de uma tira da Mafalda publicada há uns dias no blog do João David e desejei-lhe sorte.

Mas onde estávamos? Ah sim. O material.

Apenas quatro barras de ferro, sendo duas de 3/8″ e duas de 3/16″, um rolinho de arame recozido e uma caixinha d’água de 100 litros. Ah, e também DUZENTOS E ONZE BLOCOS. Daqueles de dez.

– Cumassim na calçada? É só dar mais dois passos e colocar na garagem! Que patrão não deixa o quê! Quebra o galho, vai? E se eu ajudar? Ah, aí pode? Tãotáintão…

E toca o jamanta a descer os blocos da merda do caminhão.

Voltemos à fórmula. Lembre-se: você não comeu seu pãozinho de café da manhã e ainda não almoçou. E já são duas da tarde, com um sol de rachar côco. E você tem DUZENTOS E ONZE blocos na garagem, bem na vaga onde a Dona Patroa guarda o carro. Isso não vai prestar. É melhor levar tudo lá pra cima. Afinal são apenas dois lances (íngremes) de escada e mais uma pequena caminhada até o quintal – tendo que dar uma volta pela casa, pois a empregada havia acabado de limpar com esmero o caminho direto.

A dois blocos por viagem, teremos, deixe-me ver, CENTO E SEIS viagens. É como sempre digo: “a caminhada de mil léguas começa no primeiro passo”. Mãos à obra. O “legal” é que, com dois blocos por vez, assim que você os levanta eles devem pesar cerca de dois a três quilos cada. Ao final da viagem, após escadaria, sol e caminhada, tenho certeza de que pesavam uns quinze quilos cada…

Cinquenta e seis viagens depois, e com uma sensação de ter subido e descido umas cinco vezes – correndo – a escadaria da Penha, resolvi dar uma parada pra descansar. Um pouco antes disso a Dona Patroa chegou, com uma cara de muxoxo. Já estava melhor, mas ainda cansada (Tsé-Tsé, sem dúvida). O pequenino tinha ficado na escolinha numa boa. Tudo bem que ele tem apenas três anos, mas, nos dias de hoje, onde foi parar aquele saudável pânico de primeiro dia de aula?

Vamos lá. Mais cinquenta viagens. Apesar de tudo ainda é melhor não comer nada, pois você está fazendo força, pode até fazer mal. E faltam apenas CEM blocos. Mal começou a carregá-los novamente, você, que NUNCA teve cãibra em nenhum momento da vida, sente o músculo da coxa dar uma violenta repuxada.

– Putaqueopariu!

Pára. Descansa mais um pouco. E volta à tarefa. Mais lentamente, agora. Os últimos dois blocos foram transportados aproximadamente às seis da tarde. Foram cerca de cinco horas de esforço contínuo. Sua mente tem uma vaga noção de estar ligada a um monte de andrajos que um dia já foi chamado de “corpo”.

Após um belo banho de quase uma hora você tem a certeza absoluta de que emagreceu. Uns dois ou três quilos. Não é necessário nem pesar. Se não foi pela fome, foi pelo esforço, ou, em último caso, pela desidratação. O conjunto dos três, então, nem se fala.

Tudo o que você mais deseja na vida agora é descansar, afinal você está cansado demais até mesmo pra comer.

O pior?

Você está tão, mas tão, mas tão cansado que não consegue dormir…

Férias

Sim. Isso mesmo. Férias! É uma palavra que eu não ouvia (em proveito próprio) há muito tempo. Pra ser bem sincero, minhas últimas férias se deram em janeiro de 2003 – tirei quinze dias. Os quais, na época, passei em sua maior parte na oficina de meu pai, consertando o assoalho de um fusca 72. O mundo dá voltas…

Ainda não me sinto de férias. Até porque o final de semana foi normalíssimo. Acho que a ficha só deve começar a cair a partir de hoje, plena segunda-feira e eu em casa. Existem inúmeras tarefas para serem executadas, coisas para serem feitas e pela primeira vez desde que moro aqui (o que se deu depois de minhas últimas férias) poderei dedicar atenção especial a isso. Pois é, papai-sabe-tudo vem sendo desbancado pelas crianças, mas o papai-faz-tudo vai muito bem, obrigado.

Aliás, pensando bem, o final de semana não foi normalíssimo não. Foi no sábado que minha turma de faculdade comemorou seus dez anos de formatura. Eu e a Dona Patroa (que nos formamos juntos) passamos uma tarde muito divertida relembrando com nossos antigos copoanheiros muitas das histórias pelas quais passamos, ficamos sabendo de outras que aconteceram na época, enfim, recordamos muito do passado. E recordar é viver. Sempre.

Na realidade a impressão foi a de que só o grupinho dos botecos estava presente. A ausência foi bem maior que a presença, mas, mesmo assim, foi MUITO bom. Talvez na próxima (sei lá, daqui uns cinco anos?) o povo resolva interagir mais um pouco…

Bem, povo e pova, “tentarei” estar frequentemente por aqui nos próximos dias, mas não prometo nada. Talvez quem vá receber um gás maior seja o link aí do lado, Opala Adventure Projeto 676, pois o pesado começa agora. Independente disso, pretendo descansar bastante, me divertir um bocado, não participar de reuniões, não ter que correr contra o relógio, ou seja, dar uma desacelerada pra recuperar o fôlego com calma, muita calma, respirando pela barriga (saudades da Ju…), buscando um equilíbrio que se faz necessário.

Isso pelos próximos quinze dias.

Hah!

Mordam seus cotovelos de inveja…

Questão de tecnologia

2007. Século XXI. O homem já foi à Lua, conquistou o espaço e já o utiliza até para simples passeios (milionários, diga-se de passagem).

Atingimos um grau de tecnologia tal que o mundo está todo conectado através de computadores – a informação na ponta dos dedos!

Os aparelhos estão cada vez mais sofisticados e miniaturizados e com cada vez mais funções.

E ainda assim acabei de ver um rádio com um Bombril na ponta da antena para melhorar a recepção…