Dentre os inúmeros perrengues que o Titanic II vem me dando e aliado lá ao meu trabalho que tem me tomado quase todo o tempo útil, não só à noite como até mesmo nos finais de semana, não tem sobrado muitas horas vagas para conseguir dar continuidade à “obra”.
Mas… bem, vocês sabem. Jamais desisto. Demoro, enrolo, enrosco, risco, cisco, belisco. Mas NÃO desisto.
Assim hoje só consegui começar a dar uma guaribadinha na porta do lado esquerdo (motorista)…
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Bem, para isso desmontei completamente a porta, ou seja, removi as máquinas dos vidros, o quebra-vento, maçaneta, etc, etc, etc. Um detalhe interessante (que nem eu sabia) essa peça que vocês podem ver aí em cima é onde vai fixada a fechadura do carro – não a da porta, mas da parte fixa. Esse ângulo esquisito é de dentro da abertura do vidro traseiro. Notem que essa peça, ainda que presa na lataria, possui uma certa mobilidade que é para poder ajustar a fechadura.
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Bão, e esse ângulo mais esquisito ainda é de dentro da porta do motorista. Sim, tive que enfiar a máquina fotográfica por um dos buracos da porta e ir tentando até que saísse uma foto que prestasse (mais ou menos). Esses furos sinalizados correspondem à fechadura, sendo a parte da chave (I) e a outra ponta (II). E a pergunta que não quer calar: como tirar a bendita fechadura? Fácil. Na parte interna da porta, ali onde se dá o “clique” da fechadura, tem uma espécie de chapinha – na realidade é a ponta de uma longa chapa em “L”. Basta colocar uma chave de fenda reforçada ali e fazer uma alavanca que a fechadura se solta quase que sozinha. Aquela parte ali, toda enferrujada (entre I e II), nada mais é que o trilho por onde corre essa chapa em “L” e faz a trava da fechadura. Sei que é confuso, mas se alguém não entender me avise que dou um jeito de repetir a dose mais didaticamente – pois fazer é mais fácil que explicar…
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Aqui temos a parte onde efetivamente corre o vidro da porta, onde costuma ficar aquela proteção de borracha para que a água não entre. Dá pra ver que a ferrugem meio que estufou um pouco o metal, mas nada que comprometa a integridade da reforma.
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Aliás, em termos de integridade – e não me canso de falar sobre isso – ainda que todo desmontado dá pra ver que o alinhamento continua existindo…
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Com tudo desmontado, além dos detalhes gerais por toda a volta da porta, foram apenas três os pontos específicos da “lida” de hoje.
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Em primeiro lugar a própria quina da porta, que (suspeito) durante anos a fio foi machucada pegando e raspando no pára-lama dianteiro.
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Em segundo lugar o local onde vai o espelho retrovisor, que parecia um par de espinhas de tão saltado que estava. É aquele negócio do caboclo colocar o retrovisor com um parafuso de rosca soberba e ir apertando, apertando, apertando, até não dar mais – sendo que nem precisava de tanto. Deu firmeza, tá bom. Ou seja, antes mesmo de dar um trato na lata, com a ajuda de um bom martelo de superfície chata – juntamente com um apoio por dentro – consegui devolver (um pouco) os furos à posição normal.
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E, em terceiro lugar, o próprio local da fechadura também foi tratado com carinho. Nesse caso, depois de tirada a fechadura, pude perceber que toda aquela região está um pouco afundada – provavelmente fruto de, por muito tempo, terem que dar porrada para fechar a porta do carro. Um pouco consegui acertar, mas a sintonia fina – com certeza – ficará a cargo do futuro pintor.