A cor certa

Bem, eis aqui um mea culpa

Eu havia dito que a tinta escolhida foi o Laranja Boreal. Mas, na verdade, foi outra!

Essa cor aí de cima é a que consta no catálogo de cores da Chevrolet, código 131, conforme se vê aqui. Foi a que vi na “palheta de cores” que o Seo Zé me mostrou, antes de começarmos a caçar a cor ideal. E foi por isso que fiquei com ela na cabeça e achei que tinha sido a escolhida.

Mas, na verdade, a grande vencedora foi a cor Laranja Nepal.

A Dona Patroa trouxe a lata com um quarto de tinta para retocar as soldas e só então vi que a cor era outra…

Levei-a na semana passada mesmo para o mecânico, que disse que ia acertar com um pintor para dar os retoques.

Hoje passei por lá. Nada ainda. É… O pintor deve ser irmão do soldador… Pois este também demorou pacas pra chegar!

Mas, no problem! Como já disse antes, sem pressa e sem grana – devagar e sempre!

Laranja Nepal

Um jovem soldado

Caríssimos: eis que nesta visita semanal de segunda (mas feita, hoje, terça, porque ontem não deu tempo…) já temos algumas pequenas novidades!

Antes de mais nada, hoje, quando cheguei na oficina, já fui entrando com um sorriso besta… É que, para começar a montagem dos agregados, a carcaça foi levantada um tanto e, de longe, você já vê a chamativa cor laranja num estranho carro ao fundo. Dá gosto de ver que as coisas estão caminhando!

Bem, mas vamos às novidades.

A começar da bendita solda na longarina – finalmente realizada! – que ficou ótima! Não só desfez aquela elétrica d’antes, como também já acoplou uma chapa de reforço tanto interna quanto externamente, de modo que o “berço” do motor agora está pronto para recebê-lo com honras! Bem… Quase. É que, com a solda, ainda que se tenha dado um fundo, ainda vai faltar jogar o “bate-pedra” e dar uma retocada na cor “original” – ou seja, o nosso bem-quisto laranja boreal. No problem! Já conversei com o “Seo Zé” (o da funilaria, lembram?) e ele disse que restou, sim, um bocadinho de tinta que dá e sobra para o necessário. Como meus horários e disponibilidades são pra lá de complicados, combinamos que a Dona Patroa vai dar uma passadinha por lá e pegar isso.

Como o soldador já deu um pontinho atrás também, lá na lanterna, não sei se dá pra aproveitar a mão de obra e também já retocar esse local. Se der, bem, se não der, amém! Até porque essa parte mais exposta merece um acabamento mais detalhado que, oportunamente, vai ficar a cargo do “Seo Zé”.

As peças da direção hidráulica já estão nas mãos dele (e deveriam mesmo estar, porque o cheque foi compensado ontem…) e, assim que for efetuado o retoque nas longarinas, ele já começa a montar todo o conjunto.

Outro problema detectado: as molas traseiras não são traseiras. Muito grandes. Bem, antes mesmo da montagem o Seo Waltair, vendo-as numa das caixas, já havia cantado essa bola. Pintou, reformou e tentou porque tentou colocá-las no lugar. Nada. Até entraram, porém não davam a distância correta para instalação dos amortecedores (que ficaram faltando “um tanto assim”…) – aliás, diga-se de passagem, um dos amortecedores também está travado.

Solução?

Troca mola, troca amortecedor.

Se minha pretensão é reconstruir o carro ponto a ponto, de dentro pra fora, de baixo pra cima, não faz sentido fazer nada meia boca já nesse momento.

E, no caso do agregado dianteiro, está faltando a capa de proteção de um dos lados do freio a disco. Até estava lá, mas somente alguns pedaços… Mais uma vez, já que estamos com tudo desmontado ele vai fazer uma busca para ver se encontra uma igual. Quanto às pastilhas de freio acho que nem preciso falar, né? Anos de uso seguidos por anos de inanição. Simplesmente “derretidas”. Troca, também.

Parece fácil, não é mesmo?

“Tá ruim? Troca!”

Ei, pessoal, vocês veem as pingas que eu tomo mas não veem os tombos que eu levo!

A conta corrente continua em queda livre abaixo da linha do negativo e as negociações com cartões de crédito caminham a passos largos…

O final desta Fase Quatro será marcado por uma avaliação (e – por que não? – uma nova negociação) de quanto tempo e quanto dinheiro deverão ser consumidos na Fase Cinco, que será a efetiva montagem e funcionamento do motor.

E, sim, o Seo Waltair está ciente de tudo isso. É o justo, pois, como diria Jack, “vamos por partes”!

Mas inegável o sorriso de orgulho dele ao me contar que todo mundo que passa pela oficina obrigatoriamente vai até lá no fundo para ver – e elogiar – aquele bom e velho Opalão que está sendo reformado…

Isso mesmo, o meu, o seu, o nosso Titanic!

😀

Imperial I – Class Star Destroyer

Eu já havia dito antes, o Comodoro do dia a dia tem sido paulatinamente “rebatizado” para Cruzador Imperial.

Vinha levando isso meio assim, na maciota – mas só até agora!

É que o carro tem um sistema de alarme com sensor de presença, de modo que tenho que andar sempre com um outro controle no bolso ou na mala para garantir que o mesmo funcione. E, nesse outro controle, havia pendurado um chaveiro com o bat-sinal.

Não mais.

Vejam só a consideração dos filhotes número 2 e 3, depois que ontem visitaram a Vale Comics e me trouxeram este mimo:

Ou seja, se não por um motivo, ao menos por outro, agora esta minha barca também conhecida como Cruzador Imperial está devidamente “protegido” e sob a segurança do ilustríssimo Lord Darth Vader

Ah, e que ainda acende o zóinho!

O início do (re)começo

De quê, mesmo?

Ora, da (re)montagem do Titanic, é claro!

O soldador ainda não apareceu na oficina, mas como o Seo Waltair garantiu que o caboclo é bão (e – vamos combinar? – não estou com um pingo de pressa), continuamos no aguardo da disponibilidade do sujeito.

Mas agora, definitivamente, teve início a reconstrução deste poderoso bólido que será nosso Opala! E se alguém tiver a mínima ideia do que raios eu quis dizer com isso, por favor me avise!!!

Bem, onde eu estava?

Ah, sim. Reconstrução. Por onde mesmo? A começar pelas bandejas traseiras!

Enquanto isso o agregado dianteiro aguarda sua vez, devidamente pintado e içado. Não necessariamente nessa ordem.

Isso fora outras tantas pequenas peças espalhadas aqui e ali – mas bem acomodadas dentro da lataria, que é pra ninguém mexer…

No mais, uma boa notícia. Depois de um agradabílissimo proseio acerca da lua de mel do Seo Waltair, nos idos da década de setenta, dentro de um legítimo SS que fez todo o circuito das águas de Minas, ele me disse que encontrou uma direção hidráulica “no ponto”. Reformada, recondicionada, de um dos modelos mais recentes e pronta para ser instalada. Parece que um sujeito combinou de vender para um outro distinto que a colocaria num jipe. Como não apareceu para reclamar a danada, eis que a colocou à venda. Agorinha mesmo. Seo Waltair pediu-lhe que segurasse um bocadinho enquanto iria conversar comigo.

A má notícia?

Um conto e meio. Ainda que dentro da previsão original, ainda assim estamos falando de miliquinhêntusreáus… Ah, e à vista.

É de espanar, mesmo…

Bem, vamos lá.

O que não tem remédio, remediado está.

Aceita cheque pro dia quinze? Aceita. Então é esse mesmo.

E, como diz a antiga música: “e vamos outra vez pro fundo do buraco…”

Sem novidades

Combinei com o Seo Waltair que faria visitas semanais: a uma, para não encher tanto o saco fazendo crer que eu estaria com pressa para a conclusão do serviço; a duas, para não perder totalmente o contato e ajudar nesta ou naquela decisão, quando chegar o momento.

O soldador ainda tá meio que enrolando ele, por isso que ainda não foi reconstruída a longarina. Mas, em tese, esta semana deve sair.

E ele até já achou três direções hidráulicas completas, porém duas delas eram de modelos mais antigos (o que dificultaria uma eventual necessidade de substituição de qualquer de suas peças) e a terceira, ainda que de um modelo mais novo, não estava totalmente aproveitável…

Paciência, paciência… Isso é uma virtude!

(Que eu acho que não tenho…)

Dia de faxina

Pois é, sábado é o dia internacionalmente conhecido como “Dia de Faxina”.

E, no nosso caso, estamos falando da garagem que virá a abrigar o Titanic num futuro não tão, tão distante…

É que, após concluir a mecânica leve (instalação das rodas, freios e direção) partiremos para a mecânica pesada (motor e todos os acessórios indispensáveis para seu funcionamento). Calculo que, ultrapassadas essas fases, estarei com minha conta-corrente numa situação pra lá de lastimável e será necessário algum tempo até eu conseguir me recompor.

E que fazer nesse meio tempo?

A parte elétrica, é claro!

Vejam bem, com o carro devidamente calçado e com o motor funcionando, todo o detalhamento da parte elétrica – incluído aí a “construção” de um novo chicote – terá que ser feito sem pressa, item a item, já prevendo novas “funcionalidades” que talvez eu venha a colocar no veículo… E onde fazer isso? Na própria garagem de casa, é lógico!

Mas voltemos ao ponto. Vejam como ela estava:

Clique na imagem para ampliar!

Perceba-se ao fundo a quantidade de tralhas encostadas na parede, à direita das bancadinhas que meu sogro usa para suas gambiarras. Já na parede da direita, um gaveteiro (cheio de cupins e que acabou indo para a “doação”) que abriga uma pequena parte de minhas ferramentas e uma boa parte das miudezas do Titanic. E, ainda, a bancada que construí (lembram-se dela?) e mais duas camas de solteiro encostadas, aguardando seu novo lar.

Bem, mãos à obra. Reorganizei uma parte interna da garagem (ali, onde está o Gol) e alguma coisa pôde ser levada para dentro. Joguei fora muitas tábuas de construção (ainda com cimento), canos, latas, bambus e afins. Transferi o acervo do gaveteiro para um outro (do meu sogro) que estava ali de bobeira e, apesar do estado geral não lá muito bom, ao menos sem cupins. Geladeira pro canto, camas pra dentro, material de construção à direita, bancadas de trabalho num único local. Meu cunhado levou duas bicicletinhas infantis encostadas, mais alguns aros de um Fusca que eu guardei até hoje sabe-se lá para quê. Com tudo isso sobrou espaço suficiente para encostar as bicicletas na parede do fundo – sendo que ainda estou devendo à Dona Patroa a instalação de ganchos para que as bikes fiquem suspensas, sem “atrapalhar”. Pode parecer que não mudou muita coisa, mas garanto-lhes que ganhei um espaço considerável na garagem:

Clique na imagem para ampliar!

Só para se ter uma ideia, antes não dava sequer para limpar direito o local, mas agora já seria possível uma bela duma limpeza com mangueira. Parte essa que ficou ao encargo da mui solícita Dona Patroa, pois naquele momento eu já estava exausto e ela percebeu que eu iria ficar só na varrição mesmo… Aliás, ali mesmo eu já sentia que The Day After iria ser terrível, pois TODOS meus músculos JÁ estavam doendo – inclusive alguns que eu nem sabia que existia!

Bem, dadas tais condições, fazer o quê?

Nessa hora servi-me de uma breja e fiquei por ali, apenas dando apoio moral enquanto ela lavava anos de pó para fora…

Próximos passos (se a conta-corrente deixar): pintura e iluminação!