Sem maiores comentários.
Vejam ambos os espécimes dessa dupla de dois.
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Excesso de confiança é uma merda.
Eu achei que dava pra chegar até o posto. Não estava tão longe assim.
Mas não deu.
Acabou a gasolina (de novo) bem no meio da rua.
E esse “de novo” é porque já sou reincidente nisso com outros carros e até mesmo motos. Na verdade com o Titanic II foi a primeira vez…
E, para completar, quando uma alma caridosa (o bom e velho Português, lá do Bar do Português) resolveu me ajudar, quando fui tirar a gasolina do Uninho dele ainda ficou metade na minha boca.
Até no dia seguinte eu ainda estava rescendendo a mardita…
Fugindo um pouco do nosso padrão, mas, com certeza, dentro da linha deste blog, eis algumas fotos do Chevette (irmãozinho menor do Opala) de nosso virtual amigo opaleiro Rafael.
Segundo ele, o carrinho está zerado – mesmo que ainda tenha algumas coisas para fazer – mas não nega fogo!
O motor nunca foi aberto desde 1978, ano de sua fabricação. É o modelo L. Motor 1.4 e (provavelmente) carburador Weber 228.
Um dos detalhes legais é que até o manual original ele tem…
( Texto de autoria de Fabrício Samahá, obtido no Best Cars Web Site )
Por que um terço do mundo roda “ao contrário”, pela esquerda da via, e como isso afeta carros e motoristas
Raro é o motorista que nunca ouviu falar da “mão inglesa”, a circulação à esquerda da via adotada na Inglaterra. O que poucos sabem é que esse padrão vigora em mais de 70 países, que concentram um terço da população mundial.
Quando não havia automóveis e os homens andavam a cavalo, a circulação à esquerda da via era considerada a mais coerente: como a maioria das pessoas é destra, o cavaleiro tinha maior facilidade em usar sua espada caso encontrasse um adversário, que viria por sua direita. Além disso, é pelo lado esquerdo do cavalo que normalmente se monta e, como o mais seguro é fazê-lo a partir da calçada e não do meio da rua, nada mais natural que sair trafegando por esse mesmo lado da via. Os ingleses foram os primeiros a tornar essa conduta obrigatória, por meio do General Highways Act de 1773.
Por outro lado, no século 18 começaram a se tornar comuns nos Estados Unidos as grandes carroças, puxadas por pares de cavalos. O condutor sentava-se sobre o último cavalo à esquerda, para poder chicotear os animais com a mão direita. Com isso, a circulação à direita da via tornava-se mais natural, pois a posição mais ao centro da rua facilitava o controle da carroça em meio aos pedestres. Data de 1792, na Pensilvânia, a primeira lei americana que determinava que as pessoas mantivessem a direita, seguida dois anos depois por Paris.
Há quem diga que foi Napoleão Bonaparte quem exigiu a adoção do sistema francês nos países por ele conquistados. Para muitos é apenas lenda, mas não deixa de ser curioso que na Áustria, durante muito tempo, metade do país tenha usado um padrão e metade o outro — sendo a linha divisória o limite da região conquistada por ele em 1805. O que se pode afirmar, de qualquer modo, é que Inglaterra e França impuseram seus padrões de circulação aos territórios que colonizaram. No Canadá, as regiões controladas por cada país adotaram um sistema diferente, divergência que só se extinguiu em 1920 com a opção pela mão à direita.
Surge o automóvel
No início da história do carro o volante era aplicado em posição central, de modo que o motorista se sentava eqüidistante das extremidades do veículo. Alguns fabricantes, no entanto, passaram a definir uma posição deslocada para o condutor.
Se estivesse mais ao centro da via, teria melhor controle do tráfego à frente; se ficasse do lado oposto, poderia evitar colisão com obstáculos à margem da via. Depois de alguns modelos com volante à direita, começou em 1908 com Henry Ford a convenção de colocá-lo à esquerda. À medida em que os carros americanos ou seus projetos chegavam a outras nações, mais países viam a necessidade de seguir o padrão de mão à direita. No entanto, até os anos 30 a divergência era geral.
Um estudo da National Geographic em 1936 ainda mostrava a dominância da mão esquerda sobre a direita, com 60 países contra 43. E apontava o problema dos europeus: “Considere um motorista que tente dirigir da Noruega à Itália pelos Dolomites. Ele começa em Aslo pela direita até chegar à fronteira sueca. Então assume a esquerda. Quando chega à Dinamarca, volta à direita da estrada. Na Alemanha vale o mesmo, mas ele retorna à esquerda na Tchecoslováquia. E, assim que se acostuma a dirigir por esse lado na Áustria, tem de mostrar nervos de aço para comutar novamente à circulação à direita na Iugoslávia e na Itália.”
Até a Primeira Guerra Mundial, a mão à esquerda era o padrão também na Rússia, Hungria, Suécia, Argentina, Paraguai, Uruguai, China, Filipinas e em parte do Canadá, Áustria, Chile e Itália. A maioria desses países adotou o sistema à direita ainda na primeira metade do século passado, embora alguns tenham levado mais tempo. Hoje algumas ex-colônias britânicas mantêm o padrão inglês, mas outras — caso dos Estados Unidos, Canadá, Gana e Nigéria — passaram à circulação à direita. Mesmo assim, em alguns países expressivos no cenário mundial a circulação inglesa se mantém, como no Japão e na Austrália.
No total, mais de 70 países seguem tal convenção, entre eles África do Sul, Bahamas, Bangladesh, Cingapura, Guiana, Hong Kong, Índia, Indonésia, Irlanda, Jamaica, Malásia, Moçambique, Namíbia, Nepal, Nova Zelândia, Paquistão, Quênia, Suriname, Tailândia, Zâmbia e Zimbábue. A população dos países com mão à esquerda corresponde a 34% da mundial, mais do que muitos de nós imaginamos. Curiosamente, a proporção se inverte quando são consideradas apenas ilhas: mais de 70% da população que vive nesse tipo de país circula pela esquerda, contra apenas 29% dos habitantes de países continentais.
As vantagens
Melhor ou pior, não há como dizer da circulação por um ou outro lado. Ainda assim, alguns pesquisadores apontam menores índices de acidentes nos países com “mão inglesa”. A razão, defendem, é que são mais comuns as pessoas com melhor visão pelo olho direito — mais usado, nesses casos, para se ver o tráfego contrário e o retrovisor externo antes de uma ultrapassagem.
Há outros argumentos a favor desse padrão. Quando gira o corpo para uma manobra em marcha à ré, o motorista mantém a mão direita no volante, o que é melhor para os destros. E, em relação aos ciclistas e motociclistas, vale a teoria que em outros tempos aplicava-se aos cavalos: como eles montam no veículo com a perna direita, no padrão britânico podem fazê-lo a partir da calçada com o veículo na direção do tráfego. Em contrapartida, o volante à esquerda faz com que a mão mais habilidosa da maioria destra seja a usada para a alavanca de câmbio.
O fato é que as diferentes mãos criam dificuldades para fabricantes de automóveis, motoristas e pedestres. A dimensão do assunto é maior do que se imagina. O uso da “mão inglesa” afeta os cruzamentos, as rotatórias (que funcionam em sentido horário), a sinalização das vias (em geral colocada no lado externo, mesmo quando as mãos são separadas por canteiro central), as ultrapassagens. Mesmo quem não dirige precisa rever hábitos: para atravessar, o pedestre deve olhar antes para a direita.
A situação agrava-se nas fronteiras entre países com sistemas diferentes. Um caso típico é o da Tailândia, que circula à esquerda, mas tem 90% de suas fronteiras com países de mão oposta. Foi para eliminar essa fonte de problemas que muitos países trocaram de circulação no passado. Antigas colônias inglesas na África passaram a rodar pela direita, como as nações vizinhas colonizadas pela França. Mas em Moçambique, ex-colônia portuguesa, roda-se pela esquerda, assim como nos países ao redor colonizados pela Inglaterra. Taiwan e as Coréias do Sul e do Norte mudaram de circulação esquerda para direita.
Há também casos de países e regiões com alteração temporária de tráfego sob ocupação estrangeira. Nos anos 30 e 40, Áustria, Hungria e Tchecoslováquia tiveram de abandonar a “mão inglesa” durante o domínio alemão. No Japão, a região de Okinawa adotou a circulação à direita por força da ocupação americana, após a Segunda Guerra Mundial, mas se reverteu ao padrão do país quando ela cessou em 1978 — um caso raro de duas mudanças no mesmo local.
É de se imaginar a complexidade de uma transição como essa. Na Suécia dirigia-se pela esquerda, embora a maioria dos carros tivesse o volante desse lado — o objetivo era maior controle em relação à extremidade da pista em estradas estreitas. A confusão nas fronteiras com a Noruega e a Finlândia (ambas com mão à direita) levou a um referendo, em 1955, mas 82% da população reprovou a idéia de mudança de mão.
Mesmo assim, oito anos depois o parlamento sueco aprovou a troca. Houve então o famoso Dagen H, o Dia H (de Högertrafik ou tráfego com mão direita). Na madrugada do domingo 3 de setembro de 1967 o trânsito de carros particulares foi impedido e, às cinco da manhã, os veículos permitidos mudaram de lado nas ruas. Limites de velocidade mais baixos vigoraram por cerca de um mês até que as pessoas se habituassem. Embora a mudança de mão tenha reduzido os índices de acidentes por algum tempo, eles voltaram ao habitual em dois anos, quando os suecos deixaram de dirigir com o cuidado redobrado inerente à novidade.
Os carros
Quando se trata dos automóveis, a principal conseqüência de haver dois modos de circulação mundo afora é evidente: em caso de importação do carro ou mesmo de seu projeto, pode ser necessário alterar a posição do volante e de todo o sistema de direção.
É por isso que alguns países com mão à esquerda, que são minoria, impõem restrições à importação de modelos com o volante do lado errado. Na Austrália e na Nova Zelândia, só podem ter direção à esquerda carros antigos, com mais de 20 anos no caso neozelandês. Os mais novos têm de ser convertidos, um processo que não custa pouco. As restrições não se aplicam a carros de turistas nos países que assinaram a Convenção de Tráfego de Viena, de 1968, que prevê que o veículo deve atender à legislação de onde foi registrado pela primeira vez.
Nas Filipinas é o contrário: proibida é a direção à direita, mas há casos de vans importadas do Japão que permanecem com a porta dos passageiros à esquerda, o lado da rua e não da calçada. Em países sul-americanos como Bolívia e Peru, velhos carros japoneses rodam com o volante trocado de lado, só que o painel inalterado fica diante do passageiro… Por mais estranho que seja, deve prejudicar menos a segurança no trânsito que a predominância de carros com volante à direita (também comprados usados do Japão) na Rússia, onde a circulação é por esse lado. O governo local já tentou banir os carros com direção do lado errado (fontes indicam mais de 90% da frota em algumas regiões), mas recuou diante dos protestos.
E na Itália, embora se andasse pela direita, até os anos 50 a Lancia insistia em usar o volante “errado”. A fábrica alegava que fazia carros esportivos, para serem usados intensamente em estradas estreitas e sinuosas, como nos Alpes. Assim, o controle da distância até a extremidade da via seria mais importante que a facilidade de rodar na cidade ou de fazer ultrapassagens.
Além da direção, há outros equipamentos envolvidos. Os faróis assimétricos, os mais comuns no mundo hoje, têm maior alcance de facho no lado externo da pista. Assim, a legislação européia exige que um carro com volante oposto ao padrão local tenha algum tipo de correção nos faróis. Alguns modelos, sobretudo os dotados de lâmpadas de xenônio, já prevêem um modo de inversão de facho para essa finalidade.
Portas que não sejam simétricas também trazem complicações, embora menores. Assim como as vans japonesas nas Filipinas, por boa parte do planeta rodam utilitários esporte orientais (mesmo coreanos, que costumam seguir o padrão nipônico) com a tampa traseira articulada no lado direito. O vão de acesso fica voltado à calçada nos países de mão esquerda, mas assume uma posição inadequada onde se dirige pela direita. No Brasil, o Ford EcoSport é uma exceção por ter sido desenhado aqui.
Os limpadores de pára-brisa são outro item que requer mudança conforme a posição do volante, pois o lado do motorista sempre tem prioridade na área de varredura. Nesse sentido, sistemas como os de Honda Civic, Peugeot 307 e algumas minivans, em que os braços são opostos e conseguem uma varredura praticamente simétrica, facilitam a vida do fabricante. Mas as empresas não escapam de uma convenção: a alavanca de luzes de direção fica à direita do volante no Japão e na Austrália; já os ingleses a preferem no lado esquerdo.
A questão chega a detalhes que poucos percebem. Na circulação à direita, o ideal é que a tampa do tanque de combustível fique desse lado, e o terminal do escapamento, do outro — menos vulnerável a impactos com o meio-fio em manobras de estacionamento paralelo a ele.
Pois se nota o contrário na maioria de carros de origem japonesa ou mesmo inglesa, este o caso de alguns Fords nacionais. Também nesta marca há miolos de fechadura que requerem girar a chave no sentido oposto ao usual, por causa da procedência britânica.
A inversão do volante pode, ainda, deixar alguns comandos um pouco estranhos. No Omega trazido da Austrália a alavanca do freio de estacionamento permanece à direita do console central, tornando-se mais adequada ao uso pelo passageiro, e o botão principal do rádio está no mesmo lado, pois ambos foram previstos para o volante do lado oposto ao nosso. Já as carcaças dos retrovisores, voltadas a quem se senta no banco da direita, não alojam bem os espelhos quando eles são ajustados para o motorista daqui. E há alguns anos, em que a Holden (GM australiana) aplicava um compressor ao motor V6, a versão era incompatível com volante à esquerda.
Será que um dia essa dificuldade deixará de existir? Pode ser que sim, mas alguns fabricantes têm procurado contorná-la com tecnologia. Sistemas by wire (por fios, sem conexões mecânicas) para direção, acelerador e freios já tornam possível, em carros-conceito, alterar facilmente a posição do volante conforme a convenção local, como mostrou a GM no Autonomy. Pode ser o caminho.
Que é?
Pensaram que essa novela tinha acabado?
Que nada!
Fui lá no japonês para a derradeira tentativa de colocação do motor de arranque original do Titanic II. Se puxarem pela memória, lembrarão que até agora ele vem funcionando com o motor de arranque do Opala 79 – que é quatro cilindros! Ou seja, funciona, mas força o coitadinho a trabalhar literalmente no limite…
Dessa vez a espera usual até que não foi tanta. Acho que o frio fez com que o povo resolvesse ficar em casa neste sábado pela manhã. Trocado o motor de arranque, um pequenino momento de tensão: será que vai funcionar? Será que vai engastalhar?
Dei a partida.
Rápido, forte e certeiro.
O japonês sorriu (aliviado).
Desliguei, liguei de novo. Tudo certo. Desliguei. Liguei novamente. Perfeito.
Daí foi só colocar o outro motor de arranque de volta no quatro cilindros.
Mas… Como Murphy (maldito seja!) ainda é meu melhor amigo, faltou uma peça de fixação do bichinho. – “Como assim ‘faltou’? Cadê a que estava lá antes?” – “Ah, depois aparece. Se não aparecer, não tem problema não, a gente arranja outra!”
Bicho nó cego.
Enquanto isso, desde o evento original, já dá pra contabilizar uns três meses que eu não dou a partida no motor do Opala 79…
🙁
Poucas as fotos de hoje.
Apenas duas…
Mas de dar gosto!
Vejam que excelente reforma neste Opala 69, bem no estilo “antes” e “depois”. Todos os detalhes foram minuciosamente restaurados. Particularmente, apesar da beleza das fotos, ainda assim me prendi mais no elevador do carro. Queria ter um desses em casa…
Este “causo” foi contado pelo Ilan Oliveira, lá na Lista do Opala, em maio de 2007.
No Rio de Janeiro havia um senhor que tinha sido o único dono de um um Impala SS 1967. Teve muitos carros ao longo de sua vida – trocava-os a cada dois anos – mas do Impala nunca se desfez. Comprou o carro zero quilômetro e o usou por longos 30 anos. Contudo, depois desse tempo, como esse senhor já não tinha mais condições de dirigir pelas ruas, passou a utilizar o veículo apenas para dar voltas dentro de um galpão. Ainda que não pudesse mais dirigir, não queria abrir mão do prazer de andar em seu Impala…
Isso se deu por cerca de 15 anos…
E, nos últimos 4 anos em que o carro ainda pertencia ao dono original, ele ficava estacionado numa rua próxima da minha casa, até que contei a um amigo que acabou comprando-o.
Curiosamente, o antigo dono viveu o suficiente para efetuar a venda e assinar o recibo.
Morreu poucos dias depois…